Anna Flávia Schmitt Wyse Baranski
Os teus olhos não podem me ver,
Eu te busco nos versos faceiros,
Só para você não me esquecer.
O teu coração vive a denunciar:
Eu, dona de um corpo - altar
A tua devoção vive a estampar
- o desejo atrevido -
De um caso pensado a florescer.
Os teus lábios não vão revelar,
Eu te anseio nos versos cúmplices,
Só para nos bem resguardar:
De todo o despeito e de todo o Mal
A minha imagem de ti não vai apagar,
Eu sou a melhor a parte de você:
Redescobriste o amor
Por várias vezes tentei duvidar...
Eu conto a história que eu quiser,
A cor dos teus olhos não vou revelar.
Eles podem ter a cor das flores roxas
- iluminadas -
Pelo Sol da tarde,
Ou a cor do nosso segredo,
Ou do nosso grande enredo
Que vive como uma harpa a tocar....
Ser amada sem rodeios
E sem cerimônias,
Bastar-te com meneios
Bem sem vergonhas;
Amar-te sem anseios
E sem pressas,
Ser amada em segredo,
E com rituais:
Para a gente se querer
- sempre -
E a cada dia mais e mais...
Ser amada por você
E sem preocupação,
Bastar-te com doçuras
Bem sensualizadas;
Amar-te sem censuras
E sem apegos,
Ser amada em plenitude,
E com louvor:
Para a gente não se esquecer
- sempre -
Como é bom fazer amor.
Cai a noite serpentina,
Enfeitada de estrelas,
Sai vestida de brumas,
Bacante sideral,
Vestiu-me com rendas,
- invisíveis
Protegeu-me com plumas,
- incríveis
Mas não aos seus olhos
- exigentes -
Capazes de identificar
Que somos indivisíveis - salientes.
Cai solene a chuva fina,
Escrevo como quem furta
As flores das casas alheias,
- apoiadas nas cercas
Pulando todos os muros,
Escrevo para roubar corações.
Tenho orgulho deste par de olhos,
Que glorificam as alturas,
Desabrochando todas as ternuras
À procura de mais de mil revoluções!
Sai infrene a letra delfina,
Escrevendo como quem reza
Pelos poetas perseguidos,
Pelos que foram exilados
Pela eliminação sutil;
Para que jamais se finde a primavera.
Tenho loucura pelo teu perfume,
Que brindou o meu caminho,
Dissipando as minhas trevas,
Por você sou água, fogo, ar e terra.
Ai, perene desatino!
Escrevo como quem espera
Os teus beijos de ouro
As flores se abrem como oráculos,
Ainda o céu há de testemunhar:
O mais luminoso de todos os espetáculos.
Deixa eu te dizer:
- Que o amor existe;
E que sem você
A minha vida é triste.
Deixa eu te dizer:
- Que eu te amo;
E que eu sem você
Não tenho nenhum plano.
Deixa eu te dizer:
- Que te namoro,
E que não fico sem você
Nem no outono,
Eu não te abandono
Nem no inverno,
Porque entre nós há um verão,
- e uma primavera
E o nosso amor que é eterno.
Sem me importar com a correção:
Caí em completa perdição
Sob o teu incorreto e erótico
- domínio -
Estou guardada no teu coração,
Rendi-me às tuas armadilhas sensuais,
De dentro de mim você nunca mais sai,
Deixei-te nos braços do tempo,
Não fazes conta de quanta falta você faz.
Sem se importar com a opinião:
Tu me buscas em nome da paixão
Sob os aromas indutores da doçura
- mística -
Com as cores do Sol e da Lua,
Vesti-me de estrelas para ser toda tua
- odalisca -
Dançando até o raiar do dia,
Encantarei-te como o fogo da fuga.
Resguardo para ti no final de tudo,
E até mesmo no final de um dia comum:
O beijo mais doce de todo o mundo,
Descanse, meu bem
- Tranquilize-se
A força do destino vivifica:
Algo que a alma não decifra
A coisa boa que você me faz
Só sei que sem o teu amor não vivo mais.
Chegou mansa a 'noitinha',
ela pronta a se assanhar:
Fez com que eu imaginasse
dormindo de ladinho
bem abraçada contigo.
Nós dois de 'conchinha',
como 'a onda no mar',
vestidos de estrelas e luar.
Noite toda mansinha
cheirosa nas nossas relvas...
Teu corpo é lugar de ficar,
mesmo estando de costas:
eu sei do que tu gostas!
Sinto teu peito a ribombar...
Esbanja a vontade indelével,
Supera a vergonha engolida,
Busca a verdade lasciva,
Enfrenta a opinião alheia,
Abraça com ânimo rebel,
Revela este amor incrível!
Suaviza como o vento,
Acaricia como a neblina,
Balança como o mar,
Carrega como o barco,
Providencia como a duna
Esbanja como a Lua.
Acolhe como as areias,
Estoura como a espuma,
Invade como a onda,
Floresce como as flores,
Recolhe-me feito concha,
Colore como o Sol e suas cores.
Esbanja-me quando fores meu,
Usufrui-me por inteira,
Toma-me por tua,
Encanta-me como presa,
Devora-me sem gentileza,
O destino me trouxe como prometeu.
Um castelo de bons ais,
Tão doce de [gemidos,
Doces acordes sonoros,
Agradando os [ouvidos.
Invasão e terno afago,
Maciez do meu agrado,
Enfeitando os sonhos,
E agradando os olhos...
Voltas sempre para mim,
Porque só eu faço assim,
Amas o meu par de [pernas,
Carícias tu não me [negas.
A poesia é travessa...,
Sensualmente não mente,
Para te amar imensamente,
E te agradar eternamente...
Convencida dos teus [desejos,
Ultrajando todos os [medos,
Agarrando-me às tuas [manias;
Escancaro-me às tuas [alegrias.
Não sei o quê fazer com você,
E nem com a lembrança doce;
Que me fez gostar sem querer
Do olhar que me fez endoidecer.
Tua serei sempre que quiser,
E do jeito que ordenar...,
Não há nem como negar
Sob o domínio do teu olhar,
Não há como não esquecer
Do manso bem-me-quer
Vindo de um beijo estelar
- Primeiro e derradeiro -
Que fez o meu corpo te querer
- inteiro -
Sendo eu poesia última,
Juro-te como o meu amor
- verdadeiro -
Guardado estás no meu peito.
Não sei o quê fazer com amor,
E nem com todo este encanto...
Quando não é verso, ele é pranto
É melhor eu fixar no meu canto.
Jura que irá voltar para mim!
Não encontro melhor fim,
Por isso resolvi me recolher
Para eternizar em versos
- tudo -
O que o coração não consegue
- apagar -
E o que o meu corpo espera
- se alimentar -
Do universo feito de você
E deste amor que não consigo
- esquecer -
Porque nascermos para nos repletar.
Não sei o quê fazer com o tempo,
E nem com a distância...
Que os meus versos sejam o breviário,
E a saudade de mim se torne estância.
Dançam os plátanos ao vento,
Jubilosos de tanta gratidão,
Saúdam os mansos parreirais,
A saudade é o sentimento
Dono de um tempo que não volta mais;
Sublimes os leques das araucárias
Abertos em celebração,
Bondoso o Vale dos Vinhedos
Repleto de belezas sobrenaturais.
A vida acontece plena,
- fortificada
A mata cor de menta,
- perfumada
Sob a proteção da grandeza
De um céu feito de turquesa,
Protetor de mãos trigais,
Povo feito de batalhas,
Gente que não se rende jamais!
Encantam com sabores,
Persistentes na labuta,
Gente gaúcha e resoluta
Que não perde sequer uma luta!
Não me poupe das tuas mãos
Que brindam com carinhos,
Não me poupe dos teus passos,
Quero estar nos teus caminhos.
Não me poupe dos teus beijos
Que lembram os sacros pomares,
Não me poupe dos teus sabores
Quero celebrá-los diante dos altares.
Não me poupe dos teu pensamentos
Poéticos cataventos de sentimentos,
Não me poupe dos teus beijos solares
Quero estar contigo em todos os lugares.
Não me poupe nem das tuas noites,
Que me convidaram para protagonizar
- as boas madrugadas -
Quero estar na tua companhia
Não sairei jamais das tuas estradas;
Não me poupe dos vinhos embriagantes
Das mais doces juras e do Vale dos Vinhedos;
Ainda hei de saber dos teus (segredos)...
A chama da vela
- marca -
A doce silhueta
- insinuante -
Ao cair do poente
- brota -
A abóbada silente
- brilhante -
À iluminar o corpo
- dos amantes -
A saborear celeste
- sorrateira -
A cena picante
- extasiante
A chama da vela,
- revela -
A coreografia bailante
- de joelhos;
Capaz de escandalizar
Os mais sensuais espelhos.
A chama da vela,
- capaz -
De trazer a paz,
Para dois que querem mais;
Estimulados à enfrentar a horas,
Carregar auroras e desmaiar poentes
Nas linhas mais erógenas - amar;
Juntos cultivando sementes
Para sempre um novo raiar.
A chama da vela,
Derrete a cera,
Como o seu olhar,
Faz com o meu corpo,
Sem pudor e sem dó,
Envolvendo-me como um nó
- exato -
Verso perverso e inefável,
Que me prende, aperta e segura,
Na delícia que não passa,
Numa poesia incurável,
Glória aos céus,
Por esta loucura!...
Não é preciso provar nada,
Precisamos um do outro,
Não devemos nada a ninguém;
Devemos nos provar...e bem!
Não é preciso justificar nada,
Entregamos fácil o ouro,
Não negamos nada a ninguém,
Todos percebem muito bem...
Não é preciso esconder,
Dançamos no abismo;
Não recusamos o amanhecer
Dois oráculos e um destino.
Vagueio peregrina na tua mente,
O teu corpo sente a ausência
- unicamente - do meu!...
E o meu escreve evitando
- lembrar - de que já teve o seu!
Escrevo poesia - evitando -
Lembrar de que ela existe,
Como um gemido de fidelidade
- extrema - pela falta que me fazes;
Ainda escreverei versos muito melhores,
E bem mais plenos e audazes...
O meu poder vai além do teu querer
A minha fragrância envolveu o teu arfar;
O meu desejo ainda vai te endoidecer
A minh'alma sempre é o teu [altar...
A minha luxúria virou o teu refúgio,
O meu anseio não passou, ficou;
A paixão tornou-se inquebrantável,
O nosso corpo é um só: [indissociável].
O vento ergue o sublime uivo,
A chuva molha o teu [escudo,
O meu corpo em descuido manso
A vontade no peito desfez o [escuro.
A chama não se apaga nunca,
O amor é a luz do mundo,
A verdade traz o fio da [espada,
O arrepio que me traz e sempre me [mata.
A minha presença sempre será [forte,
O verso mais lindo que fiz, não rasguei;
A doçura de amor virou lei,
O amor trouxe você que me deu [sorte.
O poder de estar sempre contigo,
A cadência que te alucina, poema de absinto,
O amor que se arrisca até no abismo,
A loucura que não apaga nem da memória.
As estrelas riscam o chão,
E escrevo sobre o amor
Na palma da minha mão,
És Universo e intimidade
Vou reverenciar cada minuto
Em nome da nossa paixão.
As estrelas iluminam
Os teus tontos passos...,
Porque no fundo és menino
Pleno e do mundo desprotegido;
Precisando dos meus afagos,
Para não temer o infinito.
Segue os meus passos
Como o Sol descobre a sombra,
Sinal de que não havia percebido
Da libertinagem com pompa,
Rimado pelas estrelas aos estalos.
Pecado inconfessável,
Chama secreta,
Perfume inefável,
Rosa mística,
Oásis no deserto,
Ilusionismo perfeito,
Soneto d'alma,
Porão aberto,
Algema quebrada,
Coração inteiro,
Flutuação perfumada,
Estou hipnotizada,
Completamente dominada.
Obedeço com louvor
Sereno como um rio,
Assim te tenho amor.
Brindo com doçura
Carinhosa como água,
Que beija, rega e passa.
Temo não te rever mais
E perder das estações
A imagem que trouxe paz.
Canto a derradeira canção
De ninar a noite do meu bem,
Quem sabe um dia você vem?
Ouço o sussurro do rebojo,
Danço a música do vento,
Assim distraio a tua falta,
Não perco a minh' alma.
Rabisco o meu caderno,
Escrevo o nosso enredo,
Respeito o valor do tempo
Resistindo a dor e o medo.
Nunca mais me distanciarei,
Rejeitarei os oceanos,
Sigo os teus passos ciganos,
Confesso, eu me apaixonei!
Como divindade, escrevo,
Nestas linhas não me nego,
Para todas elas, eu me entrego,
O amor é realmente cego...
Amo-te imensamente,
Confesso, és desconhecido,
... admito! Grito!
Viver livre de ti, eu não consigo!
Vencendo os limites,
- eu me vejo em ti -
Rompendo convenções
- eu me vejo em ti -
Imaginando mais de mil fetiches.
Cantando os sonetos,
- eu escrevo por ti -
Colhendo as flores,
- eu vivencio por ti -
Cultivando mais de mil sabores.
Enamorando os poetas,
- descrevendo-te -
Encantando as sereias,
- embalando-te -
Ao som das conchas singelas.
Alçando o impossível,
- relembrando-te -
Pedindo o teu perdão,
- surpreendendo-te -
Com o meu beijo cheio de paixão.
Afinal, eu sou tudo e nada,
Apenas aquilo que não se espera
De uma dama e poetisa,
Um verso do avesso,
Brisa sem eira,
Aroma que enfeitiça,
Poesia sem livro,
Intimidade desconhecida
Que roubou o teu juízo.
Alonga o teu olhar para ver
A figueira aos pés da duna,
Os frutos tão ricos da alma
De um segredo que é prece,
Eu pude colher os figos
Sob a Lua para fazer um doce,
E também para fazer sentido
- bendigo -
Só para ser exclusivamente tua.
Sempre fugimos do mundo,
Porque nos reconhecemos em tudo.
Sempre fugimos de gente,
Que não ama, não sorri e não protesta.
O amor não surgiu em vão,
Ele nasceu para iluminar a Terra.
Existe uma dolência que nos une,
Nunca chegará a se tornar escuridão,
Resistirá em nós o mesmo Sol,
Que nascerá e que se dobrará;
Persistirá como saliente brasa,
Deslizará como mão que afaga,
Com o doce beijo que não para,
Será muito mais do que chama...,
E queimará muito mais do que fogueira
Em noites de luar, e não tente duvidar!
Amor sempre teremos de sobra!
Tu és como mar que leva o barco,
Assim é a carência que nos dobra;
Afirmativa é a boca sedenta por água,
Nós chamaremos insistentemente - a toda hora,
Seremos uma luz que não se apaga;
Um nó do destino que não desata.
Existe um amor que o mundo enxerga,
Não há ninguém que discorde,
E muito menos nos afronte,
Estamos prontos para a epopeia,
Que há de fazer a história,
De duas almas severas;
Tão doces quanto valentes,
Sementes lançadas ao vento,
Resistindo ao veneno,
Do cotidiano que é quimera.
Amor: aprecie a cantiga do mar!
Observe como gingam as correntes,
Tenho que te confidenciar:
- Eu quero te mimar!
O quê pensam as gentes?
Que somos inconfidentes.
Eu sou a tua rosa solar,
Regada pela água do mar,
Poesia e repente de amar.
Dissolvida pela encruzilhada
Causada por uma decisão,
Esquecida pelo afastamento
Da tua presença fui lançada,
Cantante dos versos deste fado
Em companhia da solidão
Do luso-mineiro largo,
Derrotada pela autoridade
Que só o tempo é capaz de ter:
Eu jamais consigo te esquecer.
Entretida pela chuva e pelo sol,
Acompanhada só pelo vento,
Arrependida por não te ouvir,
Esperando-te a todo momento.
Entristecida pelo abandono
Que eu mesma me impûs,
Não ando enxergando nem a luz.
Sozinha por ter fugido do querer,
Sei que corro o risco de te perder.
A chuva de prata anuncia:
o amor que você confidencia.
O sabor da vida desafia...,
é amor que também escandaliza.
A artista desenhando a estrada,
a alma de um homem estradeiro,
A vitória de um amor perfeito,
a vida celebrando cada passada.
A janela do tempo aberta,
- o amor que você acredita
É flor desabrochando no canteiro,
- a poesia antes desconhecida.
O rouxinol na mão saudando
o dono do viveiro,
O fado manso na tua mão,
o mel em forma de canção.
O vento batendo na janela,
a Lua iluminando o chão,
O Sol projetando o amanhã,
a vida é sempre uma promessa.
A vida tem subterrâneos,
Nem sempre um convite
É uma boa proposta;
Não fale com estranhos.
A vida não tem preço,
Não se seduza pelo desafio,
E nem se leve pelo desespero.
O mundo por si só já é um perigo
Para tudo existe um recomeço,
Não se entregue, se preserve
Corra para longe do desatino.
A vida tem surpresas,
Não tenha pressa,
Tenha os pés na tua terra,
Não se venda para sorriso largos,
Nem sempre eles são verdadeiros;
O sol nasce para todos, confie,
É só se afastar de convites sorrateiros,
A boa fortuna um dia vem,
O destino escreveu nos seus passos:
Você não nasceu para ser mais uma presa
Do Tráfico Internacional de Pessoas.
- O mundo não nasceu para ter escravos! -
Fantasio na surdina,
Revivo na alvorada,
Comemoro na aurora,
Estive ao teu lado,
Embalada pelo beijo,
[Selo] de outrora,
Universo de poesia,
Outrossim, sinfonia.
Prevejo na calada,
Rememoro a neblina,
Esparramada alfazema,
Sensualidade albatroz,
Provocação extrema,
Janela aberta audaz,
Terra de Geraes provada,
Por ti entreguei-me inteira,
Ainda te pertenço sem dilema.
Vento que assobia,
Que desassossega as folhas,
Vento que brinca,
Que desinibe a flores,
Vento que sacode,
Que do livro vira as páginas,
Vento que transporta,
Que leva o meu perfume,
Que faz com que ele penetre
Nas tuas frestas e bata na tua porta.
Sou o vento que balança
A tua janela, espera!
Quem espera sempre
- alcança -
Nunca se perca de nós;
Entenda a nossa cumplicidade
Que vive de esperança
E de pé na Terra.
Tarde ensolarada à beira mar
E ritmada ao modo do vento,
No ir e vir do balanço do mar
Como o teu jeito manso,
A tua voz de suave encanto,
O teu riso aberto, sincero;
Trazendo a tua voz presente
Anunciando contente:
- a nossa reaproximação!
Os pássaros são anjos inteiros
De plumas adornados,
Cantores da anunciação,
Saudando o tempo e a distância;
Pela incapacidade de desfazerem
Uma verdadeira paixão.
Os divinos cantores
De asas abertas,
São ainda mais lindos
Anunciando a liberdade,
Que só o amor pode trazer
A verdadeira salvação.
Os sentimentos não se dissociam,
Amor e paixão tem uma fórmula
- secreta -
A nós foi nos dada à missão:
De sermos boticários da anunciação
De uma mística que Deus secreta.