Textos sobre Humanidade
CÉU SERVADOR
"Custo a aspirar ao céu
Tenso, servador, orlado, sem leito e sincrônico,
Que vigia o esquife deste mundo esguio e eclipsante,
Estende regras e aspirações indolentes,
Quebranta com ventos imperadores os domínios caducantes,
Bloqueia os discos viçosos
Na ideia de zarpar desta terra tão sulcada,
Descega os nervos e traduz os temporais,
Supera em vultos o enredo inventado
Por uma humanidade retirada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
TEMPESTADE ELEGÍACA
"Acomodando o deslocamento da tempestade elegíaca,
Sufoquei encontros na humanidade e no êmbolo escaldante,
Condoí o culto de noites padroeiras,
Esburaquei rumores de mim,
Deslizei sobre minhas vistas carícias de tempos ruminantes
No estilo flagelador de aceitar carreamentos,
Anoiteci em chamas tocando minhas ganâncias,
Jaculei por vozes nunca extrovertidas o reto esporângio,
Salguei o caldo de meu muro ignóbil,
Liguei quases e porquês na impostação enfermiça
Imperando na terra tísica com estremecimentos postiços,
Persegui dentro do mais fino logaritmo
Aquele escrúpulo que me anula sorridente
No topo da romaria encompridada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
ESCOMBRO MACHO
"O ancoradouro dos meus compassos
Me tensiona em polivalentes verdades
Com reticências gravitacionais.
Não amanheço sem o escombro macho que me nivela
Por querer pavimentar a ab-rupção
De trovas e pernoites contundentes.
Vagueio em meus albertinhos,
Premedito o escólio da humanidade,
Singularizo a ganância de ver enumerações leais
Do que distancio em meus guardeamentos.
Agudo o penhor da traça retinta
Que clama por conhecer o saibro de que me rogo
Em estandartes de pontualidade."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Procurava uma sombra para encostar meu carro. Vi um comércio e pensei em comprar algo para comer, uma água, qualquer coisa...já se ia metade da tarde e o sol estava inclemente; não havia parado para almoçar na ânsia de chegar em casa antes que a noite me alcançasse. Foi quando as vi...duas senhorinhas sentadas lado a lado sob a sombra de uma árvore raquítica e judiada. Em silêncio, olhavam fixo para o nada...esqueci minha fome e minha sede, fiquei observando e meu peito se encheu de uma ternura sem tamanho; quando dei por mim, já havia caminhado até elas e puxava conversa com a dona Rita e a dona Maria, que são irmãs e moram com mais cinco pessoas em uma casinha bem pequena, simples mesmo, mas toda limpinha e bem cuidada...sim, fui convidada a entrar para conhecer o seu Constâncio, marido da dona Maria, que está acamado por ter sido atropelado à alguns dias mas há de ficar bom. Naqueles poucos minutos em que lá fiquei, apareceu uma moça da vila, a Benaria, só para lembrar que era hora dele tomar seus remédios...bondade, amizade desinteressada, humanidade, educação, carinho e bem querer...estava tudo ali, naquele cantinho do mundo...
Me despedi, agradeci pela atenção recebida, desejei do fundo do meu coração que seu Constâncio se recupere logo...já estava voltando para o carro quando parei e perguntei à dna. Maria se ela tinha algum sonho na vida, ao que ela responde: "Minha abençoada, a gente só tá vivo porque sonha..." e me deu um lindo sorriso...Mas são os olhos, são eles que falam tudo que a boca cala e da alma transborda...
(Poeira Cósmica )
Somos poeira,
Viemos dela e para ela voltaremos
Mas nesse meio tempo
Nos pomos a vagar ;
Nessa estrutura temporária
Ficamos a nos debater
Sempre a procura de um norte
Sempre a procura de um lugar onde nos encaixaremos,
A penar, a penar
Por essa selva de pedra
Invisíveis e tão pequenos
Nas multidões
Infinitos e gigantes dentro de si.
O húmus é uma matéria em decomposição que serve de alimento para os elementos do meio biótico e que encontra-se na terra. Da raiz húmus origina a palavra humildade que é a capacidade de fazermos outra pessoa crescer, evidenciando seus potenciais.
É a virtude que consiste em conhecermos nossas próprias limitações e fraquezas e que nos dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos perante as outras pessoas.
Já dizia Osho: seja humilde e ninguém poderá humilhá-lo.
Humilhar também tem origem em húmus, que sugere a intenção de rebaixar alguém, colocá-la ao chão.
Sendo assim, quando a pessoa tem consciência de seus potenciais e suas limitações, não será outro que a rebaixará.
Se alguém diz, você é baixinho e você realmente é baixo, por qual motivo se importará? Essa é a realidade. E se você não for baixo, não tem porquê se importar também, pois essa não é a realidade... 😉
A palavra humano também tem origem em húmus...
"Do viver ao sofrer, o que escolher?
Ti não tens a tal escolha, sempre irá sofrer,
Humano, saibas que a vida é somente dor,
o que ti preenche, é o falso sentimento de alegria,
sentimento tal, que foi criado pela a dor, pois tal
domina o mundo! Mas me perguntas, quem criaste a dor?
Você, você mesmo meu querido Humano."
DESTINO
Sou uma simples estrada
Como tantas por aí.
Quantas pessoas passam
Diariamente por mim
Vindo daqui e dali
Seguindo a sua jornada.
E HOJE, NO PERÍODO MATUTINO,
PASSOU POR MIM, APRESSADO,
UM CATIVANTE MENINO.
Alguns andam por aqui bem sossegados
Outros fazem seu percurso, preocupados.
Uns preferem ir sozinhos, caminhando
Outros passam por aqui sempre em bando.
Alguns vêm de bicicleta,
De carro ou motocicleta
Outros passam apinhados
Em ônibus superlotados
Todos cumprem, enfim, sua empreitada
Cruzando por esta velha estrada.
E HOJE, NO PERÍODO VESPERTINO,
PASSOU POR MIM, APRESSADO,
UM CATIVANTE MENINO.
No trajeto há aqueles que namoram,
Tem aqueles que mendigam,
Também aqueles que oram.
Alguns seguem desconfiados
E outros bem-humorados.
Alguns cruzam desatentos
Usando fones de ouvido.
Outros seguem tão festivos,
Fazendo vasto ruído.
É tanta gente diferente!
Alguns vão, mas também voltam...
Outros apenas seguem em frente.
E eu, uma simples estrada,
Inerte e introvertida,
Fico só a observar...
É esta a minha vida.
E AO CHEGAR A ESCURIDÃO
PALPITA O MEU CORAÇÃO:
QUAL HÁ DE SER O DESTINO
DO CATIVANTE MENINO?
Sonhando acordado!...
Sonhar, despertar e realizar... / Despertar, realizar e sonhar... / Realizar, sonhar e despertar... / Mas ainda assim seguir vitaliciamente a sonhar... / Sonhar, sonhar, sonhar!... / Cochilantes, despertos ou mesmo incorrigíveis... / Indistintamente, todos deveríamos seguir sonhando... / Entretanto, aqui todos hemos de concordar... / Que sortudos, sortudos e felizes mesmo!... São aqueles que ainda encontram força moral... / E quase inacreditável resiliência!... / Para buscar o ultranecessário... Custoso, demorado e dificílimo preparo... / Para realizar paulatinamente os seus sonhos... / Transformando-os em exemplares realidades pessoais. / Embora também isto ninguém possa negar: / Que todos aqueles que agora estejam assim como eu... / Remota e ou conformadamente a sonhar por sonhar!... / Ou mesmo aqui e ali a devanear.../ Mesmo por um indelével naquinho de tempo que seja.... / Numa restiazinha de verão ou abrasivos sentimentos quaisquer!... / Até mesmo estimulados pela Lua... / Ou pelo quase amedrontador esplendor estelar!... / Visto do mais alto de uma montanha... / Enfim, ao nosso modo todo peculiar... / E nem sempre aceito pelas multidões...Também somos felizes, bem felizes!... / E mesmo vivendo assim de maneiras etéreas, alegre ou tristemente fugazes... / Podemos... / Pessoal, direta ou remotamente... / Quiçá mesmo... / Ao proferir aqui, ali e acolá... /Uma ou outra palavrinha de amor fraternal, estímulo e consideração pessoal... / - Sem nunca fazer distinção étnica, social, ideológica ou moral... - / Entre fulanos, beltranos ou ciclanos... / Mas assim como agora mesmo... / Sonhando e comunicando, comunicando e sonhando... / Tudo fazer para orientar ou ao menos tentar ajudar francamente... / A resolver dificeis circunstâncias... / Ou resgatar uma ou outra dessas tantas ovelhinhas originalmente humanas... / Mas hoje desalentadas, nostálgicas... / Ou até mesmo já desistentes e melancolicamente afastadas... / Dos cada dia mais decrescentes (?) rebanhos... / Ainda amorosamente dinâmicos e sonhadores... / E assim humanizadamente realizadores... /.
Abraços,
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.
"O aprimoramento profissional exige estarmos em constante revisão de nossos conceitos, sobretudo na área do direito em que o dinamismo das relações sociais nos põe a prova de novos desafios a todo instante.
Nada obstante, sempre guardei comigo a percepção de que é preciso estudarmos também sobre a natureza humana, a filosofia e as artes, porquanto as ciências jurídicas cuidam de pessoas e suas relações sociais, e não há como atuar de forma completa esquecendo-se desse mister, antes de ser profissional, cuide-se para ser, sobretudo, humano."
*
"Será que o SOL 🌞
está em servidão
rendido pela Chuva⁉️"
🤔💭
*
🌧️Afinal chove desde novembro
de 2021...☔🌨️💧
🌞👈...Ou será que o SOL perdeu
os direitos autorais de aparecer
diariamente pra aquecer
essa pobre HUMANIDADE
lhe dando assim mais IMUNIDADE ⁉️
🤗💭
***
POR DETRÁS DAS MÁSCARAS
O momento nos bagunça as emoções...
Angústia...
Medo...
Insegurança...
Revolta...
Por tantos aqueles que já perderam a sua vida...e outros muitos que ainda estão a lutar por ela... “Angustia”.
Para aqueles sonhos, projetos interrompidos ou adiados. “Insegurança”.
E sonhar parece luxo para quem não tem nem tempo... já que é acordado diariamente pela realidade de apenas sobreviver. A luta diária é para tentar garantir o pão que não é mais de cada dia...mas pelo menos daquele dia...sem previsões. Para esses o “Medo” é algo real.
A “revolta” chega no momento em que o egoísmo reina e não nos percebemos mais...
Nos descuidamos!
Aglomeração irresponsável
Máscaras no queixo ou na mão
Desencontro de informações e compartilhamento de falsas promessas de cura.
Nos perdemos!
Uma “cegueira política” ...E isso lá é política? Deixou de ser quando os olhos foram vendados pelo ego. E se tem uma coisa que política não é... é coisa de um só.
Talvez isso explique a atual escolha de representatividade. Talvez se trate apenas de um espelho, um reflexo... Já que sua atuação é o próprio “Monólogo da insensibilidade”.
O que resta é acreditar que todo esse sofrimento não seja em vão!
Que a gente volte a se enxergar...
A perceber e acolher o outro em sua singularidade
Talvez o único serviço essencial que falte funcionar seja a humanidade!
Eu quero a tristeza banhando o meu ser,
pois sinto que ofendo ao sorrir nesse mundo
e nunca tentei ser pascácio ou profundo
porque tive fé no direito a viver
sem ver meu igual decair e eu crescer...
Eu quero a tristeza, não rir e chorar;
deixar o sofrer me haurir, me calar,
lavar minha face com líquido sal,
mas nunca ser par da desgraça e do mal,
ser bem sem parar, quais as ondas do mar...
O Monge Maria (Da Esfinge Tardia)
Olha lá de longe
Cavalgando o Monge
Contando as covas
Passando nos quadris dos vales e males
Seletando as sovas
O Monge Maria
Da Esfinge tardia
Perfurando o vento e furando o tempo
Vigie de longe
Que lá vem o Monge
Cavalgando o tempo
Cavalgando o vento
Quantas que foram mutiladas?
Será, será que foram autografadas?
O Monge Maria já ria, Maria
Na Esfinge tardia, de quando tu sumia
Trafegue no monte
No radar o Monge!
O que será esse bicho tão atemporal?
Cantando as piadas de quando era o tal
Oh Maria, olha lá de longe
Maria, pelos buracos do lisonjear
As tumbas que a Esfinge fez desmoronar
Posição de luta, defronte está
Como é frenético
Que se muda dialético?
Escolhe os patéticos
Vive a morte
Escolhe todo homem, de toda sorte
Não é galinha, mas é de corte
O Monge Maria da Esfinge Tardia
Cavalgando o tempo, escolhendo via
Alcançando eles, é para todos!
Não escolhendo letra, quer Maria ou Frodo
Cavalgando o tempo para o cara frouxo
Escolhendo a dedo com um olho coxo
Virando a roleta, não tem jeito moço!
Ele agarra pelos pés à todos
Desesperadamente quebra o pescoço
Não poupa Hagague, não há denodo!
O Monge Maria
Sobre os prados ria
Bondoso com uns
Maligno com todos
Mais leve para alguns
Atinge sábios e tolos
Não almeja ver Maria
E tampouco Frodo
Nas tacadas, quem será o morto?
Rodeando a nós, como estaremos soltos?
Se é relativo, por que não resistias?
Enfurece a todos a aos astrogodos
Perfura o presente, pegou os visigodos
Se chega aos descendentes, os irá decepar!
E esporadicamente iremos lembrar
Que o Monge Maria vai totalizar!
Sobre a Esfinge Tardia
Isto aqui ele já lia
O seu desígnio prevalece na humanidade
Cavalga no tempo, não escolhe idade
Alcança todos ausente de piedade
Amassa nosso pé com a realidade
O tempo voa e o vento nos leva
O Monge Maria é desde lá de Eva.
Vivemos num mundo de pessoas que não veem pessoas, mas que querem ser vistas por pessoas. Querem ser compreendidas mas não compreendem. Mas como ser visto se não vejo? Como ser compreendido se não compreendo?
A humanidade se dá na relação, na troca, sem isto o vazio, a angústia pode ser muito grande e dolorosa.
Valter Fernandes - Psicólogo.
"Não se deixe impressionar com tempos obscuros. Pensamentos
negativos podem contaminar toda uma sociedade por algum tempo,
mas o Amor sempre volta a vencer, então a ordem natural das coisas é
restabelecida. A humanidade tem um futuro brilhante pela frente, e,
tenha certeza, você faz parte dele, todos nós fazemos."
Ronald Sanson, in 'O Poder do Amor' (pg. 13)
Nós somos um cemitério ambulante. Dentro de nós, sepultamos diariamente porcos, galinha, boi, peixe, lembranças, "pessoas" e sentimentos; todos os dias e durante toda a nossa existência.
Claro que também geramos vidas. Mas, predomina o consumo e destruição em cada um de nós. Um ciclo constante de mortes gerando vidas e vidas gerando mortes.
a vida é uma corrida que não é fácil caminhar
Que mesmo em movimento retilíneo nós podemos tropeçar
Mas a cada tropeço aprendemos uma coisa
Que quando estamos caídos sempre tem aquela pessoa
que nos ajuda a levantar e nos ensina ser uma pessoa boa
Esse poema foi feito pra se ler e pra quem não sabe ler escutar
e de alguma forma entender o que cada verso quer expressar
MINICONTO DE NATAL
Uma praga avassalou toda a humanidade. Milhares de pessoas foram dizimadas. A noite virava dia e o dia virava noite, só a dor não passava. O sorriso desapareceu do rosto dos sobreviventes. Foi um tempo de reflexão, de aprender com o sofrimento. Então, o DEUS dos DEUSES, onipotente, misericordioso, permitiu que as pessoas se reencontrassem e as convidou para o aniversário do seu legítimo filho, aquele, que outrora, o mundo desprezou, maltratou. Eis que esses convidados fizeram gastos, comeram, beberam, trocaram presentes, riram muito, contaram piadas, dançaram, soltaram fogos de artifício e esqueceram do aniversariante do lado de fora, na soleira da porta.
Rosalba Saraiva. 24/12/2021.
Existem pessoas que tem o dom de ser um espelho para você. Ja parou pra pensar como que sua energia chega para os outros? Já pensou quanta angustia existe na energia que você emana?
Pessoas assim nunca irão demonstrar sua verdadeira energia de luz para você se na mesma proporção você não vibrar.
Seus sentimentos mal gestionados são sua maior fraqueza e desequilibrio em vida.