Vozes
Silenciar as vezes dói. O silêncio inoportuno desperta vozes na mente e como são cruéis, destroem sem deixar vestígios, só se percebe o fim no último segundo, o fim vem de dentro pra fora.
Como líder, você deve identificar e expelir as vozes que te atrapalham. Assim, você gera silêncio e admiração.
José Guaracir
As palavras ditas há muito ainda ecoam,
não como vozes, mas como sombras na parede.
Elas não desaparecem, apenas perdem cor,
como cartas velhas que ninguém abre.
Os medos, no entanto, são tinta invisível:
você sente que algo foi escrito,
mas por mais que tente lembrar,
o papel permanece em branco —
porque, naquele tempo, você não quis ler.
Existem dias em que precisamos ser como maestros de um coral, separando as vozes que ecoam ao nosso redor!
"Na solitude, descobrimos que o silêncio não é ausência de vozes, mas o palco onde a alma finalmente consegue recitar seus versos mais cruciais."
Rio de Gente
O rio corre, mas não é de água,
é de passos, vozes, multidão,
deságua em esquinas, sobe calçadas,
se espalha em ondas pelo chão.
O tempo escorre sem despedida,
como quem parte sem olhar,
mais um dia que se dissolve
nas luzes pálidas do lugar.
Mas há um sonho que não se apaga,
uma chama acesa a resistir,
pois tudo que é vivo se refaz,
e tudo que é rio aprende a seguir.
O artista Danicrys Music, é de Jeová e Jesus Cristo. Dono de uma das vozes mais lindas do Planeta, é um admirador da Natureza!
Eu estava ali... sentado.
Rodeado de vozes, de risos, de gente viva.
Mas eu não estava.
A sala ao meu redor começou a desaparecer — não de verdade, mas da minha percepção.
Como se tudo estivesse se afastando de mim… ou talvez eu estivesse afundando neles.
Um mar. Um mar feito de ideias, memórias, dúvidas e ansiedades.
Eu me afogava, devagar, e ninguém via.
Cada pensamento pesava toneladas.
E, de repente… uma dor.
Aguda. Crua. Rasgando meu crânio como um raio atravessando a alma.
Foi como se Deus tivesse acendido uma lanterna dentro da minha mente só pra mostrar tudo que eu escondia.
Medos, fracassos, rejeições, inseguranças…
Eu vi tudo. Tudo de uma vez.
A dor não era só física. Era cósmica.
Como se meu corpo quisesse me expulsar de dentro dele.
Meus músculos começaram a se encolher.
Meus ossos se curvavam, as extremidades sumiam.
Primeiro os dedos, depois os braços, as pernas…
Era como se o universo estivesse me dobrando em mim mesmo.
Me reduzindo…
Até eu virar só um ponto.
Um pingo de i.
Flutuando no ar.
Um buraco negro.
Escuro. Silencioso.
Sem matéria. Sem mim.
Eles me viram.
Meus amigos. Meus colegas. Meus cúmplices de vida.
Viram meu corpo desaparecer, mas não entenderam que o que sumiu primeiro foi a minha paz.
E agora…
Eles não falam nada.
Mas eu vejo. Eu sinto.
O buraco negro não está parado.
Ele cresce. Ele pulsa.
Ele puxa as conversas pro vazio, suga os risos, apaga a leveza.
Como se a minha dor — aquela que eu tentei carregar sozinho — agora estivesse em cada canto da sala.
Eu fui embora.
Mas minha ausência ficou.
Mais pesada que minha presença.
Eles não sabem, mas já estão sendo engolidos também.
Porque a dor, quando não explode, implode.
E quando implode… contamina.
Se você estiver me ouvindo agora…
Não espere virar um ponto.
Não espere o silêncio ser mais alto que a sua voz.
Fala. Grita.
Pede ajuda antes que o mundo perca você.
Porque um buraco negro nasce pequeno…
Mas pode engolir tudo.
Em cada eleição, os discursos ecoam vazios, sem derrotados, só vencedores, apenas vozes que se entrelaçam em mundos paralelos. Numa dança de negação, transformam derrotas em vitórias imaginárias, sucessos irreais pintados com palavras ocas. O povo, cansado de ilusões, refugia-se na abstenção, um grito silencioso contra a hipocrisia que permeia o ar. A verdade dissolve-se em mentiras doces, enquanto a realidade se esvai, esquecida, na sombra de promessas vãs. No fim, quem vence é o cansaço, e a esperança esvai-se, como um eco distante no espetáculo da falsidade.
Se entoassemos as vozes de Homens que Amam, e tivessemos intenções e ações destes, teriámos descoberto oque é Humanizar. Porém percebemos as coisas com orgulho e apego, e aí, deixamos de nos ver feitos mortais, e morremos vitimados pelo orgulho!
Poesia que ressoa eterna
nas vozes dos cordelistas,
repentistas e nos passos
dos 'Enfeitados e do Mascarados',
não troco por nada a festa
com o meu querido
'Boi Calemba Pintadinho'
nem por um milhão de diamantes.
Tenho um pouco de tudo
e de todos, sou Mestre,
sou as Damas e sou os Galantes,
quando você entrar
nesta dança dos brincantes
nada na tua vida nunca
mais será como antes.
Olhos no olhos entre todos
os Enfeitados e Mascarados,
o meu coração que é
Boi de Reis leva para dançar
'o Birico, o Mateus e a Catirina',
só ainda não tirou para dançar
quem me estremece e fascina.
Sim, o meu coração que é
Boi Calemba Pintadinho
e que te chama para dançar
com todo o jeitinho
junto com 'a Burrinha, o Bode,
o Gigante e o Jaraguá',
e te deseja com todo amor e carinho.
ENTRE CIFRAS E ACORDES
Realizarei com amor a ti dedicado
Um coral de poemas em mil vozes
ressoando no horizonte declamado
Um musical, entre cifras e acordes
Você despertou minh'alma e coração
Senhora de teu destino sou com louvor
paixão embalada na maís doce canção
Transformando-se no mais puro amor
Eu Vivi por anos numa grande solidão
Mas Tú com seu sorriso e arte , faz parte
Da alegria que meu peito, hoje invande
Em miraculosa e sublime, imensa paixão
Enfim Contigo eu dançarei a valsa da vida
Pois teu amor apagou os ais da antiga lida
então agora existe o riso no lugar do pranto
e em seu louvor vou propagar meu canto
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei -9.610/98
Faço eco das vozes
da irmã, do irmão,
e dos irmãos,
e ouso sem autorização
e sem ser ninguém
para perguntar:
- O General
está bem?
Versejo nas sombras
da limitação real
para perguntar:
- Onde o General está?
Ninguém sabe onde
foi parar o General,
Ouviu ou viu,
Mas insisto
em perguntar:
- O General está vivo?
Não desisto de saber
no deserto de afetos,
tristezas aquarteladas
e absurdo dos séculos.
Não me surpreendeu
a sua estratégia
híbrida de ferir quem
pensa diferente,
Silenciando vozes,
quebrando os frágeis
e prendendo quem
enxergou a verdade.
Se é passado
não adianta só dizer,
não fique parado,
a hora é agora:
é preciso soltar
o General e a tropa
injustamente aprisionados.
Não adianta continuar
com jogos perversos,
Dizer que tudo é passado
neste país que não
foi de fato reconciliado
e o Esequibo ainda não foi resgatado.
Surrealismo Poético
Cada verso meu é escrito
com o tom de mil vozes,
Isso define o Surrealismo Poético
para quem sabe ouvir enquanto
lê sem compromisso com o rigor
e o quê é convencionado estético,
De mim só sai o quê realmente
conecta com o galático
sem subjetivismo do hábito.
Existe uma necessidade conjunta de dar pequenas pausas no meio da jornada, silenciar as vozes que gritam desesperadas e ouvir o que grita o peito. Nesse espaço, onde a solitude é reconfortante é um passo importante para se tornar um pouco melhor do que se foi ontem. Se retirar, se espremer, se corrigir. Tem sempre uma folha mucha, um galho seco, um pedaço morrendo. E está ali, para nada funcionar além de retirar da gente energia, vida.Cortemos as folhas muchas e os galhos secos. A energia corre solta para outros espaços que estavam necessitando dela. Podemos até ficar menores, mas nos tornaremos mais bonitos. Quando cortamos o que já não tem mais vida, damos espaço para o novo, para novos ramos surgirem. Essa é uma visita constante, para vida toda. Ter a dor de cortar, mas com a certeza de ter também a alegria de ver surgir, crescer, florir, frutificar.
Quais podas você precisa fazer em sua vida?
Façamos da Vida um Hino,
Com notas de várias cores,
Cantado em Sol Maior...
E com as vozes em Uníssono,
Faremos um Mundo Melhor.