Versos e poesias
Os teus olhos não podem me ver,
Eu te busco nos versos faceiros,
Só para você não me esquecer.
O teu coração vive a denunciar:
Eu, dona de um corpo - altar
A tua devoção vive a estampar
- o desejo atrevido -
De um caso pensado a florescer.
Os teus lábios não vão revelar,
Eu te anseio nos versos cúmplices,
Só para nos bem resguardar:
De todo o despeito e de todo o Mal
A minha imagem de ti não vai apagar,
Eu sou a melhor a parte de você:
Redescobriste o amor
Por várias vezes tentei duvidar...
Eu conto a história que eu quiser,
A cor dos teus olhos não vou revelar.
Eles podem ter a cor das flores roxas
- iluminadas -
Pelo Sol da tarde,
Ou a cor do nosso segredo,
Ou do nosso grande enredo
Que vive como uma harpa a tocar....
Vamos escrever versos
Nos muros da cidade
Alforriar as estrofes
das estantes;
E bibliotecas
Jogá-las no vasto
mundo...
Vermelhas
Eu não sei se elas são rosas
Se são versos
Elas são apenas sonhos
E eu me ponho nessa ansiedade
Pois não sei se são ainda
Tão lindas assim, de verdade
Posso imaginá-las
Mas a voz do coração se cala
Quando eu penso em vê-las
Eu não sei se elas são velas
São divinas engrenagens
A moverem mundos
Acendendo luzes
Sóis etéreos
Enquanto isso
Nós aqui, tão sós
Compromissados
Sob o prisma
Dessa mesma luz
Que chove e move
E faz mover as velas
São rotores
Essas dores engrenhadas
Que tiramos nós
Do nada
E fazemos delas
Nossas vidas
Belas
Como estrelas rosas
Eu não sei se elas são prosas
São vermelhos sonhos
Ansiosas
Lindas de verdade
Não se pode vê-las
Não podemos nem ainda imaginá-las
Mas suponho que elas sejam lindas
É uma pena que meus olhos
Sejam feitos
Apenas para ver
Cores iguais
No mais
Eu aprendi que nesta vida
Não se pode vê-las.
Edson Ricardo Paiva.
Espalhando versos
Talvez não se possa de poesia viver.
Mas com certeza poesia dentro de
nós, sempre irá haver.
O poeta a usa expressando o que sente,
ou o que o faz sofrer.
Só de poesia não se vive, mas essa
força dentro de nós, as vezes basta,
chega a ser um alimento eficiente,que
faz muito bem para se viver.
Agora poeta, acerta tua dieta para com
dignidade viveres, a poesias que fizestes,
o mundo as leva, e tu ficas só, mas ao
saberes que o teu escrito ganha o mundo,
podes te dar ao luxo de deles lembrando,
morrer.
Cada poesia tua um pedaço do teu amor tinha.
Agora voam, levadas entre folhas de um livro,
que irão fazer muitos amar, sonhar.
Valeu tê-las feito, e pela vida as espalhar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Você pode roubar todos os meus versos,
Leve cada poema de minha autoria,
Leve cada escrito meu para você.
Mas saiba que ao roubar cada linha
Tens o compromisso de cuidar bem
De um coração apaixonado - poesia.
Bons versos não podem ser negados,
Eles nasceram para serem semeados,
Para fazerem os corações devotados,
E transformarem as tempestades em
Dias ainda mais belos - ensolarados...
Amar demais não é [pecado],
Se pegar os meus versos:
Pegue-os com [cuidado]!
Porque escrever uma trova de amor
Requer cautela, urgência e circunstância...
Trate cada letra emprestada
Como pedra preciosa a ser lapidada,
Amar requer atitude, compromisso e plenitude,
Não temas amar em amplitude,
Sê sedutor, verdadeiro e [completude].
Tentei criar uma conclusão
Para toda uma emoção
Mas cabe ao meu coração
E não em poucos versos paralelos
O que sinto e penso
Mas resumirei um dia
O que eu sentia
Achei teu poema tão acolhedor,
pensei em versos de acalanto.
E ele Jas um cobertor,
aquecendo e secando o pranto!
Sozinho
A inexistência atua na ausência
As coisas já não mais reluzem
Versos já não mais traduzem
De versos românticos
A versos sem cânticos
Da vida mais farta
A vida barata
Já perdi o apurado cônscio
O ensurdecedor silêncio
Já é vazio nesse acúmulo
Agora escrevo ao meu túmulo
A vida não deixa as coisas baratas
Então mesmo com um buraco no peito
Tenho esperança que do nada
O infinito seja feito
Sou muito egoísta !
tenho minha solidão e
não abro mão tela.
Sem ela fico sem os
versos, nem se atreva
a tomar o seu lugar.
INANIA VERBA
Ah! Quem há de querer, meus versos vazios
O que a emoção não diz, e a mão não poeta?
Cânticos numa só tormenta, em uma só reta
Que lamenta, sangra, porém, se tornam frios...
A quimera agita, regurgita, e na alma espeta
A rima espessa e torta, sem simétricos feitios
Abafam a ideia leve, sem os olhares gentios
Que, calam o espírito, num augúrio profeta
Quem o molde o terá pra encaixar no fado?
Ai! quem há de expor as frustrações malditas
Do sonho? que anina e não mais se levanta...
E a inania verba muda, e o amor ali calado
E as confissões que talvez não sejam ditas
No silêncio, emudecem, atadas na garganta.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, início de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Simplesmente complexa.
Quer me conhecer?
Me leia,
Meus versos mostram meu passado,
Meu presente,
Minha visão de futuro,
Minha visão sobre o mundo,
Sou um eu criptografado em palavras,
Não se atreva a se achegar sem me ler,
Sou intensamente intensa,
Você conhece alguém pela sua arte,
Seus gostos culturais interferem altamente na sua essência.
Atente-se.
Há coerência.
Sou complexa demais à me entregar à metades,
Dou tudo de mim,
Mas, quando vou embora, não volto mais,
As cicatrizes ficam,
Mas, a dor logo passa,
Deus, decisão e tempo tudo curam,
Eu só quero a intereza,
Do Espírito Santo,
Só meu caráter,
Do Homem de Deus que será meu Marido,
Que se dará por inteiro,
Num relacionamento que não haja espaço para vazios ou tristezas,
Com todas as cartas na mesa,
Lealdade.
Cheia de idéias,
Carente de troca-las, transformando em versos meu universo,
Transbordando,
Sem ninguém pra dividir,
Fechada no meu mundo,
Mundo das idéias, o profundo.
Caça à palavra
repleta, minha alma espreita atrás do estrume do mundo:
de onde vêm os versos, que face ocultam entre o amor e a morte?
às vezes os sons são os mesmos, as texturas, o tempo,
o mesmo homem a revolver-me as veias
onde se lacram as vãs repetições, que noite veste o poema?
o sol nos vasos de crisântemos, ecos de um triste país,
largos horizontes onde meu pai passeia verbos nem sempre sublimes.
tudo é memória, sirenes ligadas. a infância sempre ontem, mas aqui.
todo verso sugere uma serpente oferecida.
que na minha caça à palavra (que face ocultam o amor e a morte?)
não haja qualquer vislumbre de repouso.
Enquanto te espero. ..
Enquanto te espero varro mundos de solidão
Tanscrevo o amor em mil versos
Translado cata ventos e beija flores
Corro continentes e mares
Canto as paixões lá da Serra. ..
Enquanto te espero, meu bem querer
Sou a ternura que permeia os sonhos ainda não bordados nas odes do tempo
Sou a esperança de abraços e beijos quentes
Sou a fé que acalenta o coração das gentes
Sou toda a gentileza que acaricia as almas.
Porque te espero
E porque te espero me faço poesia!
Elisa Salles
Doce amor comparsa
Mãos límpidas de minh´alma
Que desconsolada caminha
Por entre os versos e memórias
Deus não escreve livros,
escreve homens e Universos.
Homens escrevem versos
e constroem pontes e fazem guerras.