Poemas da madrugada para inspirar as reflexões noturnas

Cabanos

Através da madrugada
Fez-se heróica jornada
Em cada comunidade
Pela comum liberdade.

Através desta vastidão
Onde tudo é imensidão
Ergueu-se cada oprimido
Em cada canto esquecido

Na Amazônia lutou
Povo que um dia ousou
Calar sem medo o algoz
Todos em uma só voz!

⁠Bailarina que surge na madrugada
Exibindo sua técnica sem dar risada
Seus olhos verdes minha tentação
Sua boca carnuda minha perdição
Bailarina que invade o meu pensar
Suspensa no ar me faz almejar
Como seria te conhecer
Como seria te entreter
Bailarina dos olhos verdes do inferno
O conhecido buraco abismo eterno
Me faz pecar só de olhar
Me faz pecar por desejar
Bailarina da internet libertou a fera
Bailarina do Instagram se torna a Bela

MADRUGADA NA RUA XV DE NOVEMBRO EM CURITIBA

A Rua XV e a madrugada
caminham pelas calçadas de Petit-Pave
fazendo graça
até o amanhecer.
As petúnias roxas
ainda dormem seu sono
perfumando o velho bondinho vermelho...

As luminárias da Praça Osório
tingem de amarelo
todas as notas musicais do velho
sax que se ouve ao longe...

O dia começa no vai e vem
pelas calçadas
e no cheiro adocicado da pipoca
estourando na panela preta.

Um raio de sol faz nascer
arco íris nas gotas d’água
da velha fonte
com sua sereia de metal...

O tempo, aqui
segue calmamente
acordando tudo com muita calma...

Inserida por LuciahLopez

Tenho saudades do lugar onde
Amamo-nos nas madrugadas
Tenho saudades dos sonhos que nós sonhamos
Sinto os seus olhos lindos e quero
Atravessa-lo para sempre... E dizer-lhe que é
Meu único amor...
Sinto falta deste amor tanto... Mas tanto!
Sinto falta daquele sorriso que me leva ao céu...
Onde estrelas
Quando encontradas umas perto de outras parecem iguais...
(mas não são)

Sinto falta do toque que me confortava
Em momentos de desespero...
Sinto falta de cada parte de todos
Os segundos que passei com ele...!

E do meu olhar perdido no devaneio distante
Goteja em murmúrios sussurrantes lágrimas de saudades
Que se transformam em lago ondulante...
Alagando a face...

E tu alma minha, que és quase a minha essência. .
Traz-me um pouco de ti como se eu fosse um pedaço de mar
Mergulha em mim... Nas minhas entranhas...
E com o silêncio de tua voz serena as minhas dores...
E eu novamente... Acalentar-te-ei no meu peito...!

Inserida por celinavasques

A madrugada é mágica e sedutora.

Inserida por PriscilaMurad

Poeta da madrugada

Ei...Psiu... Isso! você, mesmo, jovem poeta!!!
Que rima procuras nessa madrugada?

Que sentimento queres trazer às pobres almas que o leem?

Entre o amor correspondido e a solidão enrustida qual preferirás?

Trarás o mel ou o fel aos que o devorarem?

Será uma palavra de sapiência ou para quem tem paciência?

Decida-te.

Inserida por wagnerls

Filho da lua, vivo na madrugada..
Vivo na madrugada pos ao dia tudo não se demostra ser o que é..
Mas na madrugada..
Tudo bem vem átona..
Na madrugada que choro, dou risada, sofro..
Tudo sozinho..
Sem precisar de ninguém fingindo se importar com meus problemas..
Só a lua pra me escuta e me entender..
Já que somos iguais, transmitimos um brilho que não é nosso, e quando estamos sem esse brilho somos esquecidos..
Ela ao dia..
E eu a noite..

Inserida por YanPoppe

SILÊNCIO NA MADRUGADA
(01.09.2018)

Curiosamente me desperto na madrugada com a mente buscando as palavras concretas para dá vida e sentido a tudo. E encontro no silêncio a melhor forma de deixar a alma se manifestar.

Inserida por ricardo_oliveira_1

A INQUIETUDE E A INSPIRAÇÃO
(04.09.2018).

Por meio da madrugada, me inquieto com motivos claros: "a inspiração". Ela suscita experiencias dos quias não são possíveis de serem negados. E me coloco disponível para deixar a alma fluir no espaço e no tempo...

Inserida por ricardo_oliveira_1

madrugada sonora
quintal molhado -
chuva mansa abastece
os aquíferos do Cerrado.

Inserida por romulo_andrade

É com essa cara de sono e cabelo jogado que viro madrugadas a dentro lendo as melhores poesias que alguém pode escrever.
Me ocupo com os melhores gostos e sabores, gosto de ouvir coisas bonitas, meus olhos não se cansam de olhar para o que é bom. O belo nem sempre me encanta tanto.
Meus pulsos estão fascinados e pulsam diariamente para tudo o que trás riso ao meus rosto. Sorte, estou viva.

Inserida por fatima_madureira

NA MADRUGADA COM DEUS

Na calada da noite,
Na horas frias da madrugada,
Quando surgem os temores,
Pra te convencer que não és nada!

Sinto tua presença a contradizer,
Diante do obstáculo que me deparo;
Exaurido nas minhas forças ao amanhecer,
Vejo o quanto por ti sou cuidado!

A minha vontade de te buscar,
Me faz viajar no quanto sou querido,
Livra-me daqueles que procuram me derrubar,
E salva-me de todos os perigos!

Vou bebendo o que ainda resta da madrugada,
Afinando os meus ouvidos pra poder te ouvir,
Nesse encontro sinto a paz tão desejada,
Diante de tudo que ouço de ti!

Surge então um lindo sol,
Que teima sair no horizonte,
Me dá a certeza de que não estou só,
Que tu não me deixas nenhum só instante!

Rodivaldo Brito na madrugada de 13.02.2019

Cântico à Primavera!

Ao romper da madrugada
assim que o sol acordou;
caminhei pelos verdes prados!
Sentei-me junto da azinheira
onde o orvalho ainda humedecia;
e as abelhas zumbiam!
E da copa da azinheira.
passarinhos chilreavam
cumprimentando o novo dia!

Um malmequer para mim olhou
quando na relva me sentei…
Logo suas irmãs;
para mim sorriram em mil pérolas de fulgor
com que perfumavam a aragem ridente da madrugada!

E mais uma vez: - o malmequer para mim olhou!
E atrevido me perguntou
de que cor gostava eu de ver a
Primavera sorrindo?

De amarelo! - Respondo eu !
que é cor da alegria e da amizade!
Logo daquele campo matizado….
Suas irmãs
para mim sorriram (…)
todas de amarelo se vestiram,
e em uníssono cantaram .

Viva a felicidade!
Viva a amizade!
Viva a Primavera!
Viva a estação das flores!
Viva a estação da alegria!

Inserida por celia_da_fonseca

A madrugada está em mim,
dela desconheço
o fim
ou o começo.

Inserida por OsicranAkdov

MADRUGADA ESTRANHA
(21.11 2018).

De uma madrugada estranha,
Minha mente abre meus olhos,
E sem conseguir dormir,
Ponho-me a ouvir o coração.

Tudo vem colaborar com o interior,
E no meu íntimo a revelação da vida.
Pergunto- me: - Por onde anda o amor?
Sim, o amor é a própria existência!

Inserida por ricardo_oliveira_1

Todos carregamos o sadismo de querer ser a madrugada de insônia de quem desejamos.

Inserida por EuHoje

Dói acordar sem nada para fazer
Assistir televisão até a vista doer
Dormir, de madrugada e de tarde
Ir a igreja só para pedir consolo ao padre

Dói deambular com um canivete no bolso
De esquina em beco, em busca do almoço
Andar inseguro por medo da bófia
E por falta de condições perderes a sua sócia

Dói nascer, viver e morrer pobre
Usar joias apenas de cobre
Na rua, chamarem-te desgraçado
E apenas em festas, comeres frango assado

Dói ser vítima de «Bowling» na escola
Pela deficiência ou carência de mola
Dói estar na porta da igreja a pedir esmola
E para cativar os crentes ter que tocar viola.

Dói em seu país ser humilhado
Usado e abusado metaforicamente, pisado
Por um estrangeiro que escravizou-nos no passado
E por outros que tomam-nos o país ao bocado

Dói ser condenado sem ser o culpado
Incondicionado a um bom advogado
E só depois de considerado réu malogrado
É que a justiça descobre que foste injustiçado

Dói ver incompetentes em cargos de competentes
Competentes desempregados por não terem costas quentes
Uns sem ensino básico mas são tesoureiros
E os universitários como seus faxineiros

Dói ver um adolescente consumidor de droga
Com dezasseis anos dar um neto a sua sogra
Dói ver um jovem com pensamento imaturo
Que abandona os estudos e arrepende-se no futuro.

Dói arrendar uma casa recebendo salário mínimo
Pagar as despesas e dez por cento para o dízimo
Rezar, em um luxuoso santuário
E sua casa não ter se quer um armário

Dói nascer e crescer com o Pai ausente
Mãe desempregada e dependente
Sem dinheiro para uma faculdade privada
Juntar-se aos milhares disputando uma vaga

Dói nascer pra viver e estar a sofrer
Crescer sem nada ter e morrer sem o obter
Fazer um curso, não conseguir trabalho
Formar-se em um ramo e saltar para outro galho

Dói ver um jovem com distúrbios mentais
Invocado da palhota à mando dos seus Pais
Pais que fazem esses rituais para agradar os ancestrais
Com a finalidade de angariar certos meticais.

Inserida por LJ_Nhantumbo

desisto de te amar
por uns instantes olho a madrugada
que colore de cinza as estradas
da minha cabeça
temos poucos anos e uma bagagem densa

Inserida por pensador

MÍSTICA DA MADRUGADA
(16.11.2018).

Ouço os sussurros de teu coração,
Enquanto seus olhos falavam
Sobre o mar e a lua,
Assim, vou surpreendendo com o mistério teu.

Na mística da madrugada,
Verdadeiramente me acalmo,
E quando minhas pálpebras se fecham,
Consigo enxergar em mim as lembranças.

Lembranças de um mundo paralelo,
Fascinado-me com a tua linguagem,
Ouço-te, e te preservo!
Liberando os sentimentos.

Convenço-me de que posso escrever,
Vivendo dia após dia com a inspiração.
E a docilidade banhando o ser,
Não vou andando na contramão.

Inserida por ricardo_oliveira_1

TANTOS AIS...

Correntes se arrastam, Madrugada à fora
Seria uma aparição?Tremor de medo...
O bater das asas do corvo? Lenora...?
Não. Este lamuriar possui outro enredo...

É uma angústia que aperta o peito.Dorida!
Seca a garganta na solidão que ensandece
Treme a carne. Titubeia, vã, a alma sofrida
Na ausência do amor, tudo que é flor, perece.

É a saudades que grita memórias mortas...
Dos tempos que o beijo acariciava o rosto
A caos na cerne adentra. Fechem as portas!

E de que há de servir o trancar dos umbrais?
Se aquilo que destroça já alojou-se na alma?
Ajam, Deus, auroras para tanta dor. Tantos ais.

Inserida por elisasalles1973