Viver em Sociedade
A necessidade de refrear os sentimentos nocivos à sociedade por meio de outros sentimentos fixados pela educação, a moral e os códigos, constitui, o princípio fundamental da vida coletiva, e nunca em vão os povos o desconhecem.
Ninguém se liberta dos sentimentos que o meio social tinha penosamente conseguido conter, sem criar anarquia. O seu primeiro sintoma é um rápido acréscimo da criminalidade, tal como o que hoje se observa. É favorecido, aliás, pelo desenvolvimento do humanitarismo, que paralisa a repressão e tende, por conseguinte, a destruir todos os freios.
A nossa democracia atual sofre cada vez mais as conseqüências da supressão dessas ações inibidoras, as únicas que podiam contrabalançar os sentimentos anti-sociais.
O ódio das superioridades e a inveja, que se tornaram os flagelos da democracia e ameaçam a sua existência, derivam de sentimentos muito naturais para que não tivessem subsistido sempre. Mas, nas sociedades hierarquizadas do passado, a sua manifestação era difícil.
Tendo adquirido hoje livre impulso, incessantemente alentados por políticos ávidos de popularidade e universitários descontentes da sua sorte, esses sentimentos exercem constantemente a sua desastrosa tirania.
Devido a grande dissociação das ações inibidoras, as desagregações sociais são consequências da fraqueza que o medo determina.
Diante da fraqueza dos códigos, progressivamente se criou a noção de que empregar a ameaça e a ação direta era um meio seguro de alterar leis outrora consideradas como invioláveis.
Uma sociedade subsiste graças ao fator de manter a convicção hereditária de que cumpre respeitar religiosamente as leis em que se funda o organismo social.
A força que os códigos possuem para impor a obediência é, sobretudo, moral. Nenhuma potência material conseguiria tornar respeitada uma lei que toda a gente violasse.
Se um gênio malfazejo quisesse destruir uma sociedade em poucos dias, bastar-lhe-ia sugerir a todos os seus membros a recusa de obedecer às leis. O desastre seria muito maior do que uma invasão a que se seguisse a conquista. Um conquistador limita-se geralmente, com efeito, a mudar o nome dos senhores que dispõem do poder, mas é seu interesse conservar cuidadosamente os quadros sociais cuja ação é sempre mais eficaz do que a dos exércitos.
Destruir a crença na necessidade do respeito aos freios sociais, representados pelas leis, é preparar uma revolução moral infinitamente mais perigosa do que uma revolução material. Os monumentos saqueados rapidamente se reconstroem, mas para refazer a alma de um povo, são necessários, em muitos casos, alguns séculos.
Combatendo a tradição em nome do progresso e sonhando destruir a sociedade para apoderar-se das suas riquezas, os sectários não vêem que a sua vida é um estreito tecido de aquisições ancestrais, sem as quais não viveriam um só dia.
Sabe-se como finalizam sempre semelhantes tentativas. Será, entretanto, preciso suportá-las ainda sem dúvida, pois só a experiência repetida instrui. As verdades formuladas nos livros são palavras vãs. Só penetram profundamente na alma dos povos ao clarão dos incêndios e ao troar dos canhões.
Quem ama o caminho do conhecimento nunca terá uma mente infértil e inútil para sociedade, sempre buscará formas de resolver problemas e desvendar enigmas implantados no meio social.
É mais fácil se acomodar a uma opinião pronta e ser normal numa sociedade moralista a que correr os riscos na criticidade.
ISTO É A REALIDADE NA SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS HOJE...
Ser reservado é ser metido;
Não gostar de mentiras é ser hipócrita;
E ser honesto é motivo para se desconfiar.
Não podemos ser diferentes que somos criticados
Não podemos ser iguais, pois todos dirão que não temos atitude.
Tudo que fazemos é motivo de críticas. Então, que assim seja! Eu não ligo mais, pois cansei! Deixem falar, pois estou vivendo a minhas custas e não dependo de ninguém e não devo a ninguém.
Eu já me resolvi, agora é a sua vez!
Lenilson Xavier (15/07/2016)
A corrupção é "uma praga apodrecida da sociedade é um pecado grave que brada aos céus, porque mina as próprias bases da vida pessoal e social. A corrupção impede olhar para o futuro com esperança, porque, com a sua prepotência e avidez, destrói os projetos dos fracos e esmaga os mais pobres. É um mal que se esconde nos gestos diários para se estender depois aos escândalos públicos. A corrupção é uma obstinação no pecado, que pretende substituir Deus com a ilusão do dinheiro como forma de poder. É uma obra das trevas alimentada pela suspeita e pela intriga. (...) Para erradicá-la da vida pessoal e social são necessárias prudência, vigilância, lealdade, transparência, juntamente com a coragem da denúncia. Se não se combate abertamente a corrupção, mais cedo ou mais tarde, ela nos torna cúmplices e destrói-nos a vida"
O autor descreve os preconceitos de uma sociedade desigual. O rico é sempre considerado bom, educado, culto e digno de respeito; o pobre é sempre tido como preguiçoso, sem valor, imoral, um peso que não merece ser levado a sério. Quem se dá ao trabalho de conferir tais preconceitos, acaba descobrindo que as coisas são exatamente o contrário. É no confronto social que ricos e pobres podem compreender o porquê de sua própria situação.
(nota de rodapé - Eclesiástico 13)
Um tantinho de mim!
Já frequentei festas ,bares ,rodas da alta
sociedade
e do muito que vi .... (sem generalizar)
Foram pessoas gananciosas, vazias em busca de
felicidades momentâneas e do tal do sucesso .
Nunca me senti confortável nesses lugares !
A alegria eu sempre achei lá quintal de casa .
É lá que ando descalça , descabelada e com os pés
no chão.
É lá que respiro a brisa e sinto a paz
do vento em imensidão .
É lá que converso com as palmeiras
Dou bom dia ao bem te vi e
sinto o cheiro das flores .
É lá que encontro com a sabedoria
das formigas a trabalhar com inteligência e
a humildade dos pardais em cores .
É lá que sinto o sol batendo luz e
dou de cara com a leveza das borboletas .
É lá que residem os meus sonhos e a
minha plenitude em grandeza .
Nunca me encantei com essa coisa de status ,
de aparências e
superficialidade !
Gosto mesmo é de voar por entre
as asas dos passarinhos .
O meu luxo se encontra na casa da minha
simplicidade.
Mais Nada!
DEUTERONÔMIO
(Sinopse)
PROJETO DE UMA NOVA SOCIEDADE
A palavra grega deuteronômio significa segunda Lei. Trata-se de uma reapresentação e adaptação da Lei em vista da vida de Israel na Terra Prometida. Este livro nasceu muito tempo depois da situação histórica que nele encontramos (discurso de Moisés antes da entrada na Terra), e passou por um longo período de formação. Para o autor, porém, o povo de Deus está sempre na posição de quem deve se converter a Deus e viver em aliança com ele, para ter a vida (Terra = Vida).
A idéia central de todo o livro é que Israel viverá feliz e próspero na Terra se for fiel à aliança com Deus; se for infiel, terá a desgraça e acabará perdendo a Terra. O livro, porém, não se contenta com idéias gerais. Após relembrar o Decálogo (5,1-22), ele mostra que o comportamento fundamental do homem para com Deus é o amor com todo o ser (6,4-9). A seguir apresenta uma longa catequese, explicando o que significa viver esse amor em todas as circunstâncias da vida pessoal, social, política e religiosa. Essa catequese é apresentada sobretudo através das leis do Deuteronômio (capítulos 12-26), onde se procura ensinar ao homem como viver em sua relação com Deus, com as autoridades, com o outro homem, e até mesmo com os seres da natureza.
Mais do que nos determos nessa ou naquela parte do livro, encafifados talvez com uma ou outra lei, o importante é perceber o que o conjunto procura transmitir: um projeto de sociedade nova, baseado na fraternidade entre os homens e na partilha de tudo o que Deus concedeu a todos. Notar sobretudo que Deus é chamado Pai (1,31), e os membros do povo são chamados entre si irmãos. A vocação do povo de Deus é a fraternidade e a partilha.
O livro do Deuteronômio é, sobretudo, um modelo de ação pastoral e social. Sua parte central (Dt 12-26) nasceu em meados do séc. VIII a.C., numa época de grande desenvolvimento econômico, que acabou por acelerar a injustiça e a desigualdade social: uma minoria privilegiada detinha a riqueza e o poder, enquanto a maioria do povo ficava reduzida à miséria. Diante disso os levitas itinerantes (não ligados diretamente a um santuário) desenvolveram uma catequese que mostrava o caminho para a superação dos conflitos. Essa catequese diante de situações concretas se cristalizou nas leis do Deuteronômio. Tais leis não devem ser entendidas no nosso sentido moderno de lei, mas muito mais como orientação, ensino, educação para produzir relações justas e fraternas dentro da sociedade. A intenção básica dos levitas era provocar coerência entre a Aliança que se celebra e a vida que se vive. O esforço deles é um modelo para que também nós saibamos tirar as conseqüências econômicas, políticas e sociais da fé que professamos, a fim de que o fermento evangélico gere de fato uma sociedade nova.
Só há uma razão possível para atacar o lobo: ele nega domesticar a sociedade em forma de cão. Os lobos não nascem podres de corpo e alma. São puros como neve. Os cães suprimiram todo o ódio da humanidade. Suprimiram a necessidade do crime, a leve inclinação para à loucura insana, o desespero, o cretinismo congênito, os olhos amendoados derivando instintos.
Se o cão pratica uma virtude, virtude nenhuma será. A virtude como prática é de um tempo morto, tão morto como coisa que pouco importa. Virtude só é virtude quando é impensada, irrefletida, maquinal: instintiva. O lobo é virtuoso pela seu modo de ver as coisas. É espontâneo. É natural. É um espasmo súbito, involuntário. Lobos se sentem mal em formaturas e reuniões semanais nas quais as pessoas narram como a incapacidade de controlar sua raiva lhes causou problemas de sociabilidade.
Sou aquela bolha que estoura e desaparece neste recipiente chamado mundo, nesta sociedade chamada massa.
" Leis e regras auxiliam a organização da convivência em sociedade.
Porém a ética, caráter e empatia são essenciais para que a relação social seja justa."
A sociedade hoje em dia banaliza-se a si própria, a sociedade é algo fraco, oprimido, é o ser do planeta terra com a maior capacidade cerebral, mas nunca a vai conseguir usar da melhor maneira. Hoje em dia o ser humano é o maior criminoso do planeta, o mundo sem ele, era fantástico, todos os outros seres estavam muito melhor, e nós fomos quem chegou por ultimo, apenas viemos estragar algo bom, e algo que estava a tomar um bom caminho. Hoje em dia para conseguir a atenção de uma rapariga apenas basta que tenhas um corpo bem definido, e mente não interessa, a primeira coisa olhada em ti é se tens ou não um "bom corpo" bem capaz de a agarrar. Uma minoria não pensa assim, mas é uma minoria tão grande que para despercebida.
É triste ver ao que chegamos, hoje em dia muito mais difícil do que encontrar um grão de areia especifico numa praia é encontrar um Homem sem maldade e com um bom carácter; alguém com os seus ideais bem definidos e com as suas ideias claras. Encontrares alguém que se encaixe em ti na perfeição é algo extremamente improvável, não impossível, mas improvável. Hoje em dia as palavras ganância, a inveja e deslealdade são as rainhas de uma selva em que apenas os fortes sobrevivem. O forte não é aquele que não deixou que o atacassem mas sim aquele que esperou pela primeira investida do seu pior inimigo para se conseguir preparar com as suas melhores armas e ripostar com o rigor necessário para o sobrepor, isto é a inteligência, algo quase apagado do Homem.
O ser humano vai aos poucos aniquilando a sua própria raça, são sei ao certo quantos anos mais irá durar mas como sou novo temo ainda ver grande parte deste suicídio.
O intelecto faz parte da nossa sociedade, algumas pessoas nivelam o seu para socializar outras enfatizam ele para ser apenas o melhor
Educação de qualidade significa sociedade sem desigualdade, o que não é interessante para a política de comunidade, porque dificulta a vida das majestades.
Enquanto a dor, a perda, a violência, a tragédia for a mola da mudança de postura de uma sociedade seremos uma espécie fadada aos caos. Enquanto a hipocrisia, a omissão, o egoísmo for a chave mestra da sobrevivência individual sem comprometer a paz de espírito dos seus praticantes estaremos fadados a entregar nossa alma ao divino como forma de mascarar os nossos verdadeiros sentimentos para sobrevivermos ao submundo da existência.