Versos de agradecimento
Acima de
qualquer
'dinastia',
da invasão
e de todas
as poesias,
esse mar
pertenceu ao
Império Inca,
não dá para
ocultar o quê
todo o mundo
viu e sabe
que ali estão
os vestígios
da verdade.
Foi o poeta
Valentim
que me
pediu para
não desistir,
e dessa causa
não olvidar.
Relembro
para que
da História
não seja
apagada:
quatro anos
após a
independência,
a Bolívia
foi invadida;
e o Chile até
hoje não
teve 'clemência'.
Reaver
o diálogo
requer paciência
e persistência;
não vou parar
de pelo povo
jamais de rogar.
A Bolívia
nasceu com
400 km de
costa sobre
o Pacífico,
e ficou sem
o acesso
soberano
ao mar,
e a Justiça
de olhos
vendados
me deixou
como saída
insistir em
escrever mais
de cento e vinte
mil poemas
para fazer
dialogar,
e a paz reinar.
Existem vitórias
que são derrotas,
Quando traçadas
para jogar o povo
contra o povo;
Não me concilio
com propaganda
feita por canalhas
com suas tralhas.
A minha Nação
eu abençoo,
O meu desprezo
a todos eu
envio aqueles
que fizeram
por merecido,
Tirando o meu
sossego e furtando
quase o meu juízo.
Não me concilio
nem com o senso
de 'justiça' de
alma desidiosa,
Que cínica interferiu
no direito de reunião,
E discretamente irá
lavar as mãos
como nada
tivesse acontecido.
Sobretudo aos
que se dizem
tão graduados,
e se comportam
cúmplices e
muito mais do
que submissos
Do que enfeites
são entulhos
no caritó do
nosso destino,
O auspício
vocês não terão,
Não sei quem disse isso:
- Mas eu 'passarinho,
vocês passarão'!
Ao #MarioQuintana eu peço perdão, pois eu não podia perder a rima!
Gostaria de ter um
mistério para ofertar,
mas eu não consigo
nem inventar dada
a gravidade daquilo
que estamos vivendo.
A ligação que tenho
com tantos fatos que
geram os meus versos
é que sou do povo
e sinto como se fosse
minha a dor de tantos
além fronteiras que
têm sido oprimidos.
Estou aqui para provar
que toda a poética
é que salva de um
Estado de Ditadura,
e nos salvará de
toda essa loucura,
é só preciso acreditar.
No auge da conjunção
de Vênus e Saturno,
não encontrei você
feito do que é mais puro:
lindo tesouro oculto.
Na conjunção plena
entre Vênus, Júpiter,
Saturno e a Lua,
não desisti do que
é liberação e ternura.
No auge da conjunção
de Júpiter e Vênus
não abracei o quê é
feito de pacificação,
continuo em agitação.
Na conjunção entre
Mercúrio, Júpiter
e Saturno ainda sigo
em inconformação.
No doce luar crescente
e dourado sobre o Vale
beijando a minha rua,
não desistirei de ser tua
pactuante da amorosa jura.
Você escreve com todo o carinho um poema e sempre aparece um que elogia chamando ele de texto poético, quando não é a mesma pessoa, não me importo, até porque ninguém nasceu sabendo e a gente tem que ser tolerante.
Um poema é um poema, embora tenha o seu texto poético, só que existem textos poéticos que nunca serão poemas porque carecem da subjetividade que só a poesia é capaz de provocar te levando a transcender da simples leitura para a sua viagem interna onde a estação é o seu coração e os vagões são os teus sentimentos.
Quando identifico a insistente conduta de chamar os meus poemas de "texto poético"
como exemplo retribuo da seguinte forma:
"Obrigada por apreciar o meu poema composto de tetrassílabos e redondilhas menores".
Não gosto de fazer isso, mas quando percebo que tem gente que escreve isso para implicar, faço sim!
vereda de poeira
escura e lenta
ao redor paira,
inspiração breve
no interruptor
do Universo foi acesa,
o vulto brilha
e central acena
à Lua sensual boêmia.
sei que verei a cena
em total e plena
zona de conforto,
galáxia devorando outra;
no toca-disco sideral
Centaurus A em vinil,
fino equinócio de outono,
infindos místicos
e versos festivos
hão de ser escritos
com lábios bem feitos,
perfeitos no Atlas
e sutis nas galáxias;
nada será como antes,
não mais viveremos
suspensos por um fio
flertando com o perigo:
viveremos de amor e mais nada.
Eu aguardo por você
como a relva após
uma noite de sereno
aguarda pelo calor do sol,
e assim há de ser
o nosso amor...
Aguardo
por você
com todo
esse amor
guardado
no teu peito,
com a mesma
lealdade
de um cão
que espera
pelo dono
na estação
do tempo.
O ponto nômade
que nos une
está escrito
pelos céus muito
acima da
nossa vontade
de nos encontrar,
ele tem nome
e responde por destino.
Eu penso em você
todos os dias
doidamente:
o meu peito
insistemente por ti
não para de bater,
me vejo nesses
lábios desfrutando
saborosamente.
De desejo em desejo,
De ternura em ternura,
De verso em verso,
De segredo em segredo,
Te faço todo meu
Mesmo sem você saber.