Versos de Banho
Nada como um banho de sobriedade,
nadando em águas transparentes
sem nenhuma adversidade.
Um nado tranquilo que deixa o corpo em movimento e refresca a mente,
assim, um precioso avivamento
com uma paz evidente.
É necessário nadar pra se acostumar com a vitalidade da superfície,
em seguida, mergulhar pra ver a vida abundante que há na profundidade.
Isso pode ser aplicado ao nosso viver
e a consideração que devemos prestar,
já que enquanto o nosso sentimento
e a nossa vontade forem rasos,
estaremos vivendo pela metade
e não amaremos alguém de fato.
Chuva benquista que deixa a terra molhada com um banho de vida,
nele, a flora se esbalda,
e fica ainda mais linda.
Uma ocasião simples e equilibrada
oriunda da sabedoria divina
que traz um frescor para alma,
ilumina o semblante
e afugenta a angústia que desgasta.
Banho que purifica,
que acolhe a alma,
que enche-me de vida
uma ocasião necessária
nestas águas cristalinas.
Um momento de solitude
é bastente necessário,
fortalece e conforta a mente,
é como um banho de quietude
que purifica o espírito
e suas forças restabelece.
AUTORRETRATO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Os meus versos te pegam no pós-banho;
nos teus olhos de quem se masturbou;
eles fazem teu show perder a classe,
porque mostram quem és no camarim...
Meus poemas arriam tua calça
onde a tua nudez não é bem-vinda,
quando a falsa moral quer pecadores
para dar pôr na berlinda ou na fogueira...
Só não posso negar para mim mesmo
que me pego na minha hipocrisia,
pois a minha poesia me revela...
Sou a própria expressão do réu confesso;
se meu verso te flagra no teu flato,
denuncia minha mão amarela...
Propônho aos políticos que insistem em investir em opressão ajudar a dar banho nos pacientes, carregar as macas e fazer a faxina nos hospitais já que não conseguem respeitar os profissionais da Saúde!
Não que essas funções sejam desrespeitosas, essa loucura está passando até por cima dos funcionários que colaboram na administração dos hospitais.
Poesia Dramática
Nas águas inspiradoras
cristalinas ou turvas
da Poesia Dramática
me banho etérea
no objetivo e no subjetivo
para falar que não se trata
apenas de tristeza,
e sim trata-se do épico
que dialoga sobre o heroísmo.
Na Poesia Dramática
repouso ou agito o eu lírico
que é sobre todos
os nossos sentimentos,
nem mais nem menos.
Reunidos ou não sem nós
poderemos sentir muito
ou nos encontrar para reviver
tudo aquilo até que não vivemos:
encenando ou lendo,
porque nela contém ensinamentos.
Vidro
Embaçando o box do banheiro
A água fervente passeia no meu corpo
Escorre da cabeça ao pés , passa pelo meu corpo e sai pelo ralo .
Inundando- me flui as ideias .
Quanta coisa boa eu posso fazer outras nem tanto não eu deveria cruzo as pernas e me encosto na parede, escuro úmido mas não frio .
É tão quente que consigo suar enquanto me molho .
Aquela sensação na nuca de ser observando aquele arrepio na pontas da orelha.
Sumiu o sussurro .
“A maior das pessoas não gostam de mim!”
O Alecrim dourado. Então, experimentar estar em lugares onde as pessoas não cuidam de suas energias. Tenho certeza que isso doerá muito mais do quê o seu ego ferido. E se não gostam de você, reveja o seu comportamento para com os outros. Na maioria das vezes, o erro não estar no outro e sim você.
Eu, eu não quero ficar sem ti,
quero viver agarrado, grudado,
feito carne e unha,
quero ser o seu batom
e a lingerie que te enfeita,
a água do seu banho,
mas o que eu quero mesmo,
é tirar a sua roupa,
sentir o gosto que o seu sabor tem.
Escrito ou não escrito?
A palavra escolhida
Como uma flor
Colhida
Brota no nosso ser
Toma um banho de luz
Começa a florescer
Ao dia aparecer
Um orvalho a escorrer
Cai no chão
Do poeta?
Do mundo?
Do profundo?
Da solidão?
Da pura fiel emoção
De um poema que nasce
Floresce
Permanece
Dentro do seu
Do meu
Do nosso
Coração
Acordo, levanto sem ânimo, olho para as coisas ao meu redor, nada tem cor ou brilho, nada mais me surpreende, ando pelas ruas, com destinos já traçados, sem ânimo, sigo até meu ponto final, entro em casa, busco meu banho quente e durmo, e o ciclo volta a se repetir...
Só quero o fim dessa merda toda.
O sorrir
Privilégio de poucos.
Na infância, adolescência, maturidade...
Ontem ouvi meu anjo querido,
Me alertando.
Vovó quando estava no banho,
Brincando você brigou comigo.
Você se assustou e ficou séria.
Vovó, olhei para você.
Você sorriu, vovó!
Sorri creio que a primeira vez
Que precisei ralhar com você.
Enfim sorrir sempre fez parte do meu viver, logo alegria, alegria.
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Belas pétalas banhadas
pela chuva
numa noite amena
que trazem um ar de brandura
que o desalento afugenta.
Sinto-me renovado ao ser banhado pelas águas do mar, mesmo quando está agitado, tendo em vista que esta agitação faz o meu ânimo despertar com o alívio da gratidão,
certamente, uma das formas
de Deus me abençoar
por conseguir acalmar meu coração.
Hoje estou precisando de uma massagem no ego;
uma maquiagem na autoestima;
uma escova progressiva
no cérebro;
e um banho de loja virtual.