Versos sobre Flores

Cerca de 2050 versos sobre Flores

A BORBOLETA QUE SE DISFARÇOU DE FLOR

As flores são tão lindas,
Todas de estirpe real,
E se vestem como tal,
Com adornos exuberantes.

Uma borboleta tinha o desejo
De se vestir como elas
E encontrou um vestido azul,
Próprio de uma orquídea,
Fechou os olhos e se sentiu
Como no paraíso!

Um azul mais profundo que o céu,
Despertou curiosidade de todos.
Afinal, uma flor pode voar?
Enciumou a todas elas,
Que por mais que sejam belas,
Não podem sair do lugar,
Muito menos podem voar.

Tem como um ser tão magnifico
Alcançar o horizonte e tocá-lo?
Aquela borboleta conseguiu!
Tocou-lhe com seu coração.

Fim.
Ivan F. Calori

Inserida por ivanklori

POR QUE AS FLORES

O que fazem as flores?
Aumentam a afeição,
Encorajam amores,
Alegram o coração.

O que são as flores
Senão um jeito carinhoso
De dizer “eu gosto de você”.

Deus trouxe ao mundo as flores
Para enchê-lo de mais cores.
Consolo trazem quando temos dores,
Quando na vida há dessabores.

Uma flor não pede para ser curtida,
Entre os arbustos fica escondida.
Sorte de quem a encontrar
E sua beleza poder admirar.

Fim.
Ivan F. Calori

Inserida por ivanklori

O IDIOMA DAS FLORES

Com um sorriso, uma flor,
Sem nenhuma palavra,
Emociona e encanta,
Como crianças brincando
Num campo florido
Com gargalhadas altas
Que são ouvidas de longe.

Sob o sol fica radiante
Com um jeito envolvente
Não tem como ficar indiferente.
Uma flor não entende outra língua
Senão, as expressões da poesia,
E a todos contagia.

O que mais uma flor precisaria dizer?
Alcançam nossos ouvidos
Como o barulho sereno de uma cachoeira
Que faz assentar toda poeira,
Permitindo respirar ar puro e limpo.

Fim.
Ivan F. Calori

Inserida por ivanklori

Ouço muito e de toda gente
Que nem tudo são flores
Pasmos às dores da vida mansa
/ ou de navegadores.
Para essas flores,
Haja campo
Recanto
Amores
Mas com dores!
Ora, pois nem tudo são flores

Inserida por lmartinsc

Miojo

Pode mais que, em um tempo tardio,
onde flores já não podem mais
Regar as dores com um sorriso frio
e dormir vazio dentre os jornais?

Pode eu, não mais tão meu,
viver dos ardores pela tv impostos?
Comer da sede de quem sacia
a supremacia de cobrar impostos?

Fosse tarde não mais diferenciaria
o torpor da carne, suor da escarne
a pingar no mar que está a lavanderia.

E se da culpa não mais me entorpecer
é da saudável vida, âmbar mordida
que de fadiga, hei de cozer.

Inserida por HansFersen

⁠Flores

Tu olhas pros céus
Estando nas nuvens?
O amor floresce.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

⁠Flores vermelhas caem
Suas pétalas no chão frio
Coração em paixão

Inserida por versossintonizados

⁠Primavera estação das flores
Vida bela que se encontra
Vida de encantos em montes alegres
Exibição das flores ao reencontro do florescer da maturidade
Entre estação das essências ao renovar da esperança
Onde costuma inspirar a beleza fornecida pelas flores
No ritmo do cantar dos pássaros
Primavera estação mais linda e querida

Inserida por LeonardoPacheco

⁠quando eu flor
seja meu agricultor
quando tu flores
floresça com todas as cores
quando ele flor
regue-o com tuas mãos com fervor
quando nós flor mos
não nos deixeis decompormos
quando vós flor tis
brotaremos mais fortes
e quando eles florem
semearemos com nossos grãos de pólen
e o mundo inteiro florescerá

Inserida por FelipeAzevedo942

Flores vermelhas —

Um bouquet se sobressai

sozinho no galho

Inserida por georgegoldberg

AS FLORES DO MAL


De João Batista do Lago


Vago-me como “Coisa” plena
pelo labirindo que me cidadeia
meus passos são versos inacabados
há sempre uma pedra no meio do caminho:
tropeços disruptivos que me quedam
na dupla face das estradas
espelhos imbricados na
memória experencial dos meus tempos


Vago-me como “Mercadoria” plena
atuando no teatro citadino a
comédia trágica dos atos que não findam
um “Severino” ou um “Werther” autoassassinos
transeuntes de suas identidades
perdidas pelas ruas das cidades
onde me junto e me moro nos
antros cosmológicos de experiências e memórias


Vago-me como o “Amor” sempre punido
tonto e perdido no meio da sociedade
donde me alimento do escarro possível
onde “sujeitos” sem experiência e sem memória
negociam os amores vendidos na
fauna de “humanos” prostitutos
segredados nos prostíbulos das igrejas:
lavouras de todas as flores do mal

Inserida por joao_batista_do_lago

⁠Na escola da vida,
tentaram ensinar-me:
a querer flores
e oferecer espinhos.

Inserida por PierredaGama

⁠FLORES Y HOJAS

Girassol mexicano perdido no verde
Tão alaranjado e vivaz entre folhagens
Na mais baixa aquarela é terracota.

Sei que és forte e floresce, chica
Como brota em toque tórrido
Por que ilude-se em rodovias cinzas?

Não fuja das folhas meu bem
Os buques são lindos, eu sei
Mas caules cortados morrem.

Inserida por Kevin_litera

⁠lembre que as folhas que caem no outono
se tornam flores na primavera

Inserida por rizdeferelas

⁠"Caminho feito de flores,
Presença de boas vibrações,
Centelha de amor,
Que abrasa a Terra
Alimento espiritual,
De beleza, paz, amor e alegria"

Citação do livro 'DESPROGRAME-SE'

Inserida por quimbanda

⁠O sonho da Pátria Livre
vem do ventre das fêmeas.
Que entre flores e frutos,
ousam somente sonhar
Com uma pátria justa e livre
que os seus filhos abriga
em marcha e luta
para uma sociedade decente.

Entre lutas e dores
Seguem carregando sementes
de melhores dias e formas
de se viver com Justiça
Com homens, mulheres
Jovens e crianças
Uma pátria em mudanças
Que acolha toda gente
E abrigue todos os sonhos
Daqueles que vivem somente
Lutando por uma pátria justa.


(LUA, Pedra da. Sementes da Pátria justa. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 89).

Inserida por vozesperdidasnotempo

- Espinhos e flores -

Te quero rosa celestial,
Margarida vital,
Do ocaso irreal.

Amo-te puro lírio,
Essência de meu delírio,
Espinho do meu martírio.

Por que poeta,
Por esta flor te encantastes,
Não sabes que com espinhos,
Ela pode perfurar-te.

Inserida por ANACAROLINEALVES

Primavera no cerrado

Depois da chuva das flores
Colore o cerrado de amores
Perfume, a aragem sorrindo
O inverno e secura indo
Num renovo que se refaz
Aroma de esperança traz
No voo da mamangava, do beija flor
É ressurreição, cheiro, cor
Desabrochando no sertão
Com florescente inspiração
Anunciada pelo vento
Cada botão rebento
Em quimeras da natureza
Emoção perfazendo em beleza
E gratificação de quem espera
A alma em poesia da bela primavera.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de setembro de 2015
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

oferendas

dê flores ao amor
beije e abrace
ao amador, rondas
não use disfarce
-pule sete ondas!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Cai solene a chuva fina,
Escrevo como quem furta
As flores das casas alheias,
- apoiadas nas cercas
Pulando todos os muros,
Escrevo para roubar corações.

Tenho orgulho deste par de olhos,
Que glorificam as alturas,
Desabrochando todas as ternuras
À procura de mais de mil revoluções!

Sai infrene a letra delfina,
Escrevendo como quem reza
Pelos poetas perseguidos,
Pelos que foram exilados
Pela eliminação sutil;
Para que jamais se finde a primavera.

Tenho loucura pelo teu perfume,
Que brindou o meu caminho,
Dissipando as minhas trevas,
Por você sou água, fogo, ar e terra.

Ai, perene desatino!
Escrevo como quem espera
Os teus beijos de ouro
As flores se abrem como oráculos,
Ainda o céu há de testemunhar:
O mais luminoso de todos os espetáculos.

Inserida por anna_flavia_schmitt