Violência

Cerca de 1879 frases e pensamentos: Violência

⁠Atuar com agressividade, grosseria e rispidez tem efeito de cano de escape para um íntimo repleto de angústias, além de produzir autoflagelo.

Inserida por carlos_alberto_hang

Ferir uma Mulher é ultrajar Deus, que tomou de uma Mulher a humanidade.

Inserida por LiSgomez

⁠A agressividade crescente, manifestada tanto física quanto verbalmente, assim como através de atitudes com o intuito de chocar a sociedade, muitas das vezes é decorrente da falta de espaço ou coragem das pessoas em expressarem as angústias que carregam dentro de si.

Inserida por carlos_alberto_hang

⁠Luto nos sonhos e caminho no desespero.
Imagino o Mundo calmo, tranquilo para nós dois.

Viajar e contemplar a paz nas Naçõese nas pessoas; nos olhares, não mais o medo; nos gestos e atos, não mais violência; nos semblantes, não mais rancor.

Desejo tranquilidade para nós... para que nosso Amor emane cada vez mais sublime.

Luto nos sonhos e a realidade se aproxima.

Inserida por RomarioGoncalves

No lugar do absurdo que se transformou o Brasil, de hoje, só é feliz quem não sabe e não quer saber de mais nada.

Inserida por RicardoBarradas

Aqueles que pegam em armas ficam mais distantes das estrelas.

Inserida por Valdirdomiciano

COMIDA FRIA

Lá em casa, habitualmente, não cozinhamos aos sábados. Saí para buscar o almoço com a nossa fornecedora atual, Dona Maria, que nos últimos anos abriu o portão de sua casa e começou a entregar aos finais de semana uma deliciosa feijoada, nas versões tradicional e “light”. Sorridente, falante e cortês, Dona Maria atende a todos com o seu gorro e avental branquinhos, e faz questão de dizer que tudo ali é feito com qualidade, asseio e carinho. Motivada pelo pedido de alguns clientes, estruturou a sua garagem e agora mantém meia dúzia de mesas plásticas, forradas com um tecido rendado, quatro cadeiras em cada e um freezer cheio de cervejas e refrigerantes para que os clientes possam se deliciar com a iguaria ali mesmo, caso prefiram.

Estacionei o meu carro numa rua perpendicular. Peguei a minha filha pela mão, tranquei e acionei o alarme e fui me aproximando da casa de Dona Maria. Do lado do seu portão principal, estava estacionado um carro muito bonito, com cabine dupla, cor prata e recém lavado, denotando o capricho do dono. Em um piscar de olhos, vi um rapaz de boné baixo (acho que para esconder parte do rosto) ao lado do carro, na porta do passageiro. Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, o rapaz retirou a camiseta branca, enrolou em algo (que depois fui descobrir que era uma pedra bem grande) e bateu com toda a força dos seus braços finos no vidro da porta do passageiro, fazendo cacos de vidro voarem para toda lado. Mais rápido que o The Flash, meteu a mão dentro do veículo violado, retirou algo e saiu correndo. O “algo” era uma bolsa feminina, da cor vermelho escuro. O alarme do carro bonito começou a gritar alto, chamando a atenção do dono que estava no interior da casa de Dona Maria, aguardando o almoço.

O senhor careca, proprietário do veículo, também demorou alguns segundos para entender o que havia acontecido. Já com as mãos na cabeça em desespero, ouviu o meu grito abafado. Eu apontava e sacudia a mão desocupada na direção onde o rapaz decidiu correr… Mas foi em vão. A nossa capacidade cerebral de entender a cena, agir, gritar, fazer qualquer coisa útil foi infinitamente mais vagarosa do que as pernas compridas do rapaz tomando a direção já calculada.

Na sequência, uma pequena senhora de cabelos alaranjados também apareceu e descobri que era a dona da bolsa roubada, esposa do calvo senhor. A mesma, chorosa e assustada, afirmava repetidamente que não havia dinheiro ou nada que um meliante pudesse aproveitar lá dentro, somente seus documentos, cartões, maquiagens, remédios e pertences pessoais.

Tentando concluir a minha missão ali, apesar do susto e da injeção de adrenalina, entrei na casa de Dona Maria (que nessa hora voltava da rua após procurar ajuda policial com o casal) e meu coração estremeceu diante da cena que vi. Em uma das mesas com forro rendado colocadas à disposição dos clientes, duas porções completas e caprichadas (e ainda nem tocadas) da deliciosa feijoada da Dona Maria. Aquele momento íntimo e sagrado da dupla havia sido interrompido pelo grito do alarme, e acredito que os dois, naquela mistura de emoções e sobressalto, haviam perdido o apetite.

Nessa hora, minha filha, sacudindo levemente o meu braço, pediu explicações:

– Mamãe, aquele era um ladrão?

– Sim, meu amor, era.

– Por que ele quebrou o vidro do carro do moço?

– Para pegar dinheiro, meu bem. Ele não tem trabalho e não tem dinheiro para comer. Por isso faz isso com as pessoas – Expliquei de um jeito que ela pudesse entender, sem entrar em detalhes sobre o que eu realmente pensava a respeito do destino do dinheiro (não) roubado. E ela continuou:

– Uai mãezinha, mas se ele estava com fome não era mais fácil ele pedir um prato de feijoada para Dona Maria? Ela é tão carinhosa e boazinha e faz um montão bem grande de comida…

Dizendo isso, ela pegou a sua bolsinha rosa e começou a retirar suas moedas:

– Mamãe, essas moedas aqui pagam uma feijoada?

Sem entender, respondi:

– Não meu amor, não é suficiente. Mas para quê você quer comprar outra porção? Uma só dá pra gente, mamãe já pediu e pagou.

– Eu quero comprar comida para dar para aquele rapaz. Vamos encontrá-lo. Daí ninguém fica triste. A senhorinha do cabelo engraçado não precisa chorar por causa da bolsa dela, nem o moço careca precisa ficar triste com o carro quebrado. E o rapaz não precisará mais fazer coisas ruins com outras pessoas.

Ajoelhei, abracei a minha filhinha, beijei a testinha inocente dela e nada mais consegui dizer.

Peguei a embalagem térmica com uma porção da deliciosa iguaria, busquei para mim a mãozinha miúda e fomos caminhando devagar, atravessando a rua, em silêncio.

Antes de sair dali ainda pude observar novamente a mesa posta para o casal. Corações aflitos e comida fria.

Inserida por nivea_almeida

O meu coração se compadece pelas crianças que perderam suas vidas em Janaúba e por todas as que são vítimas de violência. E também se revolta pela paz que não existe, pela inútil esperança de ter uma vida sem medo nem terror. O mundo está doente e pessoas cada vez mais perversas se proliferam como erva daninha, infectando o nosso planeta e atormentando as nossas vidas.

Inserida por GilBuena

É um erro afirmar que os "intelectuais revolucionários" que admiram Che Guevara continuam a prestar-lhe homenagem apesar da violência e do crime. Pelo contrário: a violência e o crime estão no centro dessa homenagem.

Inserida por PensamentosRS

Existe uma força revolta sobre nossas cabeças, silenciosa e explosiva, que insiste em manifestar toda a sua beleza de uma só vez.

Inserida por leovcastro

Vivemos em um mundo tão cruel, como se fossemos miniaturas em um universos onde estamos vulneráveis a quaisquer tipo de violência."

Inserida por GersonSilva

Todo aquele que não se compromete, silencia se e omite se diante ao grande erro faz parte passiva do errado e semeia pra si e para sua vida futura, a mais grave injustiça e covardia.

Inserida por RicardoBarradas

Um ato violento é uma expressão gritante de que um indivíduo olha pouco para si, para tentar ajustar os outros aos valores, que ele julga corretos.

Inserida por MarcondesArucuol

De um lado, um Estado omisso, acovardado, cúmplice e fiador de tudo. De outro, as facções que ditam as regras, promovem barbáries, mantêm o controle de tudo (dentro e fora das "prisões") e ainda exigem proteção e privilégios... Esse é o Brasil e sua estrutura (sem vergonha) de poder.

Inserida por leoftwitter

É preciso muita inteligência e imaginação para brincar de ser homem e de muita ignorância e violência para brincar de ser Deus.

Inserida por Kllawdessy

É claro que as mulheres são capazes de fazer todo tipo de coisas desagradáveis, e há crimes violentos cometidos por mulheres, mas a chamada guerra dos sexos é extremamente desequilibrada quando se trata da violência real.

Inserida por pensador

Os inocentes eram o nosso lado mais emocional, vivido de coração escancarado, apesar da polícia. O que seria de nós sem eles? O intenso processo de racionalização a que éramos forçados pelas circunstâncias, e com base em nossa formação política, naturalmente nos poupava sofrimento. Mas também nos roubava o lado inocente que, nos olhos deles, aparecia com toda a força: o escândalo diante da violência; a saudade da vida lá fora, da liberdade nos seus mínimos detalhes.

Inserida por pensador

ENTERRAMADO

Eu sou a muito tempo a petrificação da raiva.
Meu corpo já foi assim.
Meu corpo já foi liquidificado.
Meu corpo já juntou na terra.

Eu já fui enterrado,
em terra amarrado,
enterramado.

Meus pais, filhos e avós já choraram,
E já desistiram de lacrimejar.
Minha compania já se casou no verão,
Nem vem mais me visitar.

E eu sou solidão,
Aqui no fundo do mar.

Do mar bíblico,
onde o colosso da justiça,
lança o pecado.

Cá estou .

No mundo do esquecido.

Oque fiz eu pra isso?

Bom não me lembro,
morro esquecido.
Lembro do pior acontecido.

Morri.

Não foi de febre,
Nem de saudade,
Não foi porque quis,
Nem pela idade.

Morri por má sorte,
Porque encontrei no caminho o espírito covarde.
E os anjos estavam ocupados.
Sei lá, talvez no céu ceavam.

E eu fui machucado.

Me espancaram.

Me mutilaram.

Me enforcaram.

Me alvejaram.

Me estruparam.

Me jogaram no lago.

Mas calma,
não foi simples assim .

Me machucaram, quando voltava da missa, próximo do ponto de ônibus me raptaram, me doparam, me usaram.

Me quadricularam, me puserram fogo,
me deixaram na terra.
E como esses, meus outros também me abandonaram.

Me espancaram, quando fui ouvir minha música favorita,
riram da minha roupa,
me chamaram de bicha,
me jogaram no chão,
arrastaram pelos cabelos,
me segaram com os próprios dedos, arrancaram minha roupa e enfiaram todos os dedos em mim.

Depois levaram minhas feias roupas,
sem deixar meu corpo eu cobrir,
nem minha mãe me descobrir,
eu não tinha nem um dente,
minha cabeça se fundiu com a calçada, quem me viu ,
até hoje não consegue dormir,
minha mãe acha até hoje que na verdade eu só fugi.

Me mutilaram, quando neguei dois tragos.

Me espalmaram a cara,
me prenderam no quarto,
e tiraram do peito meu filho,
me empurraram pela casa,
me levaram pra fora,
levaram também uma faca,
ela andou por tudo,
andou bem mais que as minhas lágrimas,
só perdeu pro meu sangue na caminhada,
com cigarros me queimaram,
onde já nem doia,
doía deixar meu filho ainda no início da vida.

Me largaram lá mesmo do lado de fora as traças,
depois do jornal eu fui capa,
meu filho já estava longe,
e eu nem constava no mapa.

Me enforcaram, quando menti dizendo que não sabia onde ela estava,
tinha medo que ela acabasse enforcada,
fui levada pro banheiro,
ajogada na privada,
eu gritava mas a TV estava ligada,
me deram vários tapas na cara,
me ergueram pelos cabelos,
me estrangularam na mão,
deixaram a vida me escapulir de olhos abertos,
foram perversos.

Me alvejaram,
perto de casa,
eu só caminhava com uma sacola de pão,
a morte vinha automatica,
seu barulho eu conhecia,
me veio não sei de onde,
foi de costas possívelmente,
esse tipo de morte,
por satisfação e lazer nunca vem de frente.

Corri mas já era tarde,
senti sede mas nessas horas a garganta arde,
a vizinha gritou,
chutou a roda do covarde,
a sirene soou mas já era tarde.
Na sirene mais alarde,
na minha morte mais covardes.

Me estruparam,
quando fui tomar banho de rio,
quando me escondi atrás da pedra,
Escondida do meu tio,
quando corri entre a plantação de pinho, quando me espremi entre os frepinhos, quando cai em meio aos espinhos,
quando eu não tinha nada,
nem sabia falar os corrigindo.

Me deixaram ali as margem do rio,
e naquele dia choveu,
fui pra depois da fronteira,
o porco da selva fria meu corpo comeu.

Me jogaram no lago, quando beijei ele depois da aula,
se consumiram de inveja,
me seguiram até a passarela,
me pediram satisfações,
eu não tinha pra lhes dá,
então levaram meu celular,
gravaram eu apanhar e me empurraram de lá,
aproveitaram que ninguém viu chamaram seus primos,
e me tiraram da água,
brincaram comigo,
me lançaram no fundo do lago,
que é tão frio que até hoje existo.

Em dois planos em alma vivo,
entre esse lago ou aquele do destino esqueçido.

Há quem sou ,
Ou melhor quem eu teria sido.
Não vale a vida ,
Se na verdade nada é vívido.

Não tem razões me dar um nome,
se passar o resto dos anos no subsolo pérfido.
Não queria ter pisado nesse mundo perdido.

Não tenho se quer um túmulo vazio,
Eles casaram,
Morreram de velhice,
Foram condecorados,
Praticaram outros assassinos,
Voltaram pra casa e almocaram.

E eu estou aqui,
pra sempre calado.
Eu sou o morto,
Eu sou o que colhe os frutos do cruel.
Se existir justiça,
Ela não está nem aí na terra,
Nem aqui no céu.

Inserida por DanielaPriscila

⁠Jamais devemos nos culpar por sentir. O cuidado que deve existir está em como manifestar esse sentimento para não transformá-lo em violência contra o próximo.

Inserida por cronowish

Talvez ela liberte mas muitos presos não conseguem voltar a liberdade e do que adianta a libertação para ir ao lugar ruim e ser tradato de um forma pior.