Tristeza e Morte
Estou onde estou mas
não onde quero estar
falo o que digo sem falar
Sou a indecisa que dissidio ficar
no silencio a observar
Cada dia que passa
passa mais um dia
A noite fica mais fria
e o dia mais quente
mas aquela do canto
nunca será consciente
Os minutos passam a correr
os segundos a voar
mas a menina do canto
apenas os vê a passar
Será isto justo?
ou a injustiça disfarça´
Que a menina do canto
faz parte da minha farsa
melancólico
o melancólico mais uma vez está a chorar,
quieto em seu lugar,
desidratado de tanto chorar,
nunca se cansa de se lamentar,
dá vontade de chorar,
negatividade só de olhar.
pobre melancólico...
não percebe o que é logico,
iludido mais uma vez,
uma lagrima de cada vez,
queria ser feliz mais uma vez,
mas seu pobre coração infelizmente se desfez.
porque choras agora?
-a moça bonita me rejeitou e foi embora.
por causa da sua insegurança,
vive sem esperança,
depressão e ansiedade,
não tem piedade,
por causa da ansiedade,
desistiu da liberdade,
pra ele não existe possibilidade
daquilo ser verdade.
desistiu da sua vida,
e sem despedida,
la se vai mais uma vida...
Hoje acordei com uma pergunta.
O que é mais importante na minha vida? A resposta foi no primeiro momento um pouco... “perturbadora”, mas, depois fez sentido. O que é mais importante na minha vida?
Resposta: A Morte.
Fala serio! Isso não faz sentido...O sabor do alimento reside no fato de sentirmos fome, a água é gostosa quando sentimos sede, já quando estamos satisfeitos a água e algumas comidas não são “tão gostosos”. A vida é especial porque só temos uma, os relacionamentos são importantes pela sua brevidade. Minha única esposa é especial, minhas “únicas” filhas são especiais pelo fator de não existir, existiu ou existirá outra Átani ou Aiça.
O que você está da fazendo com a ÚNICA E BREVE vida que Deus lhe presenteou?
A brevidade da vida, mostrar que não faz sentido brigar por coisas pequenas (mesmo que essas coisas pequenas custo muito dinheiro), onde está o sentido em brigar ou perder o dia por 100 reais? Se você pode ganhar vários 100 reais, mas, não pode recuperar a preciosidade do momento, do dia?
A existência da Morte nos lembrar que não podemos investir o nosso recurso mais precioso (O TEMPO, ou seja, nossa única vida) com coisas insignificantes como: brigando, ter razão, reclamando ou/e sendo infeliz...
Hoje é um dia que não se repetirá.. um dia que não poderá ser congelado ou recuperado...
Hoje é um bom dia para ser FELIZ
_ Eu quero ir embora...
_ Embora de casa?
_ Não.
_ Da cidade?
_ Não.
_ Deste estado?
_ Não.
_ Do país?
_ Não!
_ Então... Do continente?
_ Não!
_ Então não tem pra onde ir! Vai ir embora do planeta?
_ Talvez... Talvez eu encontre uma constelação longe disso tudo.
De mim para os meus botões,
Digo-lhes que sei que o Inverno és tu,
Que quando faz vento corres o mundo,
E que quando chove talvez te sintas um pouco triste.
Também sei que és a Primavera,
Que as flores mais bonitas têm a tua cor,
E o arco íris o teu reflexão,
No Verão,
És a aragem morna que beija a pele,
Um calor que arde,
Mas nunca em demasia,
Inevitavelmente o outono,
Assim como as cores tu partiste com ele,
E se amargosamente nasceste caduca,
Era inevitável o teu partir.
Novo ano a chegar...
Será mais um ano...
Ou seria menos um?
Fato: eu, vivo...
Mas quem será o próximo a ir, esse ano já foram tantos...
21/12/2020
1:38 AM
Reflexões sobre o ocaso II
O que me espera ao final da caminhada?
Os aplausos acompanharão o meu cortejo
Ou será a alegria dos inimigos com suas vaias?
Os meus inimigos saberão o sabor
Do meu sangue e das minhas carnes?
Haverá choro na despedida?
Haverá ao menos uma flor para suavizar a partida?
Quem fará o meu epitáfio?
Haverá prazer ou dor ao fazê-lo?
E os anjos dirão ‘Amém’?
Quem não agradece, reclama e cada vez mais desvaloriza o que tem em si e a sua volta até infelizmente chegar no inevitável, uma tristeza profunda e depois ser abraçado pela pior doença, a depressão.
Reflexões sobre o ocaso III
O que dirão os futuros vermes
Que hão de comer minha matéria?
O que dirão a respeito do que lhes espera?
Ficarão satisfeitos com tanta podridão?
Eu estou longe de ser imaculado.
Sentimentos sentirei.
Aí de quem disser,
Que não o farei.
Memórias que passam.
De que sentimentos me falam?
Nunca senti.
Dizem que vem de ti!
Porém de tu não sinto nada,
Só sinto o vazio.
A cada passada -
Uma solidão angustiada.
Sozinho que vago
Pelas ruas
Em meu âmago.
Sinto falta de tuas luas.
Besteira dizer.
Que jamais senti;
Pois um dia te vi,
Diz de prazer.
Contudo,
no passado se encontra.
Só no futuro,
Estarei a pronta.
Sentir-te em meus braços,
Dar-lhe meu afago.
Me tira dos cansaços
Que é não estar em teus abraços.
Longe de mim vazio,
Me cansei do seu perfil.
Quero meu amor.
longe só encontro a dor.
Dor da solidão,
da falta de paixão.
Quero meu amor.
Aquela que me dá valor.
Quero meu amor.
Sai de mim,
se tu não for.
Quero meu amor,
Não para o fim da solidão,
Mas para que meu coração
Possa te dar minha paixão.
Sozinho.
Quero meu amor.
Poesias que nascem para amores que florescem.
Lhes pergunto,
Como é possível, amar alguém sensível,
Repleto de amor, mascarado pelo pudor.
Me esquecer não quero,
De tua inocência
do mais puro esmero;
Sem trabalho
Te procuro - imagino.
Tanta beleza
Cercada pela delicadeza,
A flor mais bela.
Um jantar a luz de velas
Te tenho - quero.
Você em meus braços
Sentir o teu corpo
Percorrer teus traços.
Preciso te enxergar
Se não vou me afogar
Num mar de solidão
Sem poder lhe cantar
Conquistar o teu amor
Não tenho medo da dor
Toma-me nessa escuridão, dando-me sua gratidão. De loucuras e conjecturas na marulha da agulha. Quase um ano no bandulho; do desgosto à Terra dos fantasmas perfeitos. Avisei essa solidão, nessa vasta servidão, meu corcel é o chão, fervilha no batuco da miséria, nas minhas camadas decrépitas, no som da minha dor surda. Sou dessa vida fantoche, desse céu um pirilampo e nesse mar nem sei nadar.
Quatro coisas matam depressa: vento pelas costas, tiro pela frente, gordura no fígado e ódio no coração.
No final do mundo talvez tudo de certo, mas o nosso final pode esta em um deserto.
Passamos a vida nos perguntando oque acontece no final mas isso nunca poderá ser dito, pelo menos não por nós.
A vida é repleta de incertezas e isso que a traz beleza!
Maldito leviano
Não há o que se possa fazer,
Já selou-se a vontade do mar.
Persiste ainda a esperança, porém.
Afogada jaz a pura criança,
As lágrimas marinhas enchem os pulmões da pequena.
Incompetente e leviano o pai,
Deixou se afogar sua criança.
Onde está o teu cuidado?
Jaz sem vida, tua vida.
Terás tuas boas lembranças,
Mas quem lembrará bem de ti?
Aquele que causa dor sofre,
Com sua dor e com a dor por si causada, sofre.
Eis aí tua maldição,
Viverás sem tua vida.
R.
Na noite passada eu sonhei com você
Pensei ser você quando o telefone tocou
Te lembrei com aquela música,
Quando o verso final rimou
E soube que nunca mais vou te ter.
Na noite passada eu estive acordada
Sem saber se também pensavas em mim
Desejei ser assim
Mas no fundo sabia, minha esperança era infundada.
Talvez você tenha se perdido
Nesse mar de decepções no qual mergulhou
Talvez nunca tenha entendido
Que não foi a única vítima quando nosso barco naufragou
Talvez você seja a estrela cadente
Que cruzou meu céu,
Realizou meus desejos
E encontrou seu destino final.
Talvez toda essa tragédia cinematográfica
Tenha me deixado deveras sentimental.
Ou talvez seja só a falta dos teus beijos
Do teu cheiro, ou do gosto daquele mel
Talvez amar tanto assim foi o que te fez infiel.
Eu queria não me arrepender
Queria olhar nos teus olhos e entender o motivo
Saber que estás bem, que estás vivo
Mas sei que nunca vou te esquecer
Queria que nossas iniciais
Na areia daquela praia
Nos tornassem eternos
Queria que todos aqueles pontos finais
Valessem à pena, nos tornassem certos
Queria ser intensa como os poemas que um dia redigi pra ti.
Nem imaginas o quanto dói.
O quando peno por esse amor que parece ácido
Que me corrói
Me deixa estática, paralisada e que destrói
Tudo, enquanto me olhas como um sádico.
Você gosta da sensação
Porque sua dor nunca passou de orgulho ferido
Porque nunca me amou, nunca foi meu amigo
E porque pra isso, não existe perdão.
As histórias que criei na minha cabeça
Não te traziam como vilão
Não como Bentinho e Capitú.
Nosso pecado era diferente,
Intenso e bem mais cheio de solidão
E acabou com a certeza
De que amor nenhum resiste a não ser prioridade, ser opção.
Ele se apaixonou por mim através de seus olhos
E eu soube no instante em que me tocou
A diferença fundamental dessa história
É que os meus, de cigana, continuam enxergando você.
Mas agora aceito e compreendo que não mais vou te ter.
A dedicatória tem teu nome,
Assim como meus poemas anteriores.
Hoje eu abri o cadeado,
Te igualei a meus amores passados
E decidi, nossa história termina aqui,
Hoje eu me permito viver
E te liberto de mim.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Ausência
Hoje é um domingo de chuva
E meu coração continua frio
O mundo lá fora parece ruir
E aqui dentro tudo segue inerte e vazio
Colmei-me da esperança de que um dia você pudesse voltar
E chorei com a certeza de que nada nesse mundo
Jamais tomaria o teu lugar
Fui à janela lateral
Fumei meu cigarro enquanto olhava a chuva cair
O mundo lá fora parecia apático
Mas chovia torrencialmente aqui
Eu tossia em meio às lágrimas
O vento assanhava meus cabelos
A chuva me roubava as palavras e transbordava todos os meus medos
Me lembrava daquela noite fria
Em que juntos cruzamos a cidade
Nos amamos sem pudor
E eu sei que te fiz esquecer a vaidade
Pois ao menos naquele instante você me amava
Eu sentia.
O ar ameno adentrava as janelas do carro
E fazia minha pele arrepiar
Eu gritava porque estava viva e sabia
Você pisava no acelerador e sorria
Tão lindo, tão leve
Que poderia facilmente flutuar
Acontece que perdi-me na penumbra dessa escuridão
Perdi-me tentando freneticamente encontrar você
Me martirizei ao pensar em tudo que podia ser
Mas pra nós não há outro final nesta dimensão
Você que sempre disse odiar meus vícios
Se tornou o maior e pior deles
Diariamente dilacera meu coração
Com tua ausência e prepotência
Sequer parece ter dito que me ama tantas vezes
Eu senti um enorme pesar quando o nosso amor morreu
E jurei não mais te amar
Mas se não falhasse, não seria eu
Nunca fui fã de inícios
Menos ainda de finais
Mas se chuva apaga a chama
Você fala que me ama
E eu te digo nunca mais.
Abraço a racionalidade
Ponderando os prós e os contras em que nossa história se deteve
Assumo a responsabilidade
Aceitando que é impossível perder aquilo que nunca se teve.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Pandemia
E eu continuo batendo na tecla de que o bom seria escrever só sobre o belo, o que nos alegra e conforta o coração, falar de coisas leves... das borboletas... das flores... de sons e sabores maravilhosos mas...
Os dias estão aí para mostrar que há o outro lado...
dias maus...
o mundo parece estar estilhaçado - já escrevi isso outro dia... parece que faz tanto tempo.... mas foi mais ou menos anteontem.
e quando escrevi pensei: o fim dos dias maus está logo aí...
e esse logo aí que não chega.
notícias de morte não param de chegar... Covid... mortes de causas naturais... acidentes... e, ainda, há aqueles que tiram vidas... como está comum isso. Não quero me acostumar a abrir o Whats de manhã e achar normal que mais alguém... ou mais alguéns se foram...
mas quem sou eu?
nesse Universo enorme... sou um pontinho tão pequenininho, só não sou invisível porque sou visível... mas me sinto invisível... e jogada de lá pra cá ao sabor das ondas... faz tempo que não sinto meus pés pisando o chão com segurança.
tanta coisa empacada. Até planos que eram tão comuns fazermos, hoje parece que não há lógica em fazê-los. Nossas vidas, nossas decisões, nossos futuros - nada está sob nosso controle.
na verdade sei que é meio ilusão achar que minha vida pode estar totalmente em minhas mãos... que quem tem bem forte preso nas mãos o timão sou eu... não é bem assim, né?
mas eu tinha a ilusão e isso já me ajudava bastante... ter ilusão... era um sentimento que me ajudava bastante... acho que isso é uma grande ilusão... também.
e fim... por hoje.
Cuide-se... use máscara... evite aglomerações... lave muito bem as mãos... e vamos que vamos ❤