Tristeza e Solidão
Sozinha, desnuda, livre do exibicionismo, da proposta ideal de ser e estar perfeita o tempo todo, a tristeza a corrompia. Tinha medo da solidão, das relações rasas. Sofria de amores, chorava de saudades, ansiava por mudança, por um milagre, por atenção e afeto. A insatisfação era predominante. Queria viver da coragem que possuía, queria experimentar novos sabores, a plenitude do vigor do novo, reencontrar e conhecer pessoas.
Me falaram que a vida não deveria ser entendida e sim vívida, mas não tem sentido viver a vida triste
Como um barco me lanço ao mar.
Mar de amor.
Amor de amar.
Como um barco naufrago nesse mar de solidão.
Mar e tormenta, que em saudades, afoga o meu coração.
Mar salgado
Nas marés tenho te lembrado.
Maré que me traz à boca um gosto amargo.
Mar de águas gélidas em que o meu pensamento se afunda.
Águas que, a minha felicidade, com tristeza inunda.
Perdido, no fundo frio, me encontro na escuridão.
Das fossas, a mais profunda, é certo; a solidão...
Dias
Existe uma grande calçada na qual todos os dias adam inúmeras frustrações.
Existe uma grande faixa na qual todos os dias atravessam inúmeras derrotas.
Existe um grande banco na qual todos os dias sentam inúmeras tristezas.
Existe um grande vazio na qual todos os dias inúmeras pessoas se encontram.
Existe.
No silêncio da estrelas
Te dei meu coração
Fui além,
te fiz uma em um milhão
Pensando que tinha o mundo em minhas mãos
Te fiz real
Em meio a tanta ilusão.
Te fiz acreditar,
Quando nada parecia ser racional.
E sonhar,
Quando você estava acordada.
Te fiz vencedora,
Mesmo sem estar em nenhuma batalha.
Logo eu que sempre te dei rosas,
Agora estou sangrando
por causa dos seus espinhos
Onde errei?!
Não sei! Talvez errei porque falei
Mas, o que eu falei?!
Errei por falar?!
Estranho, queria apenas me amar
Mas não foi bem assim!
Achei que iriam me ouviu
Até me ouviram, mas precisava de algo mais
Sim! Precisava mesmo
Mas tudo não passou apenas de um desejo
Um desejo... Desejo...
Desejo de se matar!!
Mas não me matar
Matar apenas o que me faz sangrar
Sangrar, palavra dolorosa
Machuca mais do que um espinho de uma rosa
Ah, a rosa, queria ser uma rosa
Amada e desejada por todos
Mas não, sou apenas eu
Tentando viver o mais belo possível
Viver, só queria viver
Mas o que e apenas viver?!
Não sei, mas não aguento mais apenas sobreviver
Sobrevivo de tudo que me faz chorar
O choro de tristeza e o pior que existe
Você não apenas chora,
Você chora porque existe
Mas existir e um previlégio
Mas no meu caso existir já e um caso sério...
Errar! Não sei onde errei!!!
Olho para trás e vejo tudo que um dia ja construí...
Olho para trás e me pergunto como eu destruí...
Todas as chances que tinha de mudar eu fracassei...
Todos os medos que eu tinha ainda não superei!!!
Ela é minha amante perdida no tempo
Tempestades e vendaval, eu tô dentro
Sonhos e mentiras, é esse meu acalento
Eu tô amargurado, mano cê não tá vendo?
Me afogando no ego, eu tô morrendo
Acorrentado pelos meus medos, tô me perdendo
Feridas que não saram, ainda doendo
Pensamentos infames, me corroendo.
Minhas dores hoje viram poesias
Minha imaginação criam versos
E no meio da noite cria nós dois
Pela madrugada tu vem;
E pela manhã tu vai
Eu juro, são os sonhos mais reais
Ao longo de nossas vidas, pessoas transitam constantemente em nosso convívio social e nos marcam de uma determinada maneira. Mas com o passar do tempo, aquelas que pareciam ser cruciais para o nosso dia a dia simplesmente somem e nos causam um vazio emocional. Esse mesmo vazio trás dor, angústia, ódio, raiva e todos os outros sentimentos ruins que se pode sentir, mas não se desespere, isso tudo é apenas um degrau.
Quando em tudo penso
Surge o tormento
De dúvidas e paranóias
Que não vão embora
Mergulho fundo na imensidão
De tristezas e confusão
O ar a minha volta é escasso
Sinto solidão a cada passo
A escuridão me envolve como um manto
Tão suave que quase não percebo
E tão pesada que quase não suporto
Os dias se tornaram acinzentados
Meus olhos cada vez mais cansados
Dizem que mudei
Que estou estranha
Nem reconheço mais minhas entranhas
A angústia me devora
A aflição vem sem demora
É uma tortura incessante
Não sinto mais o que sentia antes
Quem sou eu agora?
Por que o mundo se tornou tão vil?
Como vim parar aqui?
Se eu gritar alguém me escutará?
Estou tão confusa
Não sei aonde estou
Não sei porque estou
Só espero o dia
Em que alguém me resgate das sombras
Mas enquanto minha salvação não chega
Minha alma continuará declamando esse poema
“O silêncio é quebrado por suspiro, quando a tenho em meus braços...
Suspiros meus e teus, que se entranham e enlaçam assim como nossos corpos e dedos.
Mãos que percorrem teu corpo, como se amanhã não houvesse... e na verdade, não há.”
Perdidamente confusa como pássaros voando de um lado para o outro em busca de um pouso seguro durante a tempestade.
Embriaguez...
No breu das madrugadas,
no silêncio das coisas,
teimo te encontrar e divago...
...e do passado te trago
e em saudades naufrago...
...e em versos de amor me alago
e neles, ainda te venero e afago...
...e no silêncio das coisas,
de vãs e tolas esperanças
então, me embriago...
(ania)