Via Láctea poesia
O coração ao som
do tambor de mina
da Via Láctea
na vida nos orienta,
O amor é meu lema,
os teus olhos mantém
vivos cada poema.
As estrelas no céu da Pátria
profunda dançam
com o destino que nos brinca.
E eu não consigo pensar
em outra coisa a não ser
em me lançar no abismo
desta tua linda boca.
Sinceramente, não acho,
e sim tenho toda a certeza
que nada tem de ensaio.
Nas minhas mãos levo
o feitiço do teu amor
com destreza e me divirto
com este doidivano fascínio.
A poesia destes dias andam
gingando em campo aberto,
e que você é meu é óbvio e certo.
De soslaio você anda
desenhando a rota rumo ao paraíso,
a tua astúcia eu conheço,
no silêncio amoroso nos guardo.
A assemia temporal
entre nós também é poesia,
os sinais podem ser vistos
como a Via Láctea
em noite de céu aberto,
venha buscar o seu
Doce de Buriti poético
que preparei com louvor.
Te quero de uma maneira
simples, com despojamento
e folia no próprio tempo
para te amar com o requinte
que pede o sentimento
que você é merecedor.
Quando você experimentar
você não vai pensar
em outra coisa que não seja
viver o tempo todo
querendo o meu amor.
No século onde a Grande
Nuvem de Magalhães
vem tirando a Via Láctea
pela cintura até a Lua
para dançar com fervura,
confesso que escrevo
para seduzir e encantar.
O fato do amor na minha
vida não ter surgido,
não me faz desesperada,
depois de tudo que vivi,
não havia percebido
que a poesia era destino.
No tempo dos amores
impossíveis ao menos,
aqui estou disposta
a fazer os amores
inesquecíveis mesmo
que não sejam os meus.
O final do tempo a mim
também me pertence,
na Galáxia do Rodamoinho
mesmo que seja tardio,
e o amor estiver escrito:
nós nos encontraremos,
e não nos perderemos.
Para você oferto
o sutil poema
da Via Láctea,
todas a vezes
que estou
perto ou longe
do que nos afasta,...
Quando a Lua
se ergue diante
da tua fronte
que é o Universo
avistado no alto
de um monte
e que reflete
nos bosques;
Apesar deste
tempo ruim,
tenho todas
as razões
para te adorar
nestas noites
que você está
para chegar,...
Só quero que
saiba que
todas as cenas
sempre são
e serão motivos
para a tua imagem
jamais se apagar.
Não apenas o Sol
existe em mim,
Mas a Via Láctea
que acolhe
a fortaleza plena
que ergui em ti
cimentada de poema
no Hemisfério Celestial Sul.
Aurora vespertina que
abre a cortina do céu
para a Via Láctea vir
cortejando a atenção
da Peroba-Rosa amorosa
até se parece comigo
todas as vezes que tento
com Versos Intimistas
te fazer um simples aceno,
mas você segue desatento,
prefiro então ficar assim
no meu lugar feito de infinito
porque em mim o quê há não corre nunca longe do meu papel feminino.
As estrelas tocaram
uma fascinante
sonata no absoluto
da Via Láctea
para a chegada
da irmã Lua
mais brilhante
do que nunca
no Hemisfério Austral.
Minha madrugada poética
ditada pela Via Láctea
que me leva a acordar com ela
para ver o Sol raiar
e passar por onde a beleza
do Ipê-amarelo-cascudo
está disposto de enfeitar
os cabelos de quem por ali passar.
O Hemisfério Celestial Sul
celebra o Willka Kuti,
No Deserto de Siloli,
a Via Láctea reverencia
poética a Árvore de Pedra,
e eu continuo a sua espera.
Madrugada de florescimento
do Ipê-mamono e da Via Láctea,
assim poeticamente
também me revelei flórea
e vestida com a mais doce áurea
dancei nos andares estelares
com alegria espiritual e corpórea.
Noite de Ipê-vacariano
florescido e coroado
pela adorada Via Láctea,
Há algo que mantém
em mim viva e ainda
mais forte a minha Pátria,
Sigo nadando contra
as correntes que desejam
vê-la no futuro derrotada.
És o jardim mais místico
da Via Láctea que floresce
quando no Hemisfério desce
a serena aurora matutina,
Paradisíaca América do Sul,
minha amada e tão adorada,
O teu Jacarandá-do-cerrado
com sua alma bela e grata
retribui amavelmente a dádiva
da vida com suas flores poéticas
as estrelas sempre que visíveis
como um prelúdio que juntos
nós dois juntos seremos incríveis.
Metapoesia
A conversa na Via Láctea
entre a Lua, o Sol,
as estrelas e o tempo
pode ser entendida
como poesia para quem
sabe interpretar,
A poesia que é capaz
de falar sobre poesia
é metapoesia a se explicar.
Cedro da várzea
sob o mistério
da Via Láctea
que carregado
de flores leva
ao contentamento,
Como ele vou
florescendo os meus
Versos Intimistas
pelo sonho que
prístina pelos dias.
O Patujú eflorescido
no meio do meu jardim,
A Via Láctea dançando
o seu mistério para mim.
Pátria Grande, amada,
sigo querendo um destino
certo cantando a Bolívia
com o meu Charango.
Continuo a mesma
sonhando demais
querendo viver em paz.
Por isso sigo tocando
e cantando para quem sabe
pouco a pouco ir conquistando...
Brasilaelia purpurata cárnea
poesia de amor da Via Láctea
na terra encarnada e florescida,
Peguei a tua beleza emprestada
para me tornar mais desejada
e poema de amor inesquecível
no afã de fazer alguém ainda
amoroso, sedutor e imparável
para que de impulso e impulso
me torne o desejo incontrolável.
Com as cores da Alexandrita
a Via Láctea está vestida
mostrando a importância
de olhar para cima
e para todos os lados,
Cada povo tem o seu
próprio relógio histórico,
Nenhuma guerra é
capaz de trazer luz
perfeita a consciência,
Não existe sociedade perfeita,
Tudo aquilo que nunca
será perfeito toda a guerra
sempre é capaz de piorar,
Por isso é importante buscar
o entendimento para nada
nesta vida se agravar
e não fechar a porta na cara
de quem apenas só está
querendo na vida caminhar.
Navegando com convicção
e a multidão de sonhos
no oceano da Via Láctea
quando a Lua atingir
o esplendor do seu Nácar,
Você vai encontrar
o caminho que irá mostrar
a tenda do meu amor
para buscar abrigo,
porque sem amor na vida
nada mais tem feito sentido.
A Via Láctea se move
em forma de sabre oriental
nos lábios da Lua bailarina,
As duas mãos brincam com
o palimpsesto da profecia
sobre o Portal das Nações,
Tudo de mim dialoga com
cada uma das duas emoções
e de seus sidéreos êxtases,
Os perigos, os ruídos
e teus risos me pertencem,
embora eu seja de difícil captura,
Todo o dia te conduzo por uma forma diferente de amor e loucura.
A ária da Via Láctea
me veste de estrelas
e despe com milhões de beijos,
Ainda há na cena uma
Rosa Juliet nos meus cabelos.
Rendamos culto aos desejos
de seda e de atrevimento ondulantes
que fazem tapeçarias de diamantes.
Não há nada meu que não
seja seu num único dístico
feito de luz e sombra,
Nada mais assoma
no jardim interno das romãzeiras.
Dancemos os passos do amor
enquanto muitos perdem tempo
de viver com total enamoramento.