Textos sobre Mar

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Me lanço ao mar.
Sinto o vento tocar meu rosto,
a água subir pelo corpo,
conforme avanço contra as ondas.
O sol na pele, o suor, o rubor.
O calor transborda,
até a água me abraçar.
Sempre quando estou no mar,
eu me torno natureza.
Me torno beleza
Me torno parte do azul do teu olhar.

A vida não é um mar de rosas.
Aliás, geralmente está mais para uma mar tumultusoso
e bravio do que para um campo de papoulas.
Isso porque precisamos evoluir, e somente alcançamos
um patamar espiritual mais elevado em meio à dor e as dificuldades.
Não que estar feliz seja mal ou errado. Mas em meio às festas
raramente paramos para pensar naquilo que verdadeiramente
é essencial à espiritualidade.
Mas na hora do sofrimento não... Quanto a tormenta bate às portas
nada nos resta senão enxergar que somos incapazes para, sozinhos
resolvermos nossos problemas. É quando buscamos num poder superior
à nós mesmos, a manivela para sairmos do fundo do poço. Então evoluímos.
Que Deus nos abençoe.
Gratidão.

EM TI

Frente ao mar
Numa rua gorgulhando de gente
Numa esplanada barulhenta
Senti o teu olhar me tocar
Leve como pluma, lindo como uma flor
Morri no teu sorriso aberto
Como porta convidando ao amor
Respirei o teu ar e o tempo pareceu parar.
Insinuando-te lentamente, com leveza
Como brilho de sol em
nevoeiro de praia
a tua timidez contente
perdura ainda na minha mente.
Tua voz é doçura, ternura, pura emoção
Torna o meu corpo louco de paixão
Um encontro certeiro
Para descrever momentos inteiros.
Em ti saboreio a vida.

Navegando

Sou barco à deriva
Açoitado neste mar revolto,
O vento impetuoso sopra forte
As ondas que me assolam
Nestas águas tão voraz da solidão...
O tempo vai passando
E tão longe vai ficando
O porto tão seguro
Que me seria o teu amor...
Vejo por farol o brilho fraco dos teus olhos
Na penumbra destas nuvens de incerteza
De que ao teu porto ainda vou chegar inteiro.
Sigo navegando pela vida
Açoitado pelas ondas deste mar de solidão
Que não me impedirão o ímpeto
De um dia alcançar teu coração...

Edney Valentim Araújo

A falta de sorte é desconcertante, como um náufrago ao mar, em dias tempestuosos, nunca se sabe quando virá, e se virá à calmaria. É preciso esperar pacientemente pela virada de cada dia.
A vida é frágil, pode-se dizer que em solo, as chances são similares. Mesmo mantendo tantos pensamentos positivos sobre mínimas probabilidades, a verdade quase sempre negada vem à tona.
Cotidianos trazem as reincidências, acarretam problemas que são enfatizados e carregados como um fardo durante um longo período, a sanidade é perdida nesse meio, não se sabe lidar e os detalhes singelos que diferem não recebem o devido valor.
No entanto, diante de um leque interminável de possibilidades, ainda assim somos surpreendidos, esta é a síntese existencial. Abalar-se é normal, mas desistir não deve ser uma escolha válida, quem vive não simplesmente existe, mas aceita constantes desafios.

Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas,
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas.

Se ela deixasse, extático e suspenso
Tomar-lhe as mãos mignonnes e aquecê-las,
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o lume das estrelas.

Se aquela que amo mais que a luz do dia,
Me aniquilasse os males taciturnos,
O brilho dos meus olhos venceria
O clarão dos relâmpagos noturnos.

Se ela quisesse amar, no azul do espaço,
Casando as suas penas com as minhas,
Eu desfaria o Sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.

Se a Laura dos meus loucos desvarios
Fosse menos soberba e menos fria,
Eu pararia o curso aos grandes rios
E a terra sob os pés abalaria.

Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a Lua afogaria nos meus braços.

Se ela ouvisse os meus cantos moribundos
E os lamentos das cítaras estranhas,
Eu ergueria os vales mais profundos
E abateria as sólidas montanhas.

E se aquela visão da fantasia
Me estreitasse ao peito alvo como arminho,
Eu nunca, nunca mais me sentaria
As mesas espelhentas do Martinho.

EU O MAR.
Quando meu silêncio me gritou nas entranhas,
E vi o reflexo do meu rosto marcado pelos anos
Entendi feliz que não passei pela vida sem viver.
Vivi comendo os dias, varrendo dores, vencendo
Obstáculos, caindo e levantando.

Da janela vi o meu mar; meu porque sempre esteve
Bem ao meu alcance, beijando meus pés, ouvindo meus
Segredos no barulho cúmplice das ondas espumantes.
Agora vejo meu mar diferente de ontem; ontem não vi
As marcas do tempo, não vi que estou tão só quanto Ele.

Porém, não há remorsos, não há desapontamentos...
O tempo passou...
A vida me deu paixões relevantes, risos cheios de todos os sabores...
Não há razão para chorar a solidão...
Entre o barulho das ondas e a aparição espetacular da lua
Eu escrevo meus sonetos expondo ternuras passadas.

...Outra vez tiro os sapatos para sentir a vida da areia,
O beijo das ondas, o cheiro da maresia, a carícia do vento.
Caminho recitando poemas; recordo meus prazeres que ainda
me tiram um sorriso cínico e feliz dos lábios.
As pegadas deixadas? Deixo o vento apagar, são pegadas de
Um homem que dançou na chuva, brincou na lama, riu e chorou
sem sentir vergonha de viver a vida como se não houvesse amanhã.


Luly Diniz.
24/05/17

Da janela do quarto todas as manhãs o mar se mostra com a sua imensidão. Agora a noite eu o olho da mesma janela e parece que ele não está lá, não mais existe, pois meus olhos não o pode comtemplar. Mas eu sei que ele está lá. Não é por causa da escuridão da noite que ele deixou de estar presente. Eu tenho certeza, o mar está no mesmo lugar. Eu também, estou no mesmo lugar. O que mudou? A escuridão que sobreveio obscureceu minha visão, mas não a minha convicção. Eu sei, o mar está lá. Aí pensei... Assim é o nosso Deus. Se revelando por sua criação. Como uma parábola, mostrando-nos verdardes eternas. Assim é Deus. Ele está presente. No mesmo lugar dos tempos aureos da minha fé. Ele está aqui, bem perto. EU também estou no mesmo lugar. Porque não o vejo? Pelo mesmo motivo. As trevas tentam nos impedir. Mas creiamos, não há escuridão para Deus. Não é porque não o vemos que algo no coração de Deus mudou ao nosso respeito. Ele continua lá. (salmos 139.12 Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;) O amor de Deus, sua graça infinita, sua misericórdia, seu perdão, continuam a nos contemplar, com a mesma intensidade, com a mesma força, com o mesmo mover. Ainda que estejamos cercados por trevas (espirituais), creiamos que mesmo na Escuridão Deus está presente. Ele está no mesmo lugar, nos comtemplando e agindo em nosso favor, por seu amor eterno e leal. Por esse motivo. Mesmo em trevas, na escuridão, sei que posso confiar na sua doce presença a me comtemplar. Por isso aprendi o significado: ( Ele me guiou e me fez andar em trevas e não na luz.) Lamentações 3:2.
Quando Deus é a nossa Luz, ainda que as trevas nos sobrevenham, Ele nos fará andar em meio a elas. As trevas jamais nos imobilizará quando confiarmos que Deus está no mesmo lugar que prometeu. (Estarei convosco, todos os dias...Mt.28.20b)
Este é o segredo da fé. Confiar não nas circunstancias, mas naquele que é imutável, que é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Confie na Imutabilidade de Deus, confie no seu amor e na sua presença, no seu poder, e nada o impedirá de proseguir mesmo em meio a escuridão. As trevas são passageiras... agora entendo... O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Salmos 30:5b. a enfase não está nem no choro nem na alegria, mas na mutabilidade da noite, e na certeza do amanhecer. Amanhã quando eu acordar, e olhar pra pela minha janela, tenho certeza, o mar estará lá, porque ele do seu lugar nunca saiu. Isso é uma certeza irrefutável. Isso é a fé. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Hebreus 11:1
Que nesta noite possamos nos alegrar por crer, que Deus mesmo diante das trevas que de vez em quando vem nos assolar, continua no mesmo lugar, cuidando e amparando-nos em seus braços eternos. Amém
Um momento de reflexão. (Rejane Marques - 02/06/2017 às 20.11 em Natal RN.

Pra Ti Poesia

Eu não te dou o mundo,
Não te dou o cantar do vento,
Não te dou o mar profundo,
Nem o azul do firmamento!

Tu és o que eu contemplo
Na poesia toda sem dor!
Meus olhos pra tu imagem é templo…
E tu pra mim és meu amor!

Oh, como eu me inspiro
Só pra ti ser poesias!
Oh, quantos e quantos suspiros
Ao lerem estas linhas!

Enquanto nestes meus versos
Marulham letras como na água do mar,
Bem lá no infinito universo,
descansa o brilho do teu olhar!

Tudo que eu penso advém de você!
Que mar inexorável é esse que só faz o caos?
Onde devo me esconder do cheiro permeado na memória?
Achei que essa história seria uma visita de fim de tarde,
Mas inerente você disse ir embora quando ficou, na verdade.
Que som é esse que me atormenta quando te vejo?
E que hora é essa que me surpreende de tanto desejo?
Achei que, agora, você fosse de vez para fora daqui,
Mas, insistente você decidi ficar sem a sua permanência.
Que tom é esse que você usa para vingar dentro mim?
E que instência é essa que você mantem mesmo sem um fim?
Tudo que eu penso advém de você!
Sua visita de fim de tarde, sem qualquer aviso,
Decidiu ficar para o jantar.

A lenda da estrela cadente
Uma estrela no céu sentia-se solitária e pôs-se a voar, olhou para o mar e viu outra estrela nas ondas a nadar, ela estava muito só. Era a estrela do mar. As duas estrelas se olharam, se encantaram e Juntas nadaram. As duas estrelas apaixonadas ao darem o primeiro beijo transformaram-se em estrela cadente e puseram-se a voar. O amor era tão grande que viraram uma só. Um rastro luminoso como um risco no céu apareceu abrilhantando a doce união daquelas estrelas. É por isso que de vez em quando uma estrela cadente risca os céus. Isso acontece sempre quando uma delas desce a Terra em busca de seu grande amor, a estrela do mar, que depois é levada para viver para sempre no céu. Muitos casais ficam olhando atentamente para o céu tentando ver alguma estrela cadente para que seu amor brilhe eternamente!!!. Se por um acaso a vires, faça um pedido como faz tanta gente que ele se realizará.


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A cada dia que passa mergulho num mar de saudades, e quando fecho os olhos vejo mentiras e decepções.
Tento sair desse mar de sofrimento, mas não consigo, oculto a minha dor para que não a possam ver.
A chuva de sofrimento inundou o meu coração, o teto caiu e já não consigo me proteger de tanta dor.

A PERDA DE UM GRANDE AMOR

Sinto -me como um náufrago,
Navegando em mar desconhecido.
Uma grande tormenta passou por mim.
As águas estão turvas demais, pois todos os elementos da profundezas vieram a tona.
Navego agora com o que me resta do meu frágil barco.
Olho para o horizonte e não vejo terra firme.
Não há porto seguro, somente medo.
No meu entorno, brumas hialinas me envolvem no terror da incerteza.
Se o sol brilhar, me queimará,
Se a chuva cair, me inundará,
Se o vento soprar, me desabrigará.
E quando o mar se acalmar, inimigos vorazes irão tentar me tragar.
Mas seu AMOR me salvará.

Ilha além-mar

São Luís do Maranhão, ilha de
Encantos hipnóticos.
Azulejos que lançam
Sorrisos por todo lugar.
ilha majestosa.
ilha além-mar.
És bela, linda ilha.
Tempestade na calmaria.
Mistura entre
Passado e futuro.
Presente da gente.
No bumba meu boi,
Baila com a lua cintilante
És cultura brincante!
Amo teus mistérios...
Teus segredos revelados pelos búzios.
Testemunhados pelas ondas do mar!
Ensina-me ilha
Ensina-me a viver
A sonhar
A voar nas asas
Nas asas dos sabiás!
És tombada com histórias
Lendas,
Versos,
Poesias,
Estrofes, músicas e
Rimas...
Da fonte das tuas pedras,
poetas a jorrar
Peça-me que te obedeço...
Reverências a ti, ilha prometida!
És poesia destilada.
Transbordas nas tuas margens
Histórias... paisagens
De uma ilha, além-mar.

"Não tem jeito, sou mar. Profundo, intenso, com infinitas espécies de sentimentos.
Uns nebulosos, turvos, outros cristalinos, puros.
Sou mar, nasci pra ser. Não consigo ser poça, rasa, simplória. Se eu pudesse escolher, seria rocha.
Inabalável, firme, segura e fria, mas nasci mar e as vezes me afogo em mim mesma."
Iasmin Borges

BEIRA-MAR

Ponta de cais é o catamarã
No olhar da menina, o tempo paralisa
E, o infinito repousa, enfim

Acotovelam-se até os pássaros
Querendo passagem
Alinhavando o vento
No sopro da poesia

Desnudando a terra
Garimpeira de vistas
A beira-mar faz revista
Das visões que trago em mim

Água e óleo...

És mais bela que o mar...
Tão linda que a vontade é só Amar!
Difícil é parar de olhar, pior é explicar um pouquinho do meu pensar…
Prefiro me calar, para não assustar e correr o risco de te afastar.
Sei que é difícil, mas irei me controlar, não sei até quando vou aguentar, olhar e não falar que faria de tudo para te …
Esperança não há, não posso deixar isso me perturbar e na madrugada me acordar, o melhor é aproveitar esse lindo sorriso que no seu rosto sempre está.
Sonhar não é proibido, por isso que eu não tenho dormido, pois sonho acordado a cada instante, imaginando cenas fortes, lindas e picantes.
Mas tenho que me contentar em apenas um simples Bom dia te dar, queria mesmo era do seu lado acordar.
Já que não posso, só me resta pensar, como você deve estar ?
Linda como sempre ao acordar, com preguiça de levantar, ainda mais no tempo chuvoso que está, sei que no fundo queria eu perto, só para abraçar e histórias bobas contar e fazer você rir e gargalhar e parar de ver o tempo passar.

Da vida, eu quero o cheiro da flores...
...eu quero o balanço do mar..
..eu quero a estrofe mais bonita da poesia..
...eu quero a canção de ninar...
..eu quero andar pelo Campo, correr como uma criança,que brinca feliz sem perceber o perigo à sua volta..
...eu quero tantas coisas! E sei que tudo isso me quer também, então incoerentemente, caminhamos ,eu, e as minhas vontades.

Três pessoas,
Duas à beira mar,
Uma ausente prolixa,
Outra a responder "hum-rum"
A que fala, por minutos, sem parar.

Eu querendo apenas ouvir,
Contigo, o barulho do mar.
Duas perdendo o espetáculo
Gratuito da mãe da natureza,
Por causa do tal do celular.

- Tu, tu, tu, tu...

Tanto céu, tanto mar
Nesse azul da paz
Rosa branca,
Imagem branda
Em você a mesma paz.
Pétala que bóia
Na marola, na areia
Canto de sereia
Lua cheia,
Nobres pescadores jogam redes,
Desembocam na corrente,
Tramam ondas, fazem peixes,
Contam histórias mais que a gente.
E lá se vai o barco longe
E o meu amor
Se esconde.
Ô dos mares, Iaiá iê
Cadê você?
Tanto sonho, tanto medo
De um desejo que ficou atrás.
Hoje nasce com o Sol e
Engolindo água
Chega ao cais.
Seio, colo de mãe
Coração de mulher
A areia
leva os segredos
De outros mares
Conta por aí o que viu
Moças parideiras
Levam suas conchas
Lançam tranças
Desfiando contas
Narram
A história do meu bem.
Olha lá,
Quem vem
ao longe
Pra ensinar
Aos rebentos
Aos meninos
Aos filhos do mar.
Ô dos mares, iaiá yê, é você
Ô dos mares, iaiá yê, é você.