Tradição Gaúcha
A Tragédia Gaúcha...
A Enxurrada, a enchente, a devastação,
O Rio que sobe, a barreira que desce, a destruição...
Os prejuízos incalculáveis, as perdas irreparáveis, a desilusão.
Os bens perdidos imensuráveis, os sonhos falidos inimagináveis desolação...
De tudo que sobra, destroços de obra, esforço redobra, que Situação!!
Em meio à escombros, deslizes e tombos, de ombro a ombro, a intervenção!
Solidariedade, Voluntariedade, na intensidade do Coração ❤
A mão amiga estendida, a ajuda concedida, uma Nação unida, interação...
A integridade, a boa vontade, a benignidade, em prontidão!
O Valor de cada Vida, cada alma envolvida, procurando uma saída, a Solução,
O mais triste dessa história, em meio a trajetória, é ver que há uma escória, sem qualquer uma noção...
Gente oportunista, de uma Ganância egoísta, fria e calculista, sem dó e sem compaixão!
Gente muito abaixo da média, que se aproveita da tragédia, pra se dar bem com a situação!
Se dar bem é uma ova, cavam sua própria cova, mergulham na condenação!
Nossa Fé em Deus permaneça, que a esperança prevaleça, que dias melhores virão !
Cada prece, cada pedido, cada coração envolvido, traga paz e restauração !
Deus abençoe o NOSSO BRASIL!
LCS...ENJ
tchê não tem como não gosta de música gaucha sendo gaúcho,eu ouço um tchê garotos ou tchê barbaridade da vida já vou cantando um vanerão.
Alma Gaúcha.
A cuia é de porongo,
A conhecida cabaça trepadeira,
Minha bomba é de prata,
Polida e tralhada,
Com requintes de elegância,
Minhas trincheiras são diferente,
Uso erva de primeira,
Água quente no porongo trabalhado,
Um trago na frente da lareira,
A gaita folheada,
Vai chorando nas estribeiras,
Alma Gaúcha,
Tradição que ultrapassa os verso ensolarados,
Na poesia cancioneira,,
E no poema improvisado,
Ninguém barra nas fronteiras....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Força Gaúcha: Uma Homenagem ao Povo do Rio Grande do Sul
Nas terras do sul, onde os campos se encontram com o céu, um povo guerreiro enfrenta tempos de prova e dor. O Rio Grande do Sul, conhecido por sua bravura e labor, hoje sofre com as marcas de um desastre sem igual.
Frente a chuvas implacáveis, casas, pontes e barragens se desfizeram, mas o espírito gaúcho permanece indomável. Este povo, unido por objetivos comuns, não conhece a palavra desistência. Trabalhadores incansáveis, estarão juntos na resistência.
As vidas marcadas pela tragédia, os desaparecidos entre escombros, as famílias desabrigadas clamam por nossa solidariedade. Enquanto choramos os que se foram, também celebramos a força daqueles que permanecem, reconstruindo, dia após dia, o solo que tanto amam.
Ao povo do Rio Grande do Sul, oferecemos nosso apoio incondicional e nossa admiração. Que a prosperidade retorne aos vossos lares e que a união continue a ser a vossa maior força. Estamos convosco, hoje e sempre, na reconstrução de cada pedra, cada ponte, cada casa e, em cada oração e em cada gesto de apoio.
Com respeito e esperança,
Eu sou gaúcha, mas nunca fui particularmente entusiasta de ser gaúcha. Na infância, vestia o traje de prenda, cantava músicas típicas e dançava na escola, como se fosse algo lúdico. Achava que, num mundo globalizado, pertencer a uma região era coisa do passado. Acreditava que éramos todos cidadãos globais e pós-modernos. Mas então vi minha terra arrasada, as ruas por onde caminho alagadas, o bar onde costumo ir com meus amigos debaixo d'água, o centro da cidade, onde há apenas duas semanas houve carnaval, inundado. Vi as cidades arrasadas, as pessoas com barro nas pernas e lágrimas nos olhos. Vi a água levar tudo, tudo, da minha gente. Foi aí que percebi o quanto pertenço ao Rio Grande do Sul. Pertenço à gente que amo, aos meus conterrâneos, e a dor de todos é minha também.
Li no jornal uma carta de uma senhora narrando a enchente de 1941. Enquanto ela descrevia a água subindo no centro de Porto Alegre, nos bairros Navegantes, São João, Menino Deus, nas ruas de Praia de Belas, com o Pão dos Pobres sendo evacuado, eu sentia um arrepio. Parecia que ela estava narrando minha própria experiência. Solidária, ela me deu voz e as suas palavras devolveram as minhas. Então, ela usou o termo "flagelados" para descrever aqueles que perderam tudo. Aquilo me assustou, achei forte. E me dei conta de que é uma das palavras que dá dimensão do que estamos passando. Um estado debaixo d'água, com milhões de flagelados. Não falo apenas daqueles que perderam suas casas ou entes queridos, falo de todos nós que estamos em estado de choque diante dessa tragédia. Dos meus amigos que saíram às pressas de casa, dos que perderam tudo, dos animais nos telhados, do vizinho idoso que vai comigo buscar água no espelho da Redenção, com nossos carrinhos de feira. E uma semana parece um século.
Há um mês atrás, quando a vida era feliz, estava no Rio de Janeiro e vi a exposição que Ailton Krenak realizou a curadoria, no CCBB. Lá tinha uma imagem de dois meninos e um homem num barquinho. Só se via a copa das árvores e muita água. Estavam sobre a aldeia onde moravam. Fiquei comovida, imaginando como seria passar por isso. Achei que entendia, que minha empatia alcançava. Eu estava errada. Eu não sabia de nada. A tragédia não se empresta. E o que posso fazer, como Krenak fez, é contar. O que quero dizer é que vamos viver, vamos reconstruir.
Nas coxilhas da alma gaúcha, a Mata Atlântica é a tapeçaria verde que entrelaça nossas histórias. Entre ervas e araucárias, a natureza sussurra segredos de um sul que abraça a diversidade, e em cada folha, encontramos o eco da responsabilidade de cuidar dessa joia escondida sob o céu do Rio Grande.
Bom Jesus do Oeste
Bom Jesus do Oeste,
nasceste Linha Gaúcha
e o teu nome consagra
a quem se deve
toda a mais grata prece.
Bom Jesus do Oeste
tu és filha gentil dos caboclos,
e desta História todos
admiram, a gente reconhece
e virou o destino de povos.
Bom Jesus do Oeste,
tu és reconhecida pelas tuas
matas, cachoeiras e belezas,
e deste caminho de ternuras
o meu coração está entregue.
Bom Jesus do Oeste
amo a tua gente amável,
vou onde o vento do Oeste
a araucária ainda venera,
és fortuna brasileira e poética.
Iraceminha
Pequenos lábios de mel,
sonhos gigantescos
e bem brasileiros,
A tua gente gaúcha
com coragem te ergueu.
Iraceminha querida
e hospitaleira como
ninguém tu bem sabes
ser amável e por esta
nossa Pátria guerreira.
Pequena saída de mel
e com amor inesquecível,
é deste jeito que a sua gente
com constância te devota.
Iraceminha é
na poética do teu Lajeado
que leva o teu nome
é onde até hoje o meu
coração permanece apaixonado.
Região bonita, Maravilha!
És minha estância poética
onde a imigração que honro
inoxidável por tudo o quê
foi, tem sido e assim será:
Minha Iraceminha em tupi,
guarani ou no idioma pátrio,
a minha poesia sempre homenageará.
A ventania minuana
balança com firmeza
o Brinco-de-Princesa,
Uma lembrança gaúcha
regressou na cabeça,
As rédeas do coração
hão de ser entregues
nas tuas mãos sedutoras,
E certamente há de ser
escrito o melhor poema.
Explicação Gaúcha
Sempre que os anjos
lavam a Cuia do Universo
para o nosso Deus colocar
o Chimarrão de estrelas,
é sinal que aí vem chuva,
Nunca tinha ouvido melhor
explicação do que a gaúcha.
Pilcha gaúcha masculina
Bem alinhado com a sua
pilcha gaúcha masculina
no ritmo desta Chula
o meu coração você fascina.
Boleadeiras
Começa a tocar o acordeão
a canção gaúcha esquecida,
As boleadeiras giram no ar,
as esporas tocam o chão,
a gauchada eleva o refrão,
o meu campeiro coração
dança com toda a vibração
e assim todos honram a tradição.
Esta bonita Cuia Gaúcha
é a minha confessora
que ouve o meu coração
sobre a sua existência sedutora.
"Na tradição da igreja, a forma mais fácil de expulsar nossos demônios é sabendo o nome deles. O mesmo ocorre com nossos sentimentos. Só conseguimos exorcizar nossas angústias, quando as reconhecemos, criamos uma intimidade com elas e admitimos sua existência. Por isso, quando a tristeza vier ao seu encontro, seja solista, abra a porta e reconheça sua origem. Só depois terá propriedade para exorcizá-la".
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