Textos Tristes sobre Suicídio
“O CORAÇÃO SEMPRE vence a razão. O coração, embora seja imprudente, suicida e masoquista de um jeito só seu, sempre ganha a parada. A razão pode ser a melhor
opção, mas agora tô cagando para o que a voz da razão tá me dizendo. Agora só quero viver para o momento”
Entre o Agora e o Nunca/ Redmerski, J. A
Eu entreguei ele a Deus. O que fosse melhor para ele e que fosse feito. Ele não se suicidou, mas ele simplesmente não lutou. Ele quis chegar ao fim porquê ele disse "Mãe, meu lugar não é aqui eu quero ir me embora, eu quero ir para um lugar melhor" E isso foi feito.
(Mãe de Renato Russo, após sua morte)
inverga a corcunda
minha querida
atiça e confunda
o suicida
abunda e inunda
a sua vida,
rotunda a Raimunda
adormecida
agora, imunda e convencida
que afunda, profunda
se esquecida
de mim
a fumaça disfarça,
a despedida
desfaça a mordaça
homicida
abraça e arregaça
bem atrevida
estilhaça a desgraça
em contrapartida
com graça e devassa
de alma despida,
bandida, me enlaça
e fim
(repe-titiva)
Medo de Cores
Há noites no qual sinto vontade
de me trancar em um quarto de hotel
e suicidar com o meu próprio medo.
Por causa do tempo isolado,
longe de tudo e pelo desajeito
ao deparar com algo branco, afastado
feito para inventar uma passagem do inócuo dia.
Uma forma concreta, um quadro
e nele pintar um sentido reto de linha
para criar de passo em passo
uma obra de arte, a vida.
Charada
Meu amor é igual suicídio
não tem explicação
se acontece, é de repente
Olho para a ponta do nariz
(e vou)
nado de braçadas
e ando pelas ventas
digo amor...
abraço essa causa,
sem culpa.
Escuto embaralhado
vejo uma bagunça
que nem me preocupo
em organizá-la
ou buscar atalhos.
Meu amor pode nascer de qualquer lugar,
até debaixo de uma árvore
por isso não fico preocupado
se ele irá surgir,
continuo a andar por aí
sem olhar para o relógio
e com o cabelo despenteado.
mais tarde
abro um vinho
reflito nisso
pelas ruas prossigo
emocionado
por não saber explicar
e nem controlar
este meu amor divino.
Walmor Chagas
Leio que Walmor Chagas suicidou-se com um tiro na cabeça e imagino quantas vezes ele não repetiu o gesto de apontar a arma para a própria cabeça e raciocinar, ou mesmo acovardar-se, do ridículo da situação.
Até que isso não lhe parecesse mais ridículo do que manter a própria vida.
Suicídio
Quis fugir daqui
A dor era dilacerante
um corte inesperado
ah! amor, como pude?
por um instante pensar que ar não era preciso...
Deslumbrada, desvairada
e profundamente corroída
Cheguei ao último instante!
Não! não era a minha morte
que eu almejava
Era por fim na dor que me dilacerava.
MENTE SUICIDA.
Fixação pelo fim.
Tudo acontecia de repente, era como um céu ensolarado que do nada começa a chover, assim eram as crises aterrorizantes. Antes de virar pó por dentro, gritava, chorava, tentava desabafar e se estressar absurdamente por coisas sem motivos, depois começou a se esconder do mundo, a falar menos, a sorrir menos, mas tudo bem lentamente quase que em câmera lenta. Sorria e dizia estar tudo bem, ninguém reparou naquele sorriso, ele pedia socorro. O silêncio aguçada ainda mais o barulho ensurdecedor que consumia sua mente. Agora, anos mais tarde, já não se estressa como antes, não sai mais como antes, não sorrir mais como antes. Escreve pra não esquecer de si mesmo. Virou cinzas e o vento soprou elas por toda parte. Não pôde escapa das armadilhas da mente e foi presa sem correntes em uma prisão sem paredes e sem grades. Foi o predador de si mesmo e foram dias difíceis, mas ultimamente, diferente dos outros dias, não existem mais forças, esperanças, fé. Não se enxerga mais nada diante dos olhos, nada que tenha cor, nada que faça sentido, que motive ir além. A sensação é que não existe nada, tudo foi consumido pela dor, pela angústia, pelo desespero de não saber mais nada de si, não saber do que gosta, o que quer ter e ser. Aos poucos foi se afastando de todos para fugir de questionamentos, se afastou de tudo, até mesmo do espelho. A angústia de não se sentir, transformou-lhe no que é hoje, um ser vazio por dentro e por fora. E é aterrorizante sentir necessidades fisiológicas e não se sentir viva. Hoje é rorobotizada , tudo o que faz, é programado desde o básico ao mais complexo, sua mais relevante tarefa diária é não escutar a própria mente e permanecer aqui tentando chegar ao fim do dia, todos os dias.
Hoje de uma maneira quase suicida durmo e não quero acordar,
Não só para escapar do caos dos problemas e da minha caótica vida,
Mas sim para permanecer nos meus sonhos
Onde sou tudo aquilo que aqui não consigo ser,
Onde tudo pode acontecer,
Onde tu nem pensa em ir embora.
Acordar é uma violência comigo mesma,
Como posso viver se quer mais um dia nessa realidade fútil e falida após sair da terra dos sonhos?
Onde minhas bochechas doem de tanto sorrir,
Onde os dias são uma aventura,
Onde o amor sempre prevalece,
Apenas hoje entendo porque o Peter Pan não queria deixar as crianças partirem da Terra do Nunca,
Pois nunca mais se contentariam em apenas serem livres nos em seus sonhos.
DilenaLove
De repente,
as infinitas causas mortis de todos os dias acabaram: dengue, enfarto, suicídio, câncer, assassinatos, acidentes, tuberculose, assaltos, feminicídio e tantas outras que são comuns diuturnamente em nosso cotidiano.
Todas pararam e cederam lugar ao COVID 19.
Apenas ele está matando, mandando as pessoas para o céu ou para o inferno, sem direito a velório e último adeus de seus familiares.
Isso tudo mostra como estamos sendo manipulados pela mídia e pessoas interessadas em disseminar o pânico, o terror e o desequilíbrio emocional nas pessoas.
Alguma coisa está errada nesse pandemônio!
melanialudwig 07/07/2020
O suicídio veio bem antes dos "13 porquês", o suicídio veio bem antes do jogo "Baleia Azul", o suicídio vem bem antes de Cleópatra se matar com o veneno de uma cobra, o suicídio veio do início e está até aqui com a mesma força ou talvez maior. Fique atento! Proteja quem você ama!
Ele é silencioso e rasteiro, Diz ser saída mais certa pra tudo, leva dizendo que tem razão quando na verdade é a opção mais errada e sem juízo, ele se estala na fraqueza para poder se realizar, ele é quem fecha os olhos de todas as formas possíveis!
O suicídio se justifica por amor como o de Romeu e Julieta, o suicídio se justifica por depressão como a do Presidente Getúlio Vargas, o suicídio se justifica por inúmeros motivos! Mas ele sempre "SEMPRE" pode ser evitado, basta ter atenção e cuidado. BASTA PROTEÇÃO!
quando você comete o suicídio
Você não mata somente você
Mas também morrem
Aqueles que te amam
Então não morra achando que ninguém te ama você tem família
Não morra por amor a ninguém
Ninguém será digno do seu amor
Se não você mesmo.
A vida é difícil , mas é vivendo
Que aprendemos
E é vivendo que passamos por
cima das dificuldades
A morte não resolve o problema de ninguém
Guardem os fogos 😂não haverá suicídio!
Ontem, conversando com uma pessoa, me veio a mente algo que eu já sei, mas muitos não...
Quando posto minhas lamúrias, choradeiras e serrazinas, mais que um surto claro por atenção, é uma forma de tentar prender a angustia que me abafa nesta fria tela de bondades a maldades.
Afastando, portanto, do meu coração o desprazer momentâneo,sei que o retrato externo pode parecer outro, mas para mim é uma estranha válvula de escape das minhas energias impuras mentais e extracorporais...
Modo singular mas autêntico depor porta a fora minha pequena morte de cada dia, meus prejuízos sentimentais e coisas que tais.
Isso, definitivamente nada diz de mim, engana-se quem acha o que lê fraqueza da minha pessoa, essa é minha fortaleza!
Não é certo que a força esta em não sucumbir? Eis o que digo, não há sucumbência, são súplicas momentâneas que dispersam os maus olhos por crerem ter atingido seus objetos, ao mesmo tempo em que orações dos bons me fortalecem.
Na angustia buscai a Deus, essa é a palavra, e digo mais na angustia, não guardeis dentro de ti teu "fel", disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza, fala o poeta.
Alguns liberam suas bestas em tantos diferentes lugares, os meus também assim o fiz, porém hoje não mais. Não tenha medo do escuro menino e menina, os monstros não estão lá, eles estão dentro de nós, procure uma forma menos agressiva possível e os emancipem...
É fato que na evolução constante, em breve devo sustar, este modo de suprimir fardos, no entanto, por hora, no quadro da minha existência neste ciclo desenhado por Deus, ao qual jamais questiono, isso me ajuda.
Portanto, sendo claro, "a César o que é de César", guardem os fogos.
Suicídio
Este coração é doente, suicída!
se joga do precipício
quando se recupera revolta-se
e lança-se novamente
Recolhe das dores o refúgio pro abismo profundo
Recolhe-se em silêncio....
esconde-se por detrás das mágoas
assim passa o tempo
O tempo passa....
Refugia-se em uma paixão avassaladora
Investe até os últimos suspiros vitais
depois esmorece...
Paixão cruel!
Veneno mortal!
adocicado cálice de mel
que se bebe aos poucos
lentamente prova-se o amargo
E a morte reserva o último gosto
a última prova e o último suspiro....
objetos ás vezes,
usados como anéis
colocados nos dedos pra esquecer uma aliança perdida
repondo o espaço vazio
assim usados
temos nosso corpo dourado marcado
nas curvas torneadas de objeto valioso
e sentimentos que se aprofundam.
Quando a necessidade passa os anéis se vão
As mãos balançam livres ao vento
o anel contenta-se com os cômodos escuros
as teias espostas por entre o tempo
até que outra mão o queira usar
até que se quebre o encanto...
como os anéis
os assim os amores são
vidas são desfeitas assim
alguns usam e outros são usados
objetos da mera estupidez humana...
Lição
Suavise a sua vida,
Encontre uma saída,
Ande de cabeça erguida,
Abandone às idéias suicidas.
Pense e tente,
Pois tu és gente,
Deixe de ser inocente,
Coloque a grande lente.
Enxergue melhor,
Pois ninguém é pior,
Nascemos do pó,
Sigamos o Maior.
Deixemos a dor,
Fluir o amor,
Esquecer o rancor,
Plantar uma flor.
Que tudo siga,
Que nada se vinga,
Que aprendamos a ginga,
E sigamos de cabeça erguida.
Não se leva nada dessa vida,
Temos lições repetidas,
Só chega no final, quem faz a melhor corrida,
Deixe saudades e nunca feridas.
Lourival Alves
Queria desesperadamente morrer
Planejou incessantemente o suicídio na mente
Vários métodos diferentes
Morreu por intermédio de cada um deles
Mas ainda assim não colocou em prática em realidade
Desejava desesperadamente morrer
Mas tinha medo de tentar e não conseguir
E então não sabia o que fazer
Me diz, quantos suicídios tem na conta?
Quantas dores, frustrações, depressões você conta?
Quantos sorrisos falsos, em suas redes sociais?
Quantos lomotiffs preenchem seus vazios existenciais?
Me diz!
Quantas pessoas irão suprir suas carências?
Logo que, perante sua própria solidão,
Tu só se encontra em abstinências.
Tudo isso,
Eu sei bem o que vocês contam!
Seguidores e curtidas.
São os quais mais te encantam...
Todos ilusórios, e inteiramentes superficiais!
Padrões da sociedade!
Meramente iguais.
Somos assim! Seres humanos, infames!
Viveremos perduráveis,
Meio a insatisfações contantes.
Foi quase um poema,
quase foi um suicídio,
era quase um eu te amo,
quase era um amor.
Hoje é saudade,
é hoje solidão,
foi uma grande decepção,
uma decepção já se foi.
Amanhã serão lembranças,
será amanhã esperança,
o ontem eu já esqueci,
ela também me esqueceu ontem.
Era quase uma poesia,
quase foi uma história de amor,
foi quase um amor,
talvez eu seja quase poeta ou
um poeta do quase.
O Mito de Sísifo
Segundo Camus, o suicídio é o único problema filosófico. Muitos visualizam no suicídio, somente uma maneira de conseguir o que almejam, a saber, extirpar o absurdo da existência. Então, provavelmente, ou é um pico de angústia muito alto, aliado a essa não subjetivação ou um pico, uma angústia contínua e perene que vive como ruído. É um pico de sofrimento tão alto e com pouco recurso para simbolizar esse sofrimento, você tem como defesa, desafetar, ficar em uma lógica um pouco cool, sendo mais da metade Blasé, sendo expert em defesas desinfetantes ou maníacas, indo ao movimento do consumo e se entretém e, quando você entra no olho do furação e enxerga sua própria vida, história, você mesmo não tem recurso, não tem pensamento, não tem formação psíquica, não possuindo conteúdo mental, verbal, simbólico, físico, sem linguagem, potencialidade, se ausentando da inteligência psíquica, cognitiva, para fazer face à vida, e se extingue o conhecimento e a consciência. É muito mais como uma defesa para uma angústia, para um afeto muito avassalador do que uma decisão de que está bom para mim.
ADÁGIO
Um carro verde avança o sinal vermelho
Um viaduto espera o suicida chegar
Trazendo no seu bolso um ás de espadas afiadas
O naipe é de metais e sustenta as notas no ar
É um adágio tenso e desgovernado
Seu riso de partida dilacera a cidade
Como um palhaço louco que há pouco incendiara seu circo
E agora a recompensa vale mais que o vilão
Agora um erro fez prevalecer a razão
Agora a sombra se faz aurora e senhora da luz
E aqui um desconhecido foi assassinado
por outro desconhecido.
LABIRINTO EM LINHA RETA
Estou perdido nesse imenso e insano poema sem fim
Nesse mar furioso, esse grande deserto, essa constelação
Sou um beduíno, um velho marujo, surfista dos céus
Navegando a esmo, buscando faróis, naufragando no cais
São teses, hipóteses, temas, teoremas
Conceitos, preconceitos, catedrais e cinemas
Homem x Vírus, Q.I. x poema, escalas de valores
Labirinto em linha reta
Eu viajo atento nessa rodovia de areia movediça
Sigo a canção do vento, caio junto com a chuva numa vila esquecida
Sou meu próprio risco, sou meu próprio templo , miragem de Deus
Com o coração em prantos, despedaçando meu colar de contas
São teses, hipóteses, temas, teoremas
Conceitos, preconceitos, catedrais e cinemas
Homem x vírus, Q.I. x poema, estou perdendo sangue
Labirinto em linha reta