Uma Amiga com Depressão
O iate da felicidade
Vamos imaginar que, antes da depressão, a felicidade da nossa vida era proveniente de um IATE maravilhoso. Um barco que nos permitiu vivenciar acontecimentos maravilhosos, como se para nós esse Iate fosse a fonte de todo o entusiasmo. Por acharmos que a felicidade estava em tudo o que esse iate nos proporcionava a dedicação da nossa vida passou a estar direccionada para esse pequeno grande “criador de sonhos”.
Até que um dia, a natureza se enfureceu e um grande temporal ameaçou esse iate. Como atribuíamos o nosso valor, entusiasmo, felicidade a esse iate achámos que perder o iate seria perder a vida, o sol interior. E em vez de nos tentarmos salvar, lançando o salva-vidas e libertarmo-nos o mais rapidamente possível do que poderia ser fatal para a nossa vida, agarramo-nos descontroladamente a memórias do passado vividas nesse mesmo Iate, e ao sentimento de apego a algo material (pessoas ou vivências) como se fosse a nossa alma.
E claro, enquanto estivermos agarrados ao Iate em afundamento iremos afundar-nos com ele…até ao dia que decidirmos libertar o Iate. Assim que largamos o iate, começamos a emergir das profundezas desse afundamento. Nesse dia vamos entender que nada exterior a nós terá qualquer poder de nos afundar se nós tivermos a sabedoria do desapêgo, da libertação do que já não nos serve de alimento à alma…e assim confiar no processo da vida….se a vida tira algo que gostamos, ou nos dá algo que não gostamos, alguma aprendizagem ou sentido importante ela quererá nos transmitir.
Nunca nos devemos esquecer que quanto mais rígidos formos mais forte sentimos as pancadas da vida, se formos flexiveis como a água tudo passará por nós e ficará apenas a sabedoria.
Por vezes não é fácil perceber o sentido das coisas que nos acontecem, nessas alturas temos de confiar na vida e acreditar que ela é sábia e que ela não nos dá o que queremos mas sim o que precisameos para nos tornarmos seres mais puros, genuinos e para aprendermos a buscar dentro de nós a nossa verdadeira essência divina.
A diferença entre o sábio e o coitadinho é que o sábio usa tudo na vida para se fortalecer e para dar um novo sentido à vida…enquanto que o coitadinho passa o tempo a culpar por tudo o que lhe acontece na vida.
Desculpem a minha ira, meu egoísmo, minha revolta e minha depressão. Eu gostaria de levar uma vida feliz como todos levam. Eu gostaria de ser normal. De ser otimista. Mas dizem que querer não é poder. Eu tento. Juro que tento. Pois eu sei que apenas atrapalho os outros sendo o que eu sou. Então eu tento ser melhor. Mas tento pelos outros, e não por mim. Porque se depender de mim, eu não vou até o fim, como Gessinger iria.
A pior coisa é vc entrar no face e ver logo di cara aquele post de depressao pq nao consegue encontrar o amor certo a vai si fude hahaha
"A depressão não advém de fraqueza como alguns costumam ver, mas sim, em você se expor em demasia a uma condição extrema e adversa,seja esta física ou psicológica, por um tempo longo demais".
Depressão
Certa vez, sonhei que o mundo chegava ao fim. A terra não produzia nem mesmo água. A comida era raízes secas e ás vezes um lagarto que se encontrava escondido entre as rochas. Um animal sobrevivente como nós, talvez apenas para servir de alimento, mas, cada dia era mais raro encontrar um. O povo andava de um lado para outro sem rumo, sem ânimo, sem opções. O nosso grupo era grande, éramos todos da mesma família. Meu pai era o chefe de todos nós e não desistia como muitos chefes de outros grupos que se davam por perdidos, se entregando à depressão, e logo morriam da praga que dominava a alma até devorar todo o corpo, caindo em um canto no chão ficando ali até a morte. Os mais velhos do nosso grupo também começaram a ficar doentes. As crianças buscavam esperança no sorriso meio apagado de meu pai que pedia para não perdemos a esperança. Apareceu ali uma tropa de homens, mulheres e crianças pedindo água.
— Estamos a caminho da terra prometida. Não sabemos quanto tempo ainda devemos cavalgar, e não temos mais água. — disse o chefe do grupo.
Meu pai respondeu:
— Temos pouca água. O poço está quase seco e temos muitos velhos, doentes e crianças.
— Porque não pegamos toda água que você tem e vamos todos para a terra prometida? — falou o chefe do grupo. Meu pai olhou em volta vendo todos do grupo montados a cavalo, me disse:
— Temos poucos animais, não dá para todos.
— Vamos a pé — falei para o meu pai. — Coloca os velhos, os doentes e as mulheres com filhos pequenos nas carroças e o resto seguem a pé.
— Não sabemos quanto tempo ainda resta de caminhada. — falou novamente o chefe do grupo. — Com certeza a pé não chegarão nem à metade do caminho.
— Temos que tentar — respondi muito confiante. — Se lá é um lugar para todos, devemos tentar nem que demore uma eternidade. — Não haverá comida e nem água o suficiente para todos, se demorarmos pelo caminho — falou o chefe. — Devemos cavalgar dia e noite para poupar o que temos.
— Não importa — respondi. — Chegaremos depois de vocês, é só nos dizer o caminho.
Meu pai olhou-me profundamente aos olhos, e falou depois de uma leve pausa.
— Vamos conseguir. Acredito que sim!
Enquanto os doentes eram levados para as carroças, a água restante era tirada do poço enchendo os barris. Penduramos candorras com água nos ombros e partimos atrás das tropas. Aos poucos as pernas foram se cansando e logo perdemos todos de vista, nos restando apenas a indicação do chefe, pois não estávamos nem na metade do caminho. Os pés sangravam deixando junto com os rastros gotas de sangue, mas não desistimos até chegarmos a uma encruzilhada de três partes. Numa havia um portal, na outra não havia rastro dos animais, indicando que haviam seguido por ali, e á frente não teríamos como subir por um grande barranco. Olhei para trás e nada vi que pudesse indicar o caminho certo. Estávamos perdidos! As palavras do chefe voltaram à minha mente “Um portal azul”. Olhei para o que estava ali, era vermelho-escuro como sangue pisado. Achei que o chefe havia confundindo a cor e entramos por ele. Um homem de preto nos recebeu na entrada e pediu que seguíssemos. Enquanto, caminhávamos naquele lugar como se fosse outro mundo, pior que aquele que vivíamos, vi várias pessoas acorrentadas trabalhando como escravos. Pensei em perguntar alguma coisa ao homem, mas ele estava distante já entrando em um galpão, onde entramos também por ele e ficamos ali aguardando como pediu o homem. Ouvi barulhos nas paredes, bem abaixo, quase ao chão, e gavetas se abriram acorrentando todos. Saltei, quando se aproximou de mim e consegui me libertar. Vi todos serem arrastados como animais para outro lugar e obrigados a trabalharem na fundição de ferro debaixo de chicotadas. Corri para fora do galpão até o portal, mas não tive coragem de sair por ele, então voltei, não podia deixar meus companheiros e companheiras naquela situação de escravos. Procurei soltá-los das correntes, foi em vão. Procurei por chaves que pudessem liberta-los, não encontrei. O homem havia desaparecido e por mais que eu procurasse não o encontrava. Vi minha sombra, que parecia dar gargalhadas pelo meu desespero. Levei minhas mãos na garganta com a decisão de tirar a minha própria vida, e, vi minha sobra afastar-se de mim ainda dando gargalhadas de minha aflição. Ouvi gritos de pavor e quase em desmaio consegui correr. Vi minha sombra aproximar-se novamente de mim. Sem pensar saltei agarrando-lhe pelo pescoço e o homem nela apareceu. Era minha alma que naquele momento estava presa em minhas mãos e lutamos por horas pela sobrevivência, até que consegui acertá-la com um golpe jogando-a morta ao chão. Todos foram libertados das correntes e correram em direção ao portal enquanto eu olhava o homem morto no chão. Minha mente dizia ser eu assassina, mas não senti remorso. Olhei para fora não ouvindo mais ninguém e vi o portal azul. Lentamente aproximei-me e entrei por ele, vendo ali meu pai, minha mãe e meus irmãos, mas não consegui aproximar-se deles. Naquele instante fui condenada, jogada em uma cela, prisioneira do crime que cometi. Por vários anos paguei pelo meu crime. Matei minha própria alma que se perdeu na tristeza, angustia e sofrimento do meu próprio corpo.
Que Alívio! Acordei! Era apenas um sonho. E lutei contra meu próprio corpo que não desejava nada a não ser a morte. Venci a “Depressão".
Viver na solidão é andar constantemente na linha tênue entre a depressão e a mais completa sobriedade. Ambas capazes de levar o mais são dos homens, à mais doentia das insanidades.
A depressão ataca a gente porque não nos sentimos amados, não nos sentimos queridos e é negado a nós todos os créditos daquilo de bom que pensamos ter feito. Sempre tem alguém que leva todos os méritos por aquilo que fazemos porque nos sentimos fracos e muitas vezes duvidamos de nossa capacidade de realização.
23/04/11
A vida é uma desgraça total, você perde amigos, pessoas que você ama e cai em depressão.
Mas podemos tentar arrumar tudo com 2 simples passos: pedir desculpas e mudar.
sinto o álcool destruir meu estômago
Junto com toda dor que o estresse me causa a depressão que me causa insônia .
E depois de ingerir grandes contidades de álcool me sinto um lixo e quero ficar o dia todo na cama, perco o emprego a diguinidade e o respeito ,minha indentidade, estou perdido nesse ciclo,de angústia e tristeza, não sei o que fazer só sei que preciso de ajuda.
PauloRockCesar
Os sonhos sumiram dos nossos horizontes, vivenciamos angústia, depressão, morbidez, pânico, falta de empatia. O que nos levou a isso? Excesso de tecnologia e pouco de vivência humana. A humanidade se perdeu...Onde estarão nossos sonhos?