Versinho de Amor
O teu coração é como a terra cultivada, Entregue-o somente para a mulher amada, A mulher que ama o teu amor, E se sente por ele presenteada.
A pantera faz de tudo para chamar a sua atenção, Provoca para que a sua volta venha macia, adocicada e repleta de sedução.
No delírio intenso dos nossos sentidos, A tua presença atiça tal qual palha na fogueira, No fundo nós sabemos que somos bem mais do que amigos.
Os teus olhos que me apreciam trazem emoção a toda hora, Um elogio teu é divina inspiração que nunca vai embora...
Não abro mão dessa sublime loucura de te provocar, Vou te amando vagarosamente até você 'não aguentar'...
Sei que o teu coração fica a embalar, E quando fechas os olhos a pele fica a faiscar - destino de alguém que irá se apaixonar...
Faço da minha rebeldia, um desafio sutil. É uma forma colorida para fazer-te diligente e que me tomes por tua, e me faça obediente.
Trago uma rosa na mão, Você está tatuado no meu coração, A tua liberdade é mágica, Só de pensar em você, Viro verso - fruição...
Só pelo teu olhar castanho, Faço questão de deslindar o que há de oculto, Como presa no transe do caçador, Entrego-me sem medida ao teu amor.
A cobiça elegante de escutar esses teus ais semitonados, Acariciam poeticamente os meus desejos ocultados, Sei que estamos apaixonados.
Quero me perder nessa travessura amante, E me encontrar nessa doçura radiante, E nos teus braços ter sempre a coragem para seguir adiante.
A cada véu revelado, O mistério reverberado ao pé do ouvido, É nesse profundo dos castanhos dos teus olhos - o amor será a cada dia revelado
Apreciar o teu corpo é uma êxtase que não se esvai, A cada eco da tua respiração, Não me canso de dizer: - Você me atrai...
O teu irial sorriso fascina, alucina e cativa, Apreciar rendida é uma dádiva que confirma que te amar tem o signo celestial - é especial.
Você chega junto com o meu canto, Desejo que os meus beijos não te bastem, E que essa paz que só vem de nós - permaneça com encanto.
A saudade é para o poeta um convite repleto de sutileza, Ela surge sempre para dizer ao poeta que é preciso viver a tua ausência com beleza.
A alma poética é feliz com todos os amores... Ela vive de contentamento com os amores que embelezam o mundo - plenitude.
E quando reparares que eu existo em teu peito, Será chegada a sagração da primavera, E a quimera derrotada.