Versos de Praia
Butiás-da-praia maduros
para colher são beijos
para a alma e o paladar,
Vou fazer um doce
que você vai amar.
"Mesmo que um exército com tantos homens quantos são os grãos da areia da praia do mar se levante contra o povo de Deus; se essas pessoas estiverem em obediência ao Senhor, a tropa será derrotada".
Anderson Silva
"Ir tomar um café na padaria e não ter o pão francês, é como ir à praia e não encontrar a água".
Anderson Silva
Suavemente chega
Delicadamente se vai
Assim como as ondas na praia mansa
Assim também o sentimento puro
Que mesmo esmaecido
Resplandece em beleza sem fim...
Praia da Costa uma paixão inexplicável
Quando menino entre a escola e o trabalho sempre sobrava uma hora para mergulhar em suas ondas
Com suas areias douradas convidando para esquecer os problemas da vida
Com êxtase de alegria e felicidade superava cada onda que vinha ao meu encontro
Como esquecer a praia que me encantava com o som no quebra-mar das ondas com as pedras.
Que me revigorava em cada onda que me alcançava molhando o meu corpo.
Em um ritual de água e sal a limpar as impurezas e me preparar para novos caminhos a trilhar...
Como esquecer a Praia que me ensinou que a vida tem tempo de calmaria e tempestade
De silêncio, de contemplação, fé, respeito, equilíbrio e paz.
Hoje fui caminhar na praia,
Saí em busca dos teus olhos,
- lindos olhos cor de (a)mar,
Bastou as ondas para lembrar
Do teu jeito de me desalinhar.
Deste teu jeito de fotografar,
Em letras registrar,
- esse poema
Sobre a mesa de trabalho,
Estou a inundar-te...,
- tal como um estuário
Sou eu a te assanhar...
Eu na praia, e você aí,
Sobre a mesa de trabalho,
Eu sou o teu verso ordinário,
E também o teu verso oratório;
O teu desejo longe de ser transitório.
Como num transe que não tem explicação,
Eu caminhei até a praia,
Só para ver se eu ganharia
o teu sorriso,
Como uma divina moção,
Mas você lá não estava,
Lembrei-me do tempo,
que eu era a tua amada.
Graciosamente o mar marulhava,
- todo formoso ele cantava
Uma linda canção que me tocava,
Dos pés ao último fio de cabelo,
Lembrei-me da época que não tínhamos
- nenhum segredo -
E o medo do escuro
era uma doce desculpa,
Para pular no teu colo
- o meu grande enredo.-
No ápice do inexplicável transe,
Que só reforçou a lembrança,
- do nosso lance
Vi um jovem casal de namorados,
Os dois atravessando a duna,
Recordaram que nunca deixei de ser completamente tua.
Até uma pétala vira mar
Com o tamanho do amor,
Nem na Praia de Tambaú
Navega-se sozinho...
Dá para ver lá da vista
Do Picãozinho,
Quando se trata de amor
Não se deve amar sozinho.
O vento abanando a minha
saia de renda,
Nasci prenda com alma de
Paraíba,
Carinhosa e arretada
Como uma boa nordestina,
Sou o Rio São Francisco
Se encontrando com o mar.
Água de coco, água de beber,
Assim é o nosso querer;
Não vamos nos perder,
Águas de cheiro a se reencontrar,
O amor sempre irá se renovar,
Nos vejo lá da vista do Picãozinho
Esperando o sol raiar...
JÁ "ERAS"
Velha barraca de praia
Nem conheci de quem era
Vem outra linda e formosa
Bom cabra não foge à raia
Virá uma nova era
Que seja séria e jocosa
Aqui em futura baia
Já em compasso de espera
Pra outros dedos de prosa.
CONCHA DE RETALHOS
Entre o fluxo e o refluxo das ondas
Muitos cascos a vagar na linda praia
Ali porém a beleza é diferente
E saltaram lascas em suas árduas rondas
Protegendo a vida sem fugir da raia
Marcas de Glória: evolução ingente!
Os invasores
durante o mês de outubro sobre
tudo nos bairros sem praia é preciso
que ás seis da tarde precisamente
tranquem-se as portas fechem-se
as janelas apaguem-se as luzes
durante quinze minutos de silêncio
e escuridão para que os invasores
achem que não há mais ninguém ali
pois se por acaso houver alguma
luz esquecida em algum canto qual
quer meus amigos é bom saber pre
parem-se pois eles vão achá-la e a
través de alguma brecha eles hão
de se esgueirar em bando à procura
de alguma lâmpada incandescente
que lhes sirva de deus sob o qual
voarão histéricos para celebrar a luz.
Rio de janeiro
Esse lugar ninguém esquece
Onde tem copacabana e um mar que me enlouquece
E quando chega fevereiro
Prova que Deus é brasileiro
É o espetáculo do carnaval
Me ensinando a ser feliz
É sinfonia de paixão e cor
Abençoado cristo redentor!
Iluminando toda essa cidade
Quem te conhece não quer mais sair
Pois não há melhor lugar pra ir
Se não estou no rio , estou com saudade
O ano inteiro sol é téu
Toda a beleza que nasceu
Rio de janeiro
Você também é meu
O QUE É A VIDA?
A vida é algo que a gente tempera, que colhe do pé, é o sabor que vem na boca.
É o barulho que a gente faz e o silêncio que se conquista.
É mar azul em água cristalina.
É o sol que sempre vem e a nuvem que cá chega.
É um tal começo pra um possível fim.
É a certeza da escuridão por consequência da luminosidade.
É lutar pelo bem, para livrar os males das lutas.
É um brilho de lua sem luz própria.
É amor que se encontra e não tem como perder.
É o vento que move tudo e não tem cheiro ou forma.
É lógica estudada.
É o tempo que fala sem nada dizer.
É tudo que temos de um "vai saber?!"
Olhar nos olhos dela foi como olhar o mar pela primeira vez...
Você sonha, se imagina lá, cria expectativas mas é surpreendido. Quando você vai se aproximando já consegue ver e fica admirado, quando chega bem pertinho já não surgem palavras para expressar tamanha admiração. É maravilhoso, você fica parado observando cada onda se formando e quebrando vindo de encontro a areia. De repente, enquanto aquela leve brisa toca o seu rosto, só observar já não te satisfaz, você vai de encontro para sentir, e com bastante cautela você apenas molha os pés, a inexplicável sensação te faz querer se jogar por inteiro na água, mas é preciso ir devagar, até uma pequena onda pode te derrubar. Esse é o momento que você precisa decidir entre guardar na memória ou enfrentar o medo das ondas e se jogar.
Olhar nos olhos dela foi como olhar o mar pela primeira vez.
Vivendo em cima
De lajes, que para mim viraram ilhas,
Matando a sede em bocas ressecadas e goles de cerveja,tirando os estresse em tragos de cigarro, observando uma paisagem que mesmo estando tão perto só posso apreciar de longe, tons de verde esmeralda e azul marinho que as vezes se misturam ao vermelho sangue em noites de horror.