Tristeza e Solidão
►Sempre o Mesmo Sonho
É dolorido,
Deitar e sonhar um sonho repetitivo
Eu estou em um loop infinito
E existe o lado terrível em tudo isso.
Às vezes me pego sonhando com ela
E já faz tanto tempo, que esqueci até a voz dela
Um sonho mudo, meio impuro
Não é natural, não poder escutar o vocal
Como de um pardal que não possui asas
Não é a mesma coisa, não escuto palavras
E, muitas são as vezes que não quero dormir,
Pois sei que em algum momento vou me iludir
Lá na terra das nuvens, ela estará comigo
Mas ao nascer do dia, me vejo sozinho
Sim, sim, debochem me chamando de carente
Como eu mesmo já escutei, "um viadinho"
Mas é o que eu passo, o que sinto.
O meu desejo? Ter um coração de gelo
Pois assim, eu nunca estaria com medo
Quem me dera poder sair em companhias distintas
Garotas que eu encontre na segunda, outras na quinta
Sem a vontade de escrever uma rima,
Que já julgaram serem "esquisitas"
Gostaria de ter para onde ir, para me distrair
Hoje esse meu texto não será relido por mim.
E eu sei por que isso está acontecendo
De antigas memórias eu estou vivendo
Não construo novas, por isso vivo nesse tormento
E sempre nasce um momento em que eu me lembro,
Daquele tempo que eu era amado por mais alguém
Me sentia especial, não era apenas um ninguém
Mesmo que essa época já tenha passado,
Parece que eu ainda estou ligado,
E sofro de uma dor sem escala,
Dela eu sinto considerável a falta.
Eu cheguei a escrever até mesmo uma canção
Retirando as mais belas frases do meu coração
Já houve um período que eu estava afastado da solidão
Eu, hoje, acabei retornando para a escuridão
Talvez seja errado dizer, mas me arrependo,
A certos textos que me machucam quando os leio
Talvez eu devesse ter parado nos primeiros
"Para Ela" foi um deles, que gostaria de nunca ter feito,
Pois ele mostra com clareza o meu ponto fraco
Sim, eu tenho, sou um ser um humano, tenho vários, é claro.
Não sei quando vou superar completamente
Já se passaram seis meses,
O tempo voou tão de repente
Sinto falta de me sentir feliz por um ou dois minutos
Hoje só quero que esse vazio me consuma em milissegundos.
Não espere o amanhã para pedir perdão, pra dizer eu te amo, estou com saudades. De repente poderá ser tarde demais e nunca mais terá esta oportunidade.
Na vida existem perguntas difíceis e complexas de responder, porém o tempo traz as respostas e revela todos os segredos do comportamento humano.
A Morte Que Palpita
É evidente que o sinônimo da vida é viver, contemplar as maravilhas que a vida nos permite vivenciar.
Vida, como eu queria saber lhe usar, não entendo o motivo do meu viver, não tenho contentamento em nada.
O meu coração palpita, em prol do meu viver, mas os meus pensamentos revidam que devo morrer.
Estou sem saída, em minha vida só há decepção, o choro de tristeza que não encontra consolação.
O meu sorriso é constante, escondendo a minha tristeza, fadiga é o meu viver, que fere meu peito.
Sinto falta de algo, que não sei descrever, talvez já fantasiei ter um dia, talvez nunca tive, mas sinto falta de ter.
Eu queria levantar agora, com muita atitude e mudar minha vida, me sinto no mais profundo poço e não vejo saída.
O pouco tempo de vida que tive, foi o suficiente para que eu cansasse de viver, não é bom este intento, porém, confesso, como eu bem queria morrer.
Estou desistindo da vida, me entregando a solidão, a morte que palpita em mim, parece que não tem solução.
Em palavras tento expressar, a dor em meu peito que tira a paz e me faz chorar,
Por uma vida melhor... Ó Deus, não sei mais como lhe devo implorar, mesmo assim, eu te agradeço, mesmo sendo triste o meu cantar.
Sei que é pecado o suicídio, mas estou num precipício, respiro e inspiro tristeza, como dói.
Não sei mais como proceder, não faço drama quando digo que quero morrer, não aguento mais sofrer, sem ter feito nada.
Colheita que não plantei, saia do meu campo erva daninha, por favor, aonde estão meus lírios que exalavam paz, alegria e amor?
Ó quem me derá, ter ao menos um pequeno motivo para ser feliz, algo que desse vida a meus pensamentos, trouxesse luz, me motivasse a querer viver...
Eu não queria partir assim, me perdoem pela decepção, mas espero ter deixado ao menos uma boa lembrança, em algum coração.
Será que ei de deixar? Foi tão inútil o meu caminhar...
Lágrimas de dor, no meu rosto sinto correr.
Lágrimas que acariciam a minha pele, tenha piedade de mim, é pouca água, para muito sofrimento, é muita dor em meio a pouco tormento.
Que fizeste comigo, ó solidão? Estragaste os meus sonhos, que de agora em diante não farei deles realização.
Senhor Deus, por favor, me perdoe desde agora...
Vou quebrar o mandamento, sua ordem, e lição, me perdoe, sou inútil e sem solução, acho que não mereço o Seu trabalhar em minha vida, se não eu não estaria assim, em plena solidão perdida.
São tantas coisas que carrego no peito, as boas eu não consigo mais enxergar. O que vejo agora, são motivos para que eu apenas desista da vida.
Desculpe o desabafo, perdoe-me afoga-los em minha funda e rasa solidão, quero dizer que, não vale a pena tal inspiração.
Um dia eu quis ser poeta, não sei se fui, e sei que jamais serei. Um dia eu quis ser feliz, não sei se fui, e sei que jamais serei. Um dia eu quis viver, não consegui, não viverei.
Comece a rezar.
Bem aventurados sejam aqueles que te ignoram
Amaldiçoados sejam aqueles que por ti choram.
E se do pó viestes, ao pó não voltará
Tua imoralidade, toda bondade ceifará.
Quero que morras triste e solitário
Sentindo dor e frio
Quero que você sofra um inferno agonizante
Até a decomposição de tua carne.
Quero ver-te sozinho, chorando,
No vazio, e por piedade implorando.
E no velório de tu'alma, assistirei a esta matança,
A supremacia da divindade, aqui não alcança
Teu sangue petrificará.
Pois tenho em minhas mãos o poder,
Agora é ver pra crer
Crer que nada acabou,
Que teu sofrimento continuou, e por longas datas há de continuar.
Meu consolo é saber que não há nada que possa te consolar.
Quando os cavaleiros subirem o monte,
A pedra mais alta irá cair,
E eu estarei a aplaudir,
Será teu coração a desmoronar
O coração que achei que tu não tivesse,
Mas deus há de atender minha prece,
Terei poder tão logo e não distante.
O inferno, à terra vai subir,
Iremos nos encontrar.
Como fogo e água,
Mar e luar,
Pontos opostos da velha diretriz.
Sou a lua sobre a escuridão,
Sou fogo, clarão,
E tu, apenas algo a sucumbir.
Prometo ser piedosa!
Doses longe do brutal.
O perdão é para poucos,
Para os loucos,
E para alguns moribundos como ti.
Fui pouco,
Hoje sou muito,
Tanto que nem me caibo
Por isso me guardo em mim,
Aprendi contigo, é certo dizer
Não sei mais sentir
Sou vazia de mim, pelo vazio de você.
Em meio a meus 12 "eus",
O mais amado foi me trair.
O que fazer?
O que sentir?
Deixar doer ou ver partir?
Continuo a ouvir o doce som da podridão de teu corpo,
De teus ossos se preparando para uma iminente implosão,
Da ruína que está se tornando teu coração.
Adentrando uma terra deserta,
Colmada de vingança e ódio sem perdão.
Mas o alívio final será meu,
E enquanto paga teus pecados, o inferno será teu.
O mesmo inferno que me prometeu, cômico, não?!
Não tens amigos,
Não tens família,
O lado bom da armadilha é que tu próprio se prendeu,
Perdeu-se em meio aos detalhes.
E por minha pura tirania, admito, doeu um pouco
Mas por fim, não sou eu quem está a ficar louco.
Não sou eu quem está sem pão,
Sem amor ou perdão
Não sou eu quem está abandonado,
E pela simbólica escuridão,
entrego-te esse recado:
Pense em teu pecado.
Não tente manter-me perto,
Fiquei melhor com tua pior escolha
E agora viva nesta bolha
Como um mero condenado.
O mal está em tudo,
Infiltrado nas melhores relações,
Nas piores proposições,
E até no maior amor do mundo.
Lava esse rosto,
Mostre-me o que tanto tentou esconder,
Há tanta lágrima espalhada
Chega a dar desgosto.
Acordou de cara marcada,
A noite deve ter sido mal encarada.
A bebida vai virar sangue,
Hoje teu anjo da guarda desde de gangue,
A escuridão tomou conta
A tentação venceu-te de ponta a ponta.
Teu sorriso agora ausente comprova,
Vamos para a santa inquisição,
Perguntas feitas e não respondidas,
Vidas interrompidas,
Malditas,
Sem perdão...
Como a tua traição.
Thaylla Ferreira Cavalcante (relicário de vocábulos vazios.)
Ser feliz ou Não?
E os pensamentos voam, como se estivesse compondo o último refrão sobre a escuridão.
Como o fim de uma noite turbulenta, que almeja o esplendor de um grande sol.
Não há oque temer,a tristeza me deixou e a grande amiga solidão me abandonou.
Me resta um pouco de medo, não sei oque posso me tornar sem essas grandes companheiros.
Talvez seja apenas medo de ser feliz, passei tanto tempo com a melancolia que não tenho certeza se posso deixá-la para trás.
Oque seria de mim se eu fosse feliz? Qual o grande perigo desse arrisco? Eu realmente não sei!
Mas deixo essa caneta e esse pequeno caderno para arriscar a saber.
Um Poeta e Sua Rosa
Certamente nem a lua,
Nem mesmo o sol poderá
O amor que sinto pela minha
Pequena rosa separar.
Certamente nunca me vi
Tão fissurado por algo.
Como minha querida rosa
Me faz bem.
Certamente seria eu
Um poeta triste se meu amor
Não fosse seu? Se meu coração
Não pertencesse a você?
Certamente tão certo
Como a lua vive e
Como o sol brilha
Nem poeta eu mesmo seria.
Não à como explicar,
Simplesmente sinto
Que você es oque
Tanto sonhei.
Como uma rosa
Te guardarei, te protegerei,
E em meus braços estará
com um sincero abraço te guardarei,
E ninguém irá machuca-la.
Protegerei a minha rosa,
E nossos dias bem como
Nossas noites
Serão eternas.
Meu amor a ti pertence
E digo que es algo real
Ao teu lado tristeza?
Minha tristeza ira voar.
E você levará de mim
A minha solidão
Trocando ela pelo seu
Coração.
E a tristeza irei deixar
Pelo brilho em teu
Olhar.
Dor substitui amor
Você nem ao menos disse adeus
Apenas deixou uma carta,
Sangue e um frasco de remédios
Eu sei que a vida não fazia sentido
Que a vida não importava
Mas eu estava aqui ao seu lado
Isso não importava?
Agora só tenho lágrimas
Lágrimas neste dia de preto
Soluços e choros e me mantenho quieto
Sempre foi assim
Você trocava nosso amor
Por coisas como lâminas
Drogas e dor, muita dor
A dor que você não sente mais
Mas sou eu que sinto agora
Desde o dia em que você ficou assim
Só dor substitui o amor
Agora estou sozinho
Sem você ao meu lado
Alguém que me completava
Alguém que eu amava
Agora só tenho lembranças
De cada lindo sorriso seu
Que tropeçava ao sair do seu rosto
Quando eu fazia algo bobo
De seus olhos negros
Tão negros quanto o céu
Mas que, ao fundo, existia um brilho...
Irradiante como a lua
Nada disso existe mais
Seus lábios que tinham um sorriso
Agora são gélidos
Como o seu corpo em meus braços
►Estou Errado?
Foi no tempo da escola que percebi o quanto minha mente estava errada
Foi no tempo da escola que notei que não me encaixava em nada
Eu tentava me encontrar, tentava me enturmar, mas foi em vão
E por muito tempo, a única que me fez companhia foi a solidão
Eu só queria ter alguém para falar sobre os assuntos do dia-a-dia
Vários desenhos sem destino na mesa foram concebidos
Passava as aulas apenas admirando os passarinhos por fora da janela,
Desejando um alguém para compartilhar as suas metas
Mas não se tornou real, e mantive uma realidade deserta,
E naquele momento, eu só queria largá-la,
E viver na minha imaginação, repleta de frases prediletas.
Quando me formei, percebi que poucas foram as coisas eu mudei
Continuei sendo o mesmo de quando comecei
Infelizmente eu ainda não conseguia fazer parte daquela sociedade
Tentava de todo jeito, mas não era para ser
Então comecei a criar meus próprios meios,
E assim eu acabei por criar um mundo para mim, perfeito
Os seres estranhos eram aqueles que diziam que eu havia vindo com defeito
O papel se tornou meu amor platônico, que me guiaria através dos anos,
Eu descreveria, sobre ele, os meus planos, os fracassos em encontros, tudo
O mais importante estaria gravado nele, meus sentimentos mais puros
Renegando as ofensas do passado, para construir um texto agradável,
Que eu pudesse ler depois, sem a aparição de uma triste sensação.
Eu ainda me questiono as vezes se estou errado
Se talvez essa vida que possuo, seja de fato, um tempo desperdiçado
Talvez esse pensamento, me faça desistir
Talvez esse pensamento, me impeça de evoluir.
Acompanhando a decida da rua, eu reparo em detalhes que me fazem querer escrever
Ontem eu estava triste, mas queria lapidar alguns pensamentos
Eis que decidi dedicar meu tempo para a belíssima Lua
Depois, da caneta eu dei um descanso,
Me sentei em um canto pouco especial,
E comecei a pensar quantos foram os enganos que cometi esse ano,
E quantos foram os erros propositais
Às vezes isso me deixa louco, não aceitar que não pude ajudar os outros
Há quem diga para eu parar de falar assim, parar de fingir de santo
Mas eu gosto de ajudar os outros, pronto
Mas como um palhaço, sempre quando o sorriso se vai,
Passo a residir na solidão
É sempre assim, já decorei do início ao fim
E me arrependo de coisas que fiz, e outras que deixei de fazer
Não acredito em viver uma vida sem arrependimentos,
Gostaria de poder reviver alguns momentos, que jamais irei esquecer.
►Pequena Cela
E nas paredes da pequena cela,
Onde a única paisagem que possuo é pela janela,
Estão marcados os pecados que cometi no passado
E como uma alma despedaçada,
Nesta cela eu sou julgado.
É nesta pequena cela que me lembro, todo dia, de meus erros
Feito um passarinho, preso entre espinhos de medo
Minha vida se evapora toda vez que o sol vai embora,
E a paisagem através da pequena janela é sempre a mesma
Não sei mais quanto tempo faz desde que vi um rosto de criança
Notei que estava ficando louco quando me esforcei para relembrar,
Mas me esqueci da minha infância
E a minha esperança é que a fome me enfraqueça,
Que eu morra antes que a monotonia me enlouqueça
Nesta pequena cela, onde vejo o mesmo concreto, me torno cego.
Os meus pensamentos ganharam vida própria
Eles me dizem para me enforcar, ou me corta
Não há um arco-íris para me levar para longe,
Até um pote de outro, cheio de deliciosos bolos de chocolate.
O guarda que escuto se aproximar, um dia foi pequeno
Eu me lembro dele, não há como me esquecer dele me observando,
Por entre as barras, o meu sofrimento
Hoje ele já é adulto, mas eu não sei mais quem sou
Ele se aproxima, digam-me, pensamentos, para onde vou?
Aflição que não sai de mim, aquela sensação constante que não estou suportado o fardo dos meus erros, chorar já não ameniza nem um pouco se quer. Mau que destroi a mente, acaba com o corpo e tira o sossego por completo. Dizem que o tempo ameniza tudo, mas eu não tenho amnésia e sim amor que insiste em viver dentro de um coração que hoje é solitário. Não sei dizer adeus a quem eu amo, mas também não sei ser um peso na vida das pessoa e assim deixei ela partir e sei que nunca mais a encontrarei. Foram bons momentos, risadas de se estender pela madrugada, conversas bobas mas que nos unia sempre cada vez mais e assim nasceu esse amor maior do que eu poderia suportar. Como fui capaz de cometer tantos erros, por quê? Arrependimento já não vale mais nada, mudanças sejam elas quais forem não serão reconhecidas e assim se perdeu todo o meu amor! Triste do homem que não enfrentar seus erros e mais lamentável ainda aceitar que ele foi responsável por tudo e não o destino. Tem certo tipos de pessoas que só aparecem raramente em nossas vidas assim como alguns fenômenos da natureza, as vezes só vemos um durante toda a nossa vida e se esse for o meu caso perdi a maior conquista da minha vida. Nunca me vi tão sem rumo e desorientado na vida, mas ainda tenho a lucidez para pedir a Deus que cuidar dela e a proteja sempre e que abençoe ela com uma pessoa melhor do que eu fui capaz de ser, que tristeza não faça mais parte da vida dela e que só haja espaço para sorriso, alegria e tudo que a vida pode oferecer de bom.
De Tanto Amor
De quanto estou a te amar em sentido vão?
Do amor... que dele me valha a certeza
Que dele me traga sua plena beleza
Rica quimera para um infeliz coração.
De quantas esperas sofro eu de solidão?
Cortina que se fecha de grande tristeza
Luz que se apaga, por tamanha frieza
Traz vazio d’alma de dor em comoção.
Pela tua ausência, que me lide à vida:
Arrancam-me as encostas, sombras sem ti
Por vulto ébrio, que te solvo embebida.
Mas um dia, mesmo consumida e vencida,
De tanto amor, amar-te em vida... Só a ti
Hei de morrer, tendo-te além da partida.
►Um Homem Sem Objetivo
Trancafiado no meu quarto
Estou ficando farto
Não tenho visão do que fazer
Sem razão, não consigo ver
Um objetivo o homem deves ter
Para assim, um futuro merecer
Mas não sei onde ir
Não enxergo um caminho para seguir.
É estranho pensar sobre
Ontem aquela ideia, neste papel coube
As dedicatórias que escrevi
Me fazem ver como deveria estar feliz
Bem que eu queria estar assim.
As distrações já não distraem mais
Algo sem sentido tornaram-se tais
Sei que passarei por cima
Não importa o caminho que siga
Nem mesmo reclamações que eu diga
Pelo menos a caneta é minha amiga.
Agora que estou perdido
Melhoraria muito ter um abrigo
As vezes é isso que sinto
Revelando isto, não minto.
►O Véu
Ontem eu estava triste
Dizendo em meu ouvido, "Desiste"
Minha mente já não me dava ideias
Não haveria rimas nem se quiseras
Acabei por, no canto, me agachar
Com aquele vazio, pensei que iria chorar
A cada segundo, desanimar
Neste momento, peguei o papel
Escrevi, mesmo que nos olhos estivesse aquele véu
Digo como fiz, abri a janela e olhei para o céu
A Lua me permitiu, por instantes, enxergar
"Tudo bem, eu sei, devo agora começar".
Uma Única Gota foi feita
Porém não terminei de lê-la, não por desfeita
Ao começar a leitura, foi sentimental
Acreditem, isto não fora intencional
Não digo que me arrependo
De certa forma, aquelas rimas se tornaram um depoimento
Testamento daquele sentimento
O resultado daquele pensamento.
O mesmo resultado eu obtive
Quando escrevi Adeus Dama, em cima da cama
Com o simples pensamento, "Ela me ama"
Que aquele amor eu proclame
Aceito, pode ser que não me ame
Talvez o sentimento me engane
Mas ainda tenho algo a contar
Como sempre, formar versos para demonstrar
Quero essa rima abraçar
Me sentindo seguro em meu doce lar
E dessa maneira, conseguir pensar
Conseguir falar
Montar lindamente o que gostaria de expressar
Por essa razão, gosto de rimar
Prefiro assim, devo confessar
Obrigado, caneta preta
Permitir escrever em letras mal feitas.
Todas as minhas rimas tem algo a mais para mostrar
As primeiras letras dos versos deves separar
E um nome conseguirá montar, encontrar
O assunto da rima estará lá
Dessa maneira não irei esquecer
O motivo de eu a escrever
A razão do "Por quê"
Pois admito, é difícil compreender
Tudo se resume ao nome que irás ler
Novamente, sei que não irás entender
Mas estou aqui somente para dizer
Que mais uma rima eu terminei
E, de novo, o caderno fechei
E só por algumas horas, me despedirei.
A morte invadiu a minha casa,
invadiu a minha vida e levou o meu coração.
Meu amor, minha vida, minha história,
o que fazer agora? O ar que respiro ficou pesado, meus olhos são poços d'água...
Meus dias são vazios e minhas noites solidão.
Por mais que eu procure, não encontro explicação. Olho para o mundo e vejo que ele acabou só pra mim.