Tortura
A Economia produz tortura massiva. Não existe tortura mais democrática do que ela, em algum momento até os super ricos se encontram com ela cara a cara. Se a Humanidade tivesse essa consciência a tortura de fato já teria sido abolida no mundo.
O laureado em rima
e o seu ritmo
de tortura branca,
brinca com o quê
dizia ter sido um
atingido frontal
e ainda sem
dar respostas reais,
pensa que a todos
sempre engana
em tempos
de quem não lê
e não se investiga.
Ele não passa de
mais um guiado
por quem jogou
a melhor tropa
e o General nos
sótãos e porões:
só não vê isso
quem pouco se
esforça ou ignora
os rastros dos que
semearam ilusões
indutoras de estupidez.
Tudo só vem se
atrasando a cada
vez que se opta
por uma atitude
sem pensar e agressiva,
o autoproclamado
ainda dura porque
tem quem dê
importância e quem
prenda até
membro da família;
no fundo mãos
pesadas ou poesia
não passam
de pura pirotecnia.
Atitude de quem não
tem nada a provar
porque nada houve,
e quer sugestionar
quem a história
não conhece por
meio da criação
artística de um
ambiente sensorial
ou aroma ditatorial
para quem sabe ler
particularmente
tudo anda muito igual.
Não se sabe
mais nada,
O silêncio
só aumenta
e tortura,
E não me
conformo,
Não sei
viver sem
saber de tudo,
Sei que não
vou mudar
o mundo,
Só acho que
posso tentar
ser poeta.
Se o Major
foi forçado
a se suicidar
ou se não
aguentou
a pressão,
Não se sabe
a verdade;
Só se sabe
que o estado
é delicado.
Não há luz
e sobra dor,
Até que me
provem o
contrário
Todos estão
ameaçados
para não
denunciar
os maltratos,
Quase não
há mais ar,
Faltam janelas.
Tudo me faz
atordoada,
A dor alheia
à revelia
transferi
para mim,
Não convivo
bem com
a indiferença,
Não soube
de mais nada
do General
e da tropa,
Dessa história
só quero crer
que haverá
um bom final.
Faço votos que
isso não passe
de um mal
entendido,
de uma intriga
ou mesmo de
um pesadelo;
Porque custo
a acreditar
que entre
os Filhos
de Bolívar
isso esteja
acontecendo.
DÚBIO (soneto)
Falei tanto de tristura!... de solidão
Silêncio, tortura, nas rimas negaça
Ou ninharia fugaz, que vem e passa
Na brisa breve que veio, duma ilusão
O verdadeiro valor, é cheio de graça
Simplicidade, afago, farto de emoção
Todos lavrados e vindos do coração:
O abraço certeiro, passeio na praça
Falei tanto de melancolia! baixinho
Ou até mesmo em um alto vozeirão
Se bom era poetar somente carinho
E nas tais rimas de delírio e barulho
Só sofreguidão, me fiz pequenininho
Na poesia infeliz, sem amor e orgulho...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
TORTURA ...
Aqui – um soneto de amor enrabichado
Torturado, com saudade, cheio de emoção
Lembrando cada olhar e cada beijo dado
Em ti, que fez de teu servo o meu coração
Aqui – um ritmo poético e compassado
De um sentimento tão pleno de paixão
Afeto e promessas dum desejo arrojado
Onde minh’alma teve mais que sensação
Aqui – é um soneto de minha sofrência
De um passado no cerrado de carência:
Da tua atenção, teu abraço, o teu calor
Vai, aqui, a minha poesia falar-te, então,
Do quão de te sinto falta, falta de vazão
Da dor, que sinto no vazio do teu amor! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/03/2021, 05’05” – Araguari, MG
O ALGUÉM
Em solidão cruel, tal o sofrimento
Em seguido sofrer, bravia tortura
Chora o versejar em triste figura
Criando versos com tal tormento
E ver no verso árduo sentimento
Facilmente dói, dor que não cura
Num vagar cativo de desventura
A quem crer apenas no momento
Então, não tenha todo o motivo
A quem dê a parte que lhe tem
Pois, toda a parte tem o relativo
Ó sensação, traga-me só o bem
Dando para o perverso corretivo
E ao meu verso o único alguém!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 julho 2024, 18’57” – Araguari, MG
Os sótãos e calabouços
rugem a devastação feita
pelo isolamento e pela tortura,
demoliram os sinais de fé
na vida e andam tentando
incinerar toda a poética:
(E ainda há quem insista
desfilar o seu ego inflado,
violar a lógica da hora
e espargir a vaidade política
neste momento de pandemia).
Cada versejar tem sido de minha
responsabilidade real,
versejo também a América Latina,
o tempo, o vento e os sonhos
de reconstruir os rumos da História:
(Não é segredo para ninguém
que não conheço a tropa
em situação muito brutal
e o General que continua preso
injustamente e incomunicado
há mais de sete meses).
Que me custe a simpatia de todos,
pois falo o quê a minha
consciência manda falar,
não dou aquilo que não se pode
ao autoritarismo de ninguém dar:
o silêncio como púlpito
para a voz da História se silenciar.
A insegurança me domina
A ideia de perder-te, me abomina.
Seu sorriso, me fascina.
Seu cheiro, predomina.
Seu jeito, contamina.
A abstinência do seu corpo, tortura.
Vejo-me a beira da loucura.
Sua ausência, só seu ser cura.
Minha mente, a sua voz procura.
Sem ti a vida se mantem obscura.
Você foi de longe o pior erro da minha vida
O aperto que mais doeu
A imensidão que mais escureceu
A pior despedida
Chegamos ao nível "loucura"
Nesta vida cheia de sacrificos
Consumava encher-me de vícios
E o que me matou foi o pior deles, você.
O maior número de bebidas
Os piores tragos de tantos maços de cigarros
As mais turbulentas noites dormindo em carros
As mais sangrentas feridas.
Às vezes, bem raramente
A gente se combina
Transformo-te em verso,
Me entrego à rima.
Você foi a pior traição
Foi mar turvo, enquanto eu era piscina
O lado negro da minha sina
A nota torta que estragava a canção.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Lições sobre vícios}
Informação privilegiada nas mãos de quem não pode decidir sobre ela pode se tornar instrumento de tortura psicológica, ansiedade e contrariedade.
Podem traçar meu corpo à chicotada.
Podem calar meu grito enrouquecido.
Para viver de alma ajoelhada.
Vale bem mais morrer de rosto erguido.
Sobre o arrependimento...
De tudo que vivi e fiz até aqui, de nada me arrependo...Sei que tem coisas que eu poderia ter feito melhor ou diferente, nem tudo foi um mar de rosas...Tive fases difíceis, com problemas maiores do que a minha memória, hoje
os revela ....Mas tudo foi aprendizagem, os risos... Os choros...Cada qual de certa forma, algo me ensinou. Não me permito
"arrependimento", porque o arrependimento nos tortura, nos trava e nos impede de viver e sonhar!
Existe uma diferença entre passar por um problema e viver sistematicamente no problema. Quando gera aprendizado significa que foi superado, senão, torna-se gotas diárias de tortura.
Aqui no brasil a forma de julgamento e muito simples e rapida
O cidadão e julgado pela lei do preconceito social
e nao pelos fatos realmente ocorridos
Isso e uma forma de justiça preguiçosa que vem dos remotos tempos do brasil colonia
Ate os dias de hoje no brasl e mais facil fazer o cara assinar sobre tortura doque perder tempo investigando
Sozinho em meio a densa fumaça que cobre meu quarto, delirando sobre alguns graus de febre e a overdose de remédios, meus fracos pulmões relutam ainda em suspiros para eu não apagar de vez, contudo, não importa, um dia a mais um a menos, lamentos, lamentos, delírios de alguém que já não vive mais, apenas, sobrevive, não espero mudanças, apenas aguardo o final.
INJUSTO MARTELO
E haverão de pagar
Aquelas que nunca deveram
E haverão de confessar
Os pecados que não cometeram
Fazer falar o que não é
Repreender de forma dura
O simples fato de contrariar
As levariam para a tortura
E como justo seria
Há quem já ia pra julgamento ciente da condenação
Mães, filhas e principalmente
As que apenas pediam pedaços de pão
Não peça-me para esquecer
A injustiça não pôde quebrar nosso elo
Eternamente estampado em seus dogmas
Será a figura do injusto martelo