Tristeza na Morte de um Herói
Não... o celular não vibrou
Nem o sol nasceu
O herói morreu
O poeta não se inspirou
A menina não sorriu
O ponteiro não andou
Não estamos em abril
Nem acredito no amor
Não? Não!
Eu nego a negação.
Homem do mar, pág. 58
O HERÓI QUE CAIU DA TARDE
.
.
Morreu o herói,
Como morria a tarde.
Para ele, o silêncio estendeu seu manto
Sem o feroz fulgor das festas; sem fazer alarde
.
Ah, tu,
Que tantas lutas vingaste
Contra as tiranias que derrubaste.
Agora já não há glória; já não queimam fogos.
Somente o último calor suave: apenas o calar dos pássaros
.
Como é possível, a um herói,
Morrer sem fogos, sem a luz que arde?
Como é possível este pôr dos olhos, como um cair da tarde?
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Os pássaros, à sombra, não respondem,
O riacho murmura e cala:
Morreu o Herói
Ao cair
da
Tarde
"Meu herói morreu entre dois ladrões!" Não devo julgar o da direita e nem o da esquerda, sabendo que a frente vem arremesso de pedras de um povo orientado pela ignorância, onde o perdão é por não saberem o que estavam fazendo.