Versos de agradecimento
"Todos os versos jamais escritos de uma história de amor, são menores que o instante em que ele acontece."
Palavras brincando em rima, poesia. Pontes de versos, poderes diversos, sonhos, cores, noites e dias.
Não sei ler, nem escrever, apenas soletrar, mas, eis que meus versos, pobres e discretos, a todos os servos, conseguem tocar.
Todos eram muito bons no que faziam e não admitiam juízos a seu respeito. Os que não faziam versos não percebiam nada do assunto, e os que faziam versos eram quase sempre vistos como rivais.
Um desejo feminino
discreto e lascivo,
Um verso bandido:
perigoso e juvenil
Foi bem fotografado
por ser bem safado
Só foi você quem viu.
....
Se a tua divina escultura
ainda está para crescer,
- intensamente
Sou a escultora para
modelar e fazê-la
crescer [imensamente
Sedução não me falta
para fazê-la crescer
a temperaturas quentes.
....
Porque não posso dizer nada,
para quem não sabe entender.
Mas cada gesto discreto
é como um abrir de pétalas
que revela o desabrochar
De uma flor vigorosa
nas tuas mãos masculinas
Ardentes por uma explosão
de prazer intensa e feminina;
Assim posso continuar não dizendo
- Nada! -
Mas, quando for reler cada linha
dos meus versos e do meu corpo
O teu corpo irá sentir tudo...
Derrama em mim o teu beijo,
Não quero nenhum perfume
Que não o teu [cheiro]...;
Dança em mim o teu ritmo.
Não quero nenhum obstáculo,
Que não seja as quatro paredes.
Embevecida sempre dei pista:
Quem arrisca jamais petisca!
Ordene em mim a tua chama,
Que o meu corpo segue a risca!
Acende em nós o desejo
Flana a carne que te inflama.
Não quero ficar distante
Do teu corpo no reencontro,
A sede de beijos é lancinante,
Devora-me ou eu te [como]!...
Apaixone-se por meus caprichos
Que não te deixo nunca jamais,
A minha mente é um paraíso
Repleta de sinfônicos feitiços.
Eu queria estar com voce agora, estar com voce no momento chamado sempre sem se preocupar com a hora.
Até mesmo na felicidade escolheria voce como minha tristeza, voce é meu tudo, voce é meu mundo, voce é a minha natureza.
Eu vivo de acreditar, que, é um dia de cada vez que faz o calendário inteiro. E aprendo, entre um oi e um adeus, que não adianta nada passar a vida regando cactos se a gente sabe que deles nunca vamos colher flores.
Eu não posso esperar que os outros me olhem com olhos de amor e generosidade, se eu mesmo me olho com desamor e amargura.
Quando tocas o meu corpo, recita-me versos raros nas reticências dos sussurros, nas entrelinhas dos gemidos.
Quero ouvir o Nando que é rei, cantar um de seus rafrãos. Falar do amor que guardou sem ter porquê, nem por razão ou coisa outra qualquer.
"Surpreender-te tentei, meu amor já mostrara, quem sabe mais uma vez, talvez. Sozinho ficarei, sozinho recitarei aqueles versos que para ti nunca mostrarei."