Um Poema para as Maes Drummond
O tempo ancestral
de Arabu na mesa
não volta mais,
O tempo de hoje
pede preservação
para não ficar para trás,
As novas gerações
precisam crescer em paz.
Inti enviou a Terra a Cantuta
em amor aos Incas,
Em noite estrelas e de Lua
ainda quero tocar o Céu contigo.
Sonho em Machu Picchu na rota
do nosso destino pelo Perú
ser a batida do coração revelada
e desta Pátria Grande a alvíssara.
Não há um dia que no seu peito
não tenha crescido todos os dias,
nascemos para ser o casal perfeito.
Com os olhos fechados sinto
que está acontecendo tudo isso,
e que entre nós há de vir muito mais.
A minha poesia
não está a venda,
É Atapu na mão
de Jangadeiro
para chamar só
quem leia e entenda,
Para quem sabe
virar poeta ou poema.
Feita toda de Ataré,
de Pimenta Malagueta,
É o quê serei quando
colar em você,
Não é papo ou promessa,
será bem do meu jeito,
não se esqueça
porque está escrito
em cada estrela.
Na Atô do destino
sou a oração
do Malê encarnada
para que nada
desapareça com a memória
ancestral que por
alguns continua injustiçada.
O desejo entre nós
só tende aumentar,
A atração entre duas
pessoas inteligentes
nunca irá acabar,
Um tem a chave
do interior segundo
a sabedoria do amor.
Na mente salpicou
mais uma das inúmeras
fantasias que nutro
sobre nós dois,
Sempre nos coloco
em várias cenas de amor
mesmo que não perceba,
O destino não vai decepcionar,
você há de ser meu com certeza,
Um sussurro diário do destino
não tem deixado duvidar
e quando você vier com pulso
forte o melhor irei por nós segurar
em nome do nosso amor
que tem tudo para combinar.
Aru-Apucuitá nas mãos
experientes cruzando
o Rio Negro,
E quando o resto
vira cinzas para trazer
a Mãe da Mandioca
para nos alimentar,
Com a tradição não
se deve brincar.
Aruá em águas doces
criados por Deus
para alimentar e curar,
Dizem que também
foi o nome de uma
tribo extinta,
Não sei é verdade,
mas não custa falar,
Para quem sabe
alguém recordar.
Aprendi a fazer
o Arroz de Aussá
de outrora,
Traga Banana Prata
para a nossa
sobremesa,
Porque é assim
que se escreve
a dois: o poema.
Todos os dias tenho
feito a rota andina
que me faça alcançar
o seu coração com poesia.
Sob a benção da Cinchona
do Equador nesta Pátria Grande,
em silêncio escreve sobre
nós sempre um novo romance.
Porque dizer que não te quero
estaria mentindo para mim,
não vou desistir tão fácil assim.
No fundo eu sei que você
também não porque não
existe outra melhor combinação.
Nunca mais vi
uma Anhuma,
Só sei que dela
só sobraram
os locais,
Não sei por onde
voa Anhuma,
Não acredito
que exista mais,
A última que vi foi
há tanto tempo
que nem lembro mais.
Anhuma há tanto tempo faz...
Inocência de Anujá
na beira dos igapós,
Tempo que gostaria
que parasse ali,
e que infelizmente
não vai mais voltar,
O céu é confidente.
a imaginação me leva
amorosa para a bela cena
nos vejo plantando uma
muda de Palma de Cera
para fazer uma cerca viva
para proteger a nossa casinha
num lugar paradisíaco
da Colômbia desta Pátria Grande
a Palma de Cera que alimenta
as aves, inspira a construção
e o bonito espírito do artesão
há também de proteger
e de fazer História no lugar
onde moram o amor e a paixão.
Divina Cattleya trianae divina
que suas cores a Colombia
inteira, inspira e fascina
e como Orquídea cativa.
Das tuas mãos cheias
de amor quero receber uma,
Do teu coração pleno
de Pátria Grande quero ser sua.
Como quem recupera
a inocência perdida,
assim também ser sentida.
Em alguma praia escolhida
ficaremos na beirinha do mar
desfrutando da nossa companhia.
- Relacionados
- Poesias de Carlos Drummond de Andrade
- Poemas de aniversário: versos para iluminar um novo ciclo
- Frases de efeito que vão te fazer olhar para a vida de um novo jeito
- Frases para falsos amigos: palavras para se expressar e mandar um recado
- Poemas para o Dia dos Pais (versos de carinho e gratidão)
- Poemas de Carlos Drummond de Andrade
- Perda de um Ente Querido