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quem quer vida eterna, que busque amar; fazendo as decisões do amor todos os dias. Sim! Sem nunca se arrepender do amor.
Namoro não é missão, nem clinica de reabilitação, nem academia; nem psicanálise, nem aconselhamento, nem maternidade, nem confraria, nem favor, nem ajuda solidária, nem nada disso — embora, caso haja amor no namoro, haja missão, sem que se sinta; reabilitação, sem que se perceba; exercício, sem que seja um projeto; cuidados, sem maternidade; amizade, sem confraria de doentes carentes um do outro.
poupe-se de angustias que você ainda possa evitar, pois, a existência não as evitará em nossas vidas.
Há pessoas que são capazes de chorar com os que choram, mas não são capazes de se alegrar com os que se alegram
chorar com os que choram é mais fácil para qualquer um do que se alegrar com os que se alegram, visto que chorar com os que choram é identificar-se com o que é certo (o sofrimento), mas se alegrar com os que se alegram é ter a capacidade de celebrar o raro, o inusitado e o que não é natural neste mundo de dores.
Para o invejoso, mais difícil do que suportar todas as coisas, todos os sofrimentos e todas as privações da vida, é agüentar ver a bondade da graça de Deus se manifestar como alegria no coração de alguém que não seja o dele.
Fé e amor continuam a ser os únicos elementos capazes de preservar a integridade de nossas mentes num mundo de falsificações e de construções alucinadas.
Esquizofrênicos de um grau ou outro, todos nós somos. Pode-se até não ver coisas ou ouvir vozes, porém, o elemento de falsificação do real habita as mentes de todos nós.
Pensamos coisas sobre os outros que não são reais e interpretamos a vida com critérios de uma subjetividade que raramente casa com os fatos reais da existência.
A gente encontra o amor sempre como semente. Mas somente os jardineiros fiéis comem de seus frutos e dormem à sua sombra, quando a semente se torna como uma árvore de vida!
O amor nos acha como potencial, mas é a decisão do coração que pode regá-lo, cuidar dele, trata-lo com reverencia e preserva-lo em nós.
As pessoas, no entanto, casam-se porque têm que se casar. Sim! Porque casar faz parte do pacote da prosperidade social e da maturidade. Sim! Porque parece um aleijão passar de certa idade e não cassar. Sim! Porque casar também se tornou um atestado de normalidade psicológica e relacional.
Casamento só com muito amor. E nunca deve ser a primeira opção, mas sim a decisão que se torne inevitável em razão do amor.
Hoje casamentos são realizados por carentes desejosos de casar porque odeiam ficar carentes. Casam-se e, depois de algum tempo, querem melhorar o casamento porque estão carentes. E, assim, brigam entre si porque os dois, ou um só, está carente. Desse modo, em razão da carência, um deles trai, ou apenas se cansa, e diz que aquele casamento não dá, pois não preenche a carência. Quem sabe um novo casamento? Um novo marido? Uma nova mulher?
mesmo amando, ainda assim é a cada dia mais complicado estar casado, pois, as almas estão muito frágeis e em busca de álibis para suas tristezas não assumidas, o que solapa a estabilidade emocional dos vínculos.
Num casamento as pessoa casam-se consigo mesmos. Casam-se com suas próprias projeções. Casam-se com as carências de suas próprias almas; e, depois, acham estranho que seja tudo muito, muito ruim mesmo.