Vento
Quando eu era pequena
adorava passear de ônibus com meu pai
ele sempre ia a cidade
eu ficava observando da janela
as palmeiras plantadas no canteiro central da avenida
Como era linda aquela vista
Eu observava os letreiros das fachadas das lojas
e lia uma por uma na velocidade que o ônibus corria durante o trajeto
os meus olhos também eram ágeis como o vento
este era um dos meus favoritos passatempo
Olhava a natureza em volta em meio a tantas palavras
mesmo sem saber o que elas significavam
Quando se tem sete anos de idade e você aprende a ler
você quer mesmo é aprender
momentos crus
desejos profundos
em instantes sonsos
o algoz leviano
pura audácia,
no frio da sentimento divergente,
pensamentos insurgentes,
no desejo do teu corpo,
sua essência volúpia,
no de repente se tem tantas dimensões,
o inesperado se invade se delicia,
na canção da madrugada,
laços na imensidão...
veja tudo que teu corpo pode fazer
num sonho o desejo pragueja
em sussurros que tem a continuação
em tantos suspiros,
o melado se da com prazer,
sentimento escorre até imaginação
torna se parte do amanhecer...
sendo espaço em branco no canto da cama,
surge seu nome e muitas vezes o olhar...
se perde no desejo do seu corpo.
tenta improvisar com consolo
em aperitivo da noite tão esperada,
o vicio clama por mais...
a musica mistica abafa seus gemidos,
desvirtua seu status aproximando
mais e mais fotos e áudios o desespero...
mais um dia que aflora entre meio das pernas
a liberdade clama por mais uma viajem
e ressoa entre as paredes e chega ao fundo da minha alma.
A ausência de atitude
faz a eloquência
se perder no vazio,
assim como o vento
faz com as folhas secas.
Tempo ao Tempo.
A curva.
Não vá aonde o vento faz a curva.
Ele o levará de volta para onde você esteve.
O sol se põe no horizonte
E as cores do céu se misturam
O laranja, o rosa e o roxo
Se fundem em um espetáculo
As nuvens parecem pinturas
De um artista talentoso
Que escolheu as cores perfeitas
Para combinar com o pôr do sol
O vento sopra suavemente
E as folhas das árvores dançam
A natureza parece cantar
Uma canção de paz e tranquilidade
E eu fico aqui parado
Observando a beleza da vida
Agradecido por estar vivo
E por poder testemunhar esse momento
O sol se foi e a noite chegou
Mas a beleza do pôr do sol
Ficará para sempre em minha mente
Como uma lembrança inesquecível
Das ondas eternas da profunda lagoa, sopra incessante o vento matreiro. Amigo de sempre, não falha e não tarda...no meio da tarde já chega ligeiro. Parece que sabe, meu desejo escondido, e nas voltas que dá, aconchega em meu peito, junto às batidas do meu coração. Se amo esse vento, só eu sei o quanto, pois se estou longe dele, a saudade lança seus doídos dardos contra meus sentimentos...a impressão que tenho é de que o mundo parou, nada mais se moveu, desde que ele, de mim se ausentou. Mas eis que já chega, calmo ou trigueiro, levantando areia e folhas, como é hábito do vento...
Você não conseguiu ainda tecnologia para estocar vento. Então, se a contribuição dos outros países, vamos supor que seja desenvolver uma tecnologia que seja capaz de na eólica estocar, ter uma forma de você estocar, porque o vento ele é diferente em horas do dia. Então, vamos supor que vente mais à noite, como eu faria para estocar isso?
Há algo além dessa tarde?
o vento derrubou o retrato
e desconstruiu a imagem que tanto criei,
em mar de silêncio, mergulhei.
um sorriso que vem de dentro do coração, significa muito mais do que palavras jogadas aos ventos, um olhar que reflita o seu interior é mais importante do que as palavras enroladas com medo de dizer o que um olhar já falou...
Eu sou o vento que antecede a tempestade.
Também sou a brisa que soa do mar.
Eu sou o próprio mar.
Que impulsiona o acaso,
Que direciona o veleiro,
Que alimenta os necessitados
E vê a areia como afago.
Dias pesados
Noites de tormenta
Sorriso forçado
Sou levada pelo tempo.
Onde me perdi?
A areia que pesa meus passos
não é a mesma que massageava os meus pés.
O vento que embaraça meus cabelos
não é o mesmo que acariciava a minha pele.
Não vejo nada!
Tudo é vazio e deserto.
Senhor, onde foi que me perdi?
Nossos ancestrais conheciam a sabedoria e a verdade que se expressam nas forças da Natureza.
Sabiam que:
O fluxo das marés nos revela que tudo na existência é cíclico, por isso, as nossas emoções vêm e vão, temos altos e baixos. Tudo o que um dia veio, um dia partirá!
O sol nos mostra que a nossa vida está ligada à força da luz e tudo é energia!
O vento nos recorda da leveza que nos habita e de nosso anseio por voar!
O céu que nos abriga, sob o qual tantas eras, acontecimentos, seres e povos passaram, nos remete que, diante de sua imensidão e grandeza, somos pequenos e precisamos conservar a humildade, pois a nossa existência, na face da Terra, é passageira e finita!
As estrelas sinalizam, com o seu brilho e numerosidade, que existe muita vida e muitos mistérios que não compreendemos e alcançamos!
Naquela noite ela não passou correndo pela passarela como sempre fazia, ao invés disso parou e pousou as mãos no guarda-corpo e olhou os carros que passavam por baixo e em alta velocidade enquanto o vento gelado chicoteava sua face.
Pela primeira vez ela entendeu o porquê não gostava de alturas. Não era medo de cair, era vontade. O tremor que sempre percorria seu corpo e as mãos suando frio, eram na verdade o resultado da briga interna de pular ou não.
Um “E se…” ecoava dentro de sua cabeça. Já era tarde e não havia quase ninguém por ali, não haveria quem tentasse fazer algo. Uma leve inclinada para frente, apenas para olhar melhor a distância que lhe separava do chão.
Tão súbito quanto havia sido sua parada, ela se foi. Soltou as mãos do guarda-corpo e retomou o caminho que a levaria até o ônibus que precisa tomar para casa. Cair era realmente tentador, mas não dessa vez
Queria
O Sol que raia pela manhã faz um lindo espetaculo sobre a sua pele;
Enaltece sua formosura e desperta sua doçura.
Ha filha da lua como eu quisera ser tua moradia,
para que seu primeiro suspiro do dia se torne minha melódia.
Quisera eu ser o vento para beijar tua face
Quisera eu deleitar nos encantos da sua sedução.
Ai como queria ser a chuva para acariciar tão formosura.
Quisera eu abraçar te como a noite.
Dividir um café e depois um cafuné;
Pois sou apesnas um poeta desconhecido onde só me resta a escrita.