Textos sobre Mar
A noite escura aos teus cabelos enegrece,
O desenho do mar que nos curva
Retrata a tristeza da fria água turva
E em seus olhos soturnos o infinito floresce
.
Reflui sobre a água negra sua pele clara
Vejo-te ao fundo do mar, beleza quase finda
E tuas palavras, espere, quais já não ainda,
Uma distância perdurável que nos separa
.
Padecimento! Teu existir é como um véu
Que espalhe quanta dor, delito momento
Estas inúteis agonias que afastam-me do céu
.
Sem ti, meus olhos são abertos
Porém alma, tenho claro passamento
São inundas do nada; um deserto
Saudades de Maria Flávia -
Que saudades do Estoril!
Do cheiro a mar e a madrugada
numa doce atmosfera subtil
onde a vida parecia consagrada.
Que saudades das Estrelas!
Da mistura do Branco e do Lilás
que pendia das janelas
feitas de ternura, amor e paz.
Que saudades desses dias,
daquelas horas cheias de jasmim
que o meu coração sentia
quando falávamos sem fim.
Que saudades de quem tanto amou
de forma doce, terna e sábia
mas que partiu como chegou ...
Que saudades de Maria Flávia!
(Volvidos seis meses da Partida de Maria Flávia de Monsaraz para a Casa do Pai - que Saudades ... muitas ...tantas ...)
Foi há muitos e muitos anos já, desde que eu apanhei o meu navio num reino ao pé do mar. Eu disse...
Aquela que eu soube amar e desfrutar e fazermos amor no navio com as estrelas por cima de nós.
E vivia sem outro pensamento porque te admira como pessoa e como mulher que és.
Que amar-me e eu a adorar de poder ver te e beijar-te.
Eu era criança e ela era criança, agora homem e mulher apaixonados pela vida.
O amor intendi ele é inteligente ele é racional
Decidi mergulhar no mar da vida
Mesmo sabendo nadar
Descidi esquecer.
Me perdi no mar do mundo
No pro fundo
Do silêncio
Antes de bailar com vento
E depois de ti ver .
Eu sabia de tudo
Meio um pouco confuso
Combinei com voce.
Vamos lá
Reaprender a nadar
No escuro
Como um cego
Que não quer enchergar.
Pois já sabía
Na profundidade sentia
Mais não queria escutar
Era escuro
Era confuso
Não entendi o mundo
Como podia pra vc explicar
Estamos certos
Mesmo estando errados
Decidimos ficar calados
Para cada um se escutar
Assim
Foi
Éramos um
Agora samos dois
Aprendendo pra só depois
Voltarmos a se encontrar
Palmas
Palmas que se dobram
Das lindas Palmeiras beira mar,
A ela aprendi a amar...
A Rosa dos ventos vem me tocar
Com brisa suave de um pensamento
Que hoje não lhe ouso revelar...
São ventos do leste que chegam ao oeste,
Se unem aos ventos do norte e partem
Levando o meu coração para o sul.
Palmas e palmeiras,
Ventos que sopram em todas as direções,
Agitam as ondas do mar e me põe a pensar.
O vento desta Rosa já vem me tocar
Dobra-me de novo pra nela pensar...
Edney Valentim Araújo
1994...
MENSAGEM DA DIREÇÃO AOS PROFESSORES:
A metáfora da analogia.
Professores estamos todos no mesmo mar. No início tivemos que adaptar ao nosso barco, enfrentamos vários desafios que surgiram, o barco furou, o clima mudou, a frustração surgiu, de repente o sol aparecia, a gente nadava, e tudo fluía, uns marinheiros vieram, outros foram, mas estávamos indo rumo ao nosso objetivo.
Quando que do nada tudo mudou, uma tempestade como se nunca se viu, surgiu, o barco virou, todos caíram no mar, boiando, ficando à deriva, perdendo seu remo. Começamos a nos distanciar. Mas não deixamos de acreditar.
Um novo barco apareceu no horizonte, mais era muito diferente e não sabíamos como navegar, era mais tecnológico, dava mais trabalho, mas tínhamos que nos adaptar, a nossa carga era muito valiosa e não podíamos desanimar.
E fomos todos juntos, marujo aprendendo com capitão, a boia e o colete sempre na mão. Ninguém da equipe abandonou o barco. Ninguém da equipe abandonou um imediato. Todo mundo aprendeu.
O nosso trajeto mudou, mas a missão continuou. E o que estava perdido, estava apenas escondido. E assim chegaremos ao nosso destino por uma outra rota desconhecida que enfim jamais será esquecida.
O Mar e Ela
Trago no peito a dor
De um intenso amor
Que resolveu voar
Queimo, sem sentir o calor
Da singela flor
Que não quis ficar
Como eu posso desistir de amar se minha alegria é te ver brilhar?
Eu posso não te acompanhar mais meus pensamentos vão sempre lembrar.
Amares que vem pro bem
Como não amar esse alguém?
Não dar pra não amar ela
O mar e ela.
Do caos também surge o amor
Há amores bem maior que a dor
Como posso não amar ela?
O Mar e Ela.
Minha mente é sua morada
Por mais que tu insista fugir
Quanto mais os dias passam
Tenho a cumplicidade do tempo.
Qual será seu veredicto?
O esquecer ou o viver?
Trago no peito a dor
De um intenso amor
Que resolveu voar
Queimo, sem sentir o calor
Da singela flor
Que não quis ficar
Como eu posso desistir de amar se minha alegria é te ver brilhar?
Amares que vem pro bem
Como não amar esse alguém?
Não dar pra não amar ela
O mar e ela.
Do caos também surge o amor
Há amores bem maior que a dor
Como posso não amar ela?
O Mar e Ela.
amor_in_versus
Autoral
Lei n° 9.610
É ela
Ela sabe que é dela
Há um barco a vela
Na imensidão do olhar dela
Ou seria o mar nela?
Deveria eu ter cautela?
Nossa vida não é uma novela
Ela é bela
Eu fico olhando-a da janela
E tudo reflete aquarela
Se ela está longe me sinto numa ruela
Mas sempre a encontro na tela
Do porta retrato até a cartela
Sim é ela
Sempre foi dela
não pule de cabeça num mar, onde você não sabe quão profundo ele é,
principalmente quando se está agitado.
as ondas podem te arrastar para longe, assim como, podem te afogar.
mesmo que conheçamos bem o “mar” que estamos nadando, nunca sabemos verdadeiramente o que se encontra em baixo dos nossos pés.
o mar é como uma ponte de madeira, balança, da medo, e a qualquer momento pode ceder;
mas, sempre que atravessamos a ponte vemos que o caminho, tem perigos, e muitas vezes foi, é, ou está sendo difícil.
mas quando alcançamos o outro lado, olhamos para trás e percebemos que se não enfrentarmos os nossos próprios obstáculos, não iremos atravessar a ponte, e talvez, nunca colocaremos os pés na beira do mar.
Desde a mais tenra infância sentimo- nos fortemente atraídos pelo Mar e aquelas embarcaçōes coloridas e pitorescas, onde chegamos a sonhar que poderiamos abdicar de viver sem ter endereço fisíco em Terra, mais a bordo de um embarcação…
-Certamente que algumas experiências tendem a ser mais especiais, por ser o mais perto que chegamos ao imenso Mar… pois lá se sente o sol quente na pele e a brisa fresca do Mar arrefecendo…
Poder ver o por do sol, com aquele céu azul e laranja, com o sol tocando o Mar, não tem igual…
Imagine o que deve ser a vista exuberante da baia de Maputo, vista do Mar para Terra a aparecer no horizonte e ficando cada vez mais próxima e nítida a medida que se aproxima.
-Lugarzinho digno de postais, com sol dourado, areia branca, palmeiras e conchas, e quem sabe com um pouco de sorte poderemos vivenciar um cenário pitoresco, quando os pescadores recolhem a rede até a praia, um verdadeiro espetáculo, onde as aves vão se aproximando, e os pescadores ficam atentos pois alguma gaivota poderá roubar algum peixe…
Olha que os seus olhos vivenciando as maravilhas da natureza, são capazes de se inundarem de lagrimas…
Ela é o mar... de uma alma infinita, livre, leve e solta ..de um coração enorme e uma coragem inabalável.
Ela é mar de emoções, de sentimentos profundos e de uma força incomum ..
Misteriosa, enigmática, intensa...
Feito vendaval revirando tudo..ela passou por mim..e desde desse dia..eu nunca mais fui o mesmo...
A rota
Naveguei mar a dentro
E perdi-me.
Não me deste o mapa
E sem rumo mergulhei.
Tempestades ofuscaram
A visão do horizonte
E o infinito se multiplicou
Traduzindo em focos de luzes
Que brilham intensamente,
Mudando constantemente
A rota prevista.
Nessa nuance de cores
A vida se faz.
Afixo as Minhas Âncoras
Atolado na indecisão
navego na deriva
de um mar indigesto.
Repleto de sais e dúvidas
esta ondulada hesitação
move o êmbolo da minha nau.
No alambique da minha pele
escorre o poema que perdi.
Grita o vento no íntimo da noite,
desflora o silêncio.
O desembarque das tempestades
arrefecem as estrelas
- saboreio os astros que iluminam
as débeis praias;
afixo as minhas âncoras
nos areais onde severamente
se acomodam as civilizações
nesta esfera pintada em tons de azul.
O Mar Traz-me o Teu Beijo
Não vou à terra estranha de mim
vou vazio de espera e condenado
de esperança
o horizonte puxa a minha estrada.
Todas as estrelas apagaram o sonho
envolto no teu cheiro a atestar
o meu pensamento
o meu coração enuncia as lágrimas.
Não me deixam ficar
sem pão e sal
rebento o momento
escorrem lembranças
que alagam as horas
neste exprimido suspiro
queima o silêncio
escuto os meus passos
cingidos pelo vento
perto da distância
longe da tua boca
os dias não amanhecem
as noites não adormecem
suavemente abre-se a janela
e o Mar traz-me o teu Beijo.
MEU MUNDO DO MAR
Oh corajoso capitão
Sempre com braços fortes, não solta do timão
Balança de lá pra cá, subindo e descendo onda
no balanço do mar.
Tens a sabedoria para escolher o caminho
Protegendo os irmãos com amor e carinho
O respeito para escolher quem sobe primeiro
Não é todo guerreiro que aguenta ser marinheiro
Mergulha a alma em banho salgado, ajuda sempre quem está do lado e quem mais venha a chegar
Povo abençoado, que vive pelos sonhos e às vezes ancorado, mas sempre a viajar.
Esteja sempre presente em minha vida, irmão da mãe querida.
Salve Iemanjá
Filho de marinheiro, sempre marinheiro será
13/12/2019 12:03
ThiagoSchwanz
Já não tenho medo do mundo
Agora já sei navegar
Nesse mar que se chama vida
Meu barco só flutua e se recusa afundar
Não tenho fim, só começo
Quem um dia foi aprendiz de marinheiro
Sabe que viver é deixar as águas do destino levar
Pois, de verdade, meu amigo!
Perda de tempo é ancorar.
Por dentro do seu olhar
O seu olhar, profundo olhar
Eu vejo a imensidão do mar
Tenho medo de entrar e nunca mais voltar
Mas se essa imensidão me der brecha
Não vou deixar escapar
A chance de nadar
Mesmo se tiver que me afogar
O medo está no subconsciente
Programo o psicológico pra ser eficiente
Me jogo de cabeça e mergulho sem pensar
Eu e você no oceano, perdidos na imensidão
Banhado de um luar
Luar tão belo, reflete seus olhos cor de caramelo
No horizonte rente as margens, um pequeno sol amarelo
Amarelo que é quase imperceptível
Frente a esse amor tão envolvente e imbatível
Há muito tempo já não me habitava
quando resolvi me mudar.
Pensei em ir além mar,
mas era tanta água,
que nem mil braços me nadariam até lá.
Resolvi me ilhar,
bracei alguns dias e cheguei aonde já estava,
mas não queria comigo morar,
sempre fui difícil de viveres.
Resolvi me dividir enquanto eu dormia,
me acordava para sonhar.
Nem mesmo o céu, nem mesmo o mar
Tem a beleza do teu olhar...
Nem o açúcar e nem mesmo o mel
Tem a doçura do teu beijar.
Basta você desejar e caio e devaneios...
É só você me tocar e eu morro de anseios.
Gosto de sentir o teu corpo com perfume de flor...
Eu quero ser teu escravo, mas também teu senhor.