Valsa
Não Somos Guerreiras…
Não Nos Deram Bonecas, Nem Uma Valsa Pra Ensaiar e Debitar…
Não Somos Princesas e Temos as Mãos Calejas…
Não Nos Abrem a Porta e Tão Pouco Abrem Passagem.
Não Temos os Traços Almejados Por Aqueles Que Procuram Suas Musas Para Belos Cortejos.
Não Estamos Agitas, Estamos Cansadas, Exaustas e Fadigas Dessa Vida Pesada e Muitas das Vezes Amargas.
Não Somos Guerreiras, Nos Deram Uma Guerra e Criamos Nossas Próprias Armas Para Sobreviver em Meio ao Caos Destas Infinitas Batalhas.
Batalhas Contra a Sociedade Hipocrita, Contra Tantos Dogmas. que Apenas Nos Usam Em Exceção Em Regras Impostas, Para Justificar Friezas, Ausências, Fardos Visíveis e Invisíveis em Nós Despejados.
Não Somos Pães, Somos Mulheres Sufocadas na Pressão de Ser Pai, Chefe de Família, o Braço de Ferro, a Mãe Que se Sacrifica e A Mulher Totalmente Esquecida Por Trás de Tantas Lutas Diárias Vencidas.
Somos as Que Todos Tem. Tem Como Escudo, Ombro Amigo, Representatividade de Força e Coragem, o “Exemplo” de Resiliência e “Superação “!
Mas é Quando Estamos a Sós, Apenas Com “Nós Mesmas”, Que. Pergunta Embarga e Engasga Nossa Nossa Voz: E Quem Afinal Você Tem? Quem Você é!
Sonhos?
São Como Tocar em Um Ferro Quente e Não Tocar Mais.
Portanto, Quando Nos Ver Por Aí Sorrindo, Não Julgue, Não Nos Rotule, Não Nos Despreze e Nem Tente Brincar Conosco. Esse Sorriso é Só Uma de Tantas Batalhas Diárias Vividas e Sobre-Vidas Vencidas!
Sobre Ser Anjo… Os Filhos Tem o Melhor Anjo da Guarda em Terra: Mãe!
A Roseira Hereditária
Assentado
Assuntano
Na pedra
De assuntá
No
Vai-da-valsa
Desse mundão
Sem portera
Matutano
Sobre tudo
Quanto há
Tenta
Tomá tento
Natureza fala
Dá recado
Não
Se sabe
Se de Deus
Ou
Do Diabo
No patamar
O
Capital
Não aceita desaforo
Estúpida e inválida
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Verde água
Ver de verso
Valsa solta
Solta a proa
Pare e pense
Se puderes, sinta
O frescor fumegante
Dessas falsas foligens
SOU
Sou uma estrela brilhante dançando
Uma valsa nos belos raios do sol
Como cigarras vou cantando
Entre os canteiros de girassol
Sou borboleta a voar no universo
Sou mel, sou rima, poesia sou verso*
Neste meu paraíso escondido
Baila no ar minha imaginação
Dentro de mim um amor contido
Guardado em meu coração *
Sou lágrimas e sou sorriso
No meu paraíso escondido
Sou abelha, sou beija-flor
Sou paixão, sou rima de amor *
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados sob a Lei -9.610/98
'A VALSA DA MINHA VIDA'
Me lembro
Daquela noite
Quando me chamaste
Para dançar...
Eu não sabia dançar,
Mas eu queria me sentir em seu braços e meu corpo colado ao seu ,
Com alegria me levantei para contigo
dançar,
Pela música absorvida
Aquela dança foi a valsa da minha vida !
Sentindo teu cheiro gostoso que entranhava em minh'alma
Enquanto tu me levavas
A bailar
pelo salão afora,
Parece até que está acontecendo agora !
A noite que que contigo dancei,
Ainda que quisesse,
Eu jamais me esquecerei !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
"Em cada oportunidade que a vida te convida pra dançar a valsa do desânimo, o cansaço e o desistir, mas você encontra forças para ouvir os símbolos de sua orquestra interior e torna a se esforçar e resistir, não se resignando exceto pelo embalar de seus próprios passos rumo ao destino sonhado, planejado e posto em execução.
Esse é o instante em que nos damos conta da magia que há por trás daquela que é a maior sinfonia jamais escrita pela criatividade humana, a epopeia da sua própria história."
De uma maneira inexplicável , dois universos opostos entraram juntos numa valsa do tempo, ele um pouco inseguro e reservado, ela admirável e intrigante, cada um com seus próprios mundos entretanto, curiosamente, ambos ficaram sincronizados semelhante a uma linda melodia envolvente, oriunda de um amor sincero partilhado, então, é evidente que suas existências não serão como antes dali pra frente.
Quando estou a olhar para telas por exemplo, o relógio parece marcar seus ponteiros calmamente.
Mas quando estou frente ao prisma dos teus olhos, não vejo o tempo, mas sem espera ele caminha rapidamente.
Por através deles eu pude ver nossas almas em uma valsa suave, juntas, a dançar perenemente.
"Seus olhos transbordam em lágrimas enquanto o seu sorriso surfa por entre as ondas das lágrimas que escorre em sua face....
Lágrimas nem sempre é sinônimo de tristeza,
Às vezes é só para agradecer a Deus as bençãos de cada dia ....
Enquanto seu sorriso surfa nas ondas do mar de lágrimas da felicidade ,
Dentro de você seu coração ao pulsar , dança descalço uma valsa de mãos dadas com a lua."
“Uma gota d’agua bailando
Em uma relva esquecida
Lembra o universo, indagando
Sobre a origem da vida.”
Eu me lembro daquela noite
Aquela noite, tão triste noite
Vi-a dançando em outros braços,
Seus olhos tão puros,
Inseguros, obscuros.
Você tão falsa
Dançava aquela valsa com outro, não eu.
Prometeu amor por mim,
Inocente, acreditei.
Sempre foi assim.
Quem dera fosse eu ali na dança.
Quem dera o motivo desse sorriso fosse eu.
Quem dera que sinta essa dor
Que você causou, e o motivo foi o amor.
Naquela valsa, tão profunda,
Eu mudo, calado
Sozinho, em prantos
No canto do salão.
Em pedaços estava o meu coração.
Em seu vestido carmim,
Tão serena e plena,
Flutuavas como uma pluma,
Não tinha pena de mim?
Quem dera fosse eu ali na dança.
Quem dera o motivo desse sorriso fosse eu.
Quem dera que sinta essa dor
Que você causou, e o motivo foi o amor.
Embalo teu encanto
em movimento suaves
Canto tua melodia
em perfeita sinfonia
Aprendo tua letra com
emoção no olhar
Suavizo meu mover
com os passos teus
E no embalo de nós
damos ritmo à vida
Em par perfeito coreografamos
nossos caminhos
Não há pausa
apenas o olhar que tudo
diz no murmurar dos lábios
Entre um beijo e outro
vibramos abraçados no ritmar
da canção da vida
E na eterna valsa
até a lua se emociona
as estrelas brilham radiantes à
testemunhar eu e você
30/08/15
Ritmando
Samba é pro pé e no apito,
Rock é pro grito
Jazz é pra quem tem vivalma
Tango cai n’alma
Valsa é pra mulher linda
Samba-canção é pra amar a bem-vinda
Moda de viola é pra sertanejo
Marcha fúnebre é pra cortejo
Choro é um pouco de tristeza
Mas, viva o maluco beleza
Funk se dança no palanque
Bossa nova Tom ensinou pra ianque
Vanerão e pra gaúcho campestre
Baião quem inventou foi um mestre
Xote se dança e canta no nordeste
Frevo é de Olinda inconteste
Forró tem que dançar agarradinho
Gafieira se mistura samba e chorinho
Lambada é carimbó do Pará
Axé na Bahia nunca faltará
Calango é quando se faz quadras de improviso
Cateretê se bate palma e sapateia no contra piso
Maxixe se assemelha à polca tcheca, mas, não tal e qual
Pagode tem origem paulistana, no fundo do quintal
Xaxado sapateia o direito e desliza o esquerdo, ao som da zabumba
Dançar e cantar tudo isso é uma kizumba
Voltei, dona.
Voltei, eterna senhora.
Perdoe a longínqua espera
Perdoe a longínqua demora
Jamais deveria ter partido dos seus braços
Sois a unica musa que se prestaria a me amar
Mas mentiria acaso dissesse à ti
Que foi por querer o meu voltar
Desci de meu castelo, de sua eterna companhia
Recorri à realeza de uma nobre bailarina
Pobre de mim por acreditar
Pobre poeta, iludir-se a sonhar
Sois a unica que se deita em meu leito
E não me incomoda olhar teu olhar ao despertar
Sois a unica que me conforta
Sois vós quem irá me matar
Solidão, perdão.
Volto à ti
Eterna companhia da minha valsa
Que outrém jamais saberá dançar.
O POETA E O VERBO AMAR...
O amor que a poesia ilustra
O poeta é o figurante do verbo amar
Um dia foi bater à porta do céu
Conversar com Criador
Por favor, Senhor
Tire a venda dos olhos de gente feia
Com aparência de bonita
Abra a porta da felicidade, retirando as lágrimas dos olhos de quem grita
São pequenos sussurros que ecoam do outro lado do mundo
Sente a palidez dos rostos desfigurados
Seria este o amor que o poeta escreve?
Ou a perda de um amado
Fugitivo que se esconde num recanto feito um pássaro alado...
O poeta vislumbra o belo
O amado, o esfomeado, o desesperado, o alucinado...
Sem esquecer que há o luar, sem amar
Há vida, sem sentido
Há repouso, sem sono
Uma lição que vem dos firmamentos...
Em forma de bênção ou de assossego...
O poeta conjuga o verbo amar
Em que ama o abstrato
Sem toques e mágicas
Vem d’alma este Amor
Nas entrelinhas que escreve.
Sente que há amor em cada linha escrita
Um amor perfumado
Que exala entre seus dedos e da própria vida
Este é dom mais sublime que há
Amar, amando o Amor que há de ser eterno...
Nas linhas que o lápis dança a valsa do escritor...
Conjuntado o verbo em busca do Amor...
Todos sobrevivemos a uma sociedade narcisista e mantemos o status quo dela sem parar de dançar a valsa da sua fantasia.
Na altura dos olhos,
muito mais altas
do que os sonhos,
as nossas mãos
começaram serenas
a se enamorar no ritmo
da Valsa de Mão Trocada,
Que num estalo fez
de mim por ti gamada.
Os gaúchos e as prendas
a rodopiar começaram
no salão a se alternar,
Não quis fazer nenhum
esforço para disfarçar.
A poesia romântica
do seu perfume a partir
deste dia nunca mais
eu consegui olvidar:
Você não vai se segurar.