Versinho de Amor

Cerca de 2738 versinho de Amor

Não me poupe das tuas mãos

Que brindam com carinhos,

Não me poupe dos teus passos,

Quero estar nos teus caminhos.



Não me poupe dos teus beijos

Que lembram os sacros pomares,

Não me poupe dos teus sabores

Quero celebrá-los diante dos altares.



Não me poupe dos teu pensamentos

Poéticos cataventos de sentimentos,

Não me poupe dos teus beijos solares

Quero estar contigo em todos os lugares.



Não me poupe nem das tuas noites,

Que me convidaram para protagonizar

- as boas madrugadas -

Quero estar na tua companhia

Não sairei jamais das tuas estradas;

Não me poupe dos vinhos embriagantes

Das mais doces juras e do Vale dos Vinhedos;

Ainda hei de saber dos teus (segredos)...

Inserida por anna_flavia_schmitt

A chama da vela

- marca -

A doce silhueta

- insinuante -

Ao cair do poente

- brota -

A abóbada silente

- brilhante -

À iluminar o corpo

- dos amantes -

A saborear celeste

- sorrateira -

A cena picante

- extasiante

A chama da vela,

- revela -

A coreografia bailante

- de joelhos;

Capaz de escandalizar

Os mais sensuais espelhos.



A chama da vela,

- capaz -

De trazer a paz,

Para dois que querem mais;

Estimulados à enfrentar a horas,

Carregar auroras e desmaiar poentes

Nas linhas mais erógenas - amar;

Juntos cultivando sementes

Para sempre um novo raiar.



A chama da vela,

Derrete a cera,

Como o seu olhar,

Faz com o meu corpo,

Sem pudor e sem dó,

Envolvendo-me como um nó

- exato -

Verso perverso e inefável,

Que me prende, aperta e segura,

Na delícia que não passa,

Numa poesia incurável,

Glória aos céus,

Por esta loucura!...

Inserida por anna_flavia_schmitt

Não é preciso provar nada,

Precisamos um do outro,

Não devemos nada a ninguém;

Devemos nos provar...e bem!



Não é preciso justificar nada,

Entregamos fácil o ouro,

Não negamos nada a ninguém,

Todos percebem muito bem...



Não é preciso esconder,

Dançamos no abismo;

Não recusamos o amanhecer

Dois oráculos e um destino.



Vagueio peregrina na tua mente,

O teu corpo sente a ausência

- unicamente - do meu!...

E o meu escreve evitando

- lembrar - de que já teve o seu!



Escrevo poesia - evitando -

Lembrar de que ela existe,

Como um gemido de fidelidade

- extrema - pela falta que me fazes;

Ainda escreverei versos muito melhores,

E bem mais plenos e audazes...

Inserida por anna_flavia_schmitt

O meu poder vai além do teu querer

A minha fragrância envolveu o teu arfar;

O meu desejo ainda vai te endoidecer

A minh'alma sempre é o teu [altar...



A minha luxúria virou o teu refúgio,

O meu anseio não passou, ficou;

A paixão tornou-se inquebrantável,

O nosso corpo é um só: [indissociável].



O vento ergue o sublime uivo,

A chuva molha o teu [escudo,

O meu corpo em descuido manso

A vontade no peito desfez o [escuro.



A chama não se apaga nunca,

O amor é a luz do mundo,

A verdade traz o fio da [espada,

O arrepio que me traz e sempre me [mata.



A minha presença sempre será [forte,

O verso mais lindo que fiz, não rasguei;

A doçura de amor virou lei,

O amor trouxe você que me deu [sorte.



O poder de estar sempre contigo,

A cadência que te alucina, poema de absinto,

O amor que se arrisca até no abismo,

A loucura que não apaga nem da memória.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Ouço o sussurro do rebojo,

Danço a música do vento,

Assim distraio a tua falta,

Não perco a minh' alma.



Rabisco o meu caderno,

Escrevo o nosso enredo,

Respeito o valor do tempo

Resistindo a dor e o medo.



Nunca mais me distanciarei,

Rejeitarei os oceanos,

Sigo os teus passos ciganos,

Confesso, eu me apaixonei!



Como divindade, escrevo,

Nestas linhas não me nego,

Para todas elas, eu me entrego,

O amor é realmente cego...



Amo-te imensamente,

Confesso, és desconhecido,

... admito! Grito!

Viver livre de ti, eu não consigo!

Inserida por anna_flavia_schmitt

Vencendo os limites,

- eu me vejo em ti -

Rompendo convenções

- eu me vejo em ti -

Imaginando mais de mil fetiches.



Cantando os sonetos,

- eu escrevo por ti -

Colhendo as flores,

- eu vivencio por ti -

Cultivando mais de mil sabores.



Enamorando os poetas,

- descrevendo-te -

Encantando as sereias,

- embalando-te -

Ao som das conchas singelas.



Alçando o impossível,

- relembrando-te -

Pedindo o teu perdão,

- surpreendendo-te -

Com o meu beijo cheio de paixão.



Afinal, eu sou tudo e nada,

Apenas aquilo que não se espera

De uma dama e poetisa,

Um verso do avesso,

Brisa sem eira,

Aroma que enfeitiça,

Poesia sem livro,

Intimidade desconhecida

Que roubou o teu juízo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Alonga o teu olhar para ver

A figueira aos pés da duna,

Os frutos tão ricos da alma


De um segredo que é prece,

Eu pude colher os figos

Sob a Lua para fazer um doce,

E também para fazer sentido

- bendigo -

Só para ser exclusivamente tua.



Sempre fugimos do mundo,

Porque nos reconhecemos em tudo.

Sempre fugimos de gente,

Que não ama, não sorri e não protesta.

O amor não surgiu em vão,

Ele nasceu para iluminar a Terra.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Dissolvida pela encruzilhada

Causada por uma decisão,

Esquecida pelo afastamento

Da tua presença fui lançada,

Cantante dos versos deste fado

Em companhia da solidão

Do luso-mineiro largo,

Derrotada pela autoridade

Que só o tempo é capaz de ter:

Eu jamais consigo te esquecer.



Entretida pela chuva e pelo sol,

Acompanhada só pelo vento,

Arrependida por não te ouvir,

Esperando-te a todo momento.



Entristecida pelo abandono

Que eu mesma me impûs,

Não ando enxergando nem a luz.



Sozinha por ter fugido do querer,

Sei que corro o risco de te perder.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Fantasio na surdina,

Revivo na alvorada,

Comemoro na aurora,

Estive ao teu lado,

Embalada pelo beijo,

[Selo] de outrora,

Universo de poesia,

Outrossim, sinfonia.



Prevejo na calada,

Rememoro a neblina,

Esparramada alfazema,

Sensualidade albatroz,

Provocação extrema,

Janela aberta audaz,

Terra de Geraes provada,

Por ti entreguei-me inteira,

Ainda te pertenço sem dilema.



Vento que assobia,

Que desassossega as folhas,

Vento que brinca,

Que desinibe a flores,

Vento que sacode,

Que do livro vira as páginas,

Vento que transporta,

Que leva o meu perfume,

Que faz com que ele penetre

Nas tuas frestas e bata na tua porta.



Sou o vento que balança

A tua janela, espera!

Quem espera sempre

- alcança -

Nunca se perca de nós;

Entenda a nossa cumplicidade

Que vive de esperança

E de pé na Terra.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Tarde ensolarada à beira mar

E ritmada ao modo do vento,

No ir e vir do balanço do mar

Como o teu jeito manso,

A tua voz de suave encanto,

O teu riso aberto, sincero;

Trazendo a tua voz presente

Anunciando contente:

- a nossa reaproximação!



Os pássaros são anjos inteiros

De plumas adornados,

Cantores da anunciação,

Saudando o tempo e a distância;

Pela incapacidade de desfazerem

Uma verdadeira paixão.



Os divinos cantores

De asas abertas,

São ainda mais lindos

Anunciando a liberdade,

Que só o amor pode trazer

A verdadeira salvação.



Os sentimentos não se dissociam,

Amor e paixão tem uma fórmula

- secreta -

A nós foi nos dada à missão:

De sermos boticários da anunciação

De uma mística que Deus secreta.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Conhece a chama ardente

Do meu corpo sob o teu,

Arranco o teu chão e o teu sono;

Com o meu bem servir ao Dono,

O teu caminho também é meu.



Amanhece comigo no [riso,

Entardece comigo no teu colo,

Anoitece com o meu [cio;

Eu te arrepio, sem frio,

Eis o nosso verão: eu anuncio!



Esquece este mundo vazio,

Presenteie-se com o luxo de abandonar

- tudo -

Em nome do melhor do prazer;

Não temos nada a perder!

Vamos nos deliciar,

E celebrar sobejamente:

- Só eu e você! -

Inserida por anna_flavia_schmitt

A minha imagem é viva

Ela jamais descansa,

A minha imagem é de carne

Ela jamais te cansa,

A minha imagem ferve

Ela não te dá descanso;

A minha imagem verte

Em cada um dos teus poros.



A minha imagem é presença,

Que traz consigo a sentença,

De prestar-lhe obediência,

É mais do que isso:

É emprestar a minha indecência

Fugidia de qualquer coerência,

Entortando-lhe até os ossos.



A minha imagem é malemolência

Feita de vidro quando estou longe,

E feita de papel quando estou perto;

Na tua mão sou página de livro,

Que se dobra, mas não se vira,

Sou o teu caso sério, admito.

Como páginas que não se viram,

Escrevendo inequivocamente

Juntos uma nova história no Universo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A cada gota perfumada

Fundem-se os aromas

Cálidos em plena erupção,

A cada toque de paixão

Tocam-se as melodias

Refugiadas no Balneário,

A cada tom de emoção,

Assim trazes-me pela mão:

Ofereceste-me o teu corpo,

Fisguei o teu [coração]...



A cada balanço das ondas

Chegam os beijos das sereias,

Tilintando viram conchas

Porque nós somos divinos;

Filhos do imprevisível,

Somos dia sol e tempestade,

No Universo estamos escritos,

Sabemos o que queremos:

- Estamos famintos.



A cada asa aberta na Terra,

Somos a tal liberdade,

Nascemos para o amor,

Sublime, intenso e eterno;

Este é o nosso segredo,

Do jeito que me trazes

- pelos cabelos -

A cada arco-íris dos instantes

Reinventamos os desejos...

Inserida por anna_flavia_schmitt

Mãe Aparecida,

Materna poesia,

Minha Senhora,

Castíssima Rosa,

Padroeira do Brasil,

Com o seu manto azul anil,

Zelai por nós,

Que o tempo não seja algoz,

Por nossas fronteiras,

Do nosso povo não te esqueças,

Por nossas águas,

Pelo verde das matas,

Por nossos ares,

Proteja os nossos lares,

A tua presença,

Vai muito além dos altares,

Ela está em todos os lugares.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Os grãos das areias formam:

O nosso castelo sobre a duna.

Os ventos do Norte roçam:

O rastro da Lua marfim.

A pele que o Sol aqueceu:

O amor ela floresceu.



Como a tua mão carinhosa,

Surgida na primavera rosa,

Feita de poesia íntima e corajosa;

Porque amar é ter coragem,

É viver a poesia da vida,

Iluminando tudo a toda hora...



As flores da duna me comovem,

Presas aos grãos das areias,

Lindas tiaras das sereias,

Balançam as pétalas como harpas,

Desse meu amor você não escapa,

E nem do meu verbo que te enlaça.



Sei de tudo um pouco:

- Sei estar entre elas.

Sei te esperar,

Sei te despertar,

Sei ser grão e duna,

Sei viver só, e ser tua

Entre as flores amarelas.



Sei o quê fazer e como fazer,

Dosar na medida certa,

Para assim você não me esquecer.



Sei e sempre sobre estar,

Com as correntes a meu favor,

Você irá me ter no oceano de amar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

O vendaval formou nas areias

Um pequeno ciclone,

O vendaval levou até longe

Uma pequena semente,

A flor da duna adormecida

Que na livre altura oculta,

Uma ternura resoluta

Que embala toda uma vida.



O vendaval cantou no meu ouvido

Uma coisa que eu não havia percebido:

Que até nos teus passos eu dou sentido.



O vendaval plantou na duna,

Ele fez a boa semeadura,

Eu hei de abrir-me florida,

Nas tuas mãos carinhosas,

Por todo o amor que haverá nesta vida,

O vendaval trouxe-me da altura,

Para viver das venturas mais amorosas,

E depois fingir-me nos teus braços adormecida.

Inserida por anna_flavia_schmitt

O verde dos teus olhos esparramados

No balanço das ondas do balneário,

O Sol brinda o amanhecer enternecido

No limite do amor ainda desconhecido;

O amor flechou, e fez dois apaixonados.



O teu lugar ao meu lado está reservado

Na rede para ver o tempo passar...

Há um amor para nos entreter,

E uma doçura para compartilhar.



O mar escreveu o nosso destino,

Traçou a poesia nas areias,

Porque com arte escrevo o que sinto;

Semeio flores no nosso caminho.



Porque a arte explica tudo:

o amor, a saudades e o afastamento

Para viver de dor e de alento;

E de puro entendimento de não tê-lo aqui,

Bem junto de mim neste momento.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Na vastidão do mundo,

Tu me observas infinita,

Não perdes nada de mim,

Nem quando sofisma,

De mim tudo encontras,

Sempre no canto do olhar,

Vive do tempo e sem contas,

Porque ficaste perdido,

No imenso espaço de amar,

Vamos aprendendo nos namorar,

E nos invadir em paz

Como duas gaivotas que se namoram.



Tenho no teu corpo, o mistério,

A expressão mais paradísiaca,

A vitória do impróvável,

E a glória de toda poesia,

Que quero desvendar inteira.



Estendo o meu corpo no teu,

A concretude mais intensa,

A glória da certeza,

E a vitória memoriável

Se fará perfeita - entenda.


No infinito escrito,

A eternidade vai se escrevendo,

Com caneta tinteiro, e néctar

Dos frutos e das flores,

Pela primavera eu morro de amores.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Onde o meu coração

te plantou?

Entremeado entre

as minhas preces.

Levando a minha fé

- contigo

Tu sempre me mereces.



Tudo de ti em mim

Brota e floresces,

Nada de ti em mim

...Envelheces.



Onde o meu coração

irá me levar?

Ventando sempre

para o teu lado.

Escolhi você

para ser o meu amado,

De estrelas irisado.



Tudo de ti em mim

É celebração,

A distância sempre

É expiação!...



Não me poupe de ti,

Do teu olhar,

Do seu siso,

Do teu afagar,

Do seu sorriso...

Longe de você tenho perdido

- tudo -

E até muito mais: o meu juízo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Os símbolos estão na tua mente,

Só você para identificá-los...

Os caminhos que tu podes fazer,

Só você para trilhá-los.



As fantasias latentes - quentes

Tocam os nossos acordes plangentes,

Os ritmos e nossas vibrações

Fazem mil constelações de tentações.



Os desejos ainda estão engolidos,

Basta olhar nos teus olhos abandonados.

Os balbucios indizíveis intermitentes

Do meu nome nos teus lábios apaixonados.



Não é invenção, não é convenção,
É curiosidade e envolvimento;
Existem o elã e a admiração
Nasceu em nós a ambição - o sentimento.





Os desfrutes que estão porvir,

Todos só a poesia que há em mim pode reger;

E a minha carícia amorosa pode garantir.



Os amantes ainda estão a embalar,

Não há mais como esconder,

E nem por muito tempo enganar.



Os poetas nunca irão parar de escrever,

O quanto haveremos de nos amar,

Além de nos compreender - constelar.

Inserida por anna_flavia_schmitt