Poemas da madrugada para inspirar as reflexões noturnas
" E eu que de tantas madrugadas, era amante da insônia
não acreditava mais no sonho
a vida por um fio, a esperança abandono
e vem o sol me acordar e dizer
levanta, há vida lá fora,
vem ver as luzes de um novo amanhecer...
É com essa cara de sono e cabelo jogado que viro madrugadas a dentro lendo as melhores poesias que alguém pode escrever.
Me ocupo com os melhores gostos e sabores, gosto de ouvir coisas bonitas, meus olhos não se cansam de olhar para o que é bom. O belo nem sempre me encanta tanto.
Meus pulsos estão fascinados e pulsam diariamente para tudo o que trás riso ao meus rosto. Sorte, estou viva.
NA MADRUGADA COM DEUS
Na calada da noite,
Na horas frias da madrugada,
Quando surgem os temores,
Pra te convencer que não és nada!
Sinto tua presença a contradizer,
Diante do obstáculo que me deparo;
Exaurido nas minhas forças ao amanhecer,
Vejo o quanto por ti sou cuidado!
A minha vontade de te buscar,
Me faz viajar no quanto sou querido,
Livra-me daqueles que procuram me derrubar,
E salva-me de todos os perigos!
Vou bebendo o que ainda resta da madrugada,
Afinando os meus ouvidos pra poder te ouvir,
Nesse encontro sinto a paz tão desejada,
Diante de tudo que ouço de ti!
Surge então um lindo sol,
Que teima sair no horizonte,
Me dá a certeza de que não estou só,
Que tu não me deixas nenhum só instante!
Rodivaldo Brito na madrugada de 13.02.2019
Dói acordar sem nada para fazer
Assistir televisão até a vista doer
Dormir, de madrugada e de tarde
Ir a igreja só para pedir consolo ao padre
Dói deambular com um canivete no bolso
De esquina em beco, em busca do almoço
Andar inseguro por medo da bófia
E por falta de condições perderes a sua sócia
Dói nascer, viver e morrer pobre
Usar joias apenas de cobre
Na rua, chamarem-te desgraçado
E apenas em festas, comeres frango assado
Dói ser vítima de «Bowling» na escola
Pela deficiência ou carência de mola
Dói estar na porta da igreja a pedir esmola
E para cativar os crentes ter que tocar viola.
Dói em seu país ser humilhado
Usado e abusado metaforicamente, pisado
Por um estrangeiro que escravizou-nos no passado
E por outros que tomam-nos o país ao bocado
Dói ser condenado sem ser o culpado
Incondicionado a um bom advogado
E só depois de considerado réu malogrado
É que a justiça descobre que foste injustiçado
Dói ver incompetentes em cargos de competentes
Competentes desempregados por não terem costas quentes
Uns sem ensino básico mas são tesoureiros
E os universitários como seus faxineiros
Dói ver um adolescente consumidor de droga
Com dezasseis anos dar um neto a sua sogra
Dói ver um jovem com pensamento imaturo
Que abandona os estudos e arrepende-se no futuro.
Dói arrendar uma casa recebendo salário mínimo
Pagar as despesas e dez por cento para o dízimo
Rezar, em um luxuoso santuário
E sua casa não ter se quer um armário
Dói nascer e crescer com o Pai ausente
Mãe desempregada e dependente
Sem dinheiro para uma faculdade privada
Juntar-se aos milhares disputando uma vaga
Dói nascer pra viver e estar a sofrer
Crescer sem nada ter e morrer sem o obter
Fazer um curso, não conseguir trabalho
Formar-se em um ramo e saltar para outro galho
Dói ver um jovem com distúrbios mentais
Invocado da palhota à mando dos seus Pais
Pais que fazem esses rituais para agradar os ancestrais
Com a finalidade de angariar certos meticais.
desisto de te amar
por uns instantes olho a madrugada
que colore de cinza as estradas
da minha cabeça
temos poucos anos e uma bagagem densa
Ela é balada,
é madrugada, amor esperto.
Eu perto dela, sou fim de tarde,
sou amizade, amor discreto.
“” Só eu, a noite e uma bala de anis
Sem pensamentos, paciência.
É madrugada
Estarás acordada
Vem a brisa fria, as três.
Coberto de plásticos me aqueço.
Arquiteturas de plano angelical
É o sol querendo nascer
Só eu e a noite, todo dia.
Só a certeza desse cheiro de pizza
No café da manhã
Só eu e essa vontade...””
CASACO
Eu te abraço no dia frio
Eu te esquento na madrugada sombrio
Eu estou agarrada em você
Não solto por nada
Eu sou de lan
Em cima do divã você me pois
E nois dois quando estamos juntos
Somos só um
Eu cubro seu corpo nu
Seu coração faz tum tum
E eu ouço tudo
Eu adora teu abraço
Eu sou teu casaco
Eu sou teu casaco
Por cima por baixo
Eu encaixo
Estou no mesmo endereço
Onde Voce vai eu conheço
Eu não me meto
Mais você me mete
No seu Guarda roupa
As noites são loucas
Quando Voce não estar
Sou teu casaco pode vi me usar.
Sou teu casaco sou teu casaco
Pode vi me usar.
Poeta Antonio Luís
04/06/2015
UM ETERNO DIA...
Presa ao encanto do silêncio
Viajo em noites e madrugadas frias...
Fugindo da agonia...
Na procura de um doce instante...
Procurando a rota de um sol brilhante
Talvez... Um eterno dia...!
Pássaro que sou pousado em teu coração
Ou uma pétala de flor voando sem destino...
Aonde a saudade vem consumindo...!
SOBRENATURAL
A distancia dói demais
Machuca o peito fere a alma
Te ligo as quatro da madrugada
Você não me atende
Eu sou existente
Fico ate de manhã
Acordado
Porque eu sou seu fã
O cara mais apaixonado
Pode parecer normal
O amor que sinto por te é sobrenatural
Pode parecer normal
O amor que sinto por te é sobrenatural
O sol já vem raiando tudo acontecendo
E eu estou vendo
Que eu não vou te ver
Só existe uma verdade
Minha felicidade é você
Pode parecer normal
O amor que sinto por te é sobrenatural
Pode parecer normal
O amor que sinto por te é sobrenatural
Poeta Antônio Luis
Essa é nova ver se ela gosta
Tenho saudades do lugar onde
Amamo-nos nas madrugadas
Tenho saudades dos sonhos que nós sonhamos
Sinto os seus olhos lindos e quero
Atravessa-lo para sempre... E dizer-lhe que é
Meu único amor...
Sinto falta deste amor tanto... Mas tanto!
Sinto falta daquele sorriso que me leva ao céu...
Onde estrelas
Quando encontradas umas perto de outras parecem iguais...
(mas não são)
Sinto falta do toque que me confortava
Em momentos de desespero...
Sinto falta de cada parte de todos
Os segundos que passei com ele...!
E do meu olhar perdido no devaneio distante
Goteja em murmúrios sussurrantes lágrimas de saudades
Que se transformam em lago ondulante...
Alagando a face...
E tu alma minha, que és quase a minha essência. .
Traz-me um pouco de ti como se eu fosse um pedaço de mar
Mergulha em mim... Nas minhas entranhas...
E com o silêncio de tua voz serena as minhas dores...
E eu novamente... Acalentar-te-ei no meu peito...!
MADRUGADA NA RUA XV DE NOVEMBRO EM CURITIBA
A Rua XV e a madrugada
caminham pelas calçadas de Petit-Pave
fazendo graça
até o amanhecer.
As petúnias roxas
ainda dormem seu sono
perfumando o velho bondinho vermelho...
As luminárias da Praça Osório
tingem de amarelo
todas as notas musicais do velho
sax que se ouve ao longe...
O dia começa no vai e vem
pelas calçadas
e no cheiro adocicado da pipoca
estourando na panela preta.
Um raio de sol faz nascer
arco íris nas gotas d’água
da velha fonte
com sua sereia de metal...
O tempo, aqui
segue calmamente
acordando tudo com muita calma...
"MULHER"
O que me veio à alma isso escrevi
Procurei no vazio da madrugada e nada escolhi
Guardou no bolso do seu coração
O olhar miudo que tinha na visão
Mulher cheiro suave
Doçura imensurável
Seu paladar é incontestável
Amor perdurável
As noites frias você esquenta
Aos Céus agradeço
O Seu medido esforço
Refreia a corda que rebenta
Há quem diga que és a flor
Mas eu digo-te que és o calor
Riquezas recebeste
Pois tu me concebeste
Guarda-me no berço do Além
Sou do alheio, sou do Aquém
Talvez esta madrugada não venha valer a pena... Mas uma vida inteira, até que o sol volte a clarear. (O Bêbado e a mestra - Jótah)
A madrugada de pensamentos
Alguns bons e muitos ruins
Vivido de momentos
Que acelera o coração ou dói os rins
A madrugada da solidão
De lágrimas guardadas de todo dia
De alguém forte mas sólido... não
Onde encanto de dormir perdeu a magia
A madrugada da paixão
Onde vem o desejo
A pessoa da foto em sua mão
E a vontade é dormir com seu beijo
A madrugada do sono
De quem tem de trabalhar
Do cachorro sem dono
Que insiste em me atrapalhar.
PANFLETOS
P'ra defender o seu inteiro
o panfleteiro sai pelas ruas
da noite, e da madrugada
com panfletos que não são seus
e vão panfletando... Frestas,
portas, janelas e calçadas.
E os panfletos com suas falas mudas
... Mudas que falam, que movem
os sentimentos e os instintos,
e como, se tivesse zonzo embebido,
pelo cálice do vinho tinto, resvalam.
Olhem a promoção!
venham ver e apreciar o preço
nesse ínterim, expõem o marido
da barata... Tudo barato!
lá vai o fogo citado na queima...
Queima de estoque, porque não
ao sotaque do norte, quem sabe...
Vá moço vá, vá antes que se acabe.
Antonio Montes
Pela janela do ônibus, em várias madrugadas qualquer. Rotina semanal, é fácil prever o final.
Naquele assento observando o movimento, são detalhes que me fazem viajar.
olhando através daquele vidro, as vistas embaçam de tanto pensar.
o foco se perdendo em cada pensamento. De repente, o transporte para de trafegar. Chegou minha parada, agora é hora de viver e não sonhar.