Versos de 6 Linhas
Estas linhas eternizadas
São pedaços de nós em fruição.
Por onde andas?... bem sei...
Não tem problema;
Acabarás caindo
Na palma da minha mão.
Olhe para dentro,
Não adianta escapar,
Sou a alazã vontade,
Batendo no teu peito;
Sou o teu maior sentimento,
Não apago nem com o [tempo]...
Sou o teu doce tormento,
A inquietude acariciando,
Você foi embora,
Mas acabará voltando,
Sou o teu absinto,
O mais doce veneno,
Que te coloca em rebento...
Você está brincando de amar,
Cuidado!...
Quem brinca sempre
Acaba machucado,
Amor é como o fogo:
É preciso tomar cuidado.
Cuide bem do meu coração
Por ti apaixonado...
VIII
Comece escrevendo
sobre coisas simples
sobre o teu cotidiano,
poucas linhas
e o quê você está
sentindo que a sua
poesia, prosa ou poema:
você vai escrever.
IX
A tua poesia, poema
ou prosa devem
ser feitas com
as palavras
que você domina,
E busque dicionários
quando você sentir
que não conhece,
ou caso uma
dúvida te surja,
porque tenho
certeza absoluta:
você vai escrever.
X
Saiba que rimar
ninguém é obrigado,
E depois de certo
tempo e domínio
se verá obrigado
a criar novas palavras
e será imparável
nesta vida seja por
gente chata, qualquer
ironia ou pelo poder
que o momento domina,
e tenho total certeza
que aconteça
o quê venha acontecer:
você vai escrever.
BORDADEIRA
No universo mágico
De linhas e bastidores
Seu trabalho revela
A artista genial
Que existe dentro dela.
A agulha em sua mão
Vira condão de fada
E faz surgir no tecido
Pedaços de fantasia
Sob a forma de bordado.
Da lembrança nada
apaga as memórias
nem tão românticas,
nas linhas atlânticas
tenho me distraído
porque sei que tudo
na vida pode mudar.
Com a esperança
convivo com o quê
insiste em caçar
as minhas utopias,
a fé e a leal crença
de que não se deve
perder a essência
de tudo o quê me
fez resistir até aqui.
Da temperança nada
e ninguém me tira,
do desejo de ter você
comigo além desta
Lua Cheia de abril
plantada como rosa
no jardim sidéreo:
do destino és mistério.
Longe de quem insiste
em furtar no mundo
a misericórdia, o sorriso
e a bondade da gente;
resolvi quebrar a corrente
com o quê faz respirar
para o coração continuar
como um refrão de amor
para você me encontrar.
Escuta, meu amor,
na boca do povo
o pranto da Wiphala,
nas linhas e cores
das veias do destino
tem sido escrito
o poemário do século
com latino-americanos
e todos sacrifícios
em nome da liberdade
e dolorosos fatos.
O perigo dos governos
autoproclamados,
com apoios de países
com vil interesse
é para semear
o genocídio e depois
fazer os seus
crimes apagados,
porque juridicamente
são menos do que ratos.
Escuta, meu amor,
não nos encontramos,
não sei nem se
um dia nos encontraremos,
peço que a tropa e o General
não os deixemos em nome
do que nós acreditamos;
Sofro a dor dos humildes
que os homens do golpismo
da Bolívia estão matando
e no Chile outros andam
o seu povo estão cegando.
Em linhas culpadas antes
mesmo de terem nascido
nem um pouco lúcidas.
Sem ordem judicial,
bem cheias de tudo,
hipertextuais
e com toda a falação:
deseja saber demais.
Jogos sujos e brincadeiras
de nervos não há
quem os ature mais.
Como vai a saúde
da tropa e do general?
Quando virá a liberdade,
a augusta moção
e garantia da paz?
Em versos inconformados
e bem convictos segue
anão aceitação
de 'ditaduras'.
Ainda bem
que existe
um anjo que visita,
e trabalha legalmente
pelo fim do cativeiro
de quem é notório
inocente pelo mundo inteiro.
Cante da Modista
Abrindo as janelas da memória
e o porta linhas da origem:
cinco são os fios da História
que seguem costurando o destino.
O rádio toca o Cante Alentejano
e o atelier da modista inunda
unido ao batuque da costura
de quem começou na vida cedo.
Relembrando a mocidade,
com o coração no ritmo da música
e a esperança formando a costura
para as Saias da nossa Cultura.
O Cante da Modista feito
da poesia que a rotina veste,
e para muitos simples parece:
vencendo com dedicação e prece.
O Cante da Modista feito da poesia que da esperança se enfeita
e de toda a tristeza do mundo rejeita:
uns sem ver o quão vibrante quê
vive enaltecendo uma região inteira.
A poesia de outubro
pode ser escrita com
o maior amor do mundo
nas linhas do tesouro
do seu coração de ouro.
Toda a poesia é
como uma Saicanga
nas linhas da correnteza
de um rio bravio
escrevendo com a sua
poligrafia silenciosa
sobre a vida e sendo
resistência pacífica
em nome daquilo
que a impele e acredita.
Versos Intimistas que florescem
como o Arabutã na Bahia,
Linhas são como pétalas
para cobrir de ternura o amor
da minha vida: Pátria minha
que jamais deixarei garrida.
"Em minhas maus traçadas linhas não define tudo o que eu penso; o que eu quero escrever; o que eu quero dizer e o que você possa entender."
—By Coelhinha
Em minha carne, crava-se o pecado,
mil agulhas costuram o eterno tormento.
Centenas de linhas percorrem minha pele flácida,
num último resplandecer de lágrimas tortuosas.
Recorro à purificação pelo fogo,
pelo rio sinuoso onde meu sangue se arrasta.
Já não basta um milagre—
é preciso uma liturgia profanada,
o silêncio ambíguo de algo taciturno,
mil preces mal proferidas,
um milhão de tufões soprando ao alento,
em busca do algoz.
Jaz o mal,
forjado por mil chibatadas e um milhão de brasas.
Conhecerás o caminho, talvez no ontem,
mas nunca no amanhã.
Conhecerás o sacrilégio, não por vontade,
mas pelo desejo da carne ao relento,
sob mil luares infinitos,
caindo ao desespero do próximo nascido.
Você, filho do diabo-homem, renascerá.
E ao abrir os olhos, sentirá o peso do primeiro suspiro,
como se sempre houvesse sido assim.
Como se jamais houvesse sido outro.
Como se o fogo fosse apenas a lembrança de algo inalcançável.
Tento escrever algumas linhas
Saudades de você...
Saudades do seu corpo agarrado ao meu.
Acordar é saber que estavas
A meu lado.
A deixo dormir faço o café
Arrumo a bandeja com sua manteiga sem glúten é coloco uma rosa.
Entro contente no quarto aí
Lágrimas insistem em cair de meu olhos e percebo que
Não estás ali...
Sonhava acordado..
Percebo que estou sozinho
Que saudades da sua pele macia..
Te amarei eternamente.
No caderno de um poeta, se encontram linhas e páginas, com versos e orações.
As guais expressam sentimentos e emoções.
Dias de alegrias, vontades e fantasias.
Tristezas, ou talvez profundas nostalgias.
Nas linhas da vida, hora encontramos verdadeiros dramas que devemos no mínimo tirar alguma lição de como não escrever histórias iguais.
Assim como há aquelas poesias sem nenhuma necessidade de rima, que lhe toca a alma, e que lhe inspira, e mesmo virando a página, deixa uma sensação de elevação.
Adivinha, as linhas que hoje escrevo, são livres, não estão mais ligadas ao passado.
São apenas relatos soltos de momentos ao vento.
Não carregam as sombras do passado, nem tampouco relatos de você.
Então, pare, apenas pare de tentar decifrar o que nunca foi capaz; pare de querer decifrar minha vida!
Cuide de seu palácio, porque do meu, cuido eu!
O balé dentro das quatro linhas
Movimentos que fazem o corpo flutuar sobre o verde e debaixo da luz do sol, que tem um céu azul e algumas nuvens a passar...
A trás da esfera que gira, voa e desliza na grama, homens com músculos forte como de um cavalo de corrida, corre para apanhá-la, e, passar adiante... Com os pés hábeis e o equilíbrio dos braços, o olhar fixo e um rápido raciocínio, conseguem efeitos que faz a voz chegar ao limite da adrenalina que corre nas veias destes jovens que tentam dar o seu máximo para ver a bola sendo engolida pela rede.
Os sonhos do poeta se escondem entre as pálidas linhas do caderno,
em cada palavra registrada repousa soberano o sentimento do mundo.
Valnia Véras