Poemas da madrugada para inspirar as reflexões noturnas
A madrugada de pensamentos
Alguns bons e muitos ruins
Vivido de momentos
Que acelera o coração ou dói os rins
A madrugada da solidão
De lágrimas guardadas de todo dia
De alguém forte mas sólido... não
Onde encanto de dormir perdeu a magia
A madrugada da paixão
Onde vem o desejo
A pessoa da foto em sua mão
E a vontade é dormir com seu beijo
A madrugada do sono
De quem tem de trabalhar
Do cachorro sem dono
Que insiste em me atrapalhar.
PANFLETOS
P'ra defender o seu inteiro
o panfleteiro sai pelas ruas
da noite, e da madrugada
com panfletos que não são seus
e vão panfletando... Frestas,
portas, janelas e calçadas.
E os panfletos com suas falas mudas
... Mudas que falam, que movem
os sentimentos e os instintos,
e como, se tivesse zonzo embebido,
pelo cálice do vinho tinto, resvalam.
Olhem a promoção!
venham ver e apreciar o preço
nesse ínterim, expõem o marido
da barata... Tudo barato!
lá vai o fogo citado na queima...
Queima de estoque, porque não
ao sotaque do norte, quem sabe...
Vá moço vá, vá antes que se acabe.
Antonio Montes
TANTOS AIS...
Correntes se arrastam, Madrugada à fora
Seria uma aparição?Tremor de medo...
O bater das asas do corvo? Lenora...?
Não. Este lamuriar possui outro enredo...
É uma angústia que aperta o peito.Dorida!
Seca a garganta na solidão que ensandece
Treme a carne. Titubeia, vã, a alma sofrida
Na ausência do amor, tudo que é flor, perece.
É a saudades que grita memórias mortas...
Dos tempos que o beijo acariciava o rosto
A caos na cerne adentra. Fechem as portas!
E de que há de servir o trancar dos umbrais?
Se aquilo que destroça já alojou-se na alma?
Ajam, Deus, auroras para tanta dor. Tantos ais.
Madrugadas Infindas
No silêncio estrondoso das noites
grito palavras Indizíveis,
o frio em erupção me desperta de sonhos insones.
Resquícios de saudades atrozes
tornam as madrugadas infindas.
Delírios que adormecem meus devaneios
logo despertam As dores de um amor mal vivido.
Exaurida em cada amanhecer visto cores e flores
e flutuo Nas dores.
Liberto-me das noites que me atormentam
Ela é balada,
é madrugada, amor esperto.
Eu perto dela, sou fim de tarde,
sou amizade, amor discreto.
UM ETERNO DIA...
Presa ao encanto do silêncio
Viajo em noites e madrugadas frias...
Fugindo da agonia...
Na procura de um doce instante...
Procurando a rota de um sol brilhante
Talvez... Um eterno dia...!
Pássaro que sou pousado em teu coração
Ou uma pétala de flor voando sem destino...
Aonde a saudade vem consumindo...!
CASACO
Eu te abraço no dia frio
Eu te esquento na madrugada sombrio
Eu estou agarrada em você
Não solto por nada
Eu sou de lan
Em cima do divã você me pois
E nois dois quando estamos juntos
Somos só um
Eu cubro seu corpo nu
Seu coração faz tum tum
E eu ouço tudo
Eu adora teu abraço
Eu sou teu casaco
Eu sou teu casaco
Por cima por baixo
Eu encaixo
Estou no mesmo endereço
Onde Voce vai eu conheço
Eu não me meto
Mais você me mete
No seu Guarda roupa
As noites são loucas
Quando Voce não estar
Sou teu casaco pode vi me usar.
Sou teu casaco sou teu casaco
Pode vi me usar.
Poeta Antonio Luís
04/06/2015
Pela janela do ônibus, em várias madrugadas qualquer. Rotina semanal, é fácil prever o final.
Naquele assento observando o movimento, são detalhes que me fazem viajar.
olhando através daquele vidro, as vistas embaçam de tanto pensar.
o foco se perdendo em cada pensamento. De repente, o transporte para de trafegar. Chegou minha parada, agora é hora de viver e não sonhar.
FULGOR DA VIDA
Na madrugada escura,
de uma rua estreita...
Explode um pau-de-fogo
... E um grito, projeta-se, sobre...
O beco macabro, de um momento fúnebre,
marcando o ultimo tíc, tác de um peito
dilacerado.
Uma bala e duas lagrimas rolam...
E sobre o leito de uma dor finda,
o arrependimento tomba apagando
o ultimo fulgor, de uma triste vida.
Nesse ínterim...
Como se fosse lençol de uma branca
mortalha... Brada o silencio sufocado
sob, o ultimo sopro da estupidez...
E os olhos, se enchem de nevoa branca,
impregnado de frio e de tremor, de uma
alma, que nunca foi aquecida,
pelo fulgor da doce vida.
Antonio Montes
"MULHER"
O que me veio à alma isso escrevi
Procurei no vazio da madrugada e nada escolhi
Guardou no bolso do seu coração
O olhar miudo que tinha na visão
Mulher cheiro suave
Doçura imensurável
Seu paladar é incontestável
Amor perdurável
As noites frias você esquenta
Aos Céus agradeço
O Seu medido esforço
Refreia a corda que rebenta
Há quem diga que és a flor
Mas eu digo-te que és o calor
Riquezas recebeste
Pois tu me concebeste
Guarda-me no berço do Além
Sou do alheio, sou do Aquém
Nas madrugadas frias do desespero,
Ouço o eco de um amor que se foi,
Seu nome, uma cicatriz em minha alma,
Um sussurro que se apaga na escuridão.
Os dias que se arrastam, vazios e pálidos,
São fantasmas que dançam na penumbra,
Cada lembrança, um espinho cravado,
Na carne frágil do meu coração partido.
Garrafas vazias espalhadas pelo chão,
Refletem meu olhar, perdido e turvo,
Bebi cada gota do esquecimento,
Mas o sabor amargo do fracasso persiste.
Teus olhos, faróis que se apagaram,
Na tempestade do nosso fracasso,
E agora, apenas sombras restam,
Do que um dia chamamos de "nós".
Páginas perdidas de um livro inacabado,
Rabiscadas com palavras de dor,
São tudo o que resta deste amor morto,
Enterrado fundo em minha alma solitária.
Momentos infelizes, repetidos em loop,
Como um filme de terror sem fim,
E a morte do amor, lenta e cruel,
Desfazendo a última fagulha de esperança.
Queria poder gritar teu nome ao vento,
E pedir ao tempo que volte atrás,
Mas sou apenas um náufrago, perdido,
Nas águas turbulentas da saudade.
E assim sigo, carregando o peso,
De um amor que se tornou poeira,
Nas mãos trêmulas do destino,
Escrevo nossas despedidas, em lágrimas.
Maysa, minha alma gravou teu nome,
Não com a alegria, mas com o peso dos erros,
Rabisco a história que nunca terá um final,
Cada linha um lamento, cada palavra um adeus.
E se algum dia, teus olhos cruzarem essas páginas,
Em uma livraria qualquer ou em um eBook esquecido,
Que a lembrança de mim traga um sorriso suave,
Pois não estarei mais aqui para ser teu tormento,
E no silêncio que deixo, que tua memória encontre paz.
Pensamentos
Madrugada sórdida, eólica e pródiga,
que me vejo sem paz.
Canção melancólica, alcoólica,
e sempre tão sem graça,
que cada lembrança traz.
Mas quem pudera um canto garrido,
que traga o sorriso, isento de,
machismo, feminismo, eufemismo,
livre até mesmo do “ismo”,
inventado por idealismo,
tais “sapiens evoluídos”,
que o canto não os toca mais.
Tenho mais perguntas do que respostas,
um questionador repleto de propostas.
Guardando para si, por não haver debate,
apenas lados e falta de honestidade.
É evolução ou retrógrado,
é idiotice ou monólogo,
todos esses pensamentos,
que me privam de sentir do ar.
Apesar de sem sentido,
não deixa de ser eólico,
o vento traz males e bens,
carregando as energias,
no desequilíbrio do vai e vem.
Não é o sussurro ao pé do ouvido na calada madrugada
Não é ser naufrago em mar aberto
Não é a besta que te arranca os dentes
Não é a tua doença congênita, ingênua
É o choro desacompanhado do sono
É o afogar no próprio calar
É ser de si, o próprio algoz
É adoecer sozinho e nada poder falar
O tempo passa na garganta como navalha
E vocês, juntos passam também
Quanto mais sozinha fico, mais o peito envelhece
Quanto mais sozinha fico, mais o corpo me aceita ceifar
Não posso reclamar abrigo, porque o abrigo pra mim é inimigo
Não posso me apoiar em nenhum amar, porque não há amor a se cobrar
Não posso respirar, o medo me roubou o ar
Não posso gritar, pois qualquer som o pode acordar
Não sei o que fazer, não tenho onde ficar
Talvez o que me reste agora mesmo seja o pesar
Pela felicidade que nunca vou ter
Pela paz que nunca irei encontrar
Janelas
Passos sem pegadas na magra madrugada.
A mesma luz fraca de todo dia,
amém, também se apaga.
Afago, gelado, o escuro do quarto apagado.
Noturno travado,
tranca e nunca esquece de conferir
se realmente trancou a porta.
Triste rindo cumpre sua quota.
Convive em silêncio cúmplice
com suas meias na sacada penduradas.
Freiras de flanela rasgada.
Frieiras na carne arrastada
pela quase finda vontade.
O que eu valho (que bom)
não vale nada.
Uma coisa vou te contar,
pela madrugada o sol vem a raiar
e de noite é quase difícil de sonhar
Por um breve momento, complicado eu achei,
bem naquela pracinha, eu me encontrei.
Naquele banco apertado, ali eu sismei,
nao demorou tanto, logo me revelei,
cainda aos prantos, eu me machuquei.
Vivendo de coraçao partido,
bem ali naquela praça, sem nenhum cupido.
Pessoas me vaiando, logo em meus ouvidos.
Somente esperando, ou a espera de alguém, bem lá,
lá naquele trem.
Nada me convém pois tudo eu sabia,
e bem ali sentado, tudo acabaria.
Sorriso da madrugada
Eu olho para as paredes
E seus sorrisos perduram sem parar
A se eu pudesse, a seu eu quisesse
Me deixa mais uma vez, ver teu sorriso
Aquele da madrugada
Os lapsos de memória não param
E eles falam, dão meia volta
Se eu pudesse ver teus olhos de novo
Como naquela noite
Estava tudo tão lindo, tão agradável
Teu cheiro me confortava como uma canção
O luar brilhava
E a luz das estrelas fervilhavam,
Ao seu sorriso, teu sorriso da madrugada
Aquele tão puro que até eu caí em tua graça
Então por favor antes de ir embora
Me deixa mais uma vez, eu ver teu sorriso
Aquele da madrugada
No silêncio,
a aranha tece sua estrada prateada
rumo ao nada.
No orvalho da madrugada,
ela espera o futuro ali,
sentada.
Um dia, seu fio a levará ao sétimo céu;
isso, sim, quando for uma aranha encorajada,
gangorrando, dependurada,
na pálida luz que iluminou seus labirintos.
Um café. E a noite. E o que tenho? A mim mesmo. E o blues. Tenho a brisa da madrugada regada de pensamentos. E penso como é mágico e bom fazer um café , escrever e ouvir um blues. Parece uma conexão de vidas passadas. Será se um dia vou compartilhar isso ? Para uma pessoa, duas ou … Não sei. Mas está noite não estou só. Tenho meu blues.