Poemas sobre o vento
Água Doce
A energia dos ventos
dos Campos de Palmas
me levam por um instante
a bravura da tua memória
inscrita no vale verdejante.
De Entradas e Bandeiras
e dos teus heróis anônimos
da Guerra do Contestado,
À Água doce eu devoto
mais de um poema apaixonado.
Do dia que se ergue
e da noite que se eleva
deste Meio Oeste a gentileza
da tua amável gente
o coração jamais se esquece.
Araranguá Poética
Ventos do Extremo Sul erguem
as areias, as conchas e as ondas,
poesia aberta pelas patas
das heróicas mulas dos tropeiros
ergueu-se e fez Balneário
Morro dos Conventos
por beleza, por agraciada natureza
por um povo cheio de grandeza
e foi escrita a Araranguá poética.
É no rio desaguando no oceano,
nas trilhas românticas
nas dunas bailarinas,
no penhasco poético,
nas falésias contemplativas,
no mágico Balneário Ilhas,
no farol do teu olhar me encontro
e na imensidão do mar
do teu amor eu me entrego.
Inscrição perpétua e sambaqui
trago em mim a vibração guarani,
xokleng me faço intrépida
e cerâmica poética do amor
eterno que passou e se perpetua
com a fé da tua gente originária
e com fé de quem veio de longe
e fez a primeira capelinha,
assim és a Araranguá infinita.
Pelas mãos indígenas, africanas,
europeias continentais e açorianas,
encantadoras prósperas e artesãs,
que enfrentaram o mar e por ti
se fizeram herança na lavoura,
na cultura na pesca
e na memória afetiva,
e por tudo isso e muito mais:
és a minha Araranguá poética.
Verei teu sorriso doce
como caldo de cana,
Os ventos do Oeste
me levarão para este
coração que me ama.
Serei a tua prenda
amada rodopiando
no Passo dos Tropeiros,
Bom Jesus, meu querido,
adoro o teu povo amigo!
Irei em dia de feijoada
encontrar contigo
e com os nossos amigos,
Temos orgulho da História
feita da glória do campo
que ergueu a cidade que amo.
Bom Jesus, minha cidade fiel,
foste rota de muitos fiéis
que rezavam e sonhavam
o melhor para o Brasil,
Hoje continua a luta na vida
e faz festa ao Padroeiro gentil.
Herdeiros do Contestado
não negamos o passado,
Por isso somos unidos
num só coração apaixonado,
E sob a bênção mística
do Monge João Maria.
Bom Jesus da minha alegria,
por você sempre cruzarei
mares, céus e estradas
em busca desta cidade
generosa cheia de energia.
Sob os toques dos ventos
do Hemisfério Sul
ondeiam os Jacarandás
que com suas flores
presenteiam os cabelos
e minhas mãos,
Podem falar que é
alucinação sentir
que ir ao teu encontro
não será preciso,
O teu coração sabe muito
bem que o teu lugar
é comigo e me encontrar é o destino.
Voando contra os ventos
fugindo do mau tempo,
não desisto de ser arauto
porque sei o quê procuro.
Onde tudo coopera para que
percamos a nossa essência,
a minh'alma de Jandaia
cultiva sempre o melhor
com toda a persistência.
Sementes de delicadezas
e castanhas das ideias
para serem abertas
por todos a qualquer hora.
Urge nos concentrar naquilo
que direto do pé frutifica
poesia para que a harmonia
se torne a inequívoca Soberania.
A percussão do sino
dos ventos de Ágata
ainda toca o coração,
O balanço do sino
lembra muitas vezes
a poesia existência
suspensa pelos fios
que nos sustentam,
nos unem, guiam
e fazem encontrar
a razão, o amor e o destino.
Se te quero ou não,
você não encontrará
a devida direção,
A Rosa dos Ventos
está na minha mão,
Tomei controle dos teus
pontos mais cardeais.
Com peônias nas duas
mãos deixo os ventos
me tirar parar dançar
e a organza do vestido
ondular sem receio,
Como quem faz um rito
cultivo você no íntimo
e do desejo não me asilo,
Na imaginação preparo
o caminho para ser a tua
amável Lua secreta Lua.
Pampas
As coxilhas balançando
com os ventos e as aves
cruzando os pampas
da nossa América do Sul.
Os meus afetos gaúchos
permanecem inabaláveis
porque nas minhas veias
correm o sangue do Sul.
A mente e o meu peito
para a poesia são o celeiro
perfeito para a inspiração.
O coração canta o Nativismo
profundo de quem reconhece
nos pampas o seu verdadeiro mundo.
Deixo-me levar para onde
os ventos do outono querem,
Onde as palavras que ferem
não consigam alcançar,
Quero ver a dança dos astros
nos campos de altitude da serra
de Santa Catarina e deixar fluir
só aquilo o quê alma embeleza.
Quero fazer um poético buquê
com Sempre-viva-de-mil-flores,
Meditar sobre o quê mantém
a chama do amor vivo
que nada mais é do que manter
discretos o inferno e o paraíso
para que ele dure até o infinito.
Continuar não tendo pressa
na busca para que seja lindo,
E manter o protagonismo intacto
de viver o romance que tenho
com dedicação e doçura escrito
para que se cumpra o destino.
seu fragmento de nome
falado e conduzido pelos ventos do nordeste
soa como uma doce melodia para meus ouvidos
é como se seu nome e tudo de maravilhoso relacionado a ele
fosse uma dose de dopamina
ja me sinto como se fosse dependente desse sorriso todos os dias
me sinto no topo do mundo por saber que uma das 7 maravilhas do mundo esta caminhado lado a lado comigo.
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04/11/2k20
C.G
Vale a pena,
Respirar suavemente,
Sem ofegantes pensamentos,
Sem antecipar os ventos,
Ao velejar no tempo.
Vale a pena,
Se traduzir pela brisa,
Ser parte da vida,
Sem espelho, sem desespero,
Apenas sorrisos, se deixar brilhar.
Ah, vale a pena!
De Deus ser amigo,
Ser chamado filho,
E pela fé surgindo
Pegadas no mar.
Sim, vale a pena!
Mais levado, mais menino,
Mar leve, vela sacudindo,
Se desprender e sonhar.
"No murmurar dos ventos ouvirei a tua poesia,
No longo abraço da saudade partirei ao teu encontro.
( Bruno de Paula )
O amor é um pretexto para a poesia, assim como o corpo que eu carrego, pretexto físico para o encontro da minha alma com a sua.
“” Fui à poesia
Dizer o que queria
Na pressa de desvendá-la
Encontrei-a escondida
Nem meias palavras
Apenas vultos
Do sutil encontro de versos
No papel, as letras ousavam.
Zombavam de seu insano algoz
Driblavam-me para escapar do intento
E lento, coloquei-me a soletrar.
Até que olhei ao lado
E vi a sombra de um poeta.
Que ria
Cada vez que eu corrigia
O texto.
Num pretexto
De algo bom compor
Madruguei
E acordei
Com a folha indo embora levada pelo vento...””
Silenciosamente
Silenciosamente a poesia se aproximou damenina
junto com o vento que teimava em desarrumar oslaçarotes de fitas
nas tranças de seuscabelos
O tempo passou, muitas vezesfêzque não a viu,
mas ela continuou
atirando- lheflores, sol e chuva,
sonhos e pesadelos
Quando o sorriso consegue abarcar
como o entardecer,
como poesia,
por do sol, irradia.
Difícil esquecer!
Da mesma forma as horas avançam:
movimentam-se lembranças
Voam livremente nas asas do vento
povoando pensamentos!
Sobrevoam horizontes
Ultrapassam montes
Visitando a lua
contemplando as estrelas
Tentando reviver, recordar.
Como é bom amar!
Um amor que ficou gravado em minha alma!
Feito, medida certa,
Amei-te assim,
por inteiro
Sem distinção, claridade, escuridão.
Fostes glória, tormento
Apoderando de meus sentimentos
Recompensa, cautério, mistério!
Rosely Meirelles
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