Versos e Rimas
Cruzando as florestas
boreais e estradas,
a vida sobre rodas
de cada caminhão
trazendo uma solução,
para este mundo,...
Acredito que te vi
num engarrafamento
com o teu carro Éris
recém-comprado
entre modelos
Plutão e Disnomia;
Cruzando as florestas
boreais e estradas,
a vida não pôde
parar nesta noite
de imenso luar,
e um dia a gente
vai se encontrar,...
Acredito que tudo
o quê tiver de ser,
cedo ou tarde,
assim será,
independente
do mau momento
e do contratempo.
Nem que seja a última
canção que eu escreva,
Por você sou capaz
de escrever até no teto
do meu quarto mesmo
sem poder sair
para ver as estrelas:
Os meus beijos
envio no formato
de mil e diários poemas,
No oceano Rapa Nui
de minhas letras,
cada verso são minhas
escamas de sereia;
Por premonição vejo
você estacionando
o carro com o mesmo
tamanho de Makemake,
Somos proximidade
e inseparáveis,
sutil atmosfera que
fisicamente não existe,
porque antes de tudo
isso acontecer
pelo Universo
estamos destinados
a dar certo neste
caminho pela Lua
iluminado e cheio
lugares estrelados,
não nascemos
para viver separados.
Dos giros ferozes
deHiʻiakaeNamaka
o meu pensamento
está em vigília
neste nó cego que
ninguém tão cedo desata.
Nos nossos destinos
quero acreditar que
serão bem-sucedidos.
Hei de ver você chegar
com o brilho do teu
carro haumea
em noite de Lua nívea.
Nos nossos caminhos
quero acreditar que
não haverão mais espinhos.
Hei de atravessar
a trilha decorada
pelas helicônias
para te abraçar
bem forte quando você chegar.
A tempestade vai passar...
Órbita osculante
que teima
em buscar
pelos teus lábios,
Na testa a Lua
que cheia
desponta no céu
que se reabre
em alfarrábios
de estrelas,
asteróides e cometas,
Como discreta
presença Ceres,
Chama poética
entre mil mulheres,
Canção de amor
que os teus lábios
jamais hão de perder;
Surgida para contigo
não para apenas estar,
e sim para permanecer,
Como deidade
tu há de ser meu,
e o meu coração
tu há de adorar
como fosse o próprio teu.
Olhando para o relógio,
para a minha janela
e para o calendário
em busca de um sentido
para viver eu fiz
uma viagem no tempo,
onde as sementes
das árvores de 1971
foram espalhadas,
e eu que sempre cantava
"Imagine" para você,...
Sem querer me peguei
dançando com os olhos
fechados pela sala,
como se estivéssemos
naquela festa colados
ignorando o mundo
vivendo o nosso
particular espetáculo;
Nesta noite profunda
de luar prateado,
remexendo a memória
do passado do país
onde nós dois éramos
os únicos habitantes,
e nunca imaginávamos
que nos tornaríamos
dois despojados errantes,...
Por você ainda sobrevivo,
danço e canto por mais
que esta noite profunda
tente o meu sorriso
apagar e a minha fé
na vida comprometer,
você pode vir a não
ficar comigo como
de fato aqui não está,
sei que este poema
ninguém há de apagar.
Talvez seja um
glorioso prelúdio
Marte e Saturno
na noite de hoje
em alinhamento
com Júpiter,
Que possamos
a ser libertados
das prisões
e isolamentos,...
Na terceira visão
tenho a Lua
e nas palmas
das minhas
mãos a inscrição;
Para uns tudo
tem sido
um pesadelo,
para outros
inquietamento
e para mim
um interstício
com tempero
e sabor
de revolução,...
Na vida ninguém
vive sem amor,
circo e pão,
E tampouco
sem paixão;....
A minha carne
e a minh'alma
nômade jamais
se curvam
sob deboche
ou castigo,
Dançarei sobre
brasas e sobre
cacos de vidro,
sempre que preciso.
Pastoreando as estrelas
só com o olhar
em tua companhia
e de mãos dadas com você:
Nós dois sendo um
pelo Mar Imbrium
após ter chegado
e rompido as nanoteslas.
Por nós dedico os poemas
das fases e das marés
regidas pela querida Lua,
És meu astro-rei e eu sou tua:
Sentindo a oportunidade
de juntos sermos felizes
com a tranquilidade
diante do Mar Serenatis,
Navegadores pelo regolito
vendo de longe o quão
o mundo ainda é bonito
mesmo triste e esquisito.
Todo o dia transpiro poemas
e tudo aquilo que me
faz tua para que de
mim não te esqueças:
No Mar Crisium quase
perdemos o rumo
procurando entender tudo
o quê se passa no mundo,
Vibrou no Mar Smythii
o solo sob os nossos pés,
e entendemos ali
os ciclos de outras marés.
No Mar Orientale ainda
não encerrou o giro,
a Lua tem mais de um ciclo,
e mesmo quando estavas
longe nunca deixei de caminhar:
para do amor não me distrair
e quando for necessário
do início sempre recomeçar.
Não sei se ando
de cabeça
anda cheia,
ou o céu
estava nublado,
Só sei que ontem
perdi a cena
de Vênus
coroada de plêiades
fazendo
inveja para a Lua;
Não sei se ando
meio fora do ar,
ou o coração
é que anda
um pouco pesado,
Só sei que de ti
não quero deixar
de me sintonizar,
ou me distrair
sequer nem
por um segundo;
Nem mesmo por
um barulho do céu
ou ardil do destino
no meio deste
mundo em fogaréu,
ninguém desviará
o nosso caminho.
Tem caído a noite
na América Latina,
o meu coração
o cosmos ilumina.
Buscando derrubar
totens mesmo
parada no mesmo
lugar para não
naufragar sigo
com as duas
mãos estendidas.
Tudo por aqui
parece que tem
tornado o tempo
pesado e lento.
Pressentindo que
posso ser a tua
Lua em sentido
explícito até quando
posso me distrair
com as estrelas,
e assim me tranquilizo.
Tem caído a noite
e nunca a vontade
de nos teus braços
o meu querer de verdade.
Como uma vereda
que vai seguindo
o seu próprio curso,
vou escrevendo
em prosa e poesia
até a próxima
estação do destino
que será o encontro,
a convergência
e a alegre festa
de ir até a janela,
e ver o Universo
inteiro aceso
quando cair a noite,...
Mesmo sem ter
sequer uma sacada,
para apreciar
as tempestades
e as noites
sem teus abraços;
Tenho a gentileza
da minha janela
e a doçura do quintal
que me ajudam
a superar a dureza
da vida e das nuvens
que encobrem
dias ensolarados,
céus estrelados
e as noites de Superlua
que delas não escapam,...
Cheia de utopia
em preparação
para vencer a si própria,
derrubar egos e totens
e libertar povos deste século
dos campos de concentração:
abri para você o meu coração.
A janela do quarto
com ares de poesia
e arte do espaço:
noite de Superlua
nublada, hipertensa
gelada e impulsiva,
Diz muito mais
do que infinitas
páginas de jornais.
É a tal insônia que
surgiu para pensar
no curso da vida,
E escrever com
o orvalho da manhã
um poema que fale
como oceanografia
e não falhe contra
a desgraça que por
anomia foi espargida.
O amparo poético de
não parar de acreditar
que no final da história
tudo haverá de voltar
ao seu devido lugar
tem sido como uma ilha,
Onde nós dois somos
os ilustres refugiados
deste humano barco
que pelos poderosos
foi naufragado de propósito.
Você bateu os olhos
em mim naquela
tarde subindo
a ladeira da tua rua,
Reconheceu que
sou adrenalina pura;
Talvez o jogo mais
perigoso da tua vida:
presença que alucina.
Ainda sou presença
que te fascina,
Mesmo que a distância
não permita,
Sinto que ainda
com fogo me anseia.
Até hoje você não
consegue me tirar
da tua cabeça
E a tua memória
ainda sente o meu
perfume de Lua,
Tudo por causa
daquela tal tarde
na ladeira da tua rua.
Orbito nos horóscopos
secretos das galáxias,
Ninguém me captura
nem por medo,
Como borboleta nômade
não tenho e não terei
nenhum governo;
Não há autoritarismo
que me dobre ou prenda,
A minha liberdade interior
é a indestrutível crença.
Tentar insistir é loucura,
trago os signos
e as fases da Lua,
Como borboleta nômade
vivo pronta a escapar,
Ninguém nunca
há de me dominar;
Tenho vela, bússola
e orientação interior:
ignoro o quê tumultua,
Estou por onde você
menos imaginar
todos os dias
sempre a surpreender
onde menos esperar.
Busco na leveza das palavras
a fortaleza para continuar,
porque quero ter fé na vida
e na existência do amor
sempre acreditar mesmo
na incerteza se vou encontrar:
Moram em mim guerras,
tempestades e tumultos,
todos indomáveis,
mas vivo em constante
enfrentamento,
estou sempre a buscar
as galáxias, o luar
e as lições de resistência
para sobreviver a mim mesma;
Aconteça o quê aconteça,
para que do Mal
das gentes eu esqueça,
e a mim mesma eu vença,
Ando em busca de paz
profunda interior
e reconciliação com
a crença que ainda
neste mundo existe amor,
Se não te encontrar,
irei te esperar demore
o tempo que for,
assim decidi ser tua, amor.
Como um pássaro
pelo Sol espera
para se aquecer
da noite austera:
esta sou eu
nesta manhã fria
em busca
do calor do teu amor,
que a distância
ainda nos sentencia:
como um adágio
abrigo o meu peito
do mundo áspero
e o idílio do século
te entrego para
que me entreguem
nos braços da Pátria
que me confundem
como parte fizesse,
porque na verdade
deste mundo
não faço parte;
e muitos ainda
não se deram
sequer conta
que pertenço ao Universo,
nos olhos o adverso encaro
e minhas luas disparo
para as almas em chamas enternecer.
Da varanda do pensamento
aprecio as estrelas
e elas entretém o meu tédio
ante a indiferença
a tudo o que é humano,
e tem me tirado do sério,
Bendita seja a minha rebeldia
que faz passar por cima
dos protocolos, cumprimentos
e questionamentos
sem nenhuma resposta;
Reagir tem me deixado feliz
porque do destino
sei que nenhum de nós
freia ou detém a roda:
O mundo já provou para todos
que dá radicais voltas
no próprio eixo,
ao redor da querida Lua
e somos todos satélites,...
No meio deste tumulto preferi
é me perder neste olhar bonito,
pleno de mistério, oriente e infinito
até você vir inteiro como desde
o primeiro momento que te vi,
e inexplicavelmente nos prevejo.
Nas nossas mãos está
a serpente do destino
e o encantamento do amor nos permito,
em silêncio e liberdade interior
a sedução se fará presente e não negará fogo.
Grande e distinta emoção prazerosa com os meus olhos atentos na direção de uma linda imagem rara, reluzente, apaixonante como se um sonho de verão olhasse para mim de volta, um olhar convincente, profundo, terno, iluminado, curioso,
Abrilhantando o seu rosto belo, somado a sua pele delicada, aos seus lindos cabelos, à suavidade de seus lábios, à intensidade de seus sentimentos, arte intensa que deixa o meu coração poético acelerado,
Assim, deixo no seu corpo e na sua alma, algumas palavras e uma parte da vida dos meus versos, assim, felizmente, aos menos guardo um pedaço dela na minha mente poética e lhe provo com clareza o meu apreço.
O silêncio é um espaço a ser preenchido, alicerçando frases e versos que irão nascer. No silêncio, há uma cumplicidade e paquera pela vida, onde não há pressa, apenas palavras contidas de um sentimento lindo e infinito