Ventre
Ingratidão
Um choro no ventre surgia
Buscando a primeira carência
Na busca pela sobrevivência
No âmago ainda sorria;
Um grito de dor aparece
O segundo choro então veio
Alimentado com leite do seio
O sustento ele agradece
Vival'ma que mudou planos
Agora virou tirano
Alentando uma grande dor,
A mãe buscando no seio
A carência que dele não veio
Derribando o imo d'amor.
Missias
Out/30/20
Não aprecio atividades em grupo com mais de duas pessoas, uma vez que, ao ser criado no ventre da minha mãe, eu estava só e, no dia em que for deixar este mundo, certamente estarei novamente.
Chama-me
flor luminosa, cheia
de azul e verde, o ventre
criador de poemas, de sol, de
luzes, a rosa que respira... amor.
Nasci daquele ventre que hoje me aprisiona,
Sou teu sangue e não propriedade,
Isso não é amor, é controle,
Sou ser humano,
Não marionete,
Eu te falo sobre os segredos do Universo,
Te falo, sobre tudo que aprendi e desaprendi,
Através de dor, culpa, medo, erros,
Esses que mesmo cega enxergo de alma,
Mas, tu não vê os seus,
Se acomoda ao dizer que assim viveu,
50 anos,
Mas, ainda não aprendeu que a vida é sobre evolução,
Sem calma luto contra meus instintos,
Terapia, pra curar o karma,
O sofrimento faz parte,
A fé que você me impõe,
Entope meu estômago e garganta,
O Jesus que conheço não é mercadoria barata para que tu me empurre.
Grata sou,
Mas, só o exterior não me basta,
Hoje sou filha, em outras vidas, talvez fui sua mãe,
O respeito deve imperar,
O tempo é segredo,
Assim como a vida,
Por isso não mato nem os insetos,
Mas, você não está preparada para essa conversa né...
Mãe.
Um engasgo,
Assim como o pai,
Que não me procura,
Não me vê e não quer atrapalhar,
Visto que a ausência já é atrapalho.
Por isso, hoje esse desabafo,
De pai e mãe, porque segundo eles,
Ninguém mais me ama,
Tornaram o próprio amor genitor,
De acidente...
Mas, não deixam de ser genitores...
Em ódio entre si,
E me reverberam dizendo que ninguém me ama como vocês...
Mas, vocês mesmo não se amam.
Singular.
Que não me deixa
Desde o ventre de minha mãe
Que está em todos os momentos
Felizes ou tristes, sempre comigo
Muitas vezes nostálgico
Não é capaz de me acoimar
Não é capaz de fugir às dificuldades
Pode me fazer sorrir
Pode sentir minha dor
E chora em mim sempre que choro
Em particular é nossa conversa
Não nos cabe nenhum oculto
E quem de mim sabe tudo
E quando alguém disse: "Ser ou não ser"
Em si não estaria,
Diríamos nós "Somos ou não somos"
Pois não somos capazes da discórdia
Não sendo jamais um eu e você
Mas um eterno eu, comigo mesmo
Sendo meus todos os sorrisos
Assim como todas as lágrimas
Vivemos o tempo em todos os tempos
Presente, passado e futuro
Todos muitas vezes em um único iminente
Onde muitas vezes não é dor saber a verdade
Mas descobrir que estávamos vivendo uma mentira
E o que é mentira! se não a verdade mais sentida
Onde a pele sobre meu corpo
É o mapa de uma vida
Muito em singular vivida.
José Henrique
"...Andas em mim quando te percorro.
Para superar o instante, ir-me em ti além,
no ventre do tempo, me lavro em teu peito..."
Carlos Daniel Dojja
Fragmento Poema Semente Recolhida
A vida é uma guerra
Romance engole pressa
Sonhos mastigados pela história
De uma ventre seca e ansiosa
Alguém quebrou o vaso
Antes das rosas murcharem
O líquido das órbitas
Alimentam o amor
A vida é uma guerra
Insônia infantil
Bate-me na alma
Dos dedos depreende
Palavras da terra molhada
Palavras do conforto
Palavras de aceitação
Palavras que abraçam
Palavras que empurram
Palavras que não choram
Palavras que são falidas
Palavras de migalhas
A vida é uma guerra
Estamos num campo
De palavras minadas
A música explode
Rasga a esperança
Rompe os olhos
Mãe, mãe mãe
A vida é uma guerra
Mas eu sou a vitória
Eu sou triunfo
Eu sou a mãe no campo
da batalha
Sou a mãe no ringue do boxing
A vida é uma guerra
As rosas sangram-nos nas palavras
As espingardas de chocolates
As lasanhas envolta do meu ego
A vida é uma guerra
As folhas permanecem verde
Verde de uma esperança murcha
Verde que não cheira a vermelho.
Estou numa guerra com a vida
Experiências com as mãos desfeitas
Agarram os meus ombros
Recuso, recuso e recuso
Acreditar que o amor o fere
Recuso, recuso acreditar
Em tudo que não faz-me sorrir
A vida é uma guerra
De emoções, de medo
De deixar de amar
A vida é uma guerra
E eu sou a Glória
Filha de Vitória.
Predição
Fazer da
busca o
ideal
Rasgar o ventre de
todas as noites
para encontrar
aurora
O que não somos hoje
é o que há de nos
esmagar
amanhã
Somos seres verbais, criados pelo Verbo, mas do ventre ao pó buscamos por sensações que possam inutilizar (noss)as palavras.
TEU VENTRE
Teu ventre arde feito o sol do meio dia
Sobre as areias lisas
Sobre as matas densas
Sobre as aguas mansas
Sobre a solidão dos desejos
Teu ventre queima feito o gelo na pele
Teu fogo queima feito o olho da gente
Teu beijo é sol de fogo
E me consome impunemente
O mel doce azeda,quando ele desce no seu ventre se torna amargo como um fel,muitos querem viver só alegria,mas se esquece do porvir que poderá ser amargo.
ENTREMENTES
Entre
Ventre
Semente
Amamente
Amavelmente
Carente
Nem sente
Que é gente
Na mente
Inocente
Intransigente
Paciente
Não mente
Vida exigente
Dependente
Vivente
Comovente
Vertente
Exageradamente
Incondicionalmente
Só sente
Amar eternamente
Mulher "simplesmente"!
COLO UTERINO DAS LETRAS 🌻
A minha poesia nasce num sorriso
No colo uterino do meu ventre
Onde tento aliviar as dores
Através das palavras, letras sentidas
Das lágrimas que vou limpando
Nas folhas que vou escrevendo
De ti, de mim, de nós em sintonia
Harmonia entre as palavras mesmo
Sem rimar, numa vontade de escrever
Pétalas do tempo entre as folhas cansadas
Silêncio silencioso no desassossego nosso
Poesia nua que nos beija a alma ferozmente
Num afago vindo dos teus lábios em saudade
Nas sussurras palavras que escrevo em firmamento
E a minha alma escava as palavras nas fragas
Por entre o loureiro em flor, ouvia-se o uivo do lobo solitário
Pela serra de giestas que o vento balançava com carinho
Pois o meu coração sentia a solidão imposta pela lua
Que se avistava lá em cima no monte das saudades
Que sentia a minha alma onde escavava as palavras nas fragas
No colo uterino de sorrisos na sentida poesia
"[...] amizade é coisa rara. Não ocorre nem bem entre os que saíram do mesmo ventre. Como seria quando nem conhecer direito se conhecem?"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
Marcado
Vim ao mundo....
Marcado pelo amor.....
Carrego essa marca....
Desde ao ventre....
Em minha vida.....
Um caloroso carinho....
Vindo de meus pais...
Com calma na alma....
Vou bailando no repicar da viola....
Em quanto os dedos dedilham....
Acordes viajam ao além....
Minha alma flutua pelo ar....
Quando a música toca....
Coração bate forte até demais...
Faz ele mesmo próprio bailar...
Aqui dentro do meu peito...
E eu me embalo....
Tocando e ouvindo a canção....
Faço minha notas....
Vindo da minha imaginaçâo....
Faço um dedilho modesto...
Encho a alma de emoção....
Faço minha poesia.....
Em forma de gesto....
O trem fica tão bom...
Que ouço a maresia....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Como é que uma pessoa pode ser sábia se o seu ventre é o seu deus? Muitos, por estas festividades, não conseguem pensar em algo além de esportes, família, carros, passatempos, negócios ou prazer da gula. SÃO consumidores de inúmeras aulas de culinária em toda internet. Eles nunca alcançarão a sabedoria, pois estas coisas básicas deformam seus julgamentos e distraem suas atenções. Por isso, digo: um deus que ama demais os crentes hipócritas está incapaz de fazer justiça. Pais encantados com seus filhos sem caráter não poderão julgá-los corretamente. Homens obcecados em fazer dinheiro comprometerão seu são juízo. O amante dos prazeres fica confundido a respeito da vida e da razão de viver! Agora só me resta desejar um feliz Natal e próspero ano novo aos tolos, comam e bebam para aliviar a dor da falta da sabedoria. 'Deixar os sentimentos comandarem faz de você um otário, homem que sente muito é fraco."(Cifa
Do ventre
Perco-me dentro de mim
Não por ser labirinto
É que faz-se tanto aqui
Que não falo, não minto
Apenas sinto...