alessandro de azevedo moreira

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REFLEXÃO

A posição de são Paulo apóstolo, em relação à Lei é bem marcante e a sua transcendência do ethos semântico marca de maneira pontual, o paradigma costumeiro, deixando um vazio epistemológico que servirá de ponto de partida para a criação de sua teologia que tem com uma de suas principais características, o novo homem; A NOVA CRIATURA.

O Homem SÁRKIKOS, guiado pelos seus instintos, pensa que é livre, quando na verdade se torna escravo e totalmente dependente deles; confunde liberdade com libertinagem. Pensa no ter e vive hedonicamente em eterno gozo, saciando-se sem limites e tratando uns aos outros como coisas animadas com selo de preço e etiquetas de validade.

A mudança almejada por são Paulo demonstra a sua intimidade e conexão com o Evangelho deixado por Jesus. Entre os gentios tinham os Gregos que elevavam o homem PSÍKIKOS, o homem racional; era melhor do que o anterior, mas apenas a razão, pode até nos convencer no campo da lógica de que estamos errados, mas sozinha, não nos dá força para sairmos do erro e vencermos o pecado, e depois, nossa razão será sempre limitada diante do mistério de Deus.

O modelo que tinha em mente e que coaduna com as práticas cristãs era do homem PNEUMÁTIKOS; o espiritual. Esse é feito a imagem de Jesus Cristo, o Homem Novo, é desse que Paulo fala com tanta insistência: “Revesti-vos do homem novo...”. Esse homem vê tudo retamente, pois não é guiado por si mesmo, mas pelo Espírito, que tudo sabe tudo conhece! Esse homem é verdadeiramente livre.

Hodiernamente, será que ao fazermos uma reflexão de nosso comportamento como cristão, conseguiremos nos encaixar na perspectiva de são Paulo naquele ideal de homem que ele almejava e fez de si mesmo um exemplo a ser seguido? Ou ao invés disso, estamos alhures deste homem planejado por Jesus?

E se estamos longe, o que está nos afastando? Quem sabe a abordagem que se tem dado ao Evangelho como um produto eficaz com um viés comercial, repleto de mágicas e milagres, que trata as pessoas como clientes e sem constrangimento, anuncia-se que qualquer um pode adquirir esse determinado benefício com um esforço mínimo de uma quantia x.

As pseudoigrejas têm se transformado em supermercados da graça com a satisfação garantida se a sua fé for pelo menos do tamanho do grão de mostarda, oferecendo celebrações com cultos diferenciados repleto das intermináveis campanhas de obras ao gosto e necessidade dos fregueses.
O que esperar de uma realidade assim tão tacanha que faz das promessas de Deus e da economia da salvação um negócio lucrativo?

Entre dadores de aula, ministradores de conteúdo e educadores.

Por que será que a educação brasileira permite que qualquer indivíduo possa trabalhar como professor, independentemente de ter formação ou não? Qual é a legitimidade desta prática? O que acontece quando em escolas de segundo grau, faculdades e universidades se dá mais valor a profissionais de outras áreas em relação àqueles que estão na função de não apenas dadores de aula, ministradores de conteúdos e sim de educadores?

Para fins didáticos se faz necessário um esclarecimento de uma breve definição entre o que seja dador de aula, ministrador de conteúdo e educador: o dador de aula é o indivíduo que está ali na maior parte das vezes porque não conseguiu se formar em mais nada e daí por pura falta de opção, fez uma licenciatura mal feita e vai para a escola sempre reclamando do trabalho, da diretora, dos alunos e do seu salário; em contrapartida, desconhece o significado do termo didática e sua prática pedagógica, está mais sedimentada para o grito, esculacho e intermináveis divisões da sala de aula em equipes que passam o ano se revezando e fazendo o trabalho desta criatura nefasta, que alarga ainda mais o fosso dos descamisados, dos pensados, que passam à vida, nas mesmas reclamações do governo, de Deus, da plantação de soja na Amazônia,sem tomar uma atitude mais pontual.

O dador de aula das faculdades é aquele indivíduo que tem outra profissão, que foi conseguida através de concurso e que nunca na sua vida pensou que fosse por os pés em uma sala de aula até porque sempre se considerou superior aos profissionais da educação, e quando é convidado por alguma instituição que vê nele a doce ilusão de melhorar o seu quadro de docentes com a presença do DOUTOR, traz para sala de aula um sujeito que igual ao seu par do segundo grau, não sabe o que é prática pedagógica orientada pela didática; faz de suas aulas, uma ode pessoal refinada com pitadas de intermináveis sessões de terror de sua disciplina, seja no processo avaliativo,seja na dinâmica da correção das avaliações, perseguindo os acadêmicos que ousam questioná-los, para não transparecer sua tacanhez, por traz do título que ostenta de maneira infantil, sem mencionar a repetida frase de que a sua disciplina é a mais importante de todo o curso e que se deixa seduzir por aquelas beldades das salas de aula, com suas pernas de fora e os decotes generosos a agradar os mais variados gostos, propositadamente colocados, com o intuito de agradar ao mestre com carinho e ter como recompensa, a sua aprovação no ano ou período letivo.

Em relação ao ministrador de conteúdo, tanto no segundo grau como na faculdade é fácil de identificá-lo, por sua extrema preocupação com o conteúdo e o seu total descaso em relação ao aprendizado significativo por parte do corpo discente. O que este personagem mais quer, é acabar o conteúdo para dar uma satisfação à direção da instituição de que está fazendo jus ao salário que está recebendo, tendo o viés de sua prática pedagógica que em alguns casos existe, a rigidez e o engessamento que também em alguns casos, se deixa levar por aquelas beldades, sem contar na vista grossa que fazem daqueles acadêmicos que são seus bajuladores oficiais que se utilizam daquela famosa prática ilícita, na obtenção do conhecimento necessário, no momento da temida avaliação e que se como não bastasse isto, lhes permite ficarem com esta nota, mesmo sabendo quais foram os recursos utilizados para sua obtenção, deixando passar a grande oportunidade de mencionar os critérios éticos que deveriam conduzir a vida do cidadão de bem, evidentemente em particular; os tais valores que permitem a nossa humanização e perpetuação no espaço-tempo como homo sapiens.

O tipo mais raro de professor é o educador. Este se enquadra no cidadão que reconhece a singular importância de ser um construtor de cidadãos, que optou por escolha entrar neste sacerdócio e que como tal, quando se encontra em sala de aula, sabe que sua missão vai além de apenas ministrar conteúdos e acabar o conteúdo livro do semestre ou do ano. Educar é um processo de parir homens imbuídos dos mais altos valores humanos, na construção da cidadania, da busca do outro como parceiro de vida e não como rival; de olhar o diferente apenas como diferente e como fonte de outro olhar e oportunidade também de aprender algo novo, não admitindo em sala de aula qualquer tipo de preconceito.

O educador deve sim lutar por seus direitos, por salários mais dignos, por menos alunos em sala de aula mais a partir do momento que adentra no seu templo sagrado, deve esquecer-se das mazelas porque passa, e ensinar, até porque, é por isso que ele está lá naquele preciso momento. Dentro deste viés, seu campo de batalha é fora daquele cenário. E quando este se depara com as beldades e vai se deparar, adota uma postura oposta mostrando a elas em particular sem ferir os seus direitos, que este tipo de comportamento não irá conduzir a nada de bom e que elas devem acreditar mais em si e estudar, contemplando as vantagens da mecânica de todo o processo, na obtenção de sua humanização e preparação para o mercado de trabalho.

O aprendizado significativo para este tipo de professor é único caminho possível e destarte, tem a coragem e o profissionalismo de sempre inovar a sua prática pedagógica na busca de melhorar a maneira de transmitir a seus alunos os conteúdos que devem aprender, sem perder a ternura de jamais esquecer que lida com pessoas em processo de eterno vir a ser e destarte, tem que usar de ferramentas motivacionais e fazer o aprendiz se sentir parte na construção do aprendizado, sempre mostrando a relevância do mesmo no cotidiano do aluno. Suas aulas misturam uma cultura vasta, com pitadas de humor e de motivação que fazem com que os acadêmicos se sintam animados de fazer parte daquele momento ímpar de suas vidas, sem esquecer também que irá encontrar com alunos com questionamentos inteligentes e outros nem tanto, e em certos momentos, não saberá da resposta a tais questionamentos e outros sim, e nem por isso, deixará se abater, pois sabe que aqueles que se fecham a realidade de que não sabem tudo, também estão dentro do processo de contínua formação, não merecem ser chamados de educadores.

Hodiernamente, é idéia de que o conhecimento está nas mãos dos professores como única fonte, não condiz mais com a realidade. Existem ferramentas como a internet, que possuem e dá acesso a informação, quase no mesmo instante que estão sendo produzidas. O verdadeiro educador também valoriza o erro do aluno como fazendo parte do processo educacional e não como estupidez. Infelizmente estes profissionais, às vezes não são tratados de maneira adequada por não serem promotores, juízes, dentistas, médicos ou engenheiros em algumas instituições de ensino, quer sejam de educação básica ou superior, reduzindo em alguns casos a sua motivação.

O Processo de ensino-aprendizado brasileiro ainda está muito capenga sem contar que a semântica da expressão,“significado da metodologia” é muito pouco profícua e a carência de educadores, uma realidade. Desta problemática é que vem o fato de quem estar à frente de muitas salas de aula não ter o menor preparo de fato, se enquadrando nas categorias dos dadores de aula ou ministradores de conteúdo.Precisaria se rever a formação destes profissionais e quem sabe até, como no caso da advocacia, se por uma avaliação para que estes senhores quando no final de seus cursos de licenciatura, tivessem que conseguir níveis de conhecimento mais amplos e de qualidade melhor no tocante a transmissão dos conteúdos;e nos casos de mestrados e doutorados, que a formação não se esquecesse da tão falada e necessária, didática.

The politicians does not want in Brazil a project for a good education; a education that creates critical minds;'cause this will set them free to observe how blind they (the citizens)are used to be.

A epistemologia paulina

Quando se pensa em geral na mensagem do corpus teológico paulino, não se pode deixar de evidenciar que a ressurreição está no seu epicentro (1cor 15.12-58). A enfase que o apóstolo das nações dá ao tema é cláusula pétrea dentro do seu sistema teológico. Nós fomos salvos por Jesus Cristo e a partir daí nos tornamos novas criaturas ou pelo menos deveríamos ser.

Soteriologia é o estudo da salvação humana. A palavra é formada a partir de dois termos gregos Σοτεριος (Soterios), que significa "salvação" e λογος (logos), que significa "palavra", razão universal ou "princípio".Dentro da religião cristã devido ao grande número de igrejas, cada uma tem a sua própria visão do que significa salvação.

Algumas insistem em centrar seu foco em uma soteriologia desenfreada na busca de salvar almas do fogo eterno e só. O problema é que não procuram entender de fato de que se trata o termo salvação; o que realmente traz em seu bojo e qual o projeto de Deus na história da humanidade.

A mensagem da ressurreição diz respeito a ter uma nova postura a partir do momento da verdadeira metanóia que é o entender de fato o que realmente foi feito por Jesus e a relevância disso em nossa vida diária tocando todas as esferas de nossas relações com o próximo e conosco na resolução de nossos conflitos internos direcionando os nossos desejos não realizados causadores de gradientes de frustrações a causa maior que é o ser discípulo de Jesus na íntegra.

Em certas ocasiões dentro da busca de evitar o fogo eterno a preocupação se concentra mais em Jesus crucificado quando deveria se voltar ao Filho que foi ressuscitado por Deus e está sentado a direita do Pai esperando que nós o reconheçamos como nosso princípio de vida.

A Igreja é a nova comunidade de Deus na terra que ficou responsável por seu legado de pregar a boa nova. A soteriologia não deve, no entanto ser esquecida, mas sim vestida do viés correto, uma vez que o homem nasceu para uma ética da dependência do criador e não a emancipação libertina que o conduz a ruína e ao afastamento de Deus.

O princípio norteador paulino se volta à compreensão do retorno ao estado original de criatura; ao homem adâmico limitado e agradecido por participar da criação; na história da humanidade é claríssimo a tentativa humana de auto-tutela e também é claro aonde é que isso sempre acaba. O apóstolo enfatiza que a salvação está centrada no nascer renovado acessível todos os dias, a cada um de nós, em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ser santo

O Vaticano anunciou que o falecido Papa João Paulo II está mais próximo de se tornar um santo da Igreja. Seu corpo transferido para outro caixão para um altar na basílica de São Pedro para que as pessoas possam lhe prestar homenagem. A Santa Sé afirma que o milagre atribuído à intercessão de João Paulo II junto a Deus diz respeito à irmã Marie Simon-Pierre Normand, uma freira francesa de 49 anos diagnosticada com a doença de Parkinson, enfermidade com a qual o próprio papa também sofria.

O vocábulo santo tem sido alvo de muita confusão e ignorância. As maiorias das pessoas, inclusive os católicos fomentados por sua Igreja, pensam que ser santo é necessariamente: ter poderes sobrenaturais para curar alguém, ser intercessor perante a Deus, sofrer muito, passar fome, andar descalço, não se casar, não ter família, ser triste, doar os bens aos pobres e acima de tudo, ser pobre do ponto de vista financeiro.

Qualquer pessoa pode e deveria tentar ser santo e isto não é coisa de católico como o dizem certos desavisados. O chamamento tem relação direta a seguir os passos de Deus em consonância a sua boa nova, sendo um missionário e imitador de Jesus. É assunto importante e sobre a temática o apóstolo Paulo diz o seguinte:
“1 CO 7.14 - Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.”

Ser santo é também:
a) Lutar para a busca de uma sociedade sem desigualdades onde os mais fracos jamais sejam despojados (Mt. 23,14).
b) Ser santo é viver a alegria do conhecimento de Deus com oração e fé; é sofrer as angústias da história como resultado de nossos vínculos com um padrão que o mundo não conhece (Mt. 11,25-27; 5,11-12).

Não se deveria fomentar o uso errado da importância e utilidade do vocábulo e principalmente da função de ser santo uma vez que o chamamento é para todos; uma parcela considerável dos cristãos quando fala sobre o assunto tem uma visão que é tarefa apenas para alguns seres especiais.

O correto seria que qualquer instituição religiosa que se utilizasse da pedagogia dos santos, retificar práticas equivocadas, ligadas a sincretismos religiosos que denigrem a imagem e mensagem destes grandes homens e mulheres. É importante evitar que as pessoas permaneçam na escuridão da ignorância, a praticarem usos e costumes que não tem a menor relação aos ensinamentos de Jesus.

Essa pedagogia consiste simplesmente, em utilizar das ações destes homens e mulheres consagrados a causa de Deus, como exemplos humanos a serem seguidos; se Antônio, Francisco e Madre Teresa conseguiram, qual seria o empecilho pra nós?

Basta que nos voltemos de verdade a Deus e – não segundo as nossas conveniências – que ele falará conosco e nos mostrará o caminho certo a ser trilhado e, sobretudo, nos fará ver que ser santo, é ganhar a vida eterna e este fato por si só, basta para sermos felizes em plenitude.

E o que de especial estas pessoas fizeram? Estas pessoas tentaram seguir a risca os passos de Jesus; eles não tinham como objetivo a glória pessoal e nem tampouco depois de sua morte, estar em altares para serem infelizmente por alguns, adorados.

Em Levítico 20,7 lê-se assim: “Santificai-vos, e sede santos, porque eu sou o Senhor, vosso Deus”.

A missão dos santos não é tarefa simples e fácil. Lutar contra um mundo que nos convida a todo o momento, a desfrutar dos prazeres da carne exageradamente e a ir contra os preceitos divinos, tidos em nosso tempo como ultrapassados, é ter que vencer um leão diariamente.

O porquê de ser cristão

O que será que tem de especial em ser cristão? Qual o diferencial entre os discípulos de Jesus e Estóicos e Epicuristas e os judeus? Será que religião é tudo a mesma coisa?

Comecemos a nossa pesquisa observando os ideais de justiça e a relação entre os povos e os seus deuses anteriores a Jesus.Para um grupo de gregos denominados de Estóicos, o fim supremo, o único bem do homem, não é o prazer, a felicidade, mas a virtude; esta não é concebida como necessária a condição para alcançar a felicidade, e sim como sendo ela própria um bem imediato.

A apatia para com os problemas que o cercam é o ideal perseguido por eles. Em contrapartida o mal supremo era o vício em qualquer coisa que pudesse perturbar esta serenidade do sábio estóico. Não se preocupavam com as mazelas humanas. Para os Epicuristas, ao contrário, o bem era uma moral hedonista, tendo com seu ápice os bens sensíveis; o prazer pelo prazer, um viés completamente egoísta.

A história do povo judeu tem início quando Deus diz a Abraão: Vá para a terra que eu vou te mostrar ... farei de ti uma grande nação ... e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gênesis 12, 1-3). E mais tarde: "Seja íntegro e caminhe diante de Deus". O Deus de Israel é o mesmo Deus dos cristãos. Estes, porém, desde início dos tempo, quebraram constantemente as alianças que Deus fazia com eles por causa do pecado original de Adão e Eva. A economia da salvação foi rompida com a desobediência do casal primal em relação aos desígnios de Deus. Em sua suprema misericórdia, Deus faz outras alianças com o seu povo por intermédio de homens justos como: Noé, Abraão e Moisés.

O Gênesis mostra a criação do povo de Deus que iria tomar lugar em seu reino teocrático. Através dos tempos, Deus conduz seu povo através de suas promessas concretizadas por seus eleitos e posteriormente, por intermédio dos profetas. Quando o povo de Deus desobedecia, normalmente vinha um castigo como a dominação por povos estrangeiros.

Apesar de todos os esforços de Deus, seu povo não mudava e suas leis se tornaram prisões existenciais que na maioria das vezes apenas os conduziam a um estado de distanciamento de Deus que chegou a limites extremos devido à dureza de suas mentes em perceber o sentido verdadeiro da Lei se tornaram cegos que conduzem cegos (Mt 15-14).

A infinita misericórdia divina mais uma vez tomou lugar e Deus preparou a última aliança com seus filhos. Através das profecias os judeus esperavam a vinda do Filho do homem encontrada no profeta Daniel e chamado de Messias pelos judeus que iria por fim aos sofrimentos destes. O título de Messias compreende três realidades: rei, sacerdote e profeta.

O Verbo Divino encarnado veio para salvar os judeus e depois todos os outros povos; mais os judeus não o reconheceram, o rejeitaram e o mataram. Na Liturgia das Horas no livro da Quaresma, na página 37 que é dos cânticos das Laudes, nos dias de semana começa assim: “Ó Cristo, sol de justiça, brilhai nas trevas da mente, com força e luz, reparai a criação novamente.” O que isto significa dentro de uma interpretação literal: Jesus é a luz do mundo!

Jesus inaugura algo que nunca ainda se tinha visto no meio daqueles povos; uma entrega total ao um novo tipo amor desconhecido pelos gregos: o ágape. Jesus é a personificação deste amor. Ele é o amor em plenitude e movimento. Jesus se preocupa com o seu próximo sem qualquer distinção de nada. Ele nos estimula através de seus exemplos a sermos santos e vivermos sob uma nova perspectiva.

Este é o nosso diferencial! Nós somos chamados a não sermos iguais! Em (Mt 5, 13-14):
13. “Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. 14. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. ”

Nossa religião não é igual às outras; é muito superior tanto do ponto de vista teológico como filosófico e antropológico. Não temos o direito de esquecer deste fato!

Pedro é a pedra fundamental da Igreja?

Algumas Igrejas Cristãs têm como cláusula pétrea de suas doutrinas, o Apóstolo Pedro a pedra fundamental, sobre a qual teria sido erguida a Igreja de Jesus. Em Mateus, no capítulo 16,16, Simão Pedro, respondendo a pergunta de Jesus sobre quem diziam os homens que ele era, disse: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo. Logo em seguida, o próprio Jesus afirma que a declaração não vinha de Pedro e sim de seu Pai que estava nos céus. Destarte se pode concluir que Pedro por si só, como os outros, não tinham tal discernimento.

A exegese destas igrejas afirma que teria sido Pedro o escolhido para ser o líder e chefe dos apóstolos e é por isso que ele recebe as chaves dos Reinos dos Céus e também o poder de ligar e desligar qualquer coisa aqui na terra tendo como consequência, seus ecos nos céus. A questão do ligar e posteriormente desligar, são termos da linguagem rabínica que se aplicam em primeiro plano, ao domínio disciplinar da excomunhão com que se condena (ligar) ou se absolve (desligar) alguém.

As perguntas que cabem neste momento são: Como poderia ter sido Pedro a rocha, da Igreja nascente se nem ao menos foi ele mesmo que intuiu o fato do reconhecimento de Jesus como o filho de Deus? Mais tarde também, Jesus o chama de satanás, de pedra de tropeço, aquele que não entende as coisas de Deus e pensa nas coisas dos homens; como poderia ter o posicionamento de satanás (adversário em hebraico) se ele era a rocha escolhida entre os outros apóstolos? Como é que ele sendo a rocha, negou Jesus posteriormente?
O grande Teólogo e pensador do cristianismo, Agostinho, no quinto século, afirmou que a frase não se refere à pessoa de Pedro, mas, sim, à confissão que o mesmo fizera da divindade de Cristo. Esta confissão é no entendimento de Agostinho, a verdadeira pedra fundamental da Igreja aonde Jesus ouve do seu discípulo por intermédio de seu Pai a profissão de fé que expressava a sua messianidade, acrescentando ao papel glorioso do Messias o papel doloroso do Servo sofredor.

Como pode haver total discrepância entre o que é dito por homem que é considerado uma autoridade na interpretação dos evangelhos dentro da Igreja Católica e o que é hodiernamente postulado pela mesma Igreja ? Não se pode querer acreditar que na pessoa humana de Pedro possam existir os fundamentos, os alicerces que irão conduzir a assembleia cristã em sua missão divina de levar a boa nova a toda humanidade. Sem mencionar o fato de no final do próprio evangelho de Jesus narrado por Mateus, Jesus diz:
“Todo poder foi me dado no céu e sobre a terra. Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo”. Ele é rocha e não Pedro, da Igreja Apostólica nascente.

Fronteira

Existe uma linha tênue que separa a realidade objetiva das doutrinas religiosas, dos fatos jurídicos, dinâmica dos jogos de poder e uma imensidão de outros assuntos, daquilo que é vinculado na mídia como representação oficial destas instâncias, que aos desavisados, além de os conduzirem ao erro, fomentam a ignorância e a prática rasteira de caminhos que em sua essência não albergam verdades Cristãs oficiais de dois mil anos de existência.

O que se vê nas novelas, quando mostram alguns atores demonstrando a prática religiosa católica em seus personagens, em alguns casos, está alhures do que está nos documentos oficiais do Vaticano e também do que está no centro da religião conhecida como Cristianismo.

Jesus Cristo deveria estar no centro de toda e qualquer prática relacionada à religião cristã. Ontem, assistindo a um capítulo de uma destas novelas, pude observar uma personagem se dirigindo a Igreja e se pedindo a uma imagem de Nossa Senhora, que lhe desse luz. Ora, a questão aqui discutida não diz respeito ao fato de pedir a intercessão de Nossa Senhora, se utilizando de um canal objetivo como a sua imagem; se trata da distorção da doutrina da própria Igreja Oficial que coloca Nossa Senhora como medianeira entre nós e Jesus e não como fonte de concessão de graças.

A única graça que a Mãe de Jesus pode nos conceder é a mediação suprema devido a uma maior intimidade como filho de Deus e apenas isso; o que vier a mais é erro grosseiro e influência nefasta pagã na religião fundada por Jesus.

É conhecido por um grande número de teólogos católicos que as pessoas que nasceram antes do Concílio Vaticano II, têm uma dificuldade enorme de superar algumas práticas errôneas fomentadas infelizmente por alguns maus sacerdotes. Devemos nós os Católicos Pós-concialiares, lutar contra esta falta de conhecimento que eclipsa a nossa religião das verdades basilares sobre as quais foi erguida a nossa Santa Igreja Católica Romana.

JNSR

In Brasile alcuni elettori piaciono a vedere che i loro candidati per le cariche politiche hanno: aziende agricole, automobili, grandi palazzi ed un pacco di bestiame al pascolo e soprattutto, sono fiero di esserlo dicendo: Guarda come il mio candidato èd un uomo importante! è sicuramente l'aiuto di Dio.

Qual a diferença entre salvação objetiva e a subjetiva?

Será que basta a fé para nos salvar como falam os nossos irmãos protestantes? Jesus com a sua morte nos deu a salvação objetiva, isto é, as condições para que sejamos salvos já existe, agora, mesmo acreditando nisso, porque será que ainda pecamos?

E a questão da salvação subjetiva? Aquela que depende de cada um de nós para ser realizada, independentemente das ações de Jesus? Quando olhamos para nós, encontramos uma dualidade oriunda de um conflito interno. Somos bons e ruins às vezes no mesmo minuto. E porque será que isto acontece?

São Paulo utilizava a palavra EPITOMIA para explicar o fenômeno. Freud dizia que é uma questão dos conflitos entre o ID e o SUPEREGO. Durkheim apostava como Rousseau, que a sociedade transformava as pessoas boas em ruins. A Igreja Católica chama isto de Concupiscência que seria uma tendência que todos nós teríamos derivada do pecado.

As grandes maiorias das pessoas não alcançam a santidade. Lutero acreditava que as pessoas por mais que sejam ruins por terem fé, entrariam no céu, disfarçadas de justos e então, seriam consideradas salvas e receberiam a vida eterna.

A Igreja Católica nos convida a sermos Santos baseada nas propostas da Sagrada Escritura para que possamos fugir deste estado. Temos um número considerável de Santos para provar que é possível nos afastarmos deste legado do pecado sobre nós. A receita de Santidade é simples: oração, comunhão fraterna, amar a Deus sobre todas as coisas, oração, comunhão fraterna etc. etc.

Santa Catarina de Gênova após uma experiência mística com Deus aonde viu a sua miséria e o imenso amor de Deus, compreendeu que a existência do purgatório é sim um fogo na alma, um reconhecimento do quanto somos amados e às vezes não percebemos isto; tornando-nos como o filho pródigo.

JNSR

Precisamos ser capazes de entender que existem pessoas melhores do que nós.

não se pode pensar em política como o senso comum geralmente faz; política é coisa séria! é preciso gente séria para pensar e lidar com ela.

O CASO BATTISTI E O DIREITO PENAL BRASILEIRO

O caso do ex-ativista político, italiano, Cesare Battisti, antigo membro dos Proletários Armados pelo Comunismo(PAC), grupo armado de extrema esquerdaativo na Itália no fim dos anos 1970, foi em 2009, alvo de muita crítica ao então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e ao respectivo Ministro da justiça Tarso Genro por este, estar em consonância àsideias do reizinho (Lula) em seus devaneios de Luiz XIV tupiniquim.Quando a luz do Direito Penal no tocante a questão, se faz um estudo até de certa maneira simples e sem pretensão de ser um tratado, pode-se observar que as decisões do STF têm subsídio pleno na matéria em questão, sem contar com a base de cartas de baralho que fora criada a condenação de Battisti. A título de exemplo poder-se-ia citar alguns pontos:

Abusos forjados dentro do ordenamento jurídico italiano dentro do período denominado “anos de chumbo – 1973 a 1979”;
O fato de pertencer a um partido comunista;
O PAC não tinha objetivo e nem tampouco hierarquia como as Brigadas Vermelhas Italianas que sequestravam e matavam as pessoas;
Sua condenação na Itália foi através de um artifício de delação premiada, sem provas materiais;
Não é tipificado na legislação italiana o crime de terrorismo do qual Battisti foi acusado;
O Governo Francês por duas vezes negou o pedido de extradição baseando-se na questão da condenação de prisão perpétua em contumácia, o que não permitia a ele, outro julgamento, o que contraria a legislação francesa;
O Presidente Lula já havia concedido asilo;
Dentro do Tratado feito entre Brasil e Itália no que se refere a possibilidade da recusa de extradição, na alínea “e” do artigo 3º se fala da questão de crime político;
De acordo com o excelso Jurista Francisco Resek: "A qualificação de tais indivíduos como refugiados, isto é, pessoas que não são crimasilo. Cabe somente a ele a qualificação. É com ela que terá início ou não o asilo".
Seu crime foi evidentemente político, baseando-se nas perseguições que sofreu, contra quem lutava e o que este movimento representou na época.
Em se tratando de nossa legislação Penal, podemos elencar os seguintes princípios:

Princípio da exclusão de crimes não comuns: estrangeiro não pode ser extraditado por crime político ou de opinião;
Princípio da preferência da competência nacional:havendo conflito entre a justiça brasileira e a estrangeira, prevalecerá a competência nacional;
Princípio da Soberania:nenhum estado pode impor regras jurisdicionais a outro;
Princípio da limitação em razão da pena:não será concedida a extradição para países aonde a pena de morte e a prisão perpétua são previstas, a menos que deem garantias de que não irão aplica-las; nota-se que a atual jurisprudência do STF só defere pedido de extradição para cumprimento de pena de prisão perpétua, se o Estado requerente se comprometer a comutar essa pena, por prazo ou tempo superior a trinta anos.
Se o pedido fosse realizado pelo Tribunal Penal Internacional, criado pelo Estatuto de Roma em 17 de julho de 1998, com legitimidade para o julgamento dos crimes de genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade estaria configurada a posição de Lula como reizinho; e como disse o grande Dr. Fernando Capez: “a decisão deste tribunal faz coisa julgada e não pode ser revista pela jurisdição interna do país vinculado”.Battisti ficou parcialmente exilado na França por 11 anos e a imprensa mundial não fez tanto estardalhaço quanto a nossa e a Italiana na mesma concessão no caso brasileiro.

Berlusconi achou que o Brasil fosse mais fácil se se sujeitar as pressões de seu governo sem moral.Não se podia permitir um retrocesso à estupidez do acontecido na era Vargas em relação à Olga Benário e o foi exatamente o que o aconteceu no dia 31-12-2010 quando Lula em uma demonstração de soberania nacionalconcede a Battisti o status de asilado político.

A Posição do Teólogo

A grande maioria dos cristãos pertencentes a qualquer Igreja se contentam com a simples leitura da Sagrada Escritura, ou seja, com os dados imediatos da Bíblia diferentemente do Teólogo, que por dar também apreço, a um conhecimento denso, e a fatores também mediatos, não param e nem se limitam apenas aos intérpretes consagrados, concomitantemente, nos dados imediatos, vão além, atrás do sentido existencial-espiritual dos textos bíblicos.

Esta diferenciação é exclusivamente e puramente cultural, e não de natureza axiológica, colocando os primeiro em patamares de inferioridade. Os primeiros, não se incomodam em perscrutar as escrituras, não querem se aprofundar; para eles o Pastor ou Padre é que tem esta obrigação. A existência de tal diferenciação é devido à natureza humana com sua amplitude peculiar. Ambos, no entanto, recebem gratuitamente de Deus a fé correspondente a sua salvação.

Os Teólogos vêm o cristianismo com a descrição do Logos em um processo dinâmico, num lançar-se pessoal e continuamente na eterna busca de Deus, num eterno vir-a-ser em tomar parte de sua fé de direito e de fato, tendo conhecimento de seu ethos característico e de sua pertença à divindade no eterno retorno graças à razão e não fazendo dela, um obstáculo, se albergando no creio porque é absurdo.

Não se podem haver abismos na aceitação da fé das verdades divinas, com igual desejo racional das mesmas. A fé-conhecimento só existe se a razão possui firme convicção de sua verdade no viés mediato e imediato. A fé serial algo que vai além das conclusões de demonstrações físicas; ela ultrapassa o sensorial e ao mesmo tempo, incentiva a se buscar diuturnamente o profundo e verdadeiro sentimento do fazer parte da esfera do divino, se mostrando de fato, em práticas de vida real.

Dentro do viés teológico, o cristão deve praticar os mandamentos, sentindo-os não como um dever pesado de subserviência, mais como meios e fins adequados para o alcance da serenidade do amor de Deus. Ele deve buscar no abismo aparentemente insondável de Deus, sua força a avigorá-lo em seu itinerário para Deus. E é por isso que ele estuda a sagrada escritura com as ferramentas hermenêuticas.
O verdadeiro conhecimento vence a superficialidade da fé simples para este nível de cristão, uma vez que ele precisa ir além. Ele parte do sentido literal uma vez que sem o mesmo, não se pode chegar aos outros, adquirindo um lugar que possui a posição
de propedêutica. Partindo-se em segundo momento, para o processo do tipo prático-moral-histórico, com uma dinâmica atualizante das escrituras que conduz até a relação pessoal entre a alma humana e Cristo, o Logos Divino.


O sentido espiritual é o mais profundo, acessível só a poucos e na antiguidade, com Orígenes e Clemente seus precursores, se utilizam da alegoria para ultrapassar o imediatismo do contexto. Destarte, através destes mecanismos, se pode de fato, entender as passagens bíblicas, superando o ipsi literis dos fundamentalistas, que matam o espírito da letra.
Hodiernamente, dependendo da Igreja que o fiel estiver, pode estar alhures do seu alcance e este, não tendo um conhecimento mais profundo em outras fontes, se deixa enganar por maus Pastores que estão interessados no dinheiro e por Padres que adotam elementos de culturas pagãs, incentivando a práticas que não condizem com o verdadeiro cristianismo.

O estudo das escrituras, é conditio sine qua non, para uma aproximação autentica a Jesus. As escrituras são expressões do Logos Divino, não apenas em sentido casual de ação-efeito, mas altamente existencial, devendo ser buscada com mais tenacidade e cuidado. Na passagem neotestamentária a título de exemplo: Não lanceis as pérolas aos porcos, implica que nem todos estão preparados para compreender a verdade e se encontram em estados de infantilidade espiritual, dando mais valor a adornos humanos, estéreis de uma espiritualidade mais coerente com os ditos de Jesus.

A relação entre o texto sacro e o cristão não se configura, portanto, como apreensão passiva de um conteúdo dado, mas ao contrário, em uma dinâmica aonde entram esforço e busca por parte do cristão no sentido inexaurível da Palavra em todas as suas peculiaridades.

Breve comentário ao Magnificat

Maria, então, disse:

I -“ Minha alma engrandece o Senhor,
e meu espírito exulta em Deus em meu salvador
porque olhou para humilhação de sua serva”.

È notória a posição de subserviência de Nossa Senhora, mediante a graça por ela recebida, em se tornar o caminho por onde a nova e eterna economia da salvação, adentra na história da humanidade por ato de suprema misericórdia de Deus. Devemos aprender com a experiência de Maria que era pequena e sempre se fez de serva; foi agraciada com a honra de participar do ato mais sublime de Deus em favor de sua criação e mesmo sem entender, obedece. Foi mulher escolhida por Deus como símbolo de servidão de sua parte e de exemplo de amor da parte de seu criador.



II -“Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada,
pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor”.

Isabel ao ficar repleta do Espirito Santo, com um grande grito, exclama: Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre! Nota-se que a palavra que sua prima usa para lhe fazer um reconhecimento de ser abençoada por Deus, tendo como canal direto de reconhecimento deste título o Espirito Santo, ela o utiliza para falar do filho de Maria que ainda se encontrava no seu ventre e que logo após no segundo momento de sua saudação, reconhece neste filho o seu Senhor. “Donde me vem que a Mãe do meu senhor me visite”. Em outras palavras: Quem sou? ou, o que fiz eu para receber a honra da Mãe do meu Deus me visitar?



III - “Seu nome é santo e sua misericórdia perdura de geração em geração
para aqueles que o temem”.

Pontua a santidade de Deus e exalta a sua misericórdia eterna em fazer-se pequeno para todo sempre somente junto aqueles que o temem e o obedecem.



IV - “Agiu com a força de seu braço, dispersou o homens de coração orgulhoso”.
“Depôs poderosos de seus tronos e a humildes exaltou”.
“Cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias”.

Mostra a preferência de Deus não pelos arrogantes, ricos das coisas do mundo e vazios das do alto, como é visível em toda sagrada escritura, mas, acima de tudo para aqueles que se reconhecem pequenos, como o fez Maria, que em vários momentos demonstra a sua servidão como principal traço de sua personalidade; uma servidão obediente diante dos mistérios de Deus que uns insistem em querer minimizar e outros escarnecer, repletos do lodo da estultice tacanha.



V - “Socorreu Israel, seu servo, lembrado de sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”.

Lembra a todos que Deus cumpre suas promessas e nunca deixa seus filhos desamparados. Ele escolhe certas pessoas para com ele em ação de parceria, redimirem a humanidade de suas mazelas. Nossa Senhora foi uma destas parcerias que deu certo e por sinal, a mais importante delas; por isso a contemplamos. Ela resgata a dignidade da mulher perdida com Eva, torna-se a primeira a ser redimida e dentro da arquitetura da salvação, co-redentora. O Eterno se fez terreno em Maria; não nos esqueçamos disto nunca!

A epistemologia paulina

Quando se pensa em geral na mensagem do corpus teológico paulino, não se pode deixar de evidenciar que a ressurreição está no seu epicentro (1cor 15.12-58). A enfase que o apóstolo das nações dá ao tema é cláusula pétrea dentro do seu sistema teológico. Nós fomos salvos por Jesus Cristo e a partir daí nos tornamos novas criaturas ou pelo menos deveríamos ser.

Soteriologia é o estudo da salvação humana. A palavra é formada a partir de dois termos gregos Σοτεριος (Soterios), que significa "salvação" e λογος (logos), que significa "palavra", razão universal ou "princípio".Dentro da religião cristã devido ao grande número de igrejas, cada uma tem a sua própria visão do que significa salvação.

Algumas insistem em centrar seu foco em uma soteriologia desenfreada na busca de salvar almas do fogo eterno e só. O problema é que não procuram entender de fato de que se trata o termo salvação; o que realmente traz em seu bojo e qual o projeto de Deus na história da humanidade.

A mensagem da ressurreição diz respeito a ter uma nova postura a partir do momento da verdadeira metanóia que é o entender de fato o que realmente foi feito por Jesus e a relevância disso em nossa vida diária tocando todas as esferas de nossas relações com o próximo e conosco na resolução de nossos conflitos internos direcionando os nossos desejos não realizados causadores de gradientes de frustrações a causa maior que é o ser discípulo de Jesus na íntegra.

Em certas ocasiões dentro da busca de evitar o fogo eterno a preocupação se concentra mais em Jesus crucificado quando deveria se voltar ao Filho que foi ressuscitado por Deus e está sentado a direita do Pai esperando que nós o reconheçamos como nosso princípio de vida.

A Igreja é a nova comunidade de Deus na terra que ficou responsável por seu legado de pregar a boa nova. A soteriologia não deve, no entanto ser esquecida, mas sim vestida do viés correto, uma vez que o homem nasceu para uma ética da dependência do criador e não a emancipação libertina que o conduz a ruína e ao afastamento de Deus.

O princípio norteador paulino se volta à compreensão do retorno ao estado original de criatura; ao homem adâmico limitado e agradecido por participar da criação; na história da humanidade é claríssimo a tentativa humana de auto-tutela e também é claro aonde é que isso sempre acaba. O apóstolo enfatiza que a salvação está centrada no nascer renovado acessível todos os dias, a cada um de nós, em Nosso Senhor Jesus Cristo.

O se fazer humano é uma relação direta com a existência diária em um contexto de absoluta quebra de paradigmas.

O futebol substituiu a arena romana em tudo.

The politicians do not invest more in a qualified education in our country, because thay want people like cattle: grazing and giving thank to God for being in this position.

A nossa concepção da divindade é fragmentada; cada religião advoga para si a pretensão de entender o que humanamente é impossível.

Ter noções básicas de Direito desde o nono ano, servirá para que se crie nas pessoas um sentido pleno de cidadania.

Precisamos compreender que o nosso caminho espiritual deve ser a nossa maior busca e meta, se quisermos nos aproximar de Deus em plenitude; as coisas materiais são efêmeras e nada levaremos conosco a não ser o amor e o conhecimento de nós mesmos e da realidade que nos circunda.

A HODIERNIDADE, SOCIEDADE DE MERCADO E O MITO DO MINOTAURO

Platão já dizia: “Que o Estado é o que é porque os cidadãos são o que são e não devemos ter Estados melhores, enquanto não tivermos cidadãos melhores”. Vivemos em um contexto social que as pessoas se tornaram coisas e por isso, têm preços e tudo absolutamente tudo, é comprável.
No mito grego do Minotauro, o Rei Minos é punido por Zeus pelo seu apego exagerado ao touro branco que deveria ser sacrificado em honra ao deus e a sua esposa acaba por copular com o touro, também fascinada e tão apegada quanto o Rei dando origem ao Minotauro. E qual será o preço que pagamos por esta necessidade de posse extremada em aspectos voláteis da existência?
Uma fixação em valores de mercado aonde o epicentro a comandar as relações sociais é a posse, o ter, faz com que ocorra sem que percebamos uma transmutação de significados que paulatinamente coloca uma etiqueta de preço em volta de nossos pescoços acreditando que o dinheiro é a nossa panaceia, que só podemos ser felizes de fato se o tivermos em níveis de ostentação.
O caso da jovem brasileira que ofereceu a sua virgindade é apenas uma demonstração desta realidade; não se trata com isso dizer que as pessoas não possam ter o direito de opinar por ter a posse e a propriedade de seus corpos e com isso fazer o que bem quiserem deles. A esfera a ser abordada é outra. Nossa sociedade foi construída em cima de valores que foram decantados através de milênios nos permitindo alcançar os patamares de civilidade que atualmente nos encontramos.
Solapar tais viéses tendo como justificativa que ninguém um (álter) foi prejudicado, é desconstruir as bases que nos dão a possibilidade de sermos não apenas seres biológicos, mas criaturas que foram além do físico. A natureza nos é dada para ser compartilhada com consciência e não com um sentimento de posse desenfreado; nós não somos donos nem mesmo de nossas vidas; a qualquer momento podemos morrer independentemente de termos dinheiro ou não; não possuímos um absoluto controle de nada e qual será o legado que devemos ofertar aos nossos descendentes?
A perda das referências do que nos faz sermos o que somos apesar das imensas mazelas que ainda nos circundam é perigoso e preocupante; o filósofo Immanuel Kant já pontuava: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins." SAPERE AUDE!

Um brasileiro racista é tão absurdo e incompreensível quanto um ateu.

Os cristãos deveriam em sua grande maioria, ler mais Sócrates e Platão para obterem uma maior compreensão do epicentro de sua religião.