David Hume
Estamos aterrorizados, não tentados pela continuidade da nossa existência.
O curso da natureza não tende à felicidade humana ou animal – portanto, não está estabelecido com este propósito. Através de todo o âmbito do conhecimento humano, não há inferências mais certas e infalíveis do que estas.
Este mundo é apenas um ponto em comparação ao universo; esta vida, apenas um momento em comparação à eternidade.
O reino de um homem sábio é seu próprio peito; ou, se ele for olhar mais longe, será apenas pelo juízo de uns poucos seletos, que são livres de preconceitos e capazes de examinar seu trabalho.
Todo o plano da natureza evidencia um autor inteligente, e nenhum investigador racional pode, após uma série de reflexão, suspender por um instante sua crença em relação aos primeiros princípios do puro teísmo e da pura religião.
A experiência e a semelhança têm seu papel fundamental; uma por sermos incapazes, apenas olhando o fogo sem jamais tê-lo tocado, de inferir que ele queima, e outra por sempre podermos ao ver um objeto semelhante ao fogo tomá-lo novamente por fogo.
Semelhança e experiência, pois, são sozinhas condições necessárias mas não suficientes para explicar o porquê de das mesmas causas esperarmos os mesmos efeitos.
Para o raciocínio acerca de questões de fato serão necessários a experiência de conjunção entre dois eventos no passado, a semelhança e o hábito, certo instinto que faz universalizarmos temporalmente a experiência passada.
Quanto mais parecidos são os efeitos que se veem e mais parecidas as causas que se inferem, mais forte é o argumento. Todo desvio de cada lado diminui a probabilidade e torna o experimento menos conclusivo.
A experiência é um princípio que me instrui sobre as diversas conjunções de objetos no passado.