Doracino Naves
Deus põe sal na minha moleira para me dar mais juízo. Um chapéu na cabeça me convém para me guardar do sereno. Ou, talvez, uma cadeira de balanço para sossegar os meus pensamentos que se afogam nas torrentes de águas.
Prefiro poesia à prosa; enquanto prosa, que ela seja poética. Com a poesia posso calcular o peso do vento que agita a enorme bandeira hasteada no mastro da Praça Cívica; a medida exata das chuvas que rega os jardins de Goiânia; descubro na poesia o caminho tortuoso dos relâmpagos ou os decibéis do ribombar dos trovões no alto da serra.
"Na Luz o homem que sonha se revela por inteiro. E trabalha muito nesta direção. Mesmo com alma despedaçada pelas decepções e frustrações vai em frente acreditando que pode mudar o rumo das coisas. É na esperança que o sonho renasce".
(Em "Não matem os nossos sonhos")