Uma Amiga com Depressão
Mateus 6:34. 34 Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal. "Plagiando, cada dia tem suas próprias ocupações! Se reocupar (depressão) e se preocupar (ansiedade) são trastorno psico que reverbera no somático. Portanto , o antídoto (a cura) é somente se ocupar! Tomar posse do presente e se fazer presente! Hoje é o melhor dia da sua vida! Pois, ontem era hoje, e o amanhã quando chegar/existir também será hoje! Por isso é um presente!"
Sou um peregrino que caminha sob os céus infinitos, trazendo em uma mão uma mala repleta de esperança — uma esperança que transcende o tempo e os limites da compreensão humana. Nessa mala repousa um livro que carrega os ecos de um mistério insondável: nele, a morte foi vencida, a dor foi curada, as lágrimas foram colhidas e transformadas em rios de alívio, e o sorriso se fez permanente, como a luz que desponta no horizonte após uma longa noite. Essa mala guarda a certeza de uma vida eterna, uma existência que não conhece o fim, onde cada instante é plenitude e renovação.
Na outra mão, contudo, carrego um fardo bem distinto: uma mala vazia, mas de um peso avassalador. É o vazio que se instalou em meu peito, um abismo que, por mais que eu tente, jamais consigo preencher. Lutei contra ele com todas as armas que a vida me ofereceu. Experimentei saciar esse vazio com conquistas que poucos têm o privilégio de alcançar, mas cada vitória foi como vento em deserto: passageira, incapaz de preencher o nada. Dediquei-me a ações altruístas, ofereci meu tempo e meu ser ao bem dos outros, e, por breves instantes, o vazio parecia adormecer. Mas logo ele acordava, como uma sombra inseparável.
Busquei refúgio nos amores e paixões, entreguei meu coração a outros corações, tentando, entre abraços e promessas, dissipar o que me consumia. Mas, ao fim, o vazio permanecia lá, imóvel, inabalável, como se fosse parte intrínseca de quem sou. Preciso confessar: essa mala vazia é infinitamente mais pesada do que a outra, a da vida nova e cheia de esperança.
Já tentei me desfazer dela, abandoná-la em alguma curva do caminho, mas ela está acorrentada à minha alma, como se fosse uma extensão do meu próprio ser. E, assim, sigo minha peregrinação. Não sei ao certo se caminho em busca da liberdade ou do alívio, mas sei que, em algum ponto dessa jornada, finalmente chegarei ao destino onde poderei abrir a mala cheia de vida — e, com isso, talvez, romper as correntes que me prendem ao vazio da vazia mala. É essa esperança, e somente ela, que faz meus passos persistirem.
Ter maior consciência dos problemas pode ser uma maneira de gerar indiretamente um subproduto milagroso: a felicidade. (...) Porque a felicidade, como a depressão, é um ciclo de retroalimentação.
Foi a culpa, ela a consumia como um câncer. Ele foi ficando menor e menor até finalmente se enforcar