Textos sobre a Morte
Levantou pela noite silenciosa e turva a desolada diva e andou desesperada num vai e vem pela casa vazia... Bebeu vinho, tomou Valium... vagarosamente devorou uma estranha erva que havia em um vaso de vidro. Reviveu na memória a dolorosa verdade de uma vida cheia de solidão e vazio. Divagou por devaneios vagos onde viu vaidades, vícios, virtudes e vituperios... Escreveu pelas paredes velhas versos vorazes e venenosos...Viu vultos,ouviu vozes... Entre luzes vibrantes de velas Dançou uma valsa na varanda... Enquanto ouvia violentos toques musicais que viajavam aos seus ouvidos divinos vindo de um invisível violino!... - Ali já não mais invejava os que envelheciam!... E num ávido impulso resolveu voar junto ao vento como se fora uma ave ventureira que rumava ao verdejante vale que leva ao eterno nirvana! Voa veloz desolada diva! Voa!...
Há sempre um vazio aqui dentro, Não importa onde eu estou ou o que faço ... E pela noite silenciosa, na vã tentativa de acabar com a dor da saudade, invisível ao teu lado eu passo... E a cada passo que dou em tua direção eu me desfaço deixando pelos caminhos os meus pedaços. E o mesmo laço que um dia uniu as nossas almas - hoje, é o laço de nosso próprio enforcamento. Porque o nosso amor... O nosso amor é um su!c!d!o lento!..
O poeta, de tanto escrever agora está morto em sua própria ilusão. E calou-se a poesia diante dos próprios versos que ao poeta matou. E o que restou foi só mais uma poesia quase apagada em uma folha jogada à beira da estrada... Que o vento levou sem direção. - Um triste poema que ninguém viu, nem declamou! Um pensamento que o tempo levou! Um Pensamento igual folhas ao vento que ao alto voou e depois caiu ao chão. Na embriaguez mais forte da dor e da saudade o poeta viu a perfumada morte... Rompeu-se em mil versos o coração... E dançou rodopiando no ar a folha poética querendo roçar o infinito. Aflito, morreu o poeta num soluço e num grito... de tanto amar!... - Deixando os seus cortantes versos escritos em uma poesia flutuante ao vento em uma tarde cheia de monotonia, pálida, silenciosa e fria ... O poeta enfim, pôde descansar!
Penso que a mortalidade de nossos desejos, sonhos e aptidões, seja fundamental pra que façamos escolhas e sacrifícios em direção ao que mais queremos em vida. Para muitos, esta busca simplifica-se em felicidade ou legado. Queremos levar o melhor da vida e deixar o melhor de nós para o mundo, basicamente. A morte nos dá um prazo, uma condição. E nisto fundamos qualquer valor sobre a vida. Sobre nós.
O fato de não compreendermos com precisão o que acontece diante da interrupção da vida - biológica, mental e todas as energias - da mesma forma que entendemos o nascimento de um ser vivo, me leva a imaginar um universo ainda maior na totalidade de suas dimensões. Transcendemos a realidade conhecida? Mergulhamos num sono completamente escuro e sem sonhos do qual jamais despertaremos outra vez? Nossa matriz energética se dispersa e não se converte em mais nada, apodrecendo-se com a matéria de nossos corpos? Melhor, se almas ou espíritos existem, como um tipo de matéria ou energia, a morte seria um estágio natural do processo que nos leva a assumir sua verdadeira forma ou seu perfeito estado?! Uma possibilidade fascinante! Aterrorizante!
Para muitos entrada no reino dos céus é semelhante a uma viagem programada, com passagem comprada em agência clandestina, horário, vôo, aeroporto, hotel, city tur, bagagens incluídas, mas ao comparecer diante do agente que habilita a entrada, o acesso é negado pois a compra é inexistente. Portanto, habilite-se no sangue do cordeiro, para que o agente do Trono autentique seu nome na lista permanente e reconheça a autenticidade que certifica o acesso irrestrito
A vida é como uma imensa avenida, em que caminhamos de uma casa a outra, de uma esquina a outra. E ao longe, sempre vemos a morte andando pelos corredores, escadas, praças, jardins, calçadas, e pensamos (muitas vezes) estar preparados, mas basta ela bater a nossa porta, que vamos perceber que na verdade nunca estivemos.
Embora você possa nunca ter ido a um enterro, dois humanos do planeta morrem por segundo. Oito no tempo que você levou para ler essa frase. Agora, estamos em quatorze. Se isso é abstrato demais, considere este número: 2,5 milhões. Os 2,5 milhões de indivíduos que morrem nos Estados Unidos por ano. Os mortos separam esses momentos tão bem que os vivos quase não percebem que estão passando pela mesma transformação.
O medo é um grande aliado, pois nos impõe limitações, nos ensina e faz com que nos conheçamos melhor. Atos de coragem, na maioria das vezes, vêm de medos anteriores. Se você não tivesse medo do lobo, não pegaria a pedra para se defender. Quanto ao medo de morrer, só é prejudicial quando se transforma em medo de viver. Muitas pessoas, por temerem a morte vivem constantemente com medo e deixam de fazer várias coisas belas, sem com isso escapar da morte.
Sobre quem amamos, com quem vez por outra brigamos: Quando a lucidez da maturidade nos fizer perceber de uma vez por todas que a vida é finita, e que o tempo corrobora permanentemente para levar cada um a uma morte física, interromperemos o processo de queixas e reclamações pelo que temos de desafiador junto a quem amamos, nos conectando ao entendimento de que um dia, quando tudo passar, quando as pessoas passarem, sentiremos muita saudade delas. Tolice é deixar que atentemos à isso só depois que elas não estiverem mais em nossas estradas caminhando ao nosso lado.
O sistema agora utiliza um meio podre e execrável para atacar e manipular o povo. O sistema viu que fazer confusões e manipulações mentais é um meio muito mais eficiente do que o uso da violência, além de conseguir atingir as massas, a mesma é eficiente, pois uma guerra com uso de violência pode gerar revoltas. Mas uma guerra mental faz com que a pessoa se mate, ou seja o sistema não vai te matar diretamente, mas sim indiretamente. Fazendo você se matar, a manipulação mental é a arma de guerra mais poderosa que existe.
Na perda nasce a esperança de um mundo melhor. As lágrimas viram colírio para limpar os olhos que não enxergam mais aquele que se foi. O soluço vira superação para o peito apertado e, ao fechar os olhos, um mundo novo se abrirá em seu âmago. Sua alma se renovará. O tempo lhe trará a paz interior. Tudo passa. E quando o tempo passar, você verá que aguentou. Você, guerreiro, se superou. Anulou a dor e se lembrará apenas das coisas boas que ela deixou. Como as lições que lhe ensinou
Quando fiquei sabendo, ele tava morto. Foi nesse dia que todo o meu mundo ficou preto. O ar parecia preto, o sol parecia preto. Fiquei deitada na cama, olhando pras paredes pretas da minha casa. (...) Levei três meses pra olhar de novo pela janela, pra ver se o mundo ainda tava no lugar. Fiquei surpresa quando vi que a vida do meu filho tinha parado, mas o mundo não.
Eu odeio este lugar. Odeio que a mulher que viveu comigo durante 42 anos esteja morta, que em um minuto, numa manhã de sábado, ela estivesse na cozinha misturando massa de waffle em uma tigela e me contando sobre a briga na reunião do conselho da biblioteca na noite anterior e, no minuto seguinte, estivesse no chão, contorcendo-se enquanto o derrame partia seu cérebro ao meio. Odeio o fato de suas últimas palavras terem sido: ‘Onde eu botei a porcaria da baunilha?’.
Use a ponta, garoto. Use sempre a ponta. Mata mais rápido. (...) Se você está usando o gume da espada significa que está em campo aberto. A parede de escudos foi rompida, e se a parede de escudos que foi rompida é a sua, então você é um homem morto, não importa que seja bom com a espada. Mas se a parede de escudos se mantém firme isso significa que você está de pé ombro a ombro e não tem espaço para girar a espada, só para estocar.
De repente as luzes apagam-se, de repente tudo muda, de repente a alegria fica de lado, de repente, de repente, de repente. Abrace mais, preocupe-se mais com as pessoas, seja mais “humano”. Envie uma mensagem, pergunte como foi o dia, demonstre o verdadeiro significado da palavra amizade e lembre: a vida é feita de “de repentes”.
Depois do susto, da dor, das lágrimas. Depois do ritual fúnebre, da missa de sétimo dia e do período de luto, esqueça o passado onde ele está, deixe de visitá-lo, de levar flores. Depois que se transforma em passado é impossível devolver-lhe a vida. Pare de reavivá-lo. Isso atrasa o seu crescimento, tanto como pessoa, quanto o espiritual.
De tudo se morre, viver é um risco absoluto! Cada decisão, pode provocar uma avalanche, levar um escorregão, de indecisão também morre ao atravessar um sinal por exemplo, será que dá tempo... Se ficar parado, não fizer nada, também uma bala perdida lhe alcança, um vento, um tombo de mal jeito, a cabeça encontrando o chão, morresse por não se movimentar. Levanta-se murro, cercas eletrificadas, pra se proteger, como se fosse só isso, vivessem invadindo casas, fôssemos algum Silvio Santos, pra sequestrar. São inúmeras possibilidades. Então vamos aproveitar... Na volta da festa acontece algo, o carro bate, ou uma inocente taça lhe corta a jugular num encontrão inocente, assim não vale, estávamos tentando aproveitar. Então é bom nem falar... Como evitando de falar não acontecesse essa sucessão de eventos sinistros e trágicos. Acho que a vida é mais uma aposta, e nos os jogadores e o homem nasceu pra ser eterno, mais vida tiver, mais vida quererá, não importando as condições em que viva, enquanto houver vida há esperança. Ou como diria o poeta: "Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." - Fernando Pessoa.
Eu tinha tudo o que precisava para começar. O destino era cheio de ironias. Aprendíamos sobre a vida quando enfrentávamos a morte; revivíamos o amor quando o enterrávamos; e reconstruíamos sonhos quando eles já estavam despedaçados. Foi preciso perder o medo de machucar os outros para que eu encontrasse minha coragem em algum lugar escondida dentro de mim.
Hoje ela veio até meu quarto novamente, fazia muito tempo que ela não aparecia...Chegou com sua voz mansa em meu ouvido com sua mão gelada em meu corpo....ela me acariciava e fala, você está sozinho de novo, largado, abandonado, jogado em um canto qualquer, você precisa de mim, daminha companhia, do meu abraço....tentei resistir ao máximo a sua prosa mas a dor no peito, o frio e o escuro me fizeram a chamar pra perto, e mais uma vez ela está comigo e agora me fala que quer me apresentar um velho amigo que eu iria conhecer aqui alguns anos, mas com essa dor seria melhor agora....Afinal ela me adora e só quer me ver bem.....com isso digo adeus pois estou abraçando a dona Morte....