Agonia
Sinto uma dor no meu coração, que arde como brasa .
Sinto uma agonia que não passa. Só Deus pra curar meu coração inebriado pela solidão que me isola do mundo.
Queria que o mundo parasse ou passasse mais devagar.
Quisera eu curar sua dor
Quisera eu calar a agonia
Além dos olhos, músculos e ossos
Além dos cortes e cicatrizes
Até a alma e o coração ferido
Até a escuridão que encobre seu ser
- Heal You
"A dor e o sofrimento te ensinam; Que a insenbilidade do coração são como índicios da agonia da morte."
dis-forme
falsa simetria
doses de agonia
ao olhar perplexo
da cidadania.
quem vive de versos
rotos de existir…
passa pelas ruas
esgotos do devir.
fala-se em direitos
falácias sem um jeito
próprio de servir.
os versos tão disformes
da minha boca escorrem
não têm pra onde ir…
O sal das horas se dilui, e na agonia do passado que se inicia, o futuro amanhece e imediatamente começa a correr.
Serenata
Horas altas da madrugada, a lua lá fora
Vertendo nostalgia, sussurrando agonia
Na imensidão do azul do céu, vem o dia
Que entre o silêncio, o rumor, faz a hora
Sinto a solidão que de cadência fantasia
Uma harmonia de recordação de outrora
Tal suspiros de violão que d’alma implora
E, que no amanhecer é prostrada poesia
Esta melodia, inquieta, enfada, peregrina
Cheia de sentimento e sensação em ruína
Aperta, invoca e, sufoca toda a suavidade
Então, passa a gemer o sossego, tão aflito
No espírito da noite, num cortante grito...
Numa serenata triste... chora a saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/10/2023, 04”48” – Araguari, MG
FIEL
Frenético, o verso cheio de agonia
Sobre a mágoa na escrita reclinada
Emoção e carência no peito velada
Poetadas em uma poética sombria
É sofrência versada, sensação fria
Duma saudade na prosa colocada
Sussurra o poema, na dor cevada
Impregnados na alma e na poesia
Era mais bela, outrora, só amando
Versos alegres e a poesia sorrindo
Formas plenas, agora, até quando?
Não te rias de mim, ó poema cruel
Afeto ao coração que vais pisando
Pois, insistindo, ao amor, serei fiel!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 junho, 2023, 20’00” – Araguari, MG
No vazio de uma noite fria,
O coração se perde em agonia.
Dor e amor, entrelaçados na escuridão,
Criam versos que transbordam paixão.
A dor que dilacera a alma ferida,
É o eco de um amor perdido na vida.
Cicatrizes profundas, marcas do passado,
Lembranças que teimam em não serem apagadas.
E no meio dessa tormenta de dor,
Ainda existe o amor, sublime e fulgor.
É a chama que resiste, mesmo em ruínas,
Um fio de esperança em meio às neblinas.
O amor, como um bálsamo para a dor,
Traz consolo, conforto, renovação e ardor.
Preenche os espaços vazios com sua luz,
Transforma a tristeza em sorriso, seduz.
É um paradoxo, esse encontro de extremos,
O amor que cura, mas também fere os seres.
A dor e o amor, dois lados de uma mesma moeda,
Um ensinando ao outro sobre a vida e a queda.
Assim, caminham lado a lado, inseparáveis,
Numa dança eterna, de maneira inabalável.
Dor e amor, como poemas escritos na pele,
Uma história que se entrelaça e revela.
E mesmo que a dor persista e o amor doa,
Não podemos desistir, nem deixar que doa à toa.
Pois no encontro desses sentimentos tão profundos,
Descobrimos a verdadeira essência dos segundos.
Portanto, abrace a dor e acolha o amor,
Deixe-os guiar seus passos, sem temor.
Pois é na dor e no amor, nesse vaivém,
Que encontramos a plenitude que nos faz além
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
enquanto do meu ventre
gritam araras
em agonia
No lagar da morte
aprecia-se o vinho
enquanto gemem os dias
absurdamente iguais
mordendo pétalas,
as mais belas.
Nasce-me dos olhos
a fome com rosto de meninos
mas é em becos sorridentes
onde meu fado habita
que a morte se esgueira
expande, agiganta-se
num leito de beijos.
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
mas é na face uterina da noite
que se incendeiam os dias
e nessa luz imensa
acalma-se a agonia
deste meu ventre de pranto
Ó vida vivida na agonia minha,
Contemplo minha autoestima em dor explodida,
E atuo como se dos outros não me importasse,
Mas verdadeiramente sei, distante estou do que aparento.
Orgulho inebria meu ser, impossível pedir auxílio,
Preso em abismo sombrio, sem saída vislumbro,
Clamo por alguém, que em misericórdia, me ampare,
E me resgate deste fosso profundo em que me encontro.
A verdade que almejo confessar é a necessidade de ajuda,
Contudo, a concepção de quem seria no gozo da felicidade,
Permanece encoberta, como um véu sombrio à minha visão,
Aguardo, anelo e imploro por um desfecho que me redima.
Na tormenta da existência, eis meu fardo,
Um coração sofrido, em chagas marcado,
Minha alma aflita, em busca de alento,
Esconde-se em véus de orgulho e tormento.
Oh, sublime consorte, que paira além,
Piedade, compaixão, tua graça contém,
Suplico, pois, que de teus lábios doces,
Receba eu o néctar, que os males apazigue.
Incapaz sou de conceber o ser que seria,
Se num júbilo pleno a vida me inundaria,
Mas anseio renascer como ave ferida,
E alcançar, enfim, a paz tão desvanecida.
Que em teus braços, ó divina benevolência,
Encontre refúgio, cura e resplendência,
E que ao romper as correntes do pesar,
Eu descubra, enfim, a luz de me (re)encontrar.
Eu machuquei minha garganta, mas a dor da infecção nao se compara com a agonia desse emaranhado de fios me enforcando e me deixando sem voz, sem ar... Os fios entrelassaram também meu peito, minha cabeça, meus pulsos, todo meu corpo, eles me prendem tão forte que fico inconsciente, tão machucada, apertada, não consigo me desenrolar e de tanto tentar, me enrolo mais, me enforco mais e me machuco cada dia mais.
SONETO AVOCANDO
Na mão da agonia, na dor desdita
Uma saudade, afinal, meu coração
Frustrado, no engano duma ilusão
Senti e amarga na tristura descrita
Como a dó, ferida, que do dano grita
Aumentando ainda mais a vastidão
Do verso sem decisão, sem a paixão
E, o sentimento desbotado e eremita
Como sofrente, em lôbrega jornada
O soneto, em uma poética prostrada
Sussurrando solidão insistentemente
Acossa, estorva, se vê desnorteado
Jorrando cada suspiro encarcerado
Avocando pelo momento pendente.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 agosto 2024, 07’57” – cerrado goiano
Independentemente do elemento algoz ser um fator externo ou tua própria agonia, aprenda a observar seus sentimentos antes de aceitá-los como determinantes imperativos de suas reações. A mente é um mecanismo de teu corpo físico, não o que você realmente é. E a perturbação mental, a permissão da desarmonia desse aparelho, é opcional, portanto, disciplinável.
Não pode ser boa coisa,
se tiver sorte na velhice,
tem de enfrentar a Agonia da Morte,
o sufocar para respirar e empacotar
"A soberba predomina, o egoísmo distancia, mas a agonia um dia ensina que tudo isso irá acabar."
13/01/2024
Às vezes, bate aquela tristeza, sinto uma agonia imensa, queria me esconder debaixo da mesa; no fim, seremos desprezados, qual o sentido de tanto trabalho? Preciso viver o momento, e se o momento for o tormento, então escapo no tempo? A humilhação da esmola de quem te sustenta. Já faz um tempo que da vista retirei a venda, observei pela fenda, diziam que se não sabe, aprenda. Quem se reinventa, se orienta. Abri a gaiola do meu pensamento, antes de olhar pra fora, me sondei por dentro.Perguntei pra Deus: “Qual a função do sofrimento”?
Reflexão: Agonia
Acordei cedo disposto a ver o sol nascer, a notícia foi uma rajada, agonia do morro, um alerta geral, foram décadas, entre a adolescência e o crime, alegrias, sofrimentos, cenas dramáticas, armas automáticas.
Sinto minha mente carregada, o coração gelado, você partindo pro outro lado. Ontem mesmo, eu estava olhando seu último post, me veio uma reflexão, olhando nossa última troca de ideia, senti meu crânio furado mas de boa, tá na hora, a viajem se deu inicio, só lembranças é o que fica nessa cidade sem lei. Terror em São Paulo alguém me explica o motivo.
Como você dizia meu mano, maloqueiro, só monstro, sem brincar de cara e coroa eu sonhei com o crime, mas raciocine, qual que pá, a periferia segue sangrando mas a periferia tem seu lado bom, a imagem brasileira, mas eu suspeito é a lei da periferia, ó quem diria.
Wgi, é muita treta de norte a sul, de oeste ao território leste você vai estar na memória, sempre em alto valorização, na regra 1 ou quebrando regras é a nova era, você é capaz, eterno maloqueiro, inimigo dos carniceiros na linha de frente.
Você sangue b em vida ou de encontro com a morte, não tem outro nem o ser humano e suas contradições, nem a rede esgoto com sua mensagem subliminar, vai apagar o seu legado.
Tipo de pai pra filho ou amigo de infância a dor é semelhante um tiro de oitão, como você cantou o rap não é moda, 121, basta violência, basta ruas de sangue, é rap nas quebradas, o rap é o verso, e foda-se as criticas e seus poderes.
Mas, como eu queria acreditar, que era primeiro de abril, que fosse uma estratégia, que a solução fosse um advogado bom mas é real, por isso a mãe áfrica chora, o movimento hip hop chora, geral chora.
No resumo, não sei se teve descaso do hospital geral, se teve consciência humana, não é isso, acostumamos com histórias de sangue, mas estamos na sintonia, salve rap, salve o garoto do gueto, salve Wgi, e cada um escreve o que pensa.
Por: Marcio Niasa, em homenagem a WGI do Consciência Humana que nos deixou em 23 de junho de 2024
No vazio de uma noite fria, meu coração se perde em agonia. cria versos que transbordam paixão, o eco de um amor perdido na vida.
Cicatrizes profundas, marcas do passado,lembranças que teimam em não serem apagadas. Sentado, olhando o cair da noite, antecipo o que é inevitável
Revejo cada minuto que passei com você. Seu semblante triste, delatava o medo que, em vão, você buscava esconder . Quando eu questionei, você disse . Eu sei eu conheço a força inexorável que pode nos afastar, e tenho medo. Conheço as armas e do que ele é capaz. Algumas vezes a mente se perde nas boas lembranças e deixa o meu coração com um gostinho de quero mais.
Boa noite.
INQUILINA
Perpassa o vento no torto cerrado
em sonata de sofrência e agonia
sussurrando um vazio tão lotado
de recordação e sombria poesia
Sobre a solidão, à tarde, quando
vem a sensação do fim do dia
o vão, a lembrança, em bando
que avida a dor, gasta, erradia
E, do teu olhar o fascínio ainda:
suave, impar, sujeito, presente
cravando o falto em árdua sina
Tudo, versos de tristura infinda
que aperta o coração indigente
e que faz a saudade sua inquilina...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
5 de maio, 2022, 20’00” – Araguari, MG
Vida, o que agora você quer se eu não queria aqui estar. A vida no universo é agonia, teatro o tempo todo, não sei o que é sorrir há 20 anos. Morremos sem viver o que queríamos.
Não consegui viver...