Filomena Silva
Uma estranha sensação apodera-se de mim. Sem perceber do que se trata, um sentimento de desconforto ganha lugar no meu ser. Parto em busca do entendimento. Procuro, mas não encontro. Até que no momento certo o mistério se desfaz ao rufar dos tambores. E pára o sobressalto. Tudo agora faz mais sentido.
Confia sempre nos sinais do teu Eu Superior.
Um desejo sincero de dar-se aos outros é maravilhoso. No entanto, há uma diferença entre dares de ti mesmo e desistires de ti. Se te sentires cansado(a), culpado(a), ou ressentido(a) ao mesmo tempo que ajudas os outros, então não estás realmente a ajudá-los, estás? Ao agir dessa forma acabas apenas por injetar energias venenosas dentro do relacionamento,e , em seguida, ninguém se beneficia. Dá um passo atrás para reavaliar a situação. Á medida que respeitas os teus próprios limites, os outros vão começar a reconhece-los e respeitá-los também.
Hoje eu amo ser filha deste imenso universo que me abençoa e me guia a cada momento. Só por hoje, sou grata!
O universo cada vez mais me confirma que independentemente do que possa acontecer, devemos aceitar e confiar. Nada é por acaso. Nada é por acaso! Mesmo...
E a corja sedenta de poder trepa com engenho, de forma agonizante e voraz. Os cães ladram e a caravana passa...
E quando lhe disserem que não é capaz, não deixe que essa energia o perturbe. Você tem o poder de ser quem quiser ser. Só tem que trabalhar para isso e não desistir.
Não tenha medo de tomar decisões na sua vida. O passado não define quem você é. Agora, no momento presente, você tem o poder de decidir o que é o melhor para si e para a sua vida. E a mudança começa nesse querer.
Tentando colocar por palavras o que a alma expressa em sua tamanha imensidão. Profundamente grata pela tomada de consciência cósmica que me embala e me abriga dentro de mim. Integro, integro e integro. Integro cada palavra sagrada como lei, e agradeço o ser que sou. De criança a mulher, em total comunhão com a minha existência, respeitando e honrando a mim mesma. Arquétipo da deusa. Oiço o meu coração como o manto que embala o berço. O desabrochar do lótus... De lagarta a borboleta..
Sinto-me em paz, pois aceito o ser que sou, em toda a sua plenitude. Com os seus defeitos, com as suas virtudes. Ressoou no cosmos e crio a minha própria realidade. Filha de Gaia... eterna aprendiz. Hoje e sempre grata.
Quando o passado regressa ao presente e nos fere a alma... Como lidar com uma ferida aberta que não fechou durante anos e que teima agora, passado tanto tempo, em doer? Chorei anos a fio e tentei sarar a mágoa. Depois decidi deixar de pensar sobre isso e sobrevivi. Hoje, regressa... as lágrimas escorregam-me pelo rosto numa emoção descontrolada. Também choro, assumo. E hoje honro a minha vulnerabilidade testemunhando (aqui) que ela existe.
A dor torna-se necessária. Sem ela não seria possível valorizar a alegria e as vitórias alcançadas. A dor faz crescer. É a dor que nos conduz à evolução e ao crescimento, de uma forma que outros sentimentos não o fazem. Hoje abraço-a. Ela precisa de mim.
Estou aqui.
A minha frente de batalha pode não ser coincidente com a de outrem, ou nem sequer ter a mesma interpretação, mas é a minha. E eu escolhi chamá-la de serenidade.
Já pararam para pensar que quando um ciclo se repete nas vossas vidas isso pode ser mais uma oportunidade para adquirir conhecimento, de fazer diferente através de um olhar mais maduro e uma postura mais adequada, após a aprendizagem anteriormente adquirida?