Textos para Ex-Namorada

Cerca de 716 textos para Ex-Namorada

⁠Sem Explicação

Tentar descrever o inexplicável
Com tantas loucuras e alegrias
É como querer excitar o inexorável
Com loucas ternuras e fantasias!

Alguém loucamente afirmou que era “zeus”,
Com a mitologia gloriosa do indubitável?
Com o bom senso comum ao imaginável,
Alguém ainda tenta afirmar que é “deus”!

Quem exemplificou o “uno” ao multiplicável?
Quem especificou que a evolução é adaptável?
Quem citou a “precedência sobre a essência”?

Tentando explicar a própria existência,
Um homem é insanamente incrível,
Querendo compreender o inexaurível!

Inserida por JeaziPinheiro

⁠O sofrimento de um pai que enfrenta a alienação parental após a separação da ex-esposa é uma experiência dolorosa e devastadora. Ele vê o vínculo com seus filhos, uma das maiores alegrias da vida, sendo lentamente corroído pela manipulação e má influência da mãe sobre o imaginário infantil. Mesmo amando profundamente seus filhos e desejando estar presente em suas vidas, ele é empurrado para uma realidade cruel, onde a ex-esposa usa o poder emocional que detém sobre as crianças para afastá-las dele.

A alienação parental, nesse contexto, é uma forma de abuso psicológico. A mãe, ressentida pela separação ou movida por seus próprios conflitos não resolvidos, implanta nos filhos uma visão distorcida do pai. Aos poucos, as crianças, ainda incapazes de compreender totalmente a complexidade da situação, começam a ver o pai como alguém distante, até mesmo hostil, quando, na verdade, ele luta diariamente contra essa distorção, ansiando apenas por reconquistar o amor e a confiança deles.

Esse pai se encontra num limbo emocional. Cada encontro com os filhos é impregnado de tensão e incerteza, e ele sente a frieza e a desconfiança nos olhares que antes o recebiam com amor. O riso, os abraços, as conversas espontâneas que outrora marcavam a relação, agora são substituídos por silêncios desconfortáveis, palavras ensaiadas, fruto da má influência a que os filhos são submetidos.

A dor de ser mal compreendido por aqueles que ama é imensa. É como ser invisível para os próprios filhos, mesmo estando presente. O pai sente-se impotente, porque, apesar de seu esforço em mostrar quem ele realmente é — um pai amoroso e comprometido — a narrativa manipulada pela mãe sempre parece prevalecer.

No fundo, o maior medo desse pai não é perder uma batalha judicial, mas sim perder o que realmente importa: a conexão emocional com seus filhos, o direito de ser lembrado como aquele que os ama incondicionalmente, que esteve lá para eles, mesmo quando o mundo parecia querer separá-los. Ele sofre em silêncio, com a esperança de que um dia seus filhos possam enxergar a verdade e reconhecer o amor que ele sempre ofereceu, mesmo à distância.

Inserida por andreruiz

⁠Muitos olham para a solidão como um problema, outros olham-na como uma solução. Na realidade não existe uma resposta totalmente correta, porque tudo depende do momento ou facto que propicia essa solidão e principalmente da força interior de cada pessoa. Eu diria que a solidão é quase sempre a solução.


27-08-2022

Inserida por pedroestevesferreira

⁠A Morte de John Wesley

☆ 28/06/1703 ----- ✞ 02/03/1791

Ao longo de sua vida, Wesley viajou extensivamente, pregando o Evangelho do Reino de Deus em diversos lugares. Ele é considerado um dos maiores Avivalistas e líder cristão na história da Igreja de Jesus Cristo. Wesley deixou uma marca extraordinária na vida de milhares de pessoas do seu tempo e em milhões de pessoas nas gerações posteriores. Até hoje sentimos o impacto do mover de Deus em sua vida. Seu legado é inestimável e no ducentésimo trigésimo terceiro ano de seu falecimento queremos lembrar seu lema: “O mundo é a minha paróquia”. Lema que refletia seu compromisso com a missão evangelística. Ele enfrentou desafios físicos em seus últimos anos de vida, mas nunca desanimou e continuou pregando até sua morte em 02 de Março de 1791.

Pense nisso e ótimo fim de semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠A minha felicidade sempre foi a de alguém
Por muito tempo me vi preso em uma felicidade que só existia na minha cabeça
O tempo foi passando e essa própria felicidade me mostrou que ela não existia
Eu sempre pensei que para ser feliz teria que transmitir isso para as pessoas
Mas estava totalmente enganado quanto a isso
A minha felicidade está em mim
Mesmo nas minhas tristezas quem me ama de verdade estará ali
Não importa como eu esteja sempre serei a felicidade de alguém
Alguém que chore comigo, que ria comigo ,que ande comigo de mãos dadas
E assim que eu pensar em desistir
Esse alguém me dê a mão e diga que está comigo
Distante ou próximo sempre vai estar ali
Minha felicidade sou eu, e quem quiser estar comigo.

Inserida por seripodnanref

⁠Desbravar as terras da incerteza conduz ao campo da dúvida,
mas há em mim um desejo pulsante de experimentar as consequências.
Esse anseio instiga-me a descortinar cenários velados,
ainda que o desfecho seja infortúnio, complicações ou desalento.
Mesmo assim, ao final da jornada, retorno ao ponto de partida,
com mais do que nada — com o muito de ter tentado.
Pois, mesmo que o término seja início, há valor no caminhar,
e o começo que renasce traz em si a coragem de recomeçar.

Inserida por leandromalvesi

⁠**Poema da Ex Querida (ou não)**

Oh, minha ex, que saudade eu não sinto,
De cada briga e de cada labirinto.
Você dizia: "Eu sou sua fada encantada!"
Mas, no fundo, era uma bomba disfarçada.
Lembro das promessas, doces como mel,
E da conta de luz, que eu pagava por um céu.
"Vamos dividir tudo," você dizia com amor,
Mas o que sobrou pra mim foi só a dor!
A panela de pressão? Você levou.
O meu cachorro? Nem ele escapou.
Mas a TV ficou, ô, alegria!
Pelo menos posso maratonar na calmaria.
Agora eu rio, com um toque de humor,
Das suas manias e do seu fervor.
No fim das contas, aprendi uma lição:
Nem todo "eu te amo" é pra guardar no coração. 😄

Inserida por ari_j_timoteo_paz

⁠Doçuras do Mucuri

Brota no Vale do Mucuri
O menino poeta do Mucuri
Na plenitude do tempo de exceção
Os céus riscados com chumbos
Da beligerância, da boçalidade
O assustado jovem brilha
Como estrela reluzente
Em meio ao bucólico bairro Bela Vista
Na Sapucaia ou Surumaia, afloram
Sentimentos bons, com raízes
Dos Suspiros poéticos e saudades
Um estilista mergulhado nas figuras
De construção do moderno vernáculo
Suas hipérboles de amor e paixão
Sua sensibilidade em retratar
O caminho da perseverança
Na incessante busca por valores
De eticidade imutável e solidez
De honestidade e compromisso ético
Imersão nas ondas renovatórias
Do humanismo petrarquiano exacerbado
Um colorido de juridicidade poética
Da exordial, a parte dispositiva
Um tom romântico de doçura
Da lucidez de paixão desenfreada
Um misto de silêncio e musicalidade
Nas elucubrações noturnas
Com seu estilo singular e próprio
Uma paixão desenfreada por
Sua Terra do Amor Fraterno
Sua Filadélfia de estimação
Sempre enaltecida em versos e prosa
Da encantadora Fonte Luminosa
O encanto da Praça Tiradentes
A raridade do Alto do Iracema
Exaltando com profundidade
Néctar de eterna ternura e paz espiritual
Raridade policroma nas gemas preciosas
Águas Marinhas, Topázio, Safira, Ametista
O encanto da Lagoa do Marajoara
O festival de pedras nas ruas do Jardim das Acácias
Ametista, Berilo, Crisólita, Topázio,
Diamante, Águas Marinhas, Safira, Turmalina e quejando
A serenidade do bicho-preguiça enfeitando a bela
Praça Tiradentes
Por isso, o poeta há de ressaltar
Jorrando sangue do tenro coração
Admiração e amor a Mucuri
Terra nobre, pequena e saudável!
Águas líricas, verdes campos...
Caminhos que levam à saudade
Mucuri, lamúrias por ter te deixado.
Fonte de prazer, do brilho ardente do sol.
Da frieza da brisa de primavera
Do cantar saudoso do colibri
Mucuri, horizonte azul de minhas quimeras.
Seu infinito é um pouco de meu pranto
Tuas muralhas afastaram-te de mim
Doce jaqueira, pequeno pomar de paz!
Mucuri, terra fértil onde nasci...

Inserida por JBP2023

⁠Não bastando minha ex

Agora as mágoas de uma 2 pessoa, que me fazia bem, que me fazia ficar animado em fazer uma ligação, que me fazia ao menos me distrair.

Mesmo morando longe eu me sentia bem, mas ai você se apaixonou, e ne que eu também estava gostando de você ?

Do seu jeito meio tímido e irônica, de seu olhar pro lado quando eu falava alguma besteira e até mesmo quando você não conseguia conter um riso.

Era doce , gentil e seila mais o que, mas no fundo eu me perguntava, como será o fim disso, a distancia não te machucava tanto assim , mas pelo meu histórico de vida, nossa ...

Doía e como doía...

Imaginar que um outro alguém mais tarde viria na sua vida e pudesse oferecer o abraço que você precisava...
Cara... ele seria um idiota por não elogiar seu sorriso, seu olhar , suas ironias :)

Espero que algum dia , você me esqueça ou se lembre de mim sem sentir dor ou saudades.

Que você ame um outro alguém sem pensar em mim , de verdade , seja feliz

E eu ? Dane-se o eu .

Inserida por AlexandreKazuto

⁠⁠A única possibilidade de uma pessoa torna-se racional e possa estar possuindo lógica e razão, e expandir sua mente, e não vir a regredir e perder tudo que aprendeu com o conhecimento da verdade que o libertou, tornando-se um ateu ou ateista.
Seria se viesse por meio de uma amnésia, esquecer tudo. Eou como se fosse um rato, estivesse a comer muito queijo e também com o mal de Alzheimer.

Inserida por Marc7Carl6Rod9


Dizem que todos podem ter essa salvação estando mostrando-se hipócritas em hipocresia quando o exemplo que é um professor, e fingindo construir uma stairway to Haven ao mesmo tempo que fazem a pavimentação de uma Highway to hell, botam tudo a perder porque todos sabemos que só querem poder e é do dinheiro que se trata os negócios das fés.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠E, quando tiveres conhecimento para resolveres a equação que sugere que a vida é uma experiência exata - nascer, crescer, amadurecer, envelhecer e voltar para o ponto original da partida - para que te tornes um resultado inteiro, te surpreenderás ao descobrires que dividistes menos do que contabilizastes. Multiplicastes desordenadamente o que já era múltiplo. Somastes apenas o tanto que coube nos teus anseios pessoais e te diminuistes o desnecessário.
Tu vais constatar que precisarás solicitar uma segunda chamada, pois em primeiro grau apenas parece simples encontrar o valor do X da vida

Inserida por Gracaleal

A propósito de “Três pontos ex... citados”, peça de Carlos Alberto Sousa

Acabei de ler (reler, para ser exato) “Três pontos ex... citados”, texto de Carlos Alberto Sousa, em que ele apresenta uma peça de tese ou conceitual.

Eu gostei à primeira leitura do texto, que já vou chamar de literário, porque se revela desprovido dos elementos cênicos, como palco, música, luz e figurinos. O teatro, propriamente dito, remete ao espetáculo, à representação no palco. A rigor, teríamos o texto (literatura) e sua apresentação no palco (espetáculo). Segundo Aristóteles.

Mas, voltando à peça, o autor coloca em discussão algumas questões há muito conhecidas de nós, quais sejam, o fideísmo, o ateísmo e a luta de classes. Ele inclui também, com muita competência, elementos pop – o tráfico, o rock, o sincretismo religioso – e elementos metateatrais – o fazer artístico em debate.

Numa peça breve, composta por oito atos brevíssimos, Carlos Alberto narra uma história bastante interessante, em que os personagens são dirigidos por um diretor manipulador e ávido de messianismo. Enfim, um Brecht às direitas.

A trama – envolvendo o elenco (os “bíblicos” Paulo, Davi e Sara, especialmente) e o diretor – trata de uma tragédia (com a presença dos elementos clássicos, inclusive o recurso do chamado “deus ex machina”, consubstanciado pela presença da Bailarina). Isso fortalece o argumento de que estamos diante de um texto literário que, ainda segundo Aristóteles, precede e se sobrepõe à montagem teatral, ao espetáculo. (Por isso, o cinema nunca será literário!)

Já tive a oportunidade de assistir, no Teatro Municipal de Cabo Frio, a uma performance de autoria de Carlos Alberto, a qual me deixou muito impressionado com o talento com que ele havia conduzido o texto e dosado a densidade temática. Com “Três pontos ex... citados”, não é diferente.

Aliás, mesmo quando faz versos, meu confrade e amigo Carlos Alberto deixa transparecer seu lado dramaturgo. Isso – em vez de restrição – é um elogio. Aristóteles, de novo, não me deixa mentir.

Mais que impressionado com a peça filosófica “Três pontos ex... citados” que acabo de reler, já me vejo torcendo pela montagem dela. Gostaria muito de ver (o verbo apropriado é “interagir”) Paulo, Sara e Davi no palco. Pois, ao contrário do filósofo grego, tenho certeza de que será unir o útil ao agradável. Com perdão do lugar-comum.

Inserida por voualivoltoja

⁠Eu aqui na janela
do tempo,
afastei as cortinas
das lembranças,
e avistei ela,
sim a ex-cinderela
revidando um blefe teu,
tamanho chapéu
na cabeça da "bela"
*
Mas a tua tramóia
hoje terá troco
e nem invente Tróia,
aqui tem o gambito e meu lance,
mesmo que sacrifico uma peça,
e ninguém me impeça...
Te darei um "xeque mate"
***

Inserida por ostra

Na campanha contra o aborto vejo muitos apelos com o seguinte argumento:

Ex: tenho 20 anos, mas já tive 03 meses. Não ao aborto!

Sem querer fazer apologia ao aborto, mas como o meu pensamento vai sempre na contramão da maioria, um dom que graças a Deus me foi permitido ter, bem como eu faço questão de provocar a mesmice intelectual e confortável da maioria das pessoas, deixo aqui uma reflexão para todos que acreditam na reencarnação.

Todos nós já tivemos três meses e, inclusive, já fomos "porra". Se o processo de aprendizado e resgate cármico, através da reencarnação, começasse pela "porra" já pensaram que todos já fomos desovados em vasos sanitários por diversas reencarnações quanto "porra" que fomos antes de recebermos o certificado de os mais "espertos"?

Desculpa aí a expressão "porra", mas é o termo popular mais fácil para todos entenderem. Desculpa aí a possível confusão na cabeça daqueles que não são limitados, logo possuem uma mente mais aberta para considerar novos conceitos levando em conta o avançar dos tempos, da ciências e das experiências humanas. Desculpa aí o incômodo aos que não se permitem crer em nada que vai além das velhas, e muitas vezes encantadas, escrituras. Desculpa aí por não pensar sempre igual.

Inserida por Gracaleal

EX-LAR

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Uma treva cavalga sobre as luzes frias
que refletem seu facho na ilusão dos olhos;
nas lacunas vazias que fazem saber
a verdade que ronda os limites da casa...
Belos móveis e quadros, paredes, enfeites,
boas fotos que mostram momentos vividos,
badulaques de vidro, copos de bom gosto
e vinagres; azeites; temperos; aromas...
Mas aquelas pessoas perderam a graça,
não há risos abertos, conversas floridas,
nem há vida nas vidas que jazem ali...
Dias nascem tão velhos das noites insones,
tanto sonho perdido na sombra e no vão;
na magia quebrada sobre o chão da casa...

Inserida por demetriosena

PARA SEMPRE EX

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Qualquer ex que não se conforme com essa condição, vive à caça de artifícios para reviver o passado. Não quer assumir a realidade ou deixar, como se diz comumente, cair a ficha. Visando garantir esse videotape constante, aproveita qualquer ensejo para discutir uma relação inexistente, quase sempre com pretextos briguentos. Briguentos, mas que pelo menos garantem a manutenção da intimidade que não pode mais se manifestar por meio de afagos.
Antigos pares ou cônjuges, essas eternas criaturas apaixonadas se mantêm atuais, ainda que feito pedras nos caminhos de seus alvos. Problematizam, para sempre, antigas questões que deixaram de ser questões reais, e por isso perderam contexto. Tais ex que não se aceitam ex, inventam motivos; disfarçam gestos e vozes; inventam trejeitos... mas não conseguem mascarar os semblantes de seus corações feridos.

Inserida por demetriosena

ALEGRIA DE PROFESSOR

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Meu querido ex-aluno; é com satisfação e grande orgulho que o reencontro e constato que você se formou um homem digno. De bem. Admiro grandemente sua desenvoltura e a simpatia no atendimento a tantas pessoas diferentes. De culturas, condições econômicas diversas e temperamentos opostos. Venho sempre aqui, por se tratar de um espaço gastronômico democrático, ao alcance até mesmo de um simples professor como eu. Você deve ser novo nesta casa, pois é a primeira vez que me atende.
A propósito, sabe quem vi um mês atrás? Marcele; a menina endiabrada e linda que adorava beijar os meninos da classe para provocar ciúmes em todos eles; lembra? Ela também está ótima; bem sucedida como você. Trabalha honestamente. Creio que se tornou comissária de bordo. Quem não encontro faz muitos anos é o Tião Azulão, aquele menino tímido que a turma toda zoava por causa do cacoete com os olhos, mas tive notícias suas que me deixaram feliz como estou agora: ele comprou um terreno de bom tamanho, na roça, depois de receber uma ótima indenização por processo movido contra uma empresa em que trabalhou. Nesse terreno, Tião arregaçou as mangas e fez uma bela plantação de coqueiros. Fornece cocos para vários quiosques em uma praia do Rio.
Bem; agora preciso ir. Foi realmente um prazer encontrá-lo. É sempre ótimo ter boas notícias de meus ex-alunos. Saber que seguiram suas vidas com dignidade, não importa em que profissões. Com muito ou pouco estudo, muita gente se perde pela vida e julga ter sucesso, tão somente por ganhar muito dinheiro com o que faz, mesmo levando a sociedade ao caos. É o caso dos traficantes, agiotas, milicianos, sequestradores, políticos e similares. Ainda bem que vocês, ao invés disso, têm coragem para trabalhar.

Inserida por demetriosena

⁠"LATA D'ÁGUA NA CABEÇA, LÁ FOI MARIA

Demétrio Sena - Magé

Quando Maria Lata D'água, ex-passista da Portela, com passagem por outras escolas de samba voltou ao Brasil com seu esposo Charles, com o qual se casou na Suiça, o Paulo Redator e eu, que redigia seu jornal, fomos os primeiros a entrevistá-la. Eles vieram morar no Município de Magé. Em um sítio bucólico de Bongaba, no sexto distrito. Charles era um membro de família real na Suiça, que se apaixonou por Maria, quando a viu sambar graciosamente com uma lata de vinte litros d'água na cabeça (foi assim que Maria se tornou Maria Lata D'água) e ambos não demoraram a se tornar um casal que viveu junto até que a morte (o esposo morreu primeiro) os separou.

Maria foi tema de homenagens no mundo do samba (lata d'água na cabeça, lá vai Maria...) e foi inspiração para muitas passistas que vieram depois dela. Quando voltou da Suiça, já na meia idade, foi grande a correria de jornais que a procuraram para matérias que despertaram muito interesse. Maria e Charles receberam o Paulo e a mim com sorrisos, café, bolo e uma entrevista muito alegre, na qual expressava sua gratidão à vida. Ela passou a frequentar a Igreja Católica de Piabetá e, quando Charles faleceu, entregou seus bens a entidades, foi viver em um convento e passou a participar das programações da Rádio Católica Canção Nova, em São Paulo.

Não escavei detalhes de sua morte ontem, da qual eu soube logo depois de falar dela para o Arnaldo Rippel, um amigo de Petrópolis, que acabara de fazer um poema em homenagem à escola de samba Portela. Sei que morreu aos noventa anos. Tive com ela e o Charles uma curta e doce amizade. Nunca mais a vi, senão em matérias pontuais do meio católico. Ficam boas lembranças de uma artista e ser humano incomuns, não pela fama, e sim, pela sensibilidade, o coração sempre aberto e uma grande simpatia.
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#respeiteautorias É lei

Inserida por demetriosena

⁠TODOS OS ÂNGULOS SOCIAIS

Demétrio Sena - Magé

Em tempos de radicalismo, supostos ex-viciados convalescentes tentam determinar que a maior virtude do ser humano é o suposto "não ligar para redes sociais" (ou tê-las apenas para vigiar secretamente quem as usa). E o pior defeito é simplesmente o hábito de usá-las. Ninguém fala sobre como, com que frequência, quando, para quê, sob quais finalidades. E ninguém ousa lembrar que também existem livros perniciosos. Existem músicas, peças teatrais, obras de arte, filmes, noticiários, palestras boas e ruins. Tentamos ignorar que o ser humano é o que é, desde que se percebeu como ser humano, com as tecnologias, culturas, inovações e hábitos de cada tempo. Sabedoria não é ter, deixar de ter, usar ou não usar... sabedoria é saber. O resto é posarmos do que não somos, em todos os ângulos da nossa hipocrisia e do nosso complexo de superioridade.
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Respeite autorias. É lei

Inserida por demetriosena