Triste Despedida
Despedida
A luta foi grande, a esperança também
mas, o que tentei fazer certo
foi danoso
Persisti, afundei no lodo
Em cada luta uma derrota
Em cada ponta de esperança
apreciei inenarrável promiscuidade
Segregada e ferida, foi-se a ilusão
Hoje, mais velha e sábia
permito-me caminhar sozinha
como apoio, uma bengala de madeira
que a minha mão com delicadeza abraça
um busto masculino entalhado
no mais precioso marfim.
DESPEDIDA
Cai no horizonte uma estrela, a sombra da lua, a silhueta curvilínea dançando uma música triste. Já não era você rabiscada em uma tela, num movimento apaixonado de um pintor, criando sua obra de amor. Canta essa musica ao soluçar do poeta, um cortejo de versos inacabados, todos do futuro para o passado, será a dor pela frente. Grita a noite nublada sob protestos dos enamorados, chora o viúvo sua bela amada, mendiga um único beijo, um único abraço, já vai longe a fantasia imaginada, singra o peito como sangue caindo sobre a terra. Seria o quarto vazio do filho desaparecido, a despedida da mãe que se foi para sempre? Qual dor se compara a solidão, mesmo diante do espelho? Se na própria imagem o nada é seu amigo companheiro, tens a morte como divida não paga, e o horror da infeliz condição, o palhaço chora por não fazer sorrir.
DESPEDIDA
Em cada despedida há um adeus
Na incerteza de um novo encontro
Da ansiedade que suspende-se na alma
Morremos, rezamos, rogamos, suplicamos
Amamos a esperança que é eterna
Imploramos ao tempo que a saudade
Nos cure deste maldito tormento
Imploro-lhe a paz que as ausências
Sequestram os nossos desencontros
Que da vida afasta-nos por mera abstração
Da mente doente que envolve as emoções
Talvez com o vinho entre as ruínas
Que habitam estas quatro paredes
Embalsamemos com as pinceladas de cores
Num duelo na sombra explorando a noite
Em cada despedida em cada adeus.
❤╰⊱♥⊱╮❤
É minha gente todo dia é uma despedida, uns vai, outros vem, alguns pegam um avião e vão mais além, onde toda essa gente vai chegar? não sabemos, o que sabemos é que sempre terá alguém a esperar e a chorar. Ai... nem terminei ainda e já bateu aquela saudade provocando suspiros profundos, no entanto não dá pra fugir da lei da vida: "Coisas boas se vão para que melhores possam vir" já dizia Caio de Abreu. É meus amigos´... é triste afirmar isso, Mas tudo passa, eu poderia terminar esse texto amanhã, Porém se tudo passa, vai que nesse intervalo a minha vida se vai com o tempo! Pensando nisso o terminarei aqui agora com a frase mais bonita ou mais triste, Mas isso é vocês que decidem como interpreta-la. "... E no final de tudo o que terá valido a pena é o que permaneceu com você e não o que passou por você"
No ínterim da vida, um mal estar, uma despedida
De mim. De quê?
Acho que eu dormi nos intervalos da chegada, da partida.
E a cada despedida eu me pergunto se é o fim
Ontem, morreu um bicho dentro de mim,
E hoje as suas tripas me degolam
Um bicho esguio e luminoso... Sei lá...
Só sei que estava aqui porque agora não está,
E se nunca esteve, tem um espaço aqui pra ele... Vazio, vazio
No ínterim da vida, um não estar, uma despedida...
Assim foi que eu fiquei desfalecida no sofá do quintal velho
Enquanto uma semente que virou broto que virou árvore e virou árvore
De repente, virava árvore que virava broto e virava semente
Semente que se enroscou e bloqueou minha garganta
Semente que dói feito pedra.
O que eu sei é que até ontem havia um caixão por aqui
Um caixão que ninguém abriu
O cadáver... Não sei bem... Mas acho que era morte/por segundo
Talvez por cárcere privado, talvez por conveniência.
O que eu sinto, vejo e ouço é que até hoje fede e bate na madeira inutilmente.
Aconteceu...
No ontem de algum dia
Em algum olhar distante, vazio e doloroso.
Eu não sei... Mas eu me lembro,
Como uma sensação no escuro.
Ano passado, na festa de despedida de uma amiga, ouvia calada e com atenção seu dolorido discurso sobre o quanto ela se preocupava com a decisão de ir embora. Dizia se preocupar com a saudade antecipada da família, com a tristeza em deixar um amor pra trás e com a dor de se afastar dos amigos. Ela iria embora para Londres com tantas incertezas sobre cá e lá, que o intercâmbio mais parecia uma sentença ao exílio.
Dentre dicas e conselhos reconfortantes de outras amigas, lembro-me de interromper a discussão de forma mais fria e prática do que gostaria:
“Quando você estiver dentro daquele avião, olhar pra baixo e ver todas estas dúvidas e desculpas do tamanho de formigas, voltamos a falar. E você vai entrar naquele avião, nem que eu mesma te coloque nele.”
Ela engoliu seco e balançou a cabeça afirmativa.
Penso que na época poderia ter adoçado o conselho. Mas fato é que a minha certeza era irredutível, tudo que ela precisava era perspectiva. Olhar a situação de outro ângulo, de cima, e ver seus dilemas e problemas como quem olha o mundo de um avião. Óbvio, eu não tirei essa experiência da cartola. Eu, como ela, já havia sido a garota atormentada pelas dúvidas de partir, deixando tudo pra trás rumo ao desconhecido. Hoje sei que o medo nada mais era do que fruto da minha (nossa) obsessão em medir ações e ser assertiva. E foi só com o tempo e com as chances que me dei que descobri que não há nada mais libertador e esclarecedor do que o bom e velho tiro no escuro.
Hoje a minha amiga não tem mais dúvida. Celebra a vida que ela criou pra ela mesma lá na terra da rainha, onde eu mesma descobri tanto sobre minha própria realeza. Ironicamente – e também assim como eu – ela aprendeu que é preciso (e vai querer) muitas vezes uma certa distancia do ninho. Aprendeu que nem todo amor arrebatador é amor pra vida inteira. Que os amigos, aqueles de verdade, podem até estar longe, mas nunca distantes. Hoje ela chama o antigo exílio de lar, e adora pegar um avião rumo ao desconhecido. Outras, como eu, e como ela, fizeram o mesmo. Todas entenderam que era preciso ir embora.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.
O navio segue com um único tripulante com a certeza da despedida deixando um amor para trás. O navio segue aos ventos de qualquer direção com um coração naufragado.
Despedida
Pq tudo tinha que ser tão difícil
Pq vc sempre na deixou na dúvida
Pq vc nunca demonstrou a mim
o que demonstrei a ti como sempre te amei
Pq tudo tinha que ser tão bom e ao mesmo
cheio de tristeza e dor
É agora acabou ,mas estará na minha alma
a marca desse amor e a cicatriz da dor que a envolveu
Adeus amor
afogo meus sentimentos em um copo de veneno,
vanglorio cada momento nessa despedida,
desse que foi o amor embora não compreenda,
seja mais a morrer de amor parece uma doença,
sei que não acharam a cura,
só a bebida para afogar as magoas, ou veneno tardio,
que acalma o desespero no final nada acaba,
embora o passado seja melhor remédio,
a dor sempre será intercalada no nome do desejo,
me calo na escuridão murmuro meus pensamento,
no foi por que foi então já se foi,
nada como antes apenas o tempo passou,
as marcas no coração são vestígios da emoção.
por celso roberto nadilo
Uma despedida com uma lágrima...
É como o tempo...
O tempo é infinito...
Mas não pára...
Nem volta atras...
Hoje, fiquei no lugar do nosso primeiro beijo de despedida. Lembranças turbulentas rodearam minha mente.
DESPEDIDA
Colocou a xícara no pires
com a colherzinha mexeu
bebendo o café com leite.
Sem nada falar
acendeu um cigarro
fazendo círculos com a fumaça.
Pôs as cinzas no cinzeiro.
Sem nem olhar, seu chapéu
colocou e pela janela espiou.
Chovia! Levantou-se.
Vestiu a capa de chuva
porque a chuva caia.
E saiu.
Sem uma palavra
Sem nem um olhar.
®Verluci Almeida
020506
A despedida fora um dar de mãos... o casal ao lado soube expressar bem o momento: um beijo molhado e demorado como se não houvesse mais amanhã a ser vivido (e quão bom é essa sensação, de quando o tempo não é influenciador de suas emoções, quando o agora fica por dias naqueles minutos; quando o pôr-do-sol para, apenas para dar mais clima ao momento, quando o vento passa aconchegando e faz das pessoas meros vislumbres animados);
[...]
A despedida fora um dar de mãos... mas se os olhos falassem (ora, e pois se não falam!? Gritam as alegorias do coração. Berram os distúrbios da mente. Induzem indelicadamente um profanar de palavras desanexas a sua alma), diriam: fica comigo mais tempo. (Desencontrei-me ao seu encontro)
Despedida!
Um dia!
Quando minha alma
se acostumar
com a sua ausência.
E meu coração passar
a te achar comum.
Será a sua alma,
que sentirá a solidão
e o vazio do espaço,
que ficou sem o meu amor.
E aí!!
Serão seus olhos a chorar…
E não os meus!!
Arruma e desarruma as malas aonde encontrar guarita
Mas a vida sempre será angustia na despedida das escolhas que “perfaz” o amanhã…
Em qualquer sombra haverá sempre um desamparo…
O que fica de uma certa forma parte com o que foi…
Busca o riso, a alegria, pois todo dia é dia de aprender uma lição.
Essa é a mitologia, a filosofia e a religião
Despedida, esta, por ora necessária. Olhos mornos, sorriso esvaecido, abraço desconexo, inquietude nas pernas. Separação; já esperada.
Há um fôlego que suspira além do próprio ar, para o amor não há despedida mesmo quando nada mais restar.
Ele voltará de onde veio, átomo indecifrável que permeia o lindo céu de sol, estrelas e luar,quem irá decifrar?
Tem beijo carinhoso. Tem beijo lento. Tem beijo safado. Tem beijo com gosto de despedida. E tem o seu beijo, que me faz querer-te todos os dias.