Versos e poesias
Versos sul-americanos...
No Rio Mapocho
o inesquecível ocorrido,
As peças do malabaris
não giram mais no sinal,
O Chile e o continente
não se esquecem mais
do fatídico repetido.
Dor sul-americana...
Todo perdão a ser pedido
é ainda muito pouco
Onde o passado virou vício.
Lamento sul-americano...
A frágil filha de Bolívar
ainda vive sob ameaça
de quem não aprendeu
com os mesmos erros,
O fardo da oligarquia
golpista pesa nas costas
e espalham tantos medos.
Chaga sul-americana...
Versos sul-americanos...
Na pequena Veneza,
o General continua
injustamente preso,
Não há notícia de libertação,
e segue da mesma forma
a tropa em igual situação,
Há sussurros de reconciliação...
Prenderam o campesino,
não soltam o velho tupamaro,
e os meus versos estão em disparo.
Nenhuma notícia de Justiça,
não soltaram os presos de consciência,
não gostaria de escrever só crítica.
Não dá para ter um repleto Natal,
nada se sabe quando vão
libertar a tropa e o General.
No Presépio do coração faltam:
o perdão, a esperança, a reconciliação;
e levar de volta para casa quem saiu
pelas estradas, ares e mares da imigração.
Por um mundo mais justo, amável e respirável...
Detalhes
Descrevo a extensão
Sucinta dos meus versos
Tecendo amplitude que me liberta
Expresso a aventura sinuosa
Onde há mares a navegar.
das linhas antes minhas
perdoai os versos dúbios,
as não-conclusões.
eu me afeiçôo
ao fervilhar das idéias;
induzo e vós deduzis,
insinuo e vós pensais.
ao fazer me desfaço,
ao escrever me despertenço
sobretudo, sobre mim,
instigo-vos.
BENDITA SEJA POESIA
Que ninguém rasgue
Os livros floridos
De poemas, versos, sonetos
Repletos de amor, saudade e dor
Se um dia preguntarem por mim
Falem que vivi para a poesia
Que mais nada ficará para recordar
Para além dos poemas, versos
Que deixei escritos
Antes de partir
Que os poemas sejam flores
Na alma de quem os lê
E que fiquem eternos no coração.
SONETO SORRINDO
Aqueles versos que escrevi apaixonado
Os contentes versos que escrevi amando
Várias sensações na emoção sussurrando
Que falei de afeto, de prazer enamorado
A cada trova a ventura aumenta ao lado
Numa poética doce, leve, e até quando
Haver o sentimento, estarei esperando
Cada inspiração ao coração, bom agrado
Alguns – versos tão cheios de quimera
Outros – falas belas como a primavera
Mas, todos fartos de amor e de paixão
Então, vou, cuidadosamente, repetindo
Repetindo, verso a verso, numa canção
E dizer-te: que a satisfação está sorrindo
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 24/07/2021, 09’58”
Versos e tropeços.
Viajo sem saber que estou viajando.
Em muitas viagens, não sei para onde vou.
Não sei por onde passarei;
Só sei que viajo com as estrelas.
Por onde passo, tudo é ilusão, tudo é brincadeira.
Há cada avanço, a viajem se torna mais longa e interessante.
Em cada horizonte, as escritas se tornam mais intensas e profundas, me fazendo viver o inevitável.
Escritas que fazem meus olhos dilatarem com tantas formosuras.
Esboços peregrinatórios
me transportam no girar do globo terrestre.
Uma volta ao mundo, de carona com a ilusão.
Com data marcada para a partida, mas sem previsão de retorno.
Quero eu continuar essa viagem, pelo mundo infinito da literatura,
desvendando segredos revelados, através do poema encantado.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
E ncanta com trechos e versos,
S entimentos e pensamento escritos,
C onquista se estes forem sinceros,
R ealidade e o lúdico o inspiram,
I maginação nos livros externada,
T enacidade e inspiração que motivam,
O stentação de emoções partilhada,
R egozijos e conflitos, reflexos de vida.
Como o Caeiro, sabes, digo adeus
Como o Caeiro, sabes, digo adeus
aos versos que se vão e aos que chegam,
marcados desde dentro como teus
como sons imperfeitos que se entregam
a quem passe e repasse, e já não sabe
se a conjunção de como que assim ligo
é dele ou de quem é. Como se acabe,
o dia em que te escrevo é que te sigo,
e mais importa, e mais me livra inteiro
do que não tu, a ti, minha mulher,
meu caso e minha casa, meu bom cheiro
a ti ou a mim mesmo, ao que vier
deste completo inverno em que me abeiro
da verdade que entenda quem puder.
A poesia nasceu na escuridão de sentimentos e morreu nos primeiros versos, sem enxergar a luz no amor
MAX ROQUE
Coração pausado
Ritmo acelerado, música, versos,
sons do amor, desejo e pecado,
coraçãopoeta ligeiro adverso
surpreendido pausado, trincado.
Tolo músculo decreta o tempo?
Suplica o poeta sem luz, irreflexo
clama à divindade ao templo
tomba falido, fraco, em genuflexo.
Suspende o fluxo, vida perversa
luz apagada, poeta sem rima...
a sós, finito, nem cruz, reversa
Imortal só palavra... que sina!
(Bia Pardini)
"...Já se adentrava a noite alta e as pandorgas versos partiam.
Foi quando fitei a moça que de olhos gris se vestia.
Então clamei a ela, antes que também se retirasse:
Agora que a lua cheia chegou,
Como teus olhos em ternura,
Borda-me entre o céu e a tua boca,
Numa indelével tecitura.
A moça nada me disse, tão só repousou em minha face.
Por ali ficamos embebidos de um ser poetamento,
Como se por um breve instante,
Tivéssemos tocado uma fração do infinito..."
In Fragmento Poema Chá com os Poetas e a Moça Bonita
É muito satisfatório
aquecer o teu coração
com simples versos
carregados de sentimentos
que causam uma afável sensação.
Mistérios
Inexplicáveis
Versos de uma alma poética.
Corro contra o tempo,
Com o veleiro no mar sou um velejador sonhador.
Insisto!
Mudo a direção do tempo talvez;
Ventos que me levam sem direção,
Maltratando ainda mais meus tormentos.
Permito-me olhar o horizonte que me espera.
Atordoado eu fico.
Mistérios?
São mais que mistérios.
Infinita inspiração agrupada e encaixotada que exploram o meu olhar,
Faz toda a diferença na hora certa ou errada.
Aquelas cores mariscas do gráfico no azul do mar, se destacam no quadro imaginário.
Cada verso inspirado e escrito agradece ao Poeta que não narra sua obra.
Âncoras me seguram,
travado assim, um antagonismo com o velejador.
Desabafo impiedoso, que boca nenhuma seria capaz de narrar.
Presente do tempo, presente do destino, uma vida a deriva, para não mais parar
de navegar....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
mania boba
de escrever
versos pra alguém que
sequer me lê.
ou talvez minha
mania não seja
o bobo no caso.
Os versos que eu escrevi com lápis, foi pela incerteza das tuas palavras, senão escreveria com caneta, qual a borracha não apagaria facilmente nossa história.
O poeta não morre,porque deixa
escrito, gravado e imortalizado os
seusversos, no coração de alguém.