Álvaro de Azevedo

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O mal não é a religião, é o que fazem dela...

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"O medo é a jaula da razão"

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A única coisa que você achará, será você mesmo, num desespero e uma necessidade tão grande por proteção e confiança, que verá em sua própria desgraça um sentimento de esperança e conforto. E dai, irá caracteliza-lo como "deus".

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Mesmo que dentre milhares, um pilar de genialidade se forme, não o intitularia como sábio! A sabedoria não é acervo, quantitativo! Sábio, é aquele que perante os geniais, se faz ignorante. E em sua ignorância, prova da forma mais singela, que além das palavras há um sentido! E por trás do sentido, a razão....

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Tabula rasa


De nenhuma palavra, sou como uma lousa em branco, a espera de um contraste!
Continuo, e lá perpetuo, nada tenho a fazer, não há como eu mesmo me preencher!
Não há nem mesmo uma maneira de me mexer!
Então somente fico! E na minha mente redijo, o texto que penso escrever.
Embora porém já saiba o quão impossível há de ser…
Somente será preenchido pelo giz de quem sobre mim, descrever!
E nesse impasse interminável, suplico a mim mesmo uma solução…
Mas na fôrma eu estou preso! Condenado, e fadado, a nela permanecer até o fim.
No mais, espero a visão de quem eu busco… E enquanto não vem, faço o que sempre fiz! Sinto pena de mim...

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Metáfora


Como pode ser tão cruel? uma metáfora bem intencionada?

Não tira nada de ninguém! Não esperneia, não faz birra, não grita!

Apenas explica, entre uma e outra palavra, de forma singular, porém irregular!

Buscando a interpretação de tal razão abstrata.

Mesmo assim, apenas demonstrando seu foco, sem delimitar um alvo, sem colocar-se ao ápice… A descrevem cruel!

Com tudo, no fim, a crueldade não permeia das palavras, nem do sentido, ou mesmo da razão!

O cruel é ouvir, entender e admitir, que tal raciocínio é de fato plausível! Mas mesmo assim descarta-lo…

Talvez por medo, ou orgulho! Mas o que sobra é tristeza, por compreender, condizer, e não satisfazer...

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As vezes a melhor forma de se demonstrar a certeza, é o silêncio.

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Para o onde foi a ligação da interpretação e objetividade? Onde está o bom senso, o senso crítico, a razoabilidade?
Porque dentre o escudo e a espada, portar somente um, podendo carregar os dois? Não entendo… formou-se uma mania, que mesmo já existente, torna-se cada vez mais ampla! Essa louca excentricidade de somente defender ou atacar fervorosamente!
Esse pobre conceito de preto no branco!
Então me questiono: “O quão atraente deve ser uma opinião para tantos a seguirem cegamente?”
Não voto pela obrigação da escolha! Voto por análise, busca, questionamento! E não irreverência cega e absoluta! Tenho um protesto a fazer! Peço pela volta da “Nuance”... Pois para mim, vejo que os sábios não são aqueles que mais fazem, ou mais rápido fazem. São aqueles que melhor fazem! Mesmo que demore, e que do pouco se forme...

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Proposital


Me encontro no encalço do delírio. Sou espectador, ator e diretor da minha própria Obra!

E em meio a essa peça teatral, que é este conceito nato de moral, se formam os algozes, em busca da sentença final!

Pobres carrascos… somente subjugam por obrigação. Porém o fazem com afinco, e imponencia...

Mas o real culpado da desgraça e do fim imoral, é quem perpetra o ato inicial!

Aquele que em primeira instância se julga correto afinal… e assim monta sua estratégia modal.

No mais, o fardo da busca interminável se faz essencial! E agora vem a certeza e a convicção do erro! No entanto, o destino já se fez cabal...

E de fundo se ouve o tilintar do ferro no concreto, os algozes se esvaíram… sobraram só os vestígios… do pobre conceito trivial...

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Somente agora posso dizer que sou filósofo… Somente agora aprendi a surpresa de perceber o perceptível. De olhar e vislumbrar o que já é visto, analisado, doutrinado.
De sair da estagnação dessa lógica absoluta. Enxergar a certeza de tantos anos, com outros olhos. E livrar-me da arrogância do saber nato.
Agora sou simplesmente ignorante sobre a resposta certa! Procuro-me trazer desafios! Usando então de minha ignorância como forma de entender, que a sabedoria só sabe o que dela foi sabido.

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Popularmente, costumam dizer que “Deus escreve certo por linhas tortas”... Mas o quão tortas seriam essas linhas? E o porquê de entortá-las?
Será que o vão motivo de transcrever essas tais linhas tortas, vale menos que a certeza final? Então eu penso…
“Será que por vezes, essa tal lição entortada, feita para se alcançar a certeza final, não poderia ser endireitada?”
Tantos porquês para uma simples questão… vou parecer um solista para alguns. Mas então, eu vos pergunto: Porque parafrasear?

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"Prefiro ser cético por precaução, do que crédulo por necessidade."

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Não pegue para si razão absoluta de nada! Não ache que tem a certeza do julgamento, pelo simples fato de convicção própria.
Simplesmente observe, e tente entender tudo a sua volta. Sua visão é apenas sua! Então veja pelos olhos do outro. Somente assim, realmente vai ver que sua razão, é tão subjetiva e relativa quanto sua convicção em tal...

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O ódio só transparece a vontade de odiar! Então não se esconda atrás de sua conduta moral...

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As vezes perdemos muito tempo olhando da maneira errada o momento certo.

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"No meio do caminho tinha uma pedra,
Tinha uma pedra no meio do caminho".
Pois é Drummond, agora no meio das pedras tem um caminho.

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Disseram que eu estava vivo! Mas eu não estava..
Disseram que eu era imortal! Mas eu não era...
Essa é a moda do caos, tesoura do caos. Recorte sucinto ao imortais mortos.
Disseram que eu era nada! Mas se o nada era eu, não era nada…
Disseram que eu estava com medo! E sim, eu estava! Medo do caos!
Disseram que o caos se fez por mim! Mas eu não o fiz.
Disseram que semeei o medo que colhi! Mas novamente não o fiz.
No fim disseram que morri, e parece que sim.
Mas eu não vi, nem ouvi, somente senti.
Enfim, a moda do caos caiu sobre mim.

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Solidão nada mais é do que a convicção de se estar sozinho.
Não tem a ver com quantidade, e sim qualidade.
Estando sozinhos, refletimos sobre nós mesmos e o que somos e fazemos…
Entregamos a nós próprios nossos medos, segredos, angústias, tristezas.
Antes de esperar a cura pelo outro, cure a si mesmo!
Pessoas são mais que uma cápsula de lamúrias! E na solidão, que se descobre o homem.

Não tenha medo de si... Tenha medo dos outros.

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Solidão nada mais é do que a convicção de estar sozinho...

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Somente escrevo... E acima de tudo descrevo, o que vejo, sinto e percebo.
No mais transcrevo, sobre o pó, a lenha e o barreiro!
Caminho derradeiro! Se faz perigoso e estreito... Cemitério e leito!
Sofrido e perdido, as margens do canal! Obstruido pela força local.

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Perguntei-me essa manhã, sobre as "verdades", após ouvir tal frase: "Não existem verdades absolutas!"
Engraçado, como todos só vêem dois lados de uma moeda!
Mas sabemos que ela é composta por três.
Se não há verdade absoluta, como você pode afirmar essa não existência absolutamente?

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Procurar as respostas nos faz entender as perguntas.

Decisão

Da discórdia se fez forja, e na forja o metal derreteu.

Do metal se fez a arma, e dela o refém! Que por ela morreu.

Da morte se fez tumulto, brigando por quem já pereceu.

Da vida fez-se o descaso, de quem vive, e quem já viveu.

No descaso segue a derrota! Que se apoia a mente ociosa.

E da mente a última prosa… sufrágio antes do adeus.

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A base de toda forma de alienação, está na necessidade de ser alienado.

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