Versos e poesias para Encontro
Quando eu te encontro em meus pensamentos, seus sorrisos e até
as suas rabugices, eu sofro!
Mas dor maior, seria te esquecer e, assim, te perder uma segunda vez.
No café, charme de Lisboa,
o cartão postal retrata,
o meu encontro com a estátua do Fernando, feito em pessoa!
INSÔNIA
O vento frio da madrugada é testemunha certa do fim. De um lado para o outro me encontro inquieto, pensando sobre a existência. Olhos cansados de toda essa humanidade insolente. E sorriso falso de fingir estar sempre contente com a vida.
A cada linha, uma pausa para reflexão. Escrever poemas sobre a vida que levo, sem dúvidas parece ser tudo em vão.
A saudade e eu
Não sei mais quem hospeda quem.
Quem foi ao encontro da outra
E achou por bem ali morar.
Quem terá invadido?
Quem foi a vítima resignada
Que se deixou invadir?
Não sei.
Há tanto tempo estamos juntas,
Entrelaçadas, emaranhadas, entrançadas,
Que a razão se perdeu.
Tantas vezes quis expulsá-la
E ela não foi.
Não queria me deixar só.
Talvez seja eu a invasora de sua morada.
Talvez tenha sido eu a invadir
Seu terreno e tomá-lo por meu.
Se ela já me mandou partir alguma vez,
Se já me quis ver pelas costas,
Não tenho essa recordação.
Deve ser mesmo ela a hospedeira.
Paciente que é,
Deixa-me ir ficando...
Suporta meus deboches,
Aguenta minhas grosserias,
Sem me mandar embora.
Mas que ironia!
Como voltar?
Como ir embora?
Tanto tempo juntas!
Se me for, sentirei saudades...
E cá já estarei de volta.
E noite de lua cheia
Meus medos me amedontra
A lua desce até mim
Vou ao seu encontro
Caminho mar adentro
Nas águas escuras
Que brilham somente com sua luz
Tenho medo mas vou
Me liberto das minhas vestes
Num ritual sagrado
Essa energia é necessária
Para a loba que existe
Dentro de mim
Esse ritual me mantém aqui na terra
Tenho que superar meus medos
Para prosseguir
Sofro mas compreendo
Meu destino
Cada um tem sua sina
Posso até não aceitar
Mas em noite de lua cheia ou nova
Tenho que deixar de ser minguante
Preciso de apenas um toque
Para ser crescente
Desafiador
Provar
Que o café
Não é motivador
Para o despertar
Na casa, na fazenda
Num encontro casual
Para um simples degustar
Ou num encontro com hora marcada
Consolidando reuniões
Desde a antiguidade até hoje
Aproveita-se tudo... até o aroma
Amor que se inicia num singelo e rápido olhar.
Num encontro invisível, mas palpável das almas.
Tão palpável que precisamos de toques.
Toques que inflamam e geram a vida.
Se os toques cessam!!! Como o amor sobrevive?
O amor não é somente toque, mas é através do toque que se gera a confiança, a cumplicidade.
Essa chama acesa edifica a amizade, esse toque gera o cuidado.
O amor cansa sim, cuidar, ser responsável por alguém cansa.
Mas com o toque é prazeroso.
Caso cesse:
Quando cansamos, necessitamos de tempo para curar, reorganizar, se ajustar
Dê tempo ao tempo .
Volte aos toques, aos olhares.
Cuide do velho amor.
Ou se prepare para o cansaço de um novo amor....
Cabe a você decidir.
Quando te encontro
Me sinto numa montanha de
Sentimentos não ditos e
Frases mal faladas.
A voz sufoca na garganta...
E eu me calo...
Sufocado na covardia
De não te pedir perdão.
Lábios de cereja
Não sei se fui de encontro a teu olhar
Ou você veio de encontro a mim,
Só sei que está sendo assim.
Só sei que era pra gente se encontrar.
Pouco sei de encontros na calçada,
Mas quem sabe eu veja
Nos teus lábios de cereja
Um momento de arrepio na alma.
Que há de ser bom te conhecer.
E mesmo que seja só hoje,
Estas palavras gostaria de dizer:
Pra vida e felicidade diga sempre sim.
E quando ler este poema,
Você possa se lembrar de mim.
MINHA PESSOA INGRATA
Em rua deserta me encontro.
Solidão. Silêncio. Sofrimento.
Tudo em mim é tão muito!
Tudo em mim é intenso!
Nenhum som me ensurdece.
Nenhuma luz me encandeia.
Vazio. Ausência. Falta.
A cor de uma vida cheia,
Que outrora corria em minhas veias,
Agora se sente exausta.
Falta de ar me sufoca.
Peito em chamas me queima.
Passado já não tem mais volta.
Presente a mim trapaceia,
E a sina de quem já fui tantas
Agora é viver-me alheia!
Que fazer de mim, que não sei
Quem fui e quem já não serei?
Se tudo que me alegrava,
Já não faz sorrir quem amei:
Essa minha pessoa ingrata
Que fui e que não mais serei!
Nara Minervino
As pessoas sempre me procuram pra dizer que estou sumida
Mas sempre se esquecem que eu me encontro no mesmo lugar
Afinal foi eu quem sumi?
Hipocrita
Ah...queria predizer seus pensamentos! Queria que eles viessem de encontro aos meus, para que soubesse o quanto os meus são seus, são nossos.
Flávia Abib
Crer ou não crer em tais dizeres…
Pós tantos, por nós tais contares ditos;
Por quem já se encontrou, de um outro lado;
Mas foi por médicos recuperado;
Mesmo sem ter participado em ritos.
Mas também dos ditos, da boa gente;
Que felizmente em nós cá, ainda tão há;
Como da que de nós, já cá não está;
Mas que em nosso sentir, a gente sente…
Tão sente, no sentir em nós deixado;
E bem guardado nas nossas memórias;
Por nos ter contado, lindas estórias;
Vividas, num de nós; viver passado.
Pois é meu cá tão primo e tanto IRMÃO;
Assim se passa cá, nosso viver;
Nesta nossa tão LINDA natureza!
Onde iremos, quer queiramos, quer não;
Dado a em ela nascermos, cá morrer;
Excepto: O não Nascido; em tal riqueza.
Com prudência;
Eu faço-me, refaço-me, perco-me, encontro-me, luto, desisto, vejo, olho, sinto, sonho, esqueço, lembro, lembro...e é nesse turbilhão de sentimentos que encontro forças para te amar.
Flávia Abib
Não Jogue o Jogo -
Não jogue o
jogo!
Um encontro — que leva a um
desejo — que transforma-se em sentimento — que nos faz
mergulharem sonhos —
é para nos ajudar a reparar
os estragos que a vida
costuma nos fazer
diariamente.
Se te rouba a paz:
causando desconforto,
provocando raiva, aflição...
não serve!
É inútil, traumatizante,
destrutivo.
Não jogue o jogo:
Ambos serão derrotados!
A vida é um sopro;
A felicidade um momento;
A dor passageira;
O amor, encontro de almas.
#Aniz
#Odeioafilosofia
Em um momento me encontro perdida,
Encurralada num beco sem saída
Cansada, aborrecida e deprimida,
Sozinha, chateada pensando
Em como a vida é uma causa perdida,
Uma luta em vão
Completamente impossível de ser compreendida
Em momentos como esse, preferia eu
Nunca nesse mundo ter sido privilegiada com a dadiva da vida.