Um Poema para as Maes Drummond
Os ramos do Madroño
são misturados nas festividades
aos incensos dos altares
pela liturgia em todos os lugares.
A fertilidade, a abundância
e a sabedoria são representadas
por este abrigo que conta sobre
até das resistências não contadas.
Sob uma Madroño na Nicarágua
hei de te encontrar pleno de amor
e de primavera que não passa.
Mesmo que você não tenha
ainda próximo de mim chegado,
sei que tenho o teu peito apaixonado.
Bambaquerê para lá
e para cá no ritmo
desta Chimarrita
o seu coração dará,
E toda a poesia
no meu sorriso
você vai reparar.
Quero você no meu
Bambaquerê,
Nesta Ribada
a gente vai festejar,
Porque no final
será só eu e você,
A gente vai se ter
e não vamos nos perder.
Neste Quero-mana
a alma vai
neste Bambaquerê
mesmo sem
entrar na dança
por nunca parar
de pensar em você.
Ali bem no Centro da Cidade
de Rodeio que fica
no Médio Vale do Itajaí,
Onde a chuva caí
sobre o Flamboyant poético
que protege o Presépio
na subida do Noviciado Franciscano
e da Igreja Matriz São Francisco,
Coloco os meus pensamentos
e as minhas orações pelo destino
do mundo nas mãos de Deus,
Porque eu sou a paz que você
merece sempre encontrar
no aconchego do meu peito
para de tudo sempre se poupar,
E tu és a pessoa que nunca
permitirá que em guerra nenhuma
nesta vida eu venha entrar,
Porque no fundo de ti cada espaço
tenho o meu belo e cativo lugar.
(Imensidão romântica nascida
nossa para sempre amar e festejar).
Flores de Sacuanjoche
enfeitam as celebrações
das uniões amorosas
e os cabelos encantam.
Lindas flores de Mayo
nos cabelos na Nicarágua
os teus olhos hão ver
e o seu coração derreter.
No fundo tu guarda
por um amor romântico
de Canek por Sak-Nicté.
Não há mais como esconder
que eu também não:
somos o amor e a paixão.
Olhei nos seus olhos
e acreditei que eram
o verdadeiro céu,
Neles encontrei
o meu mais fatal engano,
Não te amar não
estava no meu plano.
O céu de hoje confunde
se faz chuva ou sol
do mesmo jeito que teus olhos
me enganaram o tempo todo.
De tudo canto a expressiva
vitória de não de ter
permitido que eu odiasse
a minha própria existência.
(Decidi que daqui para frente
além de me avisar, eu vou me ouvir).
Sem compromisso
com a coerência
falar do normal e daquilo
que é anormal
é falar com o privilégio
de não tirar nada do lugar,
e se preciso for todos
os alicerces vir a abalar.
É seguir apesar de tudo
sendo poesia na vida
não é para todo mundo.
Ouvir através de um
era melhor não ter nascido
ou até ter sido objeto
de mercadoria ainda
persiste em pleno século.
(Quantos desertos
todos nós caminhamos).
Dizem para alguns
na infância mesmo
sendo saudáveis
que jamais chegarão
aos vinte anos de vida.
Na juventude condenam
a morte psíquica
dizendo que todos
vão morrer cedo,
e se o jovem não tem
ninguém por perto acredita,
se entrega e morre mesmo.
Na maturidade matam
pelo exílio sutil
dos afetos e do convívio,
e isso incluí até
não aplaudir o seu crescimento:
para que você pare e morra
ali se sentindo indigente
da falta da atenção
por parte de uma gente
que só se lembra o quanto
você é bom somente
enquanto está servindo.
O Maquilíshuat sob
a luz Lua além da data
festiva de San Antonio Abad
abriga cada nossa alegria.
Nossos bailes de máscaras
e tantas outras festas sob
o Maquilíshuat me pertencem
e de mim nunca mais saem.
E quando por dentro florescer
parecendo igual um irá me ver
e facilmente doce irá se abrigar.
Falta pouco para se arrumar
por dentro e vir morar em mim
com todo o amoroso sentimento.
Barriga Verde
nome dado
da herança heróica
dos fuzileiros
do Brigadeiro Silva Pais,
Valentia recordada é poesia
que não se cansa jamais.
É Bate-Caixa,
meu bem,
É Jongo,
meu amor,
Do jeito que toco,
te encanto,
pouco a pouco
vai cair na minha
com o coração louco.
Não é tempo de Maquilíshuat
sob a Lua para chamar você
de Tlasotlali que é amor
em Náhuatl nesta El Salvador.
O Maquilíshuat que floresceu antes
assim como o quê sinto mesmo
sem saber se virá e quem você é,
percebo ser a sua cachiporrista.
De todas a bailadora favorita
que têm nas mãos a sua mente
e o seu coração ao som da bandinha.
Aquela que faz pensar no essencial
porque é destinada ao fundamental,
e que não há no mundo outra igual.
Quando se tem a dádiva do amor
há razões redobradas para venerar
cultivando sabores de El Salvador
na mesa como da flor de Izote.
Razões para enfeitar os cabelos
e para se cuidar com esta
flor preciosa de nome em Náhuatl,
seguindo com passos de poeta.
Com todo o amor a nossa parte
tem que ser feita assim como
o Izote amável floresce o poema.
É com a Flor de Izote nas mãos
celebro e guardo a sua existência,
porque amar já é plena residência.
Ser tão preciosa quanto
a Saqi Ixq dos rituais
mayas no seu coração:
ser o seu amor demais.
Por total e divina ambição
ser ela mesma a sua
Monja Blanca em floração
na bela e plena Guatemala.
Deixar que eu seja toda
a sua vida e em mim
estabeleça a sua Pátria.
Em nós há encontro
de águas e reconheço:
o meu peito pelo teu dispara.
Versos vazios, palavras soltas,
Sem alma, sem coração, sem causas.
Escritos por hábito, pela costume,
Sem paixão, sem fogo, sem destinatário.
Nenhuma gota de amor, nenhuma lágrima,
Apenas letras, apenas rimas.
Sem significado, sem propósito,
Apenas palavras, apenas verso.
Eles não tocam o coração,
Não acordam sentimentos, não despertam.
São apenas sons, apenas ruídos,
Sem vida, sem amor, sem sentido.
Mas ainda assim, são escritos,
Porque é um hábito, porque é um vício.
Sem amor, sem paixão, sem alma,
Apenas palavras, apenas poemas.
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