Versos de Despedida
A despedida mexe com a emoção das pessoas. Traz um misto de tristeza e felicidade, fato que posteriormente faz germinar a saudade. A saudade revigora e mantém sólido os vínculos para todo sempre, por toda eternidade.
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A despedida faz parte dos ciclos da vida. Ela mexe com nossas emoções. Traz um misto de sensações distintas, como a tristeza e a felicidade. Tais sentimentos faz germinar a saudade. Esta que revigora e mantém sólida as relações para todo sempre... por toda eternidade.
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Despedida
Há momentos na vida, que não dá prá calar!
A boca fala o que a alma sente,
e grita todo o horror da dor...
As correntes se rompem...
Os sentimentos transbordam diluídos em lágrimas...
Magoa-se, quem nos endureceu o coração...
Perde-se quem na verdade nunca se teve...
Luz, que não reluz...
Vida, que não se refaz...
Parto, partida, ida, sem volta...
Adeus, até nunca mais!
☆Haredita Angel
Despedida!
Sempre vivi à minha maneira:
Na infância me estranhavam, até meus pais.
Na juventude me criticavam os "amigos" .
Na maternidade não me entendem, os filhos!
Mas hoje, no quase fechando as cortinas da vida, estou feliz!
Eu consegui ser leal à mim e aos outros;
-Sempre fazendo aquilo que queria que fizessem ou tivessem feito comigo.
Quem entendeu; sou grata!
Quem não entendeu; eu sinto muito, fica para a próxima. -Quem sabe!
-Parto tranquila, ciente de que fiz um bom trabalho cá na terra, pelo menos por mim.
Arrivederci!
(Haredita Angel-17.18-Facebook- Socorro Oliveira Vieira)
DESPEDIDA
É na partida triste
Que se encontra um todo,
Um todo a querer ficar
Para vagar, vagar...
Com os anjos do além-mar.
E depois ter beijos doces da morte,
Deixar ser levada pelo anjo
Lá para o fundo do oceano ativo,
Dentro do desconhecido.
Deixar ser levada pelo vento,
Pela brisa suave da noite rubra.
Deixar a vida tola... e ser tua!
15/11/1970 (retorno da Praia Ocean)
A despedida é um sentimento
doloroso de nossa vida,
cujo os motivos que a ocasiona
nunca justificam ou amenizam
o aperto sentido nos corações
dos que ficam e muito menos,
dos que partem
Despedida
Meu coração, de poetar-te, delira
Escreve rascunhos cegos e sem vida
Com prosa sem cor e de mentira
E não se pode ser lida nem ouvida
São gestos e olhares de um caipira
Onde a alma se vê enlouquecida
Nas mesmas estórias e mistério
O meu amor por ti, anda de partida
Assim escrevo com tal despautério
O que sinto, frágil, faço em despedida
Saiba tudo passa, a dor tem cautério...
Luciano Spagnol
Chorar
Lágrima é uma palavra vertida
Que nada contém sua saída
Na despedida é sofrida
Na impacto é ouvida
Na ausência é presença
Na saudade é sentença
Por isto, a lágrima é salgada
Amarga a alma em enxurrada
Numa cruel tempestade de dor
Coadjuvante na falta do amor
É plangor dos olhos a berrar
É nuvem que nos faz chorar...
Luciano Spagnol
Maio, 2016, Cerrado goiano
Há uma saudade em cada despedida
A dor no peito vozeia por está partida
Lágrimas mudas viram cinza e nada
A lembrança passa a ser uma porrada...
Se é pra danar, perde-se para encontrar,
pois encontra-se para novamente amar...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
no silêncio
escuto a dor
da nossa despedida
cheia de saudade
por saber
que não terei mais você
dentro do meu abraço
que viverá
uma intensa solidão
nas frias madrugadas.
Bifrenaria tyrianthina
eflorescida poesia
sob luz do Sol dando
a sua cortês despedida
para as estrelas iniciarem
o seu baile pela Via Láctea
em noite de Lua Cheia
que está para se erguer
com tudo aquilo que presenteia
a minh'alma folclórica,
sensível, sedutora e amorosa,
e pronta para as nossas
mãos traçarem o risco das rotas
que pretendemos juntos nos perder.
No final da festa
a despedida dançando
o Engenho de Maromba,
Sem a gente perceber
o amor tomou conta,
Daqui para frente
só será eu e você
imparavelmente.
A MORTE
Oh! dor negra! O adeus tal breve fumaça
Chora o pesar, a despedida em romaria
E vê despedaçar, amealhar a mágoa fria
Por onde o cortejo da saudade passa...
Mói o aperto no peito, sentenciado dia
A noite sem sossego, o acosso devassa
E só, trevoso, e o silêncio estardalhaça
No horror desta ausência, lamúria vazia
Oh! Jornada! A sofrer, fado de hino forte
Olhar molhado, e a alma cheia de pranto
Tinhas junto a vida, tendo tão junto a morte
Partiste! Denotando está infesta loucura
Trocaste o vital por este sossego santo
Desenhando na recordação tanta tristura
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/09/2019, cerrado goiano
Despedida de meu irmão Eugênio
Olavobilaquiando
decesso...
[...] pra que sofrer com despedida
se quem parte não leva nada
e quem fica... tem a medida
do tempo, na sua jornada...
todos nós temos o preço
no feito, partida e chegada!
"A vida e um ato e a morte o recomeço"
então, que tudo seja camarada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de março de 2020 - Cerrado goiano
SOLIDÃO INQUIETA
Inquieto no peito os soluços e os gritos
Do silêncio que rege uma tal despedida
Há choro, lamento, e tarares contritos
Para, infeliz, galgar o prosseguir da vida
Teu cheiro, nos meus dias viraram ritos
O meu capricho está sempre de partida
E os meus ineditismos estão proscritos
Sem tu, o coração é uma imensa ferida
Mas tua alma ficou, tatuada na poesia
E assim os sonhos confidencias pra lua
Das noites de devaneios, amor e magia
E nas trovas de solidão inquieta e nua
O poetar é de dor em forma de agonia
De quem vagueia despovoado pela rua
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 de junho de 2020, Triângulo Mineiro
Sertão da Farinha Podre
Olavobilaquiando
A UMA DESPEDIDA
Agora, que o final me convida
A solidão parte do pensamento
Cada suspiro outro sofrimento
Nas recordações sem medida
E, de pareio com a despedida
Foi-se o bom contentamento
Dentro do leito o tormento
Enfim, dá dó essa dor doída
Pra que era tê-la evocando
As lembranças, do outrora
Se agora, me falta o crer...
Querer, já quiz, até quando
Pude ser, e nesta outra hora
Quero amor no bem querer!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2020 – Triângulo Mineiro