Versos para 18 anos
Buscando ler o futuro
nosso nas estrelas,
descobrir nada novo
sob a luz da Lua Nova,
sei que ainda há muito
nesta vida por fazer,
não deixando esquecer
quem pela consciência
correu o risco de deixar
nesta terra se prender.
O quê tem me levado
todo dia para você
talvez nem o Zodíaco
saiba explicar,
o antigo disco de vinil
coloquei baixinho
aqui na sala para tocar.
Correndo na estrada
rumo ao desconhecido,
mergulho no espelho
e o teu coração não
conhece mais perigo;
o ritmo do teu peito
Messier 77 que me tira
a distância para dançar,
doce oceano de amor,
és meu inequívoco lugar.
Quando uma pessoa boa
estender a mão não se esqueça
de que ela não se trata
de uma pessoa boba,
e sim de uma pessoa poderosa
que é capaz de viver apesar
da zombaria, do pouco
caso e superar qualquer traição.
Quando uma pessoa boa perdoa,
ela se reconcilia sempre
em nome do que é respirável
e em nome da memória
mesmo presente em algumas
situações de convivência
ela não está mais ali e se afasta
para não viver de aparência.
Quando você deixa de ser
uma pessoa boa, reduz
mente ou permite que lancem
dúvidas sobre uma pessoa boa,
não se esqueça da ironia do destino
e que pela sua autodestruição está agindo,
uma pessoa boa é uma pessoa boa,
e não é como você uma pessoa fútil e tola;
Cedo ou tarde uma pessoa boa
conquista a reconstrução,
os ciclos da história sempre se repetem,
um raio sempre cai no mesmo lugar,
e uma pessoa boa é sempre insubstituível,
e uma pessoa ruim como você não.
Não há segredo
para contar o quê
fez chegar até
aqui e te põe de pé.
Alguém fez isso
antes do que você,
não tenha medo,
e confie em si mesmo.
A chave da solução
está no teu coração,
confie em si mesmo
e não tenha medo.
Para superar tudo
apenas você precisa
de sonho e alegria
para se erguer de novo.
Uns sonham o Sol
escurecer ao invés
de buscar solucionar
a energia nuclear.
Não espere nenhuma
fórmula ou ajuda,
conheces o caminho
melhor que ninguém.
Em outros planetas
querem morar,
deste nosso Planeta
poucos querem cuidar.
Olhar a Lua e o cosmos
é apenas um jeito
da origem de tudo
sair sempre em busca.
Desabafo para tentar
acreditar que o mundo
terá alguma salvação,
muito além do perdão
que nos dá libertação,
é preciso ser redenção.
Porque está muito
difícil de se esperançar
diante de tudo o quê
ando testemunhando,
não gosto de viver
sempre me queixando.
Talvez estamos ainda
vivos para nos resgatar
da ironia e da indiferença
que está nos afastando,
e nos matando todos
os dias por dentro.
Corro contra o tempo
para tentar encontrar
a humanidade além
de mim porque quero
crer que a vida tem
a perfeita solução.
O quê é tarde
demais é
de verdade,
mesmo que
você nele
não acredite,
e o peito
não se dobre;
a conta com
Mariana não
foi saldada,
mas também
não foi olvidada.
A conta não
é pequena
tal qual a
mediocridade
do evento que
a tragédia
provocou,
nós não
sabemos
a proporção
do desastre
humano:
só se tem
notícias que
somos 200
brasileiros que
desaparecemos,
e no esquecimento
nós caíremos.
É sem sentido
seguir desse
jeito para ocultar
o quê não é mais
segredo para
o mundo inteiro
há muito tempo:
que o Brasil
não preserva
a Natureza,
todo mundo sabe;
e sempre seguiu
atirando da janela
a sua riqueza
não se importando
que se acabe,
e nem prevendo
quanto mais gente
se mate ou se
no futuro desmate.
Quero ouvir
As canções
Da Pátria por
Cada lugar
Da nossa terra,
Mesmo que
Seja na hora
Do trabalho.
Não digo que
Foi, é ou tenha
Sido fácil,
Mas não aceito
Nada raso;
É por isso que
A tirania como
Modo de vida
Eu combato.
Porque vivo
De sentimento
Patriótico farto,
Como voto que
Se incorpora
Mesmo sem pedir
Todos os dias
A ser renovado.
Acima de
qualquer
'dinastia',
da invasão
e de todas
as poesias,
esse mar
pertenceu ao
Império Inca,
não dá para
ocultar o quê
todo o mundo
viu e sabe
que ali estão
os vestígios
da verdade.
Foi o poeta
Valentim
que me
pediu para
não desistir,
e dessa causa
não olvidar.
Relembro
para que
da História
não seja
apagada:
quatro anos
após a
independência,
a Bolívia
foi invadida;
e o Chile até
hoje não
teve 'clemência'.
Reaver
o diálogo
requer paciência
e persistência;
não vou parar
de pelo povo
jamais de rogar.
A Bolívia
nasceu com
400 km de
costa sobre
o Pacífico,
e ficou sem
o acesso
soberano
ao mar,
e a Justiça
de olhos
vendados
me deixou
como saída
insistir em
escrever mais
de cento e vinte
mil poemas
para fazer
dialogar,
e a paz reinar.
Existem vitórias
que são derrotas,
Quando traçadas
para jogar o povo
contra o povo;
Não me concilio
com propaganda
feita por canalhas
com suas tralhas.
A minha Nação
eu abençoo,
O meu desprezo
a todos eu
envio aqueles
que fizeram
por merecido,
Tirando o meu
sossego e furtando
quase o meu juízo.
Não me concilio
nem com o senso
de 'justiça' de
alma desidiosa,
Que cínica interferiu
no direito de reunião,
E discretamente irá
lavar as mãos
como nada
tivesse acontecido.
Sobretudo aos
que se dizem
tão graduados,
e se comportam
cúmplices e
muito mais do
que submissos
Do que enfeites
são entulhos
no caritó do
nosso destino,
O auspício
vocês não terão,
Não sei quem disse isso:
- Mas eu 'passarinho,
vocês passarão'!
Ao #MarioQuintana eu peço perdão, pois eu não podia perder a rima!
Gostaria de ter um
mistério para ofertar,
mas eu não consigo
nem inventar dada
a gravidade daquilo
que estamos vivendo.
A ligação que tenho
com tantos fatos que
geram os meus versos
é que sou do povo
e sinto como se fosse
minha a dor de tantos
além fronteiras que
têm sido oprimidos.
Estou aqui para provar
que toda a poética
é que salva de um
Estado de Ditadura,
e nos salvará de
toda essa loucura,
é só preciso acreditar.
No auge da conjunção
de Vênus e Saturno,
não encontrei você
feito do que é mais puro:
lindo tesouro oculto.
Na conjunção plena
entre Vênus, Júpiter,
Saturno e a Lua,
não desisti do que
é liberação e ternura.
No auge da conjunção
de Júpiter e Vênus
não abracei o quê é
feito de pacificação,
continuo em agitação.
Na conjunção entre
Mercúrio, Júpiter
e Saturno ainda sigo
em inconformação.
No doce luar crescente
e dourado sobre o Vale
beijando a minha rua,
não desistirei de ser tua
pactuante da amorosa jura.
Você escreve com todo o carinho um poema e sempre aparece um que elogia chamando ele de texto poético, quando não é a mesma pessoa, não me importo, até porque ninguém nasceu sabendo e a gente tem que ser tolerante.
Um poema é um poema, embora tenha o seu texto poético, só que existem textos poéticos que nunca serão poemas porque carecem da subjetividade que só a poesia é capaz de provocar te levando a transcender da simples leitura para a sua viagem interna onde a estação é o seu coração e os vagões são os teus sentimentos.
Quando identifico a insistente conduta de chamar os meus poemas de "texto poético"
como exemplo retribuo da seguinte forma:
"Obrigada por apreciar o meu poema composto de tetrassílabos e redondilhas menores".
Não gosto de fazer isso, mas quando percebo que tem gente que escreve isso para implicar, faço sim!
vereda de poeira
escura e lenta
ao redor paira,
inspiração breve
no interruptor
do Universo foi acesa,
o vulto brilha
e central acena
à Lua sensual boêmia.
sei que verei a cena
em total e plena
zona de conforto,
galáxia devorando outra;
no toca-disco sideral
Centaurus A em vinil,
fino equinócio de outono,
infindos místicos
e versos festivos
hão de ser escritos
com lábios bem feitos,
perfeitos no Atlas
e sutis nas galáxias;
nada será como antes,
não mais viveremos
suspensos por um fio
flertando com o perigo:
viveremos de amor e mais nada.
Eu aguardo por você
como a relva após
uma noite de sereno
aguarda pelo calor do sol,
e assim há de ser
o nosso amor...