Henrique Samael
Não me acho inteligente, muito menos um grande filósofo, ainda acho as minhas perguntas rasas demais para a complexidade da existência. O absurdo de viver dado o mérito a uma divindade, só penso o quão limitada é a mente de pessoas que adotam essa idéia preguiçosa intelectualmente.
Iludam-se com um criador que usa o sofrimento como aprendizado e se dopem com a droga mais viciante de todas, chamada de esperança e degustem da ilusão do amanhã perfeito do pós morte prefeito.
Não te prometo o paraíso, até porque isso não existe, te prometo a minha companhia até o fim da nossa existência.
Levo comigo tanta dor e decepção. Que ao passar dos anos aprendi a fingir está bem, tão miseravelmente bem.
Se tenho fé? Perdi a fé a muito tempo, acredito no que eu vejo. E sinceramente eu não sei qual é o pior, pensar na morte em quanto vivo ou simplesmente viver.
Com o modismo de pensar positivo as pessoas tentam transforma a morte em algo bom. Mas então por que chorão ? porque no final a realidade vence a ilusão mesmo que seja nos últimos instantes da sua existência.
As pessoas são substituíveis essa é a realidade, não crie a fantasia de que você é mais significante para alguém ou mais significante que alguém. No fim somos esquecidos.
Em Deus não vi conforto
Em Deus não vi paraíso
Em Deus não vi proteção
Em Deus eu vi o desespero
Em deu vi a angústia
Em Deus eu vi o inferno.
Deus pode ser tão real para um adulto como papai noel para uma criança. Em fim, de uma certa forma admiro as pessoas que possuem fé, é um peso a menos achar que é privilegiado.
O grande mal desta sociedade, é sua busca idiota por perfeição, com criações de padrões imbecializados, para definir o que é verdadeiro, assim como o tal do amor recíproco. Ninguém ama igual, sempre há um que sofre mais pelas idiotices do outro.
O tempo tem me ferido, as pessoas tem me destruído. Nesse mar de dor me afogo até meus últimos dias.
Confiar em alguém é colocar uma arma apontada pra sua cabeça, esperando esse alguém puxar o gatilho.
O quanto da vida vale a pena
O quanto dela é capaz de te fazer querer viver. Não basta suas razões primitivas, nunca foi questão de querer por um fim, mas uma questão existencial.